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Publicado em 07/10/2025


BIOFUND reforça compromisso com a Conservação Marinha no 13.º simpósio da WIOMSA

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) participou no 13º Simpósio Científico da WIOMSA (Associação de Ciências Marinhas do Oceano Índico Ocidental), realizado de 28 de Setembro a 3 de Outubro de 2025, em Mombaça, Quénia, reafirmando o seu papel na promoção da conservação marinha e costeira na região do Oceano Índico Ocidental.  O evento, reconhecido como um dos principais fóruns de diálogo e partilha de conhecimento sobre os ecossistemas marinhos e costeiros da região, teve como lema “Um Oceano, Um Futuro: Conectando Pessoas, Políticas e Ciência para um Oceano Índico Ocidental Resiliente” inspirado nas metas globais de Kunming-Montreal sobre Biodiversidade (2022), pela Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030) e pela Ocean Decade Africa Roadmap.

O simpósio reuniu mais de 1.200 participantes provenientes dos países da região do  Oceano Índico Ocidental e de parceiros de cooperação internacional, incluindo Suécia, Alemanha, Estados Unidos da América, entre outros. O 13º Simpósio constituiu uma plataforma única de diálogo e cooperação, onde a ciência representou a base para a tomada de decisões,  o desenho de políticas como catalisador da colaboração regional com um foco na Convenção de Nairobi e as comunidades foram reconhecidas como protagonistas na construção de um futuro sustentável. A delegação moçambicana contou com mais de 50 representantes de instituições nacionais, incluindo  a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), o Museu de História Natural (MHN), Wildlife Conservation Society  (WCS), Fundo Mundial para Natureza  (WWF), IUCN Moçambique, Fundação Likhulu, InOM, Ocean Revolution, o Parque Nacional de Maputo (através do PPF), ADRA, RARE entre outros. A participação de Moçambique é um reforço da agenda nacional de conservação marinha, destacada na 3ª Edição da Conferência da Biodiversidade Marinha, realizada de 3 a 4 de Setembro de 2025, na Cidade da Beira, onde o Presidente da República de Moçambique, destacou a importância dos ecossistemas costeiros e marinhos como pilares da economia azul e da resiliência climática, uma visão que também ecoou nos debates do simpósio da WIOMSA.

Durante cinco dias, cientistas, decisores políticos, comunidades locais e outros intervenientes debateram temas cruciais para o futuro do Oceano índico Ocidental, tais como a economia azul e desenvolvimento sustentável, governação e políticas, adaptação baseada em ecossistemas (EbA), gestão pesqueira, poluição marinha, inovação tecnológica, financiamento sustentável, educação e literacia oceânica . As comunicações científicas e os debates resultaram em recomendações práticas para fortalecer a governação e a colaboração regional, consolidando uma visão comum para a conservação marinha e costeira da região.

Sob o lema “Da Terra ao Mar: construindo pontes entre os ecossistemas” o stand da BIOFUND destacou iniciativas inovadoras de conservação integradas, que conectam ecossistemas terrestres e marinhos, promovendo simultaneamente o desenvolvimento comunitário e o uso sustentável dos recursos naturais em Moçambique. Através de painéis informativos e diferentes materiais, os visitantes puderam conhecer de perto os mecanismos inovadores de financiamento, como contrabalanços de biodiversidade, iniciativas como o cartão Bio, o Programa de Conservação da Biodiversidade, o Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique, além do MozNorte e PROMOVE Biodiversidade que integram conservação da biodiversidade, desenvolvimento sustentável e adaptação climática. Esta diversidade de iniciativas traduz de forma prática o espírito do tema “Da Terra ao Mar:“ evidenciando a forma como a BIOFUND conecta a ciência, políticas, financiamento sustentável e comunidades locais na construção de uma visão comum para um Oceano Índico Ocidental mais sustentável e resiliente.

Moçambique teve uma participação activa nas sessões científicas, com apresentações orais e pósteres, tendo-se destacado através do poster produzido pela Doutora Vilma Machava (UEM)  que conquistou do o prémio de melhor póster do evento. Reconhecimento que simboliza o crescimento e a excelência da nova geração de cientistas nacionais comprometidos com a conservação.

A presença da BIOFUND neste encontro, através do apoio do Governo da Suécia através da Agência Sueca de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional (SIDA-Suécia),  reforça o seu papel como agente catalisador de parcerias e soluções sustentáveis para a conservação da biodiversidade, num contexto de crescentes desafios ambientais e climáticos.