Publicado em 17/06/2022


BIOFUND e Parceiros Celebram o Dia Mundial da Tartaruga Marinha com Evento de Promoção da Biodiversidade da APAIPS

Alusivo ao Dia Mundial da Tartaruga Marinha, celebrado a 16 de Junho, a Fundação para a Conservação de Biodiversidade (BIOFUND) juntou-se ao evento organizado pelo Consórcio liderado pelo Centro Terra Viva-Terra (CTV), para celebrar a biodiversidade marinha das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS), uma área apoiada pelo Programa PROMOVE Biodiversidade financiado pela União Europeia e implementado pela BIOFUND e ANAC.

A celebração teve lugar no Hotel Radisson Blue na Cidade de Maputo e contou com a presença de cerca de 50 participantes, com destaque para Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Administração Nacional das Pescas, União Europeia, Banco Mundial, WWF Moçambique, RARE, WCS e Administradora da APAIPS.

Esta foi uma oportunidade de discutir os principais desafios na conservação da biodiversidade da APAIPS, oportunidades de financiamento e o papel das comunidades locais na gestão dos recursos naturais. Na nota de abertura, o Presidente do Conselho Directivo do CTV, Augusto Paulino, destacou que a biodiversidade da APAIPS está a ser celebrada no Dia Mundial das Tartarugas Marinhas por tratar-se de uma área importante para a prevalência de várias espécies de tartarugas marinhas que são protegidas por lei em Moçambique. Na ocasião, foi feita a apresentação de projectos implementados nesta área de proteção ambiental, com destaque para o Programa PROMOVE Biodiversidade da BIOFUND e Projecto Proteger APAIPS da WWF.

As tartarugas marinhas desempenham um papel vital na manutenção do equilíbrio ecológico das cadeias alimentares marinhas. Para além do Programa PROMOVE Biodiversidade na APAIPS, a BIOFUND presta apoio financeiro a outras Áreas de Conservação desde 2017, para a monitoria das tartarugas marinhas, como é o caso da parte marinha e costeira do Parque Nacional de Maputo, Santuário Bravio de Vilanculos no Cabo São Sebastião e o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto.

Ainda no âmbito da proteção das tartarugas marinhas, a BIOFUND assinou recentemente com a WWF uma subvenção de apoio à monitoria de tartarugas marinhas, onde vão ser colocadas etiquetas satélite que vão permitir o seguimento em tempo real e maior conhecimento dos hábitos e rotas destas espécies, nos locais de maior nidificação. Este novo projecto utiliza fundos angariados através do programa do cartão bio, parceria em curso através do BCI, que mobiliza até à data mais de 25 000 usuários deste cartão. Fique atento ao website da BIOFUND e acompanhe o desenvolvimento desta notícia.

Importa referir que as Tartarugas Marinhas são répteis que passam a vida inteira no mar, exceto quando as fêmeas vão às praias para desovar. Elas são migratórias, podem atravessar oceanos migrando de um continente para o outro. Um facto curioso sobre as tartarugas é que quando elas atingem a idade reprodutiva, com cerca de 20 anos, elas retornam para a praia onde nasceram para colocar os seus ovos. Em média, cada fêmea coloca cerca de 130 ovos por ano e a cada mil filhotes nascidos, somente um ou dois filhotes chegam à idade adulta, enquanto que os restantes irão servir de alimento para uma vasta cadeia ecológica.