A Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) em coordenação com o parceiro de assistência técnica Fondation François Sommer (FFS – IGF) e a União Europeia através do Programa PROMOVE Biodiversidade gerido pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) realizam durante um período de 15 dias a partir de 07 de Agosto de 2024, uma operação de translocação de 200 búfalos da Reserva Nacional de Marromeu para o Parque Nacional do Gilé, localizado nos distritos de Pebane e Gilé, na Província da Zambézia.
Parque Nacional do Gilé recebe cerca de 200 Búfalos da Reserva Nacional de Marromeu
Para o Director Geral da ANAC, Pejul Calenga, as operações de translocação de animais constituem um marco histórico para a rede nacional das áreas de conservação.
“𝘌𝘴𝘵𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘧𝘦𝘭𝘪𝘻𝘦𝘴, 𝘤𝘰𝘮 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰 𝘥𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘭𝘰𝘤𝘢çã𝘰, 𝘷𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘵𝘦𝘴𝘵𝘦𝘮𝘶𝘯𝘩𝘢𝘳 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘶𝘮 𝘮𝘢𝘳𝘤𝘰 𝘩𝘪𝘴𝘵ó𝘳𝘪𝘤𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘳𝘦𝘥𝘦 𝘯𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘢𝘴 á𝘳𝘦𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢çã𝘰. 𝘝𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘢𝘤𝘰𝘮𝘱𝘢𝘯𝘩𝘢𝘳 𝘦 𝘵𝘦𝘴𝘵𝘦𝘮𝘶𝘯𝘩𝘢𝘳 𝘯𝘰 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘦𝘯𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰. É 𝘶𝘮𝘢 𝘰𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘫á 𝘥𝘦𝘷𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘵𝘦𝘳 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘪𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘢𝘯𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘥𝘰 𝘦𝘮 2023, 𝘮𝘢𝘴 𝘥𝘦𝘷𝘪𝘥𝘰 𝘢𝘰𝘴 𝘦𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘊𝘪𝘤𝘭𝘰𝘯𝘦 𝘍𝘳𝘦𝘥𝘥𝘺, 𝘢𝘴 𝘷𝘪𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘢𝘤𝘦𝘴𝘴𝘰 𝘯ã𝘰 𝘱𝘦𝘳𝘮𝘪𝘵𝘪𝘳𝘢𝘮, 𝘮𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘢 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘳 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰 𝘩𝘪𝘴𝘵ó𝘳𝘪𝘤𝘢. 𝘌𝘴𝘵𝘢 é 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘶𝘮𝘢 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘢 𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘰𝘮𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘥𝘰 𝘎𝘰𝘷𝘦𝘳𝘯𝘰 𝘥𝘦 𝘔𝘰ç𝘢𝘮𝘣𝘪𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘷𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘢𝘴 á𝘳𝘦𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢çã𝘰. 𝘊𝘰𝘮 𝘢 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘣ú𝘧𝘢𝘭𝘰𝘴, 𝘱𝘳𝘦𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘯ã𝘰 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘳𝘦𝘴𝘵𝘢𝘶𝘳𝘢𝘳 𝘢𝘴 𝘧𝘶𝘯çõ𝘦𝘴 𝘦𝘤𝘰𝘭ó𝘨𝘪𝘤𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘳𝘦𝘱𝘰𝘷𝘰𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘦𝘴𝘱é𝘤𝘪𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢 𝘯𝘰 𝘗𝘢𝘳𝘲𝘶𝘦, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘪𝘯𝘪𝘤𝘪𝘢𝘳𝘮𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘤𝘦𝘴𝘴𝘰 𝘥𝘦 𝘤𝘳𝘪𝘢çã𝘰 𝘥𝘦 𝘣𝘢𝘴𝘦𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘰𝘳𝘢𝘳 𝘢 𝘤𝘢𝘥𝘦𝘪𝘢 𝘥𝘦 𝘷𝘢𝘭𝘰𝘳 𝘥𝘰 𝘛𝘶𝘳𝘪𝘴𝘮𝘰 𝘣𝘢𝘴𝘦𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘕𝘢𝘵𝘶𝘳𝘦𝘻𝘢 𝘷𝘪𝘴𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘰𝘷𝘦𝘳 𝘰 𝘪𝘯𝘷𝘦𝘴𝘵𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘤𝘵𝘰𝘳 𝘱𝘳𝘪𝘷𝘢𝘥𝘰 𝘦 𝘢𝘵𝘳𝘢𝘪𝘳 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘵𝘶𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘷𝘪𝘴𝘪𝘵𝘢𝘳 𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘦𝘳 𝘰𝘴 𝘗𝘢𝘳𝘲𝘶𝘦𝘴 𝘦 𝘙𝘦𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢𝘴, 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦𝘵𝘶𝘥𝘰, 𝘰𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰𝘴 𝘵𝘶𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘯𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘪𝘴.” – disse o Director Geral da ANAC, Pejul Calenga.
Para o Chefe de Equipa da Secção Resiliência, Mudanças Climáticas e Fragilidade da Delegação da União Europeia em Moçambique, Ricardo Rossi “𝘢 𝘰𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰 𝘥𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘭𝘰𝘤𝘢çã𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘣ú𝘧𝘢𝘭𝘰𝘴 é 𝘶𝘮 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘰 𝘪𝘮𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘯𝘢𝘴 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢çõ𝘦𝘴 𝘥𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘨𝘳𝘢𝘮𝘢 𝘗𝘙𝘖𝘔𝘖𝘝𝘌 𝘉𝘪𝘰𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘰𝘣𝘫𝘦𝘤𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘢 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘱𝘳𝘢𝘻𝘰 𝘥𝘦 𝘳𝘦𝘴𝘵𝘢𝘶𝘳𝘢𝘳 𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘴𝘦𝘭𝘷𝘢𝘨𝘦𝘮 𝘰𝘳𝘪𝘨𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘕𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘦 𝘎𝘪𝘭é. 𝘈𝘵é à 𝘥𝘢𝘵𝘢, é 𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪𝘱𝘢𝘪𝘴 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢çõ𝘦𝘴 𝘥𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘨𝘳𝘢𝘮𝘢, 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘢𝘵𝘦𝘳𝘪𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢 𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘰𝘮𝘪𝘴𝘴𝘰𝘴 𝘢𝘴𝘴𝘶𝘮𝘪𝘥𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘜𝘯𝘪ã𝘰 𝘌𝘶𝘳𝘰𝘱𝘦𝘪𝘢 𝘢𝘵𝘳𝘢𝘷é𝘴 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘤𝘵𝘰 𝘌𝘤𝘰𝘭ó𝘨𝘪𝘤𝘰 𝘥𝘢 𝘜𝘌 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘔𝘰ç𝘢𝘮𝘣𝘪𝘲𝘶𝘦, 𝘣𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘥𝘢 𝘕𝘢𝘵𝘶𝘳𝘈𝘧𝘳𝘪𝘤𝘢, 𝘢 𝘪𝘯𝘪𝘤𝘪𝘢𝘵𝘪𝘷𝘢 𝘥𝘦 𝘢𝘱𝘰𝘪𝘰 à 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢çã𝘰 𝘥𝘢 𝘣𝘪𝘰𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘢 𝘜𝘯𝘪ã𝘰 𝘌𝘶𝘳𝘰𝘱𝘦𝘪𝘢 𝘦𝘮 Á𝘧𝘳𝘪𝘤𝘢.”
Para o Director Executivo da BIOFUND, Luís Bernardo Honwana, esta operação é um grande marco para o Programa PROMOVE Biodiversidade, um dos programas geridos pela BIOFUND.
“𝘌𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰 𝘳𝘦𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢 𝘶𝘮 𝘦𝘴𝘧𝘰𝘳ç𝘰 𝘤𝘰𝘭𝘢𝘣𝘰𝘳𝘢𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘦𝘴𝘴𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘭 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘵𝘢𝘶𝘳𝘢çã𝘰 𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘵𝘦𝘤çã𝘰 𝘥𝘢 𝘣𝘪𝘰𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘯𝘰 𝘗𝘢𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘕𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘰 𝘎𝘪𝘭é, 𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘵𝘳ê𝘴 á𝘳𝘦𝘢𝘴 𝘣𝘦𝘯𝘦𝘧𝘪𝘤𝘪á𝘳𝘪𝘢𝘴 𝘥𝘰 𝘗𝘙𝘖𝘔𝘖𝘝𝘌 𝘉𝘪𝘰𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦, 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘯𝘤𝘪𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘜𝘯𝘪ã𝘰 𝘌𝘶𝘳𝘰𝘱𝘦𝘪𝘢. 𝘈 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘭𝘰𝘤𝘢çã𝘰 𝘯ã𝘰 𝘴ó 𝘢𝘫𝘶𝘥𝘢𝘳á 𝘢 𝘢𝘶𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳 𝘢 𝘱𝘰𝘱𝘶𝘭𝘢çã𝘰 𝘥𝘦 𝘣ú𝘧𝘢𝘭𝘰𝘴, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘧𝘰𝘳𝘵𝘢𝘭𝘦𝘤𝘦𝘳á 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘪𝘭𝘪ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘦𝘤𝘰𝘭ó𝘨𝘪𝘤𝘢 𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘰𝘷𝘦𝘳á 𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘷𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘴𝘶𝘴𝘵𝘦𝘯𝘵á𝘷𝘦𝘭 𝘯𝘢 𝘳𝘦𝘨𝘪ã𝘰. 𝘊𝘰𝘮𝘰 𝘧𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘮𝘣𝘪𝘦𝘯𝘵𝘢𝘭 𝘯𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭, 𝘢 𝘉𝘐𝘖𝘍𝘜𝘕𝘋 𝘦𝘴𝘵á 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘪𝘥𝘢 𝘦𝘮 𝘮𝘰𝘣𝘪𝘭𝘪𝘻𝘢𝘳 𝘦 𝘨𝘦𝘳𝘪𝘳 𝘳𝘦𝘤𝘶𝘳𝘴𝘰𝘴 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘯𝘤𝘦𝘪𝘳𝘰𝘴 𝘦𝘮 𝘣𝘦𝘯𝘦𝘧í𝘤𝘪𝘰 𝘦𝘹𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘰 𝘥𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢çã𝘰 𝘥𝘢 𝘣𝘪𝘰𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦𝘮 𝘔𝘰ç𝘢𝘮𝘣𝘪𝘲𝘶𝘦, 𝘨𝘢𝘳𝘢𝘯𝘵𝘪𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘪𝘤𝘪𝘢𝘵𝘪𝘷𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘢𝘮 𝘶𝘮 𝘪𝘮𝘱𝘢𝘤𝘵𝘰 𝘥𝘶𝘳𝘢𝘥𝘰𝘶𝘳𝘰 𝘦 𝘱𝘰𝘴𝘪𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘯𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 Á𝘳𝘦𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘊𝘰𝘯𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢çã𝘰.” – disse o Director Executivo da BIOFUND, Luís Bernardo Honwana.
Para o Director Geral da Foundation François Sommer (FFS – IGF), Alban de Loisy, esta translocação irá aumentar a população de búfalos do parque, actualmente estimada em 150 indivíduos, após duas outras translocações nos últimos dez anos.
“𝘋𝘦𝘴𝘥𝘦 2007 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘍𝘶𝘯𝘥𝘢çã𝘰 𝘍𝘳𝘢𝘯ç𝘰𝘪𝘴 𝘚𝘰𝘮𝘮𝘦𝘳 𝘴𝘦 𝘰𝘳𝘨𝘶𝘭𝘩𝘢 𝘥𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘢𝘳 𝘦𝘮 𝘱𝘢𝘳𝘤𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘔𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵é𝘳𝘪𝘰 𝘥𝘢 𝘛𝘦𝘳𝘳𝘢 𝘦 𝘈𝘮𝘣𝘪𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘦 𝘢 𝘈𝘥𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵𝘳𝘢çã𝘰 𝘕𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘢𝘴 Á𝘳𝘦𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘊𝘰𝘯𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢çã𝘰 (𝘈𝘕𝘈𝘊) 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘷𝘦𝘳 𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘵𝘦𝘨𝘦𝘳 𝘰 𝘗𝘢𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘕𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭 𝘥𝘰 𝘎𝘪𝘭é, 𝘦𝘮 𝘔𝘰ç𝘢𝘮𝘣𝘪𝘲𝘶𝘦. 𝘌𝘴𝘵𝘢 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘭𝘰𝘤𝘢çã𝘰 𝘥𝘦 200 𝘣ú𝘧𝘢𝘭𝘰𝘴, 𝘢 𝘮𝘢𝘪𝘰𝘳 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘷𝘦𝘻 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘢 𝘯𝘰 𝘱𝘢í𝘴, 𝘧𝘰𝘪 𝘱𝘭𝘢𝘯𝘦𝘢𝘥𝘢 𝘯𝘰𝘴 ú𝘭𝘵𝘪𝘮𝘰𝘴 𝘵𝘳ê𝘴 𝘢𝘯𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘢𝘱𝘰𝘪𝘰 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘯𝘤𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘥𝘢 𝘜𝘯𝘪ã𝘰 𝘌𝘶𝘳𝘰𝘱𝘦𝘪𝘢, 𝘢𝘵𝘳𝘢𝘷é𝘴 𝘥𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘨𝘳𝘢𝘮𝘢 𝘗𝘙𝘖𝘔𝘖𝘝𝘌 Biodiversidade, 𝘨𝘦𝘳𝘪𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘉IOFUND. 𝘐𝘳á 𝘢𝘶𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳 𝘢 𝘱𝘰𝘱𝘶𝘭𝘢çã𝘰 𝘥𝘦 𝘣ú𝘧𝘢𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘲𝘶𝘦, 𝘢𝘤𝘵𝘶𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘪𝘮𝘢𝘥𝘢 𝘦𝘮 150 𝘪𝘯𝘥𝘪𝘷í𝘥𝘶𝘰𝘴, 𝘢𝘱ó𝘴 𝘥𝘶𝘢𝘴 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢𝘴 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘭𝘰𝘤𝘢çõ𝘦𝘴 𝘯𝘰𝘴 ú𝘭𝘵𝘪𝘮𝘰𝘴 𝘥𝘦𝘻 𝘢𝘯𝘰𝘴. 𝘌𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰, 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘹𝘪𝘨𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘭𝘰𝘨í𝘴𝘵𝘪𝘤𝘰𝘴 𝘦 𝘵é𝘤𝘯𝘪𝘤𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘥𝘦𝘳á𝘷𝘦𝘪𝘴, é 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘶𝘮 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘰 𝘯𝘢 𝘳𝘦𝘤𝘶𝘱𝘦𝘳𝘢çã𝘰 𝘥𝘢 𝘧𝘢𝘶𝘯𝘢 𝘥𝘰 𝘎𝘪𝘭é.”– disse o Director Geral da Foundation François Sommer (FFS – IGF), Alban de Loisy.
Cerca de 5 anos depois desde a última translocação ocorrida em 2019, a presente operação contará com a presença de diferentes parceiros interinstitucionais da ANAC, como, a Polícia da República de Moçambique (PRM), Médicos Veterinários entre outros.
O Parque Nacional do Gilé é gerido no âmbito das Parcerias de Gestão Colaborativas entre o Governo de Moçambique, representado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e a Fondation François Sommer (FFS – IGF). A Fondation François Sommer (FFS – IGF), é uma organização de utilidade pública e sem fins lucrativos, constituída em 1966.
O Parque Nacional do Gilé, antes Reserva Nacional, foi uma das três áreas de conservação recategorizadas pelo Conselho de Ministros em 2020, numa abordagem que visa enquadrar áreas de conservação dentro do regime jurídico legal em vigor, tendo em atenção que a Lei número 16/2014 de 20 de Junho, alterada e republicada como Lei número 5/2017 de 5 Maio revogou a categoria de reserva nacional. O processo de recategorização das Áreas de Conservação, tem como objectivo enquadrar de forma racional e sustentável as áreas de conservação nas categorias que reflectem a sua realidade, tendo em atenção o estágio de preservação, a integridade e o maneio das mesmas, em termos de gestão de recursos naturais e dos habitas e ecossistemas existentes. Deste modo o Parque Nacional do Gilé teve o seu estatuto de conservação elevado, passando assim a ser uma área de protecção total.
No Parque Nacional do Gilé é possível contemplar animais de grande porte como elefantes, búfalos pela savana e floresta do miombo do Parque Nacional do Gilé. A proximidade às praias de Pebane e de Moebase, ao Gurué, e à Ilha de Moçambique fazem do Parque um ponto de passagem obrigatório para quem procura estar em contacto com a natureza. As densas florestas de miombo, planícies e vegetação ribeirinha, onde habitam centenas de espécies de aves, répteis e anfíbios, as fontes de águas termais e o distinto e exuberante Monte Pope, dão vida à paisagem deste Parque. Para disfrute dos seus hóspedes, o Parque oferece o acampamento turístico de Lice, sito na margem do Rio Lice.
Por via terrestre pode chegar ao Parque Nacional do Gilé a partir da Cidade de Quelimane ou da Cidade de Nampula. É recomendável viajar numa viatura 4×4. O Parque Nacional do Gilé situa-se cerca de 492 Kms da Cidade de Quelimane e a 334 Kms do Distrito de Mocuba. (x)
CONTACTOS PARA QUESTÕES EDITORIAIS
𝐀𝐃𝐌𝐈𝐍𝐈𝐒𝐓𝐑𝐀ÇÃ𝐎 𝐍𝐀𝐂𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋 𝐃𝐀𝐒 Á𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀ÇÃ𝐎 (𝐀𝐍𝐀𝐂)
Ivan Zacarias
Gestor de Comunicação e Imagem
ivan.zacarias@anac.gov.mz
𝐅𝐎𝐍𝐃𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐅𝐑𝐀𝐍Ç𝐎𝐈𝐒 𝐒𝐎𝐌𝐌𝐄𝐑 (𝐅𝐎𝐍𝐃𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋𝐄 𝐏𝐎𝐔𝐑 𝐋𝐀 𝐆𝐄𝐒𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐃𝐄 𝐋𝐀 𝐅𝐀𝐔𝐍𝐄)
Rachele Villa
Responsável Comunicação Programa PNAG r.villa@fondationfrancoissommer.org
𝐔𝐍𝐈Ã𝐎 𝐄𝐔𝐑𝐎𝐏𝐄𝐈𝐀 – 𝐏𝐑𝐎𝐆𝐑𝐀𝐌𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐎𝐕𝐄 𝐁𝐈𝐎𝐃𝐈𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄
Cláudia Rodrigues
Coordenadora de Comunicação para Cooperação Claudia.rodrigues@eeas.europa.eu
𝐁𝐈𝐎𝐅𝐔𝐍𝐃
Rui Esmael
Coordenador de Comunicação
BIOFUND torna-se parte da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN)
A 31 de Março do corrente ano, a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) submeteu formalmente a sua candidatura para se tornar membro da prestigiada União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
A IUCN, uma organização internacional renomada com sete décadas de experiência, tem desempenhado um papel crucial na conservação da natureza a nível mundial. A sua visão de um mundo justo que valoriza e conserva a natureza, aliada à sua missão de influenciar, incentivar e ajudar as sociedades a conservar a integridade e a diversidade da natureza de forma equitativa e sustentável, tem gerado impactos significativos.
Com uma rede diversificada de mais de 1.400 organizações membros de mais de 160 países, a IUCN integra influentes entidades governamentais, não governamentais e da sociedade civil, o que confere às suas decisões um poderoso mandato. A organização é responsável por ferramentas essenciais para a biodiversidade, como a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, a Lista Vermelha de Ecossistemas, e o Banco de Dados Mundial sobre Áreas-chave de Biodiversidade, entre outros.
Na região da África Oriental e Austral (ESARO) onde Moçambique está inserido, a IUCN conta agora com 107 membros, incluindo a BIOFUND. A adesão da BIOFUND à IUCN permite-lhe beneficiar de diversos privilégios, como uma maior influência e uma voz colectiva em questões globais de conservação, além de oportunidades para desenvolver parcerias e expandir redes internacionais. Com isso, a BIOFUND está bem posicionada para influenciar e participar em iniciativas globais de conservação, reforçando o seu compromisso com a proteção da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável em Moçambique.
Liderança Feminina na Conservação: Trajectórias de Duas Jovens Beneficiárias do PLCM
O Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM) tem sido uma força motriz no desenvolvimento de talentos de jovens no sector de conservação, destacando também o papel vital das mulheres nas acções de protecção ambiental. As trajectórias de Natércia Parruque e Humaira Badrú são exemplos brilhantes de como o PLCM está a moldar futuros líderes comprometidos com a conservação da biodiversidade no país.
Natércia Parruque, formada em Ciências da Comunicação pela Escola Superior de Jornalismo, começou a sua trajectória na BIOFUND como estagiária no sector de comunicação durante a 1ª edição do PLCM em 2020. Combinando talento e dedicação, ela rapidamente se destacou e assumiu responsabilidades crescentes, chegando à posição de Oficial de Comunicação. Natércia desempenha hoje um papel crucial na organização e comunicação de eventos voltados para a conservação da biodiversidade, com ênfase na Conferência de Biodiversidade Marinha, que reúne diversos parceiros nacionais e internacionais para discutir e promover a conservação costeira e marinha em Moçambique.
Humaira Badrú, formada em Ecologia e Conservação da Biodiversidade Terrestre pela Universidade Eduardo Mondlane, também iniciou sua carreira na BIOFUND como estagiária no sector de financiamentos inovadores durante a 1ª edição do PLCM em 2020. A sua paixão pela conservação e o seu compromisso com soluções inovadoras levaram-na a ser promovida a Oficial de Projectos. Humaira tem sido essencial na coordenação, seguimento e implementação de várias iniciativas focadas na protecção de espécies, habitats e ecossistemas, assim como no bem-estar das comunidades ao redor das Áreas de Conservação do país.
Em finais de 2023, ex-estagiários do PLCM, Ernesto Chauque e Moisés Mutevuie, com destaque para Natércia e Humaira, foram reconhecidas como Trabalhadoras do Ano pela BIOFUND, uma distinção que reflecte o profissionalismo e a dedicação de ambas. Com quase cinco anos de trabalho no sector da conservação, elas exemplificam o impacto das oportunidades proporcionadas pelo PLCM. O programa tem sido importante para abrir portas para jovens talentos, permitindo-lhes desenvolver habilidades e assumir papéis de liderança. As trajectórias de Natércia e Humaira demonstram como o PLCM pode impulsionar o crescimento profissional e inspirar uma nova geração de jovens líderes, especialmente de mulheres dedicadas à conservação da biodiversidade em Moçambique.
BIOFUND Promove a Conservação de Florestas Sagradas no Âmbito da Nova Lei Florestal
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND em parceria com o Ministério da Terra e Ambiente – MTA e a Universidade Eduardo Mondlane – UEM, realizou no dia 23 de Julho corrente, na cidade de Maputo, no edifício sede do Banco Comercial e de Investimentos – BCI, uma palestra sobre Florestas Sagradas e debate em torno da Nova Lei Florestal (Lei Nr. 17/2023, de 29 de Dezembro).
O evento que contou com 36 participantes entre membros e colaboradores da BIOFUND, parceiros e estudantes da UEM, teve como objectivo socializar a importância ambiental e socio-cultural das florestas sagradas, e promover uma reflexão aprofundada sobre os mecanismos de protecção e conservação desses importantes recursos no âmbito da revisão em curso do regulamento da nova lei florestal.
Na ocasião, Dr. Leovigildo José, representante da Comissão de Revisão do Regulamento da lei florestal da Direcção Nacional de Florestas (DINAF), fez uma contextualização do processo de revisão do anteprojecto do regulamento da lei florestal, destacando a importância de inclusão de todas camadas sociais no processo, através das consultas públicas regionais abrangentes realizadas nas três zonas do pais (sul, centro e norte).
Com base em conhecimento científico e experiências de longos anos, Dr. Pascoal Gota e Dra. Alice Massingue, respectivamente Cientistas ambientais e antropólogos da Universidade Uppsala em Suécia e Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique, ambos com experiência na realização de estudos sobre florestas sagradas em Moçambique, partilharam dados e tendências de valorização das florestas e árvores sagradas, assim como os mecanismos usados pelas comunidades para manter a conservação desse património cultural ao longo dos anos.
A palestra resultou em discussões de assuntos de destaque e recomendações que devem ser consideradas na revisão do regulamento da lei florestal, para a valorização e conservação das florestas de uso e valor histórico cultural tendo em conta o papel das comunidades locais e das entidades governamentais.
Com a promoção de eventos como este, a BIOFUND reafirma seu compromisso com a proteção do patrimônio natural e cultural de Moçambique, buscando sempre envolver a ciência e valorizar as comunidades locais em suas iniciativas de conservação.
BIOFUND Revoluciona a Angariação de Fundos para Conservação com Mentoria a Fundos Ambientais do CAFÉ e RedLAC em Maputo
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, uma instituição privada sem fins lucrativos, que mobiliza, aplica e gere recursos financeiros em benefício exclusivo da conservação da biodiversidade em Moçambique, está a assumir um papel de liderança no fortalecimento de fundos de conservação da biodiversidade em diversos países.
Desde Março de 2024, a BIOFUND tem liderado o Programa de Mentoria para Angariação de Fundos com o Sector Privado, uma iniciativa inovadora do Projecto BRIDGE lançado em 2022 pelo Consórcio dos Fundos Africanos para o Ambiente (CAFÉ) e Rede de Fundos Ambientais da América Latina e do Caribe (RedLAC). Com duração de oito meses e incluindo sessões virtuais e presenciais, este programa visa equipar os Fundos Ambientais (CTFs) do CAFÉ e RedLAC com as habilidades e conhecimentos necessários para desenvolver planos estratégicos e sustentáveis de angariação de fundos, alcançando com sucesso os seus objectivos de financiamento para conservação.
Entre os dias 15 a 19 de Julho de 2024, a BIOFUND conduziu sessões presenciais em Maputo, com a participação activa de nove membros de cinco CTFs, incluindo Fundo de Investimento Ambiental de El Salvador (FIAES), Fundo Ambiental do Malawi (MEET), Fundação BioGuinea, Fundação Tany Meva (Madagáscar), Fundo de Conservação das Áreas Protegidas (PACT) (Belize). Durante os cinco dias da visita, foram compartilhadas diversas ferramentas de angariação de fundos e promovida a interacção com doadores da BIOFUND, incluindo a União Europeia (UE), a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o Millennium Challenge Corporation (MCC). Além disso, foram discutidos mecanismos inovadores, destacando-se contrabalanços de biodiversidade, impact investment, debt for nature swap, responsabilidade social corporativa (cartão Bio e o café Manica), bem como sessões dedicadas ao aumento do perfil das iniciativas de conservação através da comunicação, eventos e exposições.
O Projecto BRIDGE, administrado pela Forever Costa Rica Association (FCRA) e apoiado pelo Fundo Francês para o Meio Ambiente Global (FFEM) e pela Fundação MAVA, é uma iniciativa transformadora que busca revolucionar o papel dos fundos ambientais no financiamento para a conservação.
Para os CTFs, estas sessões de mentoria representam uma oportunidade de aprendizagem e troca de experiências essenciais para o desenvolvimento dos fundos. “Durante os cinco dias, adquirimos um conhecimento profundo sobre angariação de fundos e exploramos diversas iniciativas para promover nossas actividades. Além disso, tivemos a oportunidade de interagir com profissionais de alto nível, enriquecendo ainda mais nossa perspectiva. Agradecemos à equipe da BIOFUND pela excelente coordenação e facilitação desta mentoria“, afirmou Alejandra Ayala, representante do Fundo de Investimento Ambiental de El Salvador.
Para a BIOFUND, este programa reafirma o seu compromisso não apenas com a conservação da biodiversidade em Moçambique, mas também com o fortalecimento global das capacidades de angariação de fundos das organizações parceiras. Através desta iniciativa, a BIOFUND está a estabelecer um legado de conservação que transcende fronteiras, garantindo que mais recursos sejam mobilizados para proteger a biodiversidade em todo o mundo.
No final da formação, espera-se que os fundos ambientais tenham estabelecido novos objectivos e metas de angariação de fundos, identificado as suas forças, fraquezas, riscos e oportunidades, diversificado fontes de financiamento, explorado novos fluxos de rendimento, melhorado as relações com doadores e parceiros, e determinado novas estratégias para construir ou aumentar os seus fundos. Além disso, o programa visa aprimorar as suas habilidades em comunicação e marketing, e desenvolver uma estratégia de angariação de fundos abrangente, inovadora e accionável com base nos conhecimentos e habilidades adquiridos durante as sessões de mentoria proporcionadas pela BIOFUND e parceiros.
Treinamento sobre SAS, Género, VBG, EAS/AS Fortalece Capacidades no Âmbito do Projecto MozNorte
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) em coordenação com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), realizou um treinamento sobre Salvaguardas Ambientais e Sociais (SAS), Género, Violência Baseada no Género (VBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS) e Assédio Sexual (AS) nos dias 9 e 10 de Julho no distrito de Angoche, província de Nampula. A formação é parte das actividades do Projecto de Resiliência Rural do Norte de Moçambique (MozNorte), um esforço conjunto do Governo de Moçambique e do Banco Mundial.
O treinamento foi dirigido a 35 beneficiários de diversas organizações, incluindo a ANAC, a Área de Proteção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS), a BIOFUND, o WWF, representantes de instituições prestadoras de serviços formais de VBG/EAS/AS, instituições governamentais e organizações parceiras. O objectivo principal foi fortalecer as capacidades do provedor de serviços do projecto a nível da APAIPS (WWF) e das partes interessadas na implementação das melhores práticas ambientais e sociais, com especial atenção às questões de género e VBG/EAS/AS. A iniciativa visa a mitigação e resposta eficaz aos riscos de VBG e EAS/AS, promovendo a conscientização e preparação dos beneficiários do projecto e parceiros da APAIPS sobre os protocolos e mecanismos de atendimento às vítimas de violência.
Conduzido de forma presencial, o treinamento adotou uma abordagem participativa que combinou apresentações teóricas com discussões práticas, dinâmicas e exercícios de reflexão. A abordagem incluiu a construção conjunta dos conceitos de género, desigualdades, equidade e igualdade, reconhecendo a necessidade de um trabalho contínuo de desconstrução e reinterpretação destas questões.
Com este treinamento, espera-se que os participantes estejam mais capacitados para assegurar as boas práticas ambientais e sociais, bem como na gestão de questões de género e VBG/EAS/AS. Além disso, o evento proporcionou uma oportunidade para o estabelecimento de sinergias e colaboração entre as diferentes partes interessadas.
Esta iniciativa sublinha o compromisso contínuo da BIOFUND e das instituições parceiras em promover a resiliência comunitária, a igualdade de género e a gestão sustentável dos recursos naturais no norte de Moçambique.
A Fascinante Ilha de Moçambique: Uma Jornada de História, Cultura e Reflexão Climática
A Ilha de Moçambique, situada na costa nortenha do país, é um destino que ressoa com uma profunda riqueza histórica e cultural. Durante as actividades da 2ª Conferência da Biodiversidade Marinha, a equipa da BIOFUND – Fundação para a Conservação da Biodiversidade e demais convidados tiveram a oportunidade de explorar este lugar fascinante, e a experiência foi verdadeiramente transformadora.
Como uma das primeiras colónias portuguesas na África, a Ilha de Moçambique desempenhou um papel crucial como entreposto comercial. Ao caminhar pelas suas ruas estreitas e ladeadas de edifícios coloniais, sentimos como se estivéssemos voltando no tempo. A arquitectura imponente, incluindo a Fortaleza de São Sebastião e o Palácio de São Paulo, ambos testemunhos vivos de um passado multifacetado, nos impressionou profundamente.
A Fortaleza de São Sebastião, construída no século XVI, permanece como um símbolo da resistência e da engenharia militar da época. Já o Palácio de São Paulo, que agora abriga um museu, oferece uma janela para a vida colonial com sua impressionante colecção de artefactos históricos. Cada pedra e cada parede contam uma história, e é impossível não nos sentirmos tocados pela história que permeia o ar.
No entanto, a verdadeira alma da Ilha de Moçambique reside em seus habitantes. A hospitalidade calorosa e o orgulho cultural dos moradores locais foram evidentes em cada interacção. Uma das partes mais impactantes da visita foi a instalação imersiva “Nakhoda e a Sereia”, da realizadora moçambicana Yara Costa. Esta obra exibe o património cultural marítimo da Ilha de Moçambique e alerta para o impacto das mudanças climáticas nas comunidades locais, numa viagem virtual até 2030. Este alerta é um chamado urgente para a crise climática, que já está afectar muitas comunidades costeiras ao redor do mundo e em Moçambique em particular. Estudos científicos mostram que a elevação do nível do mar e as tempestades mais frequentes colocam em risco ecossistemas vitais e a sobrevivência das populações costeiras.
Não é apenas uma questão de proteger a história e a cultura, mas de garantir a sobrevivência das comunidades e dos ecossistemas costeiros. A ciência nos diz que a janela para agir está cada vez mais a fechar, e cabe a nós, como sociedade, responder com urgência e compromisso.
Nossa visita à Ilha de Moçambique foi mais do que uma simples viagem; foi uma jornada de descoberta e aprendizado. Cada momento passado na ilha nos ensinou algo novo sobre a rica tapeçaria histórica e cultural de Moçambique. Saímos com um profundo respeito pela história e pela resiliência dos seus habitantes.
Para aqueles que procuram uma experiência de viagem que ofereça tanto beleza natural quanto uma profunda imersão cultural, a Ilha de Moçambique é um destino imperdível. Explore suas ruas, converse com seus moradores e deixe-se encantar por este lugar singular. E não se esqueça de reflectir sobre o impacto das mudanças climáticas e a importância de preservar estes tesouros para as futuras gerações!
Por: Humaira Agibo Badrú
BIOFUND, ANAC e INEP Juntas em Workshop para Conservação Liderada por Mulheres
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), através do Programa de Liderança para a Conservação de Biodiversidade de Moçambique (PLCM), financiado pelo projecto Banco Mundial/ MozBio2 e projecto PCB/SIDA organizou na quarta-feira, na Cidade de Maputo, um workshop de capacitação para 25 jovens mulheres. Este evento marcou o início da 6ª Edição do programa de estágio voltado para a Conservação da Biodiversidade em Moçambique.
O estágio tem como objectivo aumentar a participação de mulheres em temas de conservação ambiental, respondendo à actual predominância masculina entre os agentes de conservação. As participantes serão alocadas em parques nacionais, instituições privadas e no sector público, todas envolvidas na promoção da Conservação da Biodiversidade no país.
Luís Bernardo Honwana, Director Executivo da BIOFUND, incentivou as estagiárias a enfrentarem os desafios e a contribuírem activamente para a remodelação do PLCM. “Lutem, não desistam, nos locais em que serão alocadas terão desafios de várias ordens, pois as mulheres estão em menor número na conservação da biodiversidade, mas a sua integração e contributo são relevantes para o alcance de objectivos mais palpáveis,” disse Honwana.
Paulo Barros, representante da Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC), expressou a esperança de que as diversas áreas de formação das estagiárias contribuam para a criação de ideias na conservação e utilização sustentável dos recursos naturais.
O evento visou apresentar as metas, expectativas e desafios do estágio, além de fornecer uma introdução abrangente sobre os aspectos de conservação a serem abordados ao longo do Programa.
Acompanhe o progresso desta jornada emocionante nas páginas da BIOFUND e do PLCM.
Lançado o Projecto de Resiliência Rural no Norte de Moçambique nas Ilhas Primeiras e Segundas
No passado dia 27 de Junho, teve lugar na cidade de Nampula o seminário de arranque do Projecto de Resiliência Rural do Norte de Moçambique-MozNorte, na Área de Proteção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS). Este evento, parte do Projecto MozNorte, é financiado pelo Banco Mundial através da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e conta com o apoio do Governo de Moçambique.
O evento contou com a presença de mais de 50 convidados, incluindo representante do Governo da Província de Nampula, Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) administradores dos distritos de Larde, Moma e Angoche, institutos de formação técnico-profissional da Província de Nampula e membros de várias organizações como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Rare, Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS) e BIOFUND. Destacaram-se as presenças de Ali Auasse, representante do Governo da Província de Nampula, e Ricardina Matusse, Administradora da APAIPS.
Com uma duração de 34 meses e um financiamento total de 1.7 milhões de USD, o projecto será implementado pela WWF-Moçambique, em estreita coordenação com a administração da APAIPS. O principal objectivo é fortalecer a gestão sustentável dos recursos naturais, promover a educação ambiental e capacitar tecnicamente as comunidades locais. Entre as metas principais deste projecto, está a criação de um quadro de governação eficaz, melhoria das ferramentas, e planos de gestão e o reforço da fiscalização na APAIPS.
Inseridas no Projecto MozNorte, com implementação até 2026, o projecto abrange áreas essenciais como agricultura, desenvolvimento rural, conservação e pesca, visando melhorar os meios de subsistência das comunidades vulneráveis nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.
Durante o seminário, foram discutidos os mecanismos de coordenação do projecto e a formação da estrutura do Comité de Aconselhamento, composto por várias instituições públicas e privadas. Também foi debatida a proposta do plano de actividades e as metodologias de implementação do projecto.
Um dos momentos mais marcantes foi a apresentação do Programa de Bolsas de Estudos do Ensino Técnico Profissional, que beneficia 35 adolescentes e jovens dos distritos de Angoche, Moma e Larde. Além disso, foi realizada uma indução sobre Salvaguardas Ambientais e Sociais, destacando conceitos chave, áreas de actuação e formas de funcionamento.
O evento encerrou com uma síntese das discussões e a apresentação da proposta de plano de acção, reafirmando o compromisso de todos os envolvidos na conservação da biodiversidade e no desenvolvimento sustentável da APAIPS.
Moçambique cria Capacidade Técnica para Estimativas de Perdas e Ganhos de Biodiversidade na Implementação de Contrabalanços de Biodiversidade
O Programa COMBO+, uma parceria entre o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), Wildlife Conservation Society (WCS-Moçambique) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), trouxeram a Maputo a Doutora Martine Maron da Universidade de Queensland, para capacitar 47 técnicos da Repartição de Avaliação e Acompanhamento de Contrabalanços de Biodiversidade (RAACB) da Direcção Nacional do Ambiente (DINAB), representantes da Comissão Técnica de Avaliação de Avaliação de Impacto Ambiental (CTA), consultores ambientais, academia e membros de departamento de ambiente de mega-projectos de desenvolvimento.
O treino decorreu entre 19 e 20 de Junho de 2024 e teve como objectivo criar capacidade nacional para o desenvolvimento de métricas aplicadas a espécies e ecossistemas para estimativa de perdas e ganhos de biodiversidade no contexto de implementação de contrabalanços de biodiversidade, de acordo com a Directiva sobre os Contrabalanços de Biodiversidade (Diploma Ministerial no 55/2022, de 19 de Maio).
Este treino marca o fim desta fase do programa de capacitação modular implementado pelo programa COMBO+ desde em 2021, direcionado à Repartição de Avaliação e Acompanhamento de Contrabalanços de Biodiversidade (RAACB) da DINAB, Comissão Técnica de Avaliação de Avaliação de Impacto Ambiental (CTA), academia, sector privado, ONGs e todos outros actores envolvidos na implementação de contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique.
Serão implementados mais treinos de reforço da capacidade nacional, sendo os próximos dirigidos ao sector financeiro e aos estudantes. De qualquer modo, com a conclusão do plano de treinamento modular, considera-se que o país possui as bases necessárias para a implementação efectiva dos Contrabalanços de Biodiversidade, de acordo com Diploma Ministerial no 55/2022, de 19 de Maio.
Martine Maron (PhD) é professora de Gestão Ambiental na Universidade de Queensland e é presidente do Grupo Temático de Mitigação de Impactos e Compensação Ecológica (IMEC), que faz parte da Comissão de Gestão de Ecossistemas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e que tem como objetivo apoiar a melhoria contínua das melhores práticas na aplicação da hierarquia de mitigação.
O Programa COMBO+ é actualmente financiado pela Agence Française de Developpement (AFD) e pelo Fonds Français pour l’Environnement Mondial (FFEM), com cofinanciamento de outros doadores, incluindo a NORAD. Em Moçambique, o COMBO+ é também financiado pelo MOZBIO 2 (Banco Mundial), PNUD (BIOSFAC e BIOFIN) e pela Embaixada da Suécia (SIDA).
2ª Edição da Conferência da Biodiversidade Marinha reúne mais de 6000 participantes e anuncia próxima edição na Beira
A 2ª Edição da Conferência da Biodiversidade Marinha, realizada nos dias 17 e 18 de Junho de 2024 em Nacala-Porto, foi um evento de grande sucesso, reunindo um total de 510 participantes presenciais e mais de 6000 participantes online nos dois dias do evento. Este evento, organizado pela BIOFUND em colaboração com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas e diversos parceiros nacionais e internacionais, destacou a importância da conservação dos ecossistemas marinhos e costeiros de Moçambique.
• Adaptação baseada em Ecossistemas: Foi sublinhada a necessidade de descentralização e de uma abordagem integrada e a promoção de novas técnicas de pesca sustentáveis. A importância de envolver as comunidades locais na gestão dos recursos marinhos e a educação das crianças em idade escolar sobre a preservação ambiental também foram temas centrais.
• Áreas de Conservação Marinha: Discutiram-se os desafios no uso de recursos em áreas protegidas, a expansão dos limites de áreas protegidas e a necessidade de maior financiamento para projetos de conservação de invertebrados marinhos, que têm sido menos priorizados em comparação com espécies de grande porte.
• Biodiversidade Costeira e Marinha: Destacou-se a importância da divulgação pública de dados de pesquisas e relatórios de conservação, garantindo a partilha, transparência e mais sensibilização sobre os esforços de conservação.
A Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso, enfatizou a necessidade de comunicação clara e efetiva para a implementação das medidas de conservação e o papel vital das técnicas de pesca sustentável. O Presidente do Conselho de Administração da BIOFUND, Dr. Narciso Matos, reafirmou o compromisso da BIOFUND na mobilização de recursos e gestão da conservação da biodiversidade. Alexandra Jorge, Diretora de Programas da BIOFUND, ressaltou a importância da integração de temáticas de pesquisas nestes eventos de debates, cujos resultados são a base para a tomada de decisões de gestão e estratégicas e do envolvimento das crianças nas iniciativas de conservação.
O evento proporcionou uma plataforma valiosa para a troca de conhecimentos, apresentação de pesquisas inovadoras e fortalecimento das redes de colaboração entre os participantes.
A realização deste evento contou com o generoso apoio e engajamento de inúmeros parceiros e financiadores.
Entre os organizadores, destacam-se o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), o Instituto Oceanográfico de Moçambique (InOM), Museus do Mar, Museu da História Natural, Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), a Wildlife Conservation Society (WCS), a Universidade Eduardo Mondlane, a Universidade Lúrio, Fundação Likhulu, o Instituto de Ciências de Saúde de Nacala, a Cooperativa de Educação Ambiental Repensar, o Santuário Marinho de Mulala e o Instituto Oikos.
Os financiadores incluem o Blue Action Fund – BAF, Governo da Suécia, Banco Mundial através do MozBio 2, o projecto da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO na parceria da comissão das pescas do sudoeste do oceano Índico (SWIOFC) e da Convenção de Nairobi, a Cooperação Alemã através do GIZ , Peace Parks Foundation (PPF), a Cooperação Italiana, a RARE, a ADRA, o IDEA Global através da USAID, o Blue Planet Fund UK, a Embaixada de Portugal, a União Europeia através do Programa PROMOVE Biodiversidade, o WIOMSA, o BCI, o NED BANK, e o MOZA.
A 2ª Edição da Conferência da Biodiversidade Marinha encerrou com o anúncio do local para a próxima edição, em 2025, que será realizada na cidade da Beira, província de Sofala. Esta decisão visa expandir o alcance do evento e continuar a promover a conservação dos ecossistemas marinhos e costeiros em diferentes regiões do país.
Esta conferência foi uma oportunidade única para unir esforços e discutir estratégias eficazes para a proteção da biodiversidade marinha de Moçambique. Espera-se que as recomendações e conexões estabelecidas durante o evento inspirem ações concretas e duradouras, garantindo um futuro mais sustentável para os ecossistemas marinhos e costeiros e as comunidades que deles dependem. A exposição e actividades de educação ambiental integradas no evento, continuam abertas ao público até ao dia 23 de Junho, no Instituto de Ciências de Saúde de Nacala-Porto.
Para saberes mais, visita a nossa página da 2ª edição da Conferência da Biodiversidade Marinha https://www.biofund.org.mz/projects/conferencia-da-biodiversidade-marinha/.
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Ponta do Ouro Celebra Segundo Aniversário com Eventos e Actividades Culturais
Nos dias 6 e 7 de Junho de 2024, a vila da Ponta do Ouro, situada no distrito de Matutuine, celebrou o segundo aniversário da sua elevação à categoria de vila. As festividades contaram com a presença de mais de 300 participantes, incluindo Euclides Zavala, Chefe do Posto Administrativo de Zitundo, Carlos Henriques, membro do Conselho de Administração da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), representantes do Parque Nacional de Maputo (PNAM), representantes da Área de Proteção Ambiental de Maputo (APAM), régulos locais, operadores turísticos e alunos das escolas primárias e secundárias da região.
No dia 6 de Junho, a BIOFUND e a APAM organizaram diversas actividades na Escola Primária Completa da Ponta do Ouro. Estas incluíram uma exposição e palestras sobre a conservação da biodiversidade, direcionadas aos alunos da Escola Primária Completa da Ponta do Ouro, da Escola de Malongane e da Escola Comunitária Graça Machel.
No dia 7 de Junho, as celebrações começaram com a cerimónia de colocação da primeira pedra para a construção da Praça dos Heróis da Vila da Ponta do Ouro, liderada por Euclides Zavala. Em seguida, as autoridades locais proferiram discursos, agradecendo à comunidade pelo seu empenho e contributo no desenvolvimento da vila, e destacando os desafios futuros, como a construção de estradas e a resolução de problemas de saneamento. As bibliotecas vivas da vila foram reconhecidas pelos seus esforços contínuos. Além disso, houve uma feira gastronómica e exposições de várias instituições que operam na região.
Carlos Henriques, sublinhou a importância da conservação dos ecossistemas locais e do desenvolvimento sustentável da região. Ele destacou os esforços da BIOFUND na proteção da vida marinha, na educação ambiental e no fortalecimento de parcerias com organizações nacionais e internacionais para enfrentar os desafios ambientais.
As actividades educativas e culturais promovidas pela BIOFUND e APAM reforçaram a importância da conservação ambiental e a colaboração entre a comunidade e as organizações dedicadas ao desenvolvimento sustentável.
BIOFUND Participa na Celebração do Dia Internacional dos Oceanos e anuncia a 2ª Edição da Conferência da Biodiversidade Marinha
Sob o lema “Incentivar à Acção para o Nosso Oceano e o Clima”, o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a embaixada do Reino da Noruega, a WWF, a IUCN e a Cooperação Italiana celebraram o Dia Internacional dos Oceanos no último sábado, 8 de Junho de 2024, no Museu do Mar, em Maputo.
O evento teve como principal objectivo a troca de experiências e reflexões criativas sobre a necessidade de uma acção global coordenada para maximizar os benefícios do mar, promovendo a sustentabilidade e a protecção dos oceanos e da vida marinha.
Na ocasião, a Ministra Lídia Cardoso destacou a importância da produção de conhecimento científico e a adaptação das comunidades às mudanças climáticas que afectam o país, enfatizando que esses temas devem ser debatidos amplamente.
A ministra também fez referência à 1ª Edição da Conferência da Biodiversidade Marinha, realizada em 2023 no mesmo local, e anunciou a 2ª Edição da Conferência, que acontecerá em Nacala-Porto nos dias 17 e 18 de Junho de 2024.
Alexandra Jorge, Directora de Programas da BIOFUND, comunicou que a próxima edição da conferência recorrerá a ciência, arte e cultura para criar uma plataforma de sinergias e promover debates anuais sobre a conservação da biodiversidade marinha em Moçambique. Os temas centrais incluirão Adaptação Baseada nos Ecossistemas, Áreas de Conservação Marinhas, Biodiversidade Costeira e Marinha, e Educação Ambiental.
Fiquem conectados às páginas do Facebook e Linkedin da Conferência de Biodiversidade Marinha para saberem mais sobre os vários momentos do evento e novidades sobre a 2ª Edição a ser realizada dentro 6 dias.
Impulsionando os Contrabalanços de Biodiversidade: BIOFUND e WCS-Moçambique Realizam Visita Estratégica a El Salvador
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Wildlife Conservation Society (WCS-Moçambique), parceiros do Programa COMBO+, embarcaram em inspiradora troca de experiências com o Fondo de Inversión Ambiental de El Salvador (FIAES). Esta visita foi essencial para entender os dez anos de sucesso do fundo ambiental FIAES na implementação de contrabalanços de biodiversidade em El Salvador, América Central.
Entre os dias 27 e 31 de Maio de 2024, seis membros do Programa COMBO+ da delegação de Moçambique, três da BIOFUND e três da WCS participaram da fase presencial do Programa de Mentoria do Projecto BRIDGE, uma iniciativa da RedLac e CAFÉ, lançado em 2022. Com a presente mentoria, pretende-se impulsionar o processo de conservação e restauração de ecossistemas e paisagens com a contribuição do sector privado, através do mecanismo de contrabalanços de biodiversidade.
Durante a visita, a delegação de Moçambique teve a oportunidade de interagir com o Fundo Ambiental FIAES, o Ministerio de Medio Ambiente y Recursos Naturales de la República de El Salvador (MARN), responsáveis e técnicos de várias áreas protegidas, proponentes de projectos e implementadores das acções de contrabalanços de biodiversidade no terreno. A equipa participou em diversas visitas de campo onde foi possível observar as acções de conservação de espécies ameaçadas e em perigo de extinção, além das actividades de restauração implementadas através do mecanismo de contrabalanços de biodiversidade.
A visita ao El Salvador representa um marco importante em termos de aprendizagem para Moçambique, numa altura em que o país está prestes a iniciar a implementação efectiva dos contrabalanços de biodiversidade no país, após a publicação da Directiva sobre os Contrabalanços de Biodiversidade (Diploma Ministerial no 55/2022, de 19 de Maio).
Esta colaboração internacional promete fortalecer as práticas de conservação e restauração em Moçambique, utilizando as valiosas lições aprendidas em El Salvador, promovendo um futuro mais sustentável para a biodiversidade.
Parceria entre BIOFUND, Parque Nacional de Chimanimani e Associação Eden Reforestation capacita membros da comunidade local para implementação de actividades de restauração ecológica.
Decorreu de 20 a 24 de Maio de 2024, a capacitação de 24 membros da comunidade local e 4 técnicos do Parque Nacional de Chimanimani (PNC) em matérias de restauração ecológica no PNC.
O treinamento teórico-prático resulta do acordo assinado entre a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) em Novembro de 2023, para impulsionar a restauração ecológica no Parque Nacional de Chimanimani, como parte do Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário (CBDC) implementado na paisagem de Chimanimani com apoio financeiro da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e do Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM), que visa a recuperação de áreas degradadas e a melhoria da biodiversidade no PNC e sua zona tampão.
Com este treinamento, facilitado por um técnico da Associação Eden Reforestation, inicia a implementação no terreno das actividades de restauração no âmbito do projecto piloto de contrabalanços de biodiversidade, implementado sob liderança do PNC, com vista a fortalecer a sua capacidade para contribuir para implementação efectiva da Hierarquia de Mitigação e Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique, conforme estabelecido na Directiva dos Contrabalanços de Biodiversidade (Diploma Ministerial no. 55/2022 de 19 de Maio).
PROMOVE Biodiversidade: APAIPS Inaugura Novos Escritórios e Fortalece Conservação da Biodiversidade
Decorreu a 30 de Maio, em Angoche, província de Nampula, a cerimónia de inauguração das instalações da Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas. Uma infra-estrutura construída com apoio da Blue Action Fund (BAF) e do Programa PROMOVE Biodiversidade, financiado pela União Europeia e coordenado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade- BIOFUND, a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), e o consórcio WWF-AENA-Kulima como parceiro de implementação.
A cerimónia de inauguração contou com a presença de Sua Excia a Ministra da Terra e Ambiente, que destacou a importância da nova infra-estrutura, recomendando que sirva como um centro de inovação exemplar com medidas eficazes para a conservação ambiental. “A infra estrutura que acabamos de inaugurar, coloca a APAIPS como a primeira Área de Protecção Ambiental com instalações próprias, proporcionando condições dignas aos funcionários e melhorando a prestação de serviços ao cidadão,” destacou a Ministra.
Avaliada em pouco mais de 6 milhões de meticais, a nova infra-estrutura inclui o Gabinete do Administrador, Gabinete Técnico, Sala de Reuniões, Secretaria, sanitários e outros compartimentos que dinamizarão as atividades de gestão da Área de Conservação.
A APAIPS abrange cerca de um milhão de hectares, ricos em recifes de corais, mangais e a floresta endémica de Icuria dunensis. Foi a primeira Área de Protecção Ambiental oficialmente criada em Moçambique pelo Decreto nº 42/2012 de 12 de Dezembro, com o objectivo de proteger a extensa “cordilheira de recifes” que, em certos locais, aflora à superfície.
Esta inauguração representa um avanço significativo na implementação do Programa PROMOVE Biodiversidade, reforçando a infra-estrutura e as capacidades necessárias para proteger um dos ecossistemas mais valiosos do país.
Assinado Acordo de USD 100 milhões para Promoção de Meios de Subsistência Costeira e Resiliência Climática em Moçambique
No dia 24 de Maio de 2024, na cidade de Maputo, foi assinado o Acordo de Parceria do Programa de Meios de Subsistência Costeiros e Resiliência Climática (CLCR) entre o Gabinete do Desenvolvimento do Compacto-II, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e o Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul). Este acordo é vital para impulsionar a recuperação e a resiliência das regiões costeiras na província da Zambézia, afetadas pelas mudanças climáticas e pela degradação dos ecossistemas costeiros.
O evento de assinatura contou com a presença de mais de 70 intervenientes, destacando-se Max Tonela, Ministro da Economia e Finanças (MEF), Carlos Mesquita, Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH), Peter Vrooman, Embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, Higino Marrule, Coordenador Nacional do GDC-II, Pio Matos, Governador da Província da Zambézia, Narciso Matos, Presidente do Conselho de Administração da BIOFUND, Simeão Lopes, Presidente do Conselho de Administração do ProAzul, Kenneth Millen, Director Geral do MCC em Moçambique, Agostinho Vuma, Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), e representantes de vários ministérios, do sector público e do privado.
O Ministro da Economia e Finanças destacou a importância do novo acordo de cooperação entre Moçambique e os Estados Unidos, sublinhando que o segundo Compacto, assinado em Setembro em Washington, representa um passo crucial para o desenvolvimento sustentável do país. Ele enfatizou que o Compacto II, com um investimento total de 500 milhões de dólares, incidirá em áreas estratégicas como agricultura, infraestruturas e resiliência climática, visando não apenas impulsionar o crescimento económico, mas também melhorar a qualidade de vida das comunidades e reforçar a capacidade do país de enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração da BIOFUND ressaltou os benefícios significativos para as comunidades costeiras da província da Zambézia, visando fortalecer os meios de subsistência, promover a resiliência climática e proteger os ecossistemas marinhos e costeiros. Além disso, proporcionará oportunidades de emprego e capacitação, promovendo um desenvolvimento económico inclusivo e sustentável. A BIOFUND compromete-se a utilizar os recursos de forma eficiente e transparente para maximizar os benefícios locais e nacionais, consolidando o seu papel na conservação da biodiversidade e no uso sustentável dos recursos naturais de Moçambique.
O Projecto CLCR, avaliado em 100 milhões de dólares, será implementado pela BIOFUND em parceria com o ProAzul ao longo de seis anos, divididos em duas fases. O objectivo é aumentar a produtividade e a resiliência dos ecossistemas costeiros na província da Zambézia. As principais actividades a serem implementadas incluem a gestão aprimorada dos ecossistemas, a criação de oportunidades de subsistência sustentáveis baseadas nos recursos naturais e o fortalecimento das instituições para assegurar o sucesso do Compacto.
Este projecto será uma excelente oportunidade para a BIOFUND e seus parceiros, demonstrarem a sua capacidade de compromisso a longo prazo, garantindo um impacto positivo e duradouro na conservação da biodiversidade e no desenvolvimento sustentável da região.
PLCM Celebra o Dia Internacional da Biodiversidade num Workshop em Manica
Alusivo às celebrações do Dia Internacional da Biodiversidade, em 22 de Maio, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) através do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), uniu forças com a Universidade Zambeze (UNIZAMBEZE) e os Parques Nacionais de Mágoè, Gorongosa e Chimanimani para realizar um workshop para a celebração da diversidade biológica.
O evento, realizado no campus da UNIZAMBEZE, na Cidade de Chimoio, atraiu 230 estudantes, representantes do governo provincial de Manica e uma vasta gama de parceiros comprometidos com a conservação da biodiversidade. Gildo Chivale, Oficial de Formação do PLCM, incentivou o público a atrair os jovens para o Sistema Nacional das Áreas de Conservação, enfatizando a importância da contribuição dos jovens no desenvolvimento do sector e a possibilidade de solidificar as suas carreiras através do intercâmbio de conhecimento com profissionais mais experientes.
Como parte do evento, foi inaugurada na UNIZAMBEZE uma exposição que retrata a biodiversidade de Moçambique, com foco especial nas paisagens e espécies de flora e fauna do Parque Nacional de Chimanimani. Esta exposição, parte do projecto da Sala de Conservação da Escola Secundária de Sussundenga, estará aberta ao público em geral até 12 de Junho de 2024, convidando todos a mergulharem na beleza e no mistério da natureza.
O PLCM, uma iniciativa coordenada pela BIOFUND em parceria com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) desde 2019, conta com o financiamento do Banco Mundial e do Governo da Suécia.
Programa de Conservação da Biodiversidade avalia progressos na Reserva Nacional de Pomene
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e representantes da Embaixada da Suécia, no contexto do Programa de Conservação da Biodiversidade, realizaram entre os dias 6 e 10 de Maio de 2024 uma visita de monitoria das actividades em curso na Reserva Nacional de Pomene (RNP). A visita focou-se nas obras de construção de um armazém e na reabilitação da residência do Administrador da Reserva, financiadas pela Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (SIDA-Suécia), após terem sido severamente afectadas pelo ciclone Freddy.
Durante a visita, o Administrador da Reserva apresentou as actividades em curso, destacando os progressos nas iniciativas comunitárias, avanços no sector da ecologia e conservação, bem como os desafios e perspectivas futuras. Discutiram-se os processos em curso para a construção de ambas infraestruturas. Foram também exploradas possíveis sinergias entre projectos financiados pela SIDA-Suécia, em áreas como energias renováveis, com destaque para a solar, gestão participativa dos recursos naturais e infra-estruturas de gestão e turismo, visando melhorar a gestão da Reserva e impulsionar o turismo.
Com uma área de 200km², a Reserva Nacional de Pomene localizada no Distrito de Massinga, Província de Inhambane, é caracterizada por uma grande diversidade de espécies de flora e fauna.
Destacam-se três espécies de primatas, incluindo o macaco simango, Cercopithecus mitis cuja espécie se encontra protegida por lei em Moçambique, e a cicadácea Encephalartos ferox, a qual se encontra num estado de vulnerabilidade devido à perda de habitat, colecta ilegal e outros impactos humanos. Ao longo da Baía de Pomene, existe uma extensa floresta de mangal, onde é notória a ocorrência de espécies como a Avicennia marina (mangal branco); Ceriops tagal (mangal siriúba); Bruguiera gymnorhiza (mangal da India); Sonneratia alba (mangal bravo) e Rhizophora mucronata (mangal vermelho), sendo esta última a espécie mais dominante.
BIOFUND e Manica Coffee Celebram Nova Designação e Compromisso com a Conservação da Biodiversidade
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), tem o prazer de anunciar que a sua parceira de longa data, anteriormente conhecida como Café de Manica, passa a operar sob o novo nome de Manica Coffee.
Esta mudança de nome representa uma evolução natural da marca, que continua comprometida em apoiar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável, especialmente no Parque Nacional de Chimanimani (PNC).
A parceria entre a BIOFUND e a Manica Coffee é fundamental para o desenvolvimento econômico e ambiental do Parque Nacional de Chimanimani e da sua Zona Tampão. Parte das receitas é canalizada para iniciativas que promovem a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais.
A BIOFUND continuará a colaborar estreitamente com a Manica Coffee, garantindo que os recursos financeiros sejam direcionados para projetos que beneficiem as comunidades locais e contribuam para a conservação deste ecossistema único da região.
BIOFUND Realiza Treinamento para Reforçar Salvaguardas Ambientais, Sociais e de Género
Decorreu entre os dias 13 e 14 de Maio de 2024, na Cidade de Maputo, um treinamento sobre Salvaguardas Ambientais e Sociais (SAS), Género, Violência Baseada no Género (VBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS) e Assédio Sexual (AS). O evento visou capacitar os colaboradores da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e de agências implementadoras dos projetos incluindo a equipa técnica do MTA/ANAC.
O treinamento contou com um grande leque de palestrantes, do Banco Mundial, do Millennium Challenge Corporation (MCC), da Embaixada da Suécia, de Serviços de Saúde da Cidade de Maputo, do Gabinete de Atendimento à Família, Mulher Vítima de Violência (GAFMVV), da Associação MUVA, do Instituto do Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ), do MIMAIP/ProAzul Moçambique, da OXFAM e do Ministério de Género, Criança e Acão Social (MGCAS). O treinamento teve cerca de 80 participantes e discutiu e aprofundou temas relacionados a salvaguardas ambientais e sociais, bem como questões de género, VBG e EAS/AS.
Luís Bernardo Honwana, director executivo da BIOFUND, salientou a importância de integrar as Salvaguardas Ambientais, Sociais e Género na cultura da organização, reconhecendo que este é um novo paradigma. Enfatizou que a BIOFUND deve ser reconhecida pelo compromisso com estas salvaguardas, além dos resultados alcançados pelos seus programas.
O treinamento teve um grande engajamento e interação dos participantes, e abordou obrigações do Código de Conduta (CC), que promove os direitos humanos sem discriminação e a tolerância zero a comportamentos abusivos. Debateram-se a divisão desigual de trabalho, o acesso limitado a recursos e a exclusão das mulheres nos espaços de decisão.
O IPAJ destacou a importância de encaminhar as vítimas de violência para avaliação médica e assistência jurídica, especialmente em casos de violência doméstica. Em Moçambique, a prevalência de violência contra mulheres e crianças foi abordada, sublinhando a necessidade de proteger todos os grupos vulneráveis. Estatísticas mostram que 37% das mulheres e raparigas moçambicanas sofrem violência física ou sexual, e uma em cada quatro crianças entre os 15 e os 19 anos foi vítima de violência física, sexual ou emocional.
Este treinamento reafirma o compromisso da BIOFUND e dos seus parceiros em promover um ambiente de trabalho seguro e respeitoso, protegendo e valorizando a dignidade de todos os colaboradores. Além disso, visa criar uma cultura organizacional que priorize a sensibilidade e prevenção contra VBG, e EAS/AS, o respeito pelos direitos humanos e a igualdade de género, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a justiça social em Moçambique.
Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) prepara-se para implementação de contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique: 21 Técnicos capacitados na aplicação do Diploma Ministerial nº 55/2022
Decorreu na Cidade de Maputo, entre os dias 27 e 28 de Março de 2024, uma capacitação dedicado aos técnicos da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), sobre o novo Diploma Ministerial nº 55/2022, que aprova a Directiva sobre Contrabalanços da Biodiversidade, que corresponde aos resultados mensuráveis de conservação que provêm de acções destinadas a compensar os impactos residuais significativos na biodiversidade decorrentes de projectos de desenvolvimento após terem sido tomadas as medidas apropriadas para evitar e minimizar os impactos e restaurar as áreas afectadas.
De acordo com o mesmo Diploma, de modo a garantir a viabilidade e permanência dos resultados do contrabalanço, estes devem de preferência serem desenvolvidos dentro das Áreas de conservação ou em outras Áreas importantes para a Biodiversidade fora da rede das áreas de conservação (garantindo a sua proteção e gestão formal). Portanto, reconhecendo o papel da ANAC na implementação e gestão dos contrabalanços de biodiversidade em Moçambique, a Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) em coordenação com a Wildlife Conservation Society (WCS) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), através do Programa COMBO+ (Conservação, Mitigação e Contrabalanços de Biodiversidade) promoveram este treinamento com o principal objectivo de reforçar a capacidade e consciencialização dos técnicos da ANAC sobre o Diploma Ministerial nº 55/2022 de 19 de Maio, assegurando que a ANAC esteja efectivamente engajada e preparada para contribuir activamente na sua implementação.
O evento contou com um total de 27 participantes (entre Técnicos, Administradores de Áreas de Conservação e formadores), onde foram abordados tópicos sobre (i) a visão geral e estrutura do Diploma Ministerial nº 55/2022 e do seu respectivo Manual de Implementação, (ii) papel dos contrabalanços e das áreas-chave para a biodiversidade (KBAs) para o alcance das metas nacionais, (iii) Ferramentas técnicas (ex. Listas Vermelhas de espécies e ecossistemas, mapa de ecossistemas) e plataformas (ex. Portal de Biodiversidade – SIBMOZ) desenvolvidas para a implementação dos contrabalanços e os seus respectivos pontos de situação.
Moçambique Consolida a Criação da Unidade Técnico-Científica de Apoio aos Contrabalanços da Biodiversidade
A Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) e os seus parceiros do Programa COMBO+, a Wildlife Conservation Society (WCS) e Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), realizaram no dia 2 de Maio de 2024, na Cidade de Maputo, a segunda reunião para criação da Unidade Técnico-Científica de Apoio aos Contrabalanços da Biodiversidade, que contou com 14 participantes de 4 diferentes sectores.
A recém-criada Unidade Técnico-Científica de Apoio aos Contrabalanços da Biodiversidade, é uma unidade multissectorial prevista no âmbito do Diploma Ministerial nº 55/2022 de 19 de Maio, composta por membros do governo, sector privado, organizações da sociedade civil e academia, e tem como objectivo principal apoiar a Autoridade de Avaliação de Impacto Ambiental na tomada de decisões estratégicas e integradas a respeito da concepção, aprovação, implementação, avaliação e monitoria dos Planos de Gestão de Contrabalanços de Biodiversidade.
A segunda reunião de estabelecimento teve como objectivo aprovar os Termos de Referência da Unidade Técnico-Científica, nomeadamente a sua composição final e modo de funcionamento, assim como actualizar os membros sobre o processo da implementação da Directiva sobre Contrabalanços da Biodiversidade (Diploma Ministerial nº 55/2022 de 19 de Maio).
Moçambique Fortalece a Implementação de Contrabalanços de Biodiversidade com Nova Formação
Entre os dias 17 e 18 de Abril, realizou-se uma formação sobre a implementação dos contrabalanços de biodiversidade em Moçambique, que atraiu 109 participantes numa modalidade híbrida. O evento, organizado pelo programa COMBO+, contou com a presença de 47 participantes de forma presencial e 62 em regime online. O COMBO+ é uma parceria entre a Wildlife Conservation Society (WCS), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), representado pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB).
A formação abordou detalhadamente os conteúdos dos 7 capítulos do Diploma Ministerial nº 55/2022 e o respectivo Manual de Implementação. Discutiu-se o papel dos contrabalanços e das áreas-chave para a biodiversidade (KBAs) para atingir as metas nacionais de biodiversidade, além de ferramentas técnicas como as Listas Vermelhas de espécies e ecossistemas e o mapa de ecossistemas. Destacou-se ainda o acesso a plataformas de dados, como o Portal de Biodiversidade Moçambicana (SIBMOZ).
Os contrabalanços de biodiversidade são resultados mensuráveis de conservação que provêm de acções destinadas a compensar impactos residuais significativos na biodiversidade decorrentes de projectos de desenvolvimento, após terem sido tomadas as medidas apropriadas para evitar e minimizar os impactos e restaurar as áreas afectadas.
O programa COMBO+ promoveu esta capacitação com o objectivo de munir os consultores ambientais, os proponentes de projectos e os membros da recém-criada Unidade Técnico-Científica de Apoio aos Contrabalanços de Biodiversidade (UTC) com ferramentas necessárias para a utilização do manual de implementação da Directiva. Além disso, o evento fomentou o diálogo e a troca de experiências entre os diferentes actores envolvidos no processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e na gestão da Biodiversidade em Moçambique.
Representantes da delegação da WCS China, incluindo um representante da Associação da Câmara de Comércio China-Moçambique e outro da Academia Central South University (CSU) da China, também marcaram presença no evento. Estão previstos mais treinos deste tipo nos próximos 15 meses, visando melhor compatibilizar o desenvolvimento económico com a conservação da biodiversidade em Moçambique.
PLCM Atrai mais de 200 Jovens na Feira de Emprego e Empreendedorismo em Maputo
No palco da última Feira de Emprego e Empreendedorismo do Instituto Nacional do Emprego (INEP), realizada na Cidade de Maputo, no dia 11 de Abril de 2024, o Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM) deixou a sua marca ao atrair mais de 200 jovens interessados em oportunidades de estágio no sector da conservação da biodiversidade.
O evento foi uma exposição de oportunidades de diversas instituições públicas e privadas, que apresentaram várias iniciativas de emprego e aprofundaram discussões sobre os desafios e possibilidades de inserção dos jovens no mercado de trabalho.
O Programa de Estágios do PLCM foi o grande atrativo do evento. Estes estágios, não são apenas uma porta de entrada para o mundo profissional, mas também uma jornada de descoberta e crescimento, onde os beneficiários têm a oportunidade de desenvolver habilidades essenciais para a conservação da biodiversidade.
Durante o evento, Osvaldo Petersburgo, Secretário de Estado da Juventude e Emprego, ressaltou a importância de disseminar amplamente as oportunidades oferecidas pelo Programa de Estágios do PLCM. Além disso, destacou a necessidade urgente de estabelecer parcerias com o sector turístico nas Áreas de Conservação, abrindo portas para um mundo de possibilidades para os jovens interessados em contribuir para a preservação do nosso patrimônio natural.
O PLCM, um programa coordenado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) em parceria com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), com financiamento do Banco Mundial e do Governo da Suécia, continua a mostrar o seu compromisso com o desenvolvimento profissional dos jovens. Esta participação não apenas enfatiza a importância da conservação da biodiversidade como uma carreira impactante, mas também abre caminho para um futuro brilhante para os talentos emergentes de Moçambique.
Troca de Experiências Impulsiona Conservação da Biodiversidade: Delegação Ugandesa em Moçambique
De 03 a 05 de Abril de 2024, o Fundo de Biodiversidade do Uganda (UBF) visitou a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) em Maputo, Moçambique, numa iniciativa promovida pela BIOFUND com a colaboração do Banco Mundial, da Embaixada da Suécia e do Parque Nacional de Maputo. O objectivo desta visita foi reforçar as capacidades da UBF e identificar oportunidades de colaboração entre os dois fundos de conservação.
Durante a visita, a BIOFUND partilhou a evolução da sua missão, destacando o crescimento do seu fundo patrimonial (endowment) e a sua eficácia em mobilizar recursos para a conservação em Moçambique. Foram apresentadas iniciativas em várias áreas, incluindo o Programa de Contrabalanços de Biodiversidade, Comunicação e Administração Financeira. O UBF por sua vez partilhou as suas principais áreas de acção, os desafios enfrentados durante a implementação dos seus projectos e desafios do sector de conservação no Uganda, promovendo um intercâmbio rico de experiências.
Os encontros entre o UBF e os parceiros estratégicos da BIOFUND, como o Banco Mundial e a Embaixada da Suécia, revelaram lições valiosas sobre a colaboração eficaz em conservação. Esta visita destacou-se como um marco para fortalecer redes e adoptar novas estratégias, reforçando o compromisso comum para a conservação da biodiversidade.
Reserva Nacional de Pomene estabelece clubes ambientais em escolas locais através do programa de conservação da biodiversidade
A Reserva Nacional de Pomene (RNP), localizada no distrito de Massinga, província de Inhambane, estabeleceu recentemente 2 (dois) clubes ambientais, através do Programa de Conservação da Biodiversidade, financiado pela Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (SIDA). Estes clubes estão localizados nas Escolas Primárias do 1º e 2º Grau de Muchungo e Ngomalume, nas comunidades de Muchungo e Minerva, zona tampão da Reserva.
A introdução da educação ambiental nessas escolas tem como principal objectivo incentivar a participação da comunidade escolar (alunos e professores) em actividades voltadas a educação e consciencialização ambiental, com vista a mudança de comportamento e atitudes em relação ao meio ambiente. Além disso, busca-se promover boas práticas como fundamentos para uma gestão sustentável do ambiente.
Estes clubes desempenham um papel crucial não apenas para as comunidades locais, mas também na conservação da natureza, no geral, e em particular na RNP. Eles têm um impacto significativo na consciencialização das comunidades em questões ambientais, o que contribui directamente para a conservação da biodiversidade e a sustentabilidade dos recursos naturais. Por outro lado, contribuem para fortalecer os laços entre as comunidades locais e as Áreas de Conservação, promovendo um ambiente mais saudável e equilibrado para todos os envolvidos.
O Programa de Conservação da Biodiversidade, coordenado pela BIOFUND e com o apoio financeiro do Governo da Suécia, tem como principal objectivo aprimorar a conservação da biodiversidade e fortalecer a capacidade de adaptação e resiliência climática em Moçambique. Esta iniciativa representa um passo importante rumo à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região.
Programa COMBO+ promove uma visita de troca de experiências sobre as boas práticas de implementação da Hierarquia de Mitigação de Impactos na Biodiversidade entre as autoridades do governo e a empresa KENMARE Resources plc em Nampula
Os parceiros do programa COMBO+, a Wildlife Conservation Society (WCS), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Direcção Nacional do Ambiente (DINAB), em parceria com a empresa KENMARE Resources plc, promoveram uma visita de troca de experiências envolvendo entidades do Governo e sociedade civil, com o objectivo de proporcionar aos técnicos de todas as instituições envolvidas oportunidade de analisar e discutir de uma forma dinâmica aspectos práticos, no terreno, sobre a implementação das melhores práticas de aplicação da Hierarquia de Mitigação com o intuito de alcançar Nenhuma Perda Líquida (NPL) ou Ganho Líquido (GL) de Biodiversidade, contribuindo para as metas de conservação nacionais e globais.
A missão de troca de experiências decorreu nas áreas de operação da KENMARE Resources plc, incluindo as áreas de mineração e processamento, o seu viveiro de produção de mudas, as suas áreas de reabilitação e restauração, a vila de reassentamento, bem como a projectos implementados juntamente com as comunidades de forma a reduzir o impacto das mesmas nos ecossistemas, situadas na costa norte de Moçambique, nos distritos de Larde e Moma (Província de Nampula). A visita teve a duração de 4 dias (de 26 a 29 de Fevereiro de 2024) e contou com 33 participantes.
A KENMARE Resources plc, que explora a Moma Titanium Minerals Mine, desde 2007 é uma empresa do sector mineiro que é reconhecida como um fornecedor importante de produtos de areias pesadas para uma base global de clientes que operam em mais de 15 países. Os produtos da KENMARE Resources plc são matérias-primas essenciais que são transformadas em produtos intermédios e, por fim, consumidos em produtos de “qualidade de vida” quotidiana, tais como tintas, instrumentos cirúrgicos, plásticos e azulejos cerâmicos.
Esta visita de troca de experiências é parte integrante das actividades de treinamento e capacitação multissectorial lideradas pelo Programa COMBO+ desde 2016, que continuarão a ser promovidas ao longo do país com o objectivo primordial de promover a comunicação e discussão da mitigação de impactos na biodiversidade entre proponentes de projectos de desenvolvimento económico e o governo, fortalecimento da capacidade técnica das entidades do governo sobre a avaliação, monitoria e fiscalização da implementação da hierarquia de mitigação e partilha de conhecimento com todas as partes envolvidas.
Unindo Forças pela Conservação Marinha: Nacala-Porto vai receber evento emblemático em Junho de 2024

Nacala-Porto prepara-se para receber a 2ª edição da Conferência da Biodiversidade Marinha nos dias 17 e 18 de Junho de 2024, um evento crucial para todos os interessados na conservação costeira e marinha de Moçambique.
Organizado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em colaboração com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), o Governo da Província de Nampula e do Distrito de Nacala-Porto, a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), a Wildlife Conservation Society (WCS), o Peace Parks Foundation (PPF), o Museu da História Natural, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a Fundação Likhulu e o apoio financeiro preliminar do Blue Action Fund, Governo da Suécia, Banco Mundial/Projecto Mozbio 2, e da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS).
Este evento surge num momento em que a conservação marinha ganha um papel central no desenvolvimento sustentável da região, destacando-se Nacala pelo seu envolvimento em projectos de adaptação e conservação. A iniciativa representa uma oportunidade única para profissionais, académicos e comunidades locais debaterem estratégias e práticas para a preservação dos recursos marinhos e costeiros de Moçambique.
A resposta entusiástica das autoridades locais, com o Governador da Província, Manuel Rodrigues, o Secretário de Estado, Jaime Neto e a Administradora do Distrito, Etelvina Fevereiro, sublinhando a importância da conferência, reflecte o compromisso da região com a causa ambiental. O evento é especialmente significativo para os 10 distritos costeiros Nampula, que dependem da pesca e dos ecossistemas marinhos para a sua subsistência.
Após o sucesso da primeira edição em Maputo, que contou com a participação de 470 pessoas, a BIOFUND aposta numa conferência ainda mais interactiva e produtiva. Este é um convite aberto a todos que desejam contribuir para a protecção da biodiversidade marinha, um recurso valioso para o presente e futuro de Moçambique. Contacte connosco para fazer parte dos patrocinadores, organizadores ou participantes deste evento.
Não perca a oportunidade de se juntar a especialistas marinos e actores chave na 2ª Conferência da Biodiversidade Marinha. Fique atento às actualizações e prepare-se para dois dias de aprendizagem intensiva e troca de ideias que poderão moldar o futuro da conservação marinha no país.
47 Jovens embarcam na Jornada de Conservação da Biodiversidade através do PLCM
Nesta segunda-feira, 11 de Março de 2024, a Cidade de Maputo testemunhou um evento que marca o início de 47 novos estagiários na 6ª edição dos estágios pré-profissionais do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM). Esses jovens, oriundos de diferentes regiões do país, deram o primeiro passo da jornada de conservação que promete impactar positivamente o futuro da conservação em Moçambique.
O evento contou com a presença de representantes das instituições de conservação, parceiros, e financiadores, com destaque para a Fundação para a conservação da Biodiversidade (BIOFUND), Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Instituto Nacional do Emprego (INEP), Banco Mundial e Governo da Suécia.
Os estagiários, serão distribuídos por diversos centros de estágio em todo o país, incluindo instituições de conservação a nível central e Áreas de Conservação, onde terão a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos durante a sua formação académica e contribuir para o desenvolvimento desses locais.
Júlia Sitóe, uma jovem formada em Biologia Marinha pela Universidade Eduardo Mondlane partilha a sua perspetiva sobre esta iniciativa:
“Esta oportunidade abre portas e amplia a visão dos recém-graduados. É uma integração no setor da conservação da biodiversidade, e eu darei o meu melhor durante estes 6 meses, acredito que este é apenas o começo de uma jornada de aprendizagem prática para a minha carreira profissional“..
Por outro lado, Alexandre Azarias, jovem formado em Eletricidade Auto vê no estágio uma oportunidade de aprendizagem em matérias de conservação da biodiversidade e não só.
“Este estágio é um desafio para a minha área de formação, vou aprender muito sobre conservação e vou desenvolver as minhas competências em Eletricidade Auto”, destacou.
O PLCM é coordenado pela BIOFUND, em parceria com a ANAC, com o financiamento do Banco Mundial e do Governo da Suécia. O Programa desempenha um papel crucial no fortalecimento das capacidades e habilidades dos futuros profissionais do Sistema Nacional das Áreas de Conservação, desde o seu início em 2020, o programa de estágio já beneficiou cerca de 250 jovens de todo país. Saiba mais sobre o programa de estágios do PLCM AQUI!
3ª Sessão do Comité Nacional de Supervisão do PROMOVE Biodiversidade destaca avanços do programa nas áreas beneficiárias
A 3ª Sessão do Comité Nacional de Supervisão (CNS) do PROMOVE Biodiversidade, que se realizou a 22 de Fevereiro de 2024 no hotel Montebelo Indy, em Maputo, evidenciou importantes progressos na implementação do programa no Parque Nacional do Gilé (PNAG), na Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS) e no Monte Mabu. Financiado pela União Europeia, o programa PROMOVE Biodiversidade tem como meta o reforço institucional da ANAC e o apoio directo à gestão da biodiversidade nas áreas mencionadas, promovendo o desenvolvimento das comunidades locais.
Liderada pela Secretária Permanente do Ministério da Terra e Ambiente, Emília Fumo, a reunião contou com a presença de cerca de 40 participantes, entre os quais se destacaram o Director Interino da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), o Director Executivo da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Chefe da Cooperação da União Europeia, Administradores das Áreas de Conservação do Parque Nacional do Gilé (PNAG) e da Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS) das beneficiárias do programa, os Directores dos Serviços Provinciais do Ambiente de Nampula e Zambézia, o Director dos Serviços Distritais das Actividades Económicas de Lugela, e parceiros de implementação, entre outros.
Este comité, que se reúne anualmente, visa partilhar informação sobre os avanços das actividades, analisar of principais desafios, aconselhar e avaliar o desempenho e o impacto das acções realizadas nas áreas beneficiárias, nomeadamente, o Parque Nacional do Gilé, a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas e o Monte Mabu.
Durante o evento, destacaram-se resultados alcançados em 2023, como i) o pleno funcionamento de um sistema de comunicação de rádio, que melhora a fiscalização e as operações no Parque Nacional do Gilé (PNAG) a demarcação do limite sul do parque com a construção de cerca de 60km de picada, iniciativas de treinamento em técnicas de produção e apoio em insumos aos produtores locais; ii) e a delimitação da área proposta para conservação para além do mapeamento de pontos de interesse cultural no Monte Mabu, com o objectivo de fomentar o turismo sustentável. Na ocasião, foram também partilhados resultados das pesquisas sobre o impacto das queimadas, da reintrodução da fauna e do crescimento populacional e natalidade precoce em jovens das comunidades do PNAG assim como do estudo hidrológico do Monte Mabu. Estas pesquisas visam informar decisões para o maneio efectivo destas áreas de conservação.
Esta sessão representou uma importante oportunidade para a troca de conhecimentos e experiências, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a conservação da biodiversidade nas províncias da Zambézia e Nampula.
Reserva de Vida Selvagem de Lugenda Celebra Sucesso em Projectos de Conservação e Desenvolvimento Comunitário
A Reserva de Vida Selvagem de Lugenda (Luwire), localizado no Bloco L7 da Reserva Especial do Niassa, destaca-se como um exemplo notável de iniciativas bem-sucedidas em conservação da biodiversidade e desenvolvimento comunitário em Moçambique. Com uma extensão de aproximadamente 4.450 quilômetros quadrados, Luwire abriga cerca de 5.000 habitantes.
Este projecto, financiado pelos Serviços Florestais dos Estados Unidos (USFS) e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) através da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) concentrou-se na proteção dos recursos naturais e, especialmente, na melhoria das condições de vida das comunidades locais.
Diversas iniciativas de melhoria foram implementadas em Luwire, com destaque para o aperfeiçoamento das habilidades de gestão de acampamentos e para a construção de um centro de treinamento de costura devidamente equipado. Este centro proporciona treinos básicos de costura para a comunidade. Actualmente, estão em curso a construção de acampamentos turísticos administrados pela comunidade, o que contribui significativamente para o aumento dos meios de subsistência e da renda local por via da criação de oportunidades turísticas partilhadas.
A Luwire não apenas alcançou seus objectivos, mas também inspirou uma transformação positiva nas comunidades locais, capacitando jovens por meio de treinamentos em acampamentos comunitários, estimulando o orgulho por meio do projecto Totem da Aldeia e promovendo a eficiência com a implementação da tecnologia Smart Parks.
Estes sucessos solidificam a posição da Luwire como um exemplo notável de conservação ambiental e desenvolvimento comunitário em Moçambique.
Celebração dos 6 Anos do Cartão bio: Uma Jornada de Inovação e Conservação em Moçambique
Com a participação do Presidente do Conselho de Administração da BIOFUND, Narciso Matos, o Administrador do BCI, Raul Almeida, o representante do Ministério da Terra e Ambiente, Jorge Fernando, beneficiários do Projecto Cartão bio, membros de comunidades e parceiros da conservação, o evento proporcionou uma análise detalhada dos resultados do projecto nos últimos seis anos, com destaque para projectos pioneiros, como a monitoria de rinocerontes no Sábiè Game Park, a conservação da Raphia australis na Reserva Botânica de Bobole, e a monitoria de tartarugas marinhas na Área de Proteção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS).
Desde o seu lançamento em 2017, o Cartão bio tornou-se uma peça-chave na promoção da biodiversidade em Moçambique, tendo já alcançado cumulativamente cerca de 50.000 usuários e arrecadado mais de 26,1 milhões de Meticais. Estes fundos são direccionados para pequenos projectos com impactos significativos na conservação da biodiversidade no país.
No seu discurso, o PCA da BIOFUND, Narciso Matos, destacou que o Cartão bio não é apenas uma ferramenta de débito, mas sim, uma iniciativa inovadora que permite aos utilizadores contribuírem directamente para a conservação da biodiversidade. Na ocasião, foi reafirmado o compromisso de parceria com o BCI, o Ministério da Terra e Ambiente e outros colaboradores.
Sandra Ernesto Covane, membro da comunidade beneficiária na Reserva Botânica de Bobole, afirmou que o projecto não apenas forneceu a educação prática dos membros da comunidade, mas também fortaleceu os laços com as tradições locais, incentivando a conservação das espécies de flora predominantes na reserva de Bobole.
Durante o evento, foi reconhecido e premiado o usuário do Cartão bio que realizou o maior número de transações, contribuindo assim para a proteção da biodiversidade. A premiada desfrutará de uma viagem e safari ao Sábie Game Park, uma das áreas beneficiárias do projecto Cartão bio.
Saiba mais sobre as iniciativas de conservação do Cartão bio aqui. Junte-se a nós na construção de um futuro sustentável, onde inovação e conservação se unem para preservar a biodiversidade única de Moçambique.
Formação em Agricultura Sustentável Promovida pelo PROMOVE Biodiversidade e Agribiz Impulsiona Resiliência Climática na Zambézia
No período de 23 de Outubro a 4 de Novembro de 2023, o distrito de Mocuba, província da Zambézia, foi palco de uma formação estratégica sobre Agricultura de Conservação e Sistemas Agroflorestais, promovida pela parceria entre PROMOVE Agribiz e o PROMOVE Biodiversidade.
Com 29 participantes, entre técnicos e promotores locais das províncias da Zambézia, Sofala e Manica, sendo 20 deles residentes na Zona Tampão do Parque Nacional de Gilé (PNAG) e do Monte Mabu, a formação focou em métodos e práticas simples. Estas foram desenvolvidas utilizando a cultura local e a machamba como recursos de ensino-aprendizagem, buscando capacitar e desenvolver as comunidades.
Destacando a metodologia participativa da EMC, a formação promoveu a transmissão de conhecimentos e tecnologias em cascata. Cada produtor líder capacitado durante o curso apoiará outros cerca de 25-30 produtores na época seguinte, criando uma cadeia de impacto comunitário sustentável.
Esta actividade é resultado das sinergias entre os Programas PROMOVE Biodiversidade e Agribiz, ambos financiados pela União Europeia. A actividade faz parte da componente de desenvolvimento comunitário do PROMOVE Biodiversidade, que tem como objectivo apoiar os meios de subsistência das comunidades circunvizinhas das três áreas beneficiárias do projecto, nomeadamente, o Parque Nacional do Gilé, Monte Mabu e a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas.
Cartão bio impulsiona inovação na conservação da biodiversidade
Numa acção inovadora para a conservação da biodiversidade em Moçambique, o Cartão bio, uma parceria entre a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e o Banco Comercial de Investimentos (BCI), está a financiar dois projectos significativos em colaboração com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e o Museu da História Natural (MHN). Estas iniciativas, anunciadas em Outubro de 2023, têm como objectivo a preservação de espécies fundamentais para a biodiversidade moçambicana.
O projecto liderado pela UEM, através do Jardim Botânico Universitário, concentra-se na conservação de espécies listadas na Lista Vermelha de Moçambique, como Warburgia salutaris, Encephalartos lebomboensis e Encephalartos umbeluziensis. Além de focar na protecção destas espécies, o projecto visa capacitar jovens em técnicas de propagação e reintrodução de espécies raras, endémicas e ameaçadas, formando futuras lideranças na área de conservação e fomentando a reabilitação de habitats naturais e o cultivo de espécies nativas.
Paralelamente, o Museu da História Natural empenha-se no desenvolvimento do Parque Nacional de Banhine (administrado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação-ANAC), visando a sua transformação numa área húmida de relevância internacional e estabelecendo-o como rota migratória para aves euroasiáticas. Este esforço é parte integrante do Cartão bio, que canaliza uma percentagem das anuidades para apoiar projectos de conservação da biodiversidade em Moçambique.
Através destes projectos, o Cartão bio está a desempenhar um papel crucial na conservação de espécies específicas e na identificação de zonas húmidas de importância internacional, reflectindo um compromisso robusto com a preservação ambiental e o fortalecimento da consciência ecológica em Moçambique.
Estagiária da 5 Edição do PLCM Promove Sessão de Educação Ambiental em Sussundenga
No passado dia 16 de Novembro, Delfina Artur, jovem recém-formada em Relações Públicas pela Escola Superior de Jornalismo e participante da 5ª Edição do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), promoveu uma sessão de Educação Ambiental na Escola Secundária de Sussundenga.
Este evento, integrado no projecto da Sala de Conservação de Sussendenga, contou com a presença de 25 alunos do ensino primário da Escola Primária de Nhamezara e 6 alunos do ensino secundário. Estes últimos, previamente treinados, actuaram como pontos focais neste projecto pioneiro.
Delfina, alocada na Paisagem de Chimanimani (PIU), dedicou-se a despertar nos mais jovens a importância vital da biodiversidade e da preservação do nosso planeta. A sessão proporcionou aos alunos uma experiência educativa e artística única, onde aprenderam sobre a diversidade da fauna e a sua importância na subsistência humana. As crianças expressaram-se artisticamente através de desenhos de várias espécies, revelando a conexão entre a arte, a educação e a conservação ambiental.
Além do aspecto educativo, a sessão incluiu demonstrações práticas de utilização de materiais reciclados, jogos de palavras e abecedários, mostrando como a reciclagem pode ser incorporada no dia-a-dia. A iniciativa provou ser uma maneira inovadora de despertar um interesse renovado pelos temas ambientais entre os jovens.
Esta actividade sublinha a acção do PLCM na formação de futuros líderes em conservação e o compromisso da jovem Delfina Artur com a educação ambiental. O evento não só educou, mas também inspirou os estudantes a cuidarem activamente do meio ambiente que os rodeia.
Para mais informações sobre as iniciativas do PLCM na formação de futuros líderes em conservação, siga o link .
Acordo entre BIOFUND e ANAC Impulsiona Restauração Ecológica no Parque Nacional de Chimanimani
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) assinaram um acordo para promover a restauração ecológica no Parque Nacional de Chimanimani (PNC). Este acordo, parte do Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário (CBDC), que visa a recuperação de áreas degradadas e a melhoria da biodiversidade no PNC e sua zona tampão.
Este marco no projecto CBDC, lançado em 2021 com apoio da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e do Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM), representa um esforço significativo na protecção da biodiversidade em Moçambique. O projecto piloto, liderado pela BIOFUND através do Programa de Contrabalanços de Biodiversidade (PCB), foca na restauração de habitats naturais afectados por eventos climáticos extremos, expansão agrícola, queimadas descontroladas, espécies invasoras e mineração artesanal.
O PNC, sob a liderança deste projecto, fortalecerá a sua capacidade de contribuir para a Hierarquia de Mitigação e Contrabalanços de Biodiversidade, conforme estabelecido na Directiva dos Contrabalanços de Biodiversidade (Diploma Ministerial no 55/2022 de 19 de Maio). Este compromisso conjunto da BIOFUND e da ANAC destaca o seu empenho na promoção da biodiversidade e sustentabilidade ambiental, marcando um capítulo importante na preservação do patrimônio natural do Parque Nacional de Chimanimani.
Moçambique acolhe o seminário de avaliação intercalar do programa COMBO+ (Conservação, Mitigação e Contrabalanços da Biodiversidade)
Entre os dias 7 a 11 de Novembro realizou-se na Macaneta, Moçambique, o seminário de avaliação intercalar do programa COMBO+ (“Conservação, Mitigação e Contrabalanços da Biodiversidade”), que terminou com uma visita de campo ao Parque Nacional de Maputo. O evento foi acolhido pelo Ministério da Terra e Ambiente de Moçambique, contando com mais quase 60 participantes, representando as equipas técnicas e os governos anfitriões do programa (nomeadamente , Guiné Conacri, Uganda, Moçambique, Madagáscar, Mianmar e Laos), uma delegação da Wildlife Conservation Society (WCS) da China, os doadores Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e Fundo Francês para o Ambiente Global (FFEM), três fundos fiduciários de conservação, Fundação para a Conservação da Biodiversidade(BIOFUND), Fundação para as Áreas Protegidas e Biodiversidade de Madagáscar (FAPBM) e Tany Meva, assim como outros parceiros relevantes na implementação do programa.
O COMBO+ é uma iniciativa que decorre desde 2016 e que apoia os Governos dos países supracitados na compatibilização do desenvolvimento económico com a conservação da biodiversidade, através da adequada implementação da hierarquia de mitigação, com vista ao alcance de nenhuma perda líquida ou um ganho líquido de biodiversidade, contribuindo simultaneamente para o cumprimento das respectivas metas nacionais.
Passados dois anos desde o início da segunda fase do COMBO+, procedeu-se ao seminário de avaliação intercalar, com o objectivo de fazer o balanço do progresso alcançado até à data, partilhar experiências e conhecimento sobre a sua implementação, incluindo as lições aprendidas por cada um dos países membros, identificar problemas, discutir soluções e planear as actividades que são necessárias até ao término do programa.
De uma forma geral o evento foi um grande sucesso e evidenciou que apesar dos desafios que se verificam nos países implementadores (ex. instabilidade política em alguns países) foram dados passos fundamentais ao nível da melhoria quadro político e legal, desenvolvendo ferramentas e capacidade técnica necessárias para apoiar a implementação adequada da hierarquia de mitigação nesses países e estabelecendo casos de estudo através dos quais se podem tirar importantes lições.
O Programa COMBO+ é financiado pela AFD e FFEM com co-financiamento de outros doadores, sendo liderado pela WCS em parceria com a Biotope, Guineé Ecologie, BIOFUND e Universidade de Queensland. Em Moçambique a sua implementação é realizada pela WCS, BIOFUND e Direcção Nacional do Ambiente (DINAB).
BIOFUND e AGROTUR Colaboram para a Conservação da Biodiversidade de Chimanimani
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a AGROTUR, Lda celebraram recentemente uma parceria estratégica de cinco anos com o objectivo de reforçar a protecção do Parque Nacional de Chimanimani (PNC). Esta aliança entre o sector privado e organizações de conservação marca um avanço significativo na preservação da biodiversidade moçambicana.
Como parte desta colaboração, a AGROTUR, uma empresa moçambicana especializada em projectos agrícolas sustentáveis e na restauração de áreas degradadas, compromete-se a destinar 5% das receitas das vendas de café e produtos associados para actividades de conservação no PNC. A AGROTUR foca a sua produção de café na zona tampão do parque, promovendo práticas agrícolas que valorizam a sustentabilidade e a biodiversidade.
Esta parceria não só beneficia o ambiente mas também demonstra o potencial para alinhar interesses económicos com a preservação ambiental. A colaboração entre a BIOFUND e a AGROTUR serve como exemplo de como empresas e fundações podem trabalhar conjuntamente para proteger o património cultural e natural, ao mesmo tempo que promovem o desenvolvimento económico sustentável.
Ao consolidar esta parceria, a BIOFUND reafirma o seu compromisso com a promoção de uma gestão ambiental responsável no Parque Nacional de Chimanimani e a garantia de financiamento sustentável para as actividades de conservação.
O envolvimento activo do sector privado na conservação da biodiversidade não só beneficia o ambiente, mas também reforça a ideia de que a protecção da natureza e o desenvolvimento económico podem coexistir de forma harmoniosa.
PLCM Amplia a Formação dos Futuros Líderes da Conservação através do Programa Pós-Estágio
Este programa visa simultaneamente reforçar a capacidade técnica de instituições de conservação, através da integração de ex-estagiários do PLCM que demonstraram um bom desempenho, e proporcionar aos jovens oportunidades de contribuírem para o desenvolvimento do sector da conservação. Neste primeiro ano de implementação, o programa Pós-estágio selecionou e contratou, por um período inicial de 12 meses, renováveis por um ano, 4 (quatro) ex-estagiários que foram alocados a 3 Áreas de Conservação.
Os jovens beneficiários, nomeadamente: Abacar Raimundo Aly Amade, contratado para a Área de Proteção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS), Hivaldo Fazila da Silva Sitoe contratado para a Área de Proteção Ambiental de Maputo (APAM), Raima António Francisco Muandenhosa e Dason Abel Chissano ambos contratados para a Reserva Nacional de Pomene (RNP), manifestaram o seu entusiasmo em fazer parte da 1ª edição do apoio Pós-Estágio.
“Este apoio é uma grande oportunidade para a minha carreira, sinto-me desafiada a contribuir para a conservação da biodiversidade e desenvolvimento das comunidades de Pomene! Gostaria de facilitar a criação de clubes ambientais e implementação de iniciativas de geração de renda para as comunidades locais”, disse Raima Muandenhosa, ex-estagiária do Parque Nacional do Gilé e actual Oficial de Desenvolvimento Comunitário, na RNPomene.
Por outro lado, Abacar Raimundo Aly Amade, Oficial de Gestão de Recursos Naturais, na APAIPS, pretende introduzir novas abordagens para uso sustentável dos recursos naturais. “ Gostaria de auxiliar na implementação de actividades que reduzam a pressão das comunidades nos recursos naturais, e que possam aumentar a resiliência e adaptação às mudanças climáticas, buscando sempre a obtenção de meios de subsistência ambientalmente sustentáveis”.
Para as Áreas de Conservação beneficiárias do programa pós estágio do PLCM, a iniciativa é um grande contributo para o desenvolvimento das actividades nos diferentes sectores. “Os programas de estágio e pós-estágio são uma mais-valia, principalmente para a RNPomene que tem défice de recursos humanos. Os jovens são criativos e dinâmicos e estão a fazer diferença nos sectores de Turismo e Desenvolvimento Comunitário. Bem haja a BIOFUND e o PLCM ”, enfatizou Abílio Raimundo Tamele – Administrador da Reserva Nacional de Pomene.
Coordenado pela BIOFUND e com o apoio financeiro do Governo da Suécia, o Programa de Conservação da Biodiversidade tem como principal objectivo aprimorar a conservação da biodiversidade e a capacidade de adaptação e resiliência climática em Moçambique. Em parceria com o PLCM, este programa visa financiar estágios pré-profissionais, contratar jovens pós-estágio e promover a consciencialização ambiental no país. Para obter mais informações sobre o PLCM, acesse o link!