As estagiárias Maria Madalena Rangel, licenciada em Antropologia e Dulce da Flora Simão, licenciada em Ciências Biológicas, tiveram uma indução inicial sobre as actividades do sector comunitário e as acções prioritárias a serem desenvolvidas, com destaque para o programa de segurança alimentar das comunidades, que visa assegurar a alimentação das famílias recentemente reassentadas do interior do parque para a zona tampão e outras localidades do distrito de Mabote.
Estagiárias do PLCM Integradas nas Actividades do Desenvolvimento Comunitário no Parque Nacional de Zinave
Durante as primeiras semanas de actividades, a equipa já acompanhou o projecto de agricultura de conservação, na comunidade de Maculuve, onde foi feito o plantio e a rega de estacas de mandioca.
Uma das estagiárias, deixou ficar a sua satisfação, ao dizer que é gratificante fazer parte de um programa que, por um lado, desenvolve actividades de proteção da biodiversidade, e, por outro, contribui para o desenvolvimento das comunidades.
”Para além da rega, sensibilizamos as famílias abrangidas pelo projecto de modo que estes se organizem para que sejam eles a cuidar regularmente do campo agrícola, fazendo o uso sustentável do material disponibilizado pelo parque”. Disse Maria Rangel, estagiária do PLCM no Parque Nacional de Zinave.
O Parque Nacional de Zinave, localiza-se no Distrito de Mabote, na Província de Inhambane e possui uma superfície de 400000km². Esta Área de Conservação beneficia do apoio da BIOFUND desde 2018, através do financiamento do Projecto Abelha para a proteção da biodiversidade local.
BIOFUND assegura 11 900 000 hectares de biodiversidade protegida até Junho de 2021 em Áreas de Conservação do país

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, aprovou na 2ª Sessão Extraordinária do Conselho de Administração, realizada no mês de Setembro de 2020, a extensão por mais nove meses da FASE 1 do BIO-Fundo de Emergência, garantindo subvenções adicionais de apoio às Áreas de Conservação sob gestão pública e privada até Junho de 2021.
O BIO-Fundo de Emergência foi criado em Junho do presente ano por um período inicial de três meses, com o objectivo de garantir que a queda drástica de turismo no país não prejudicasse a protecção dos recursos naturais nas Áreas de Conservação, particularmente naquelas onde as receitas turísticas financiam os seus custos operacionais. No período inicial de Julho-Setembro de 2020, o programa beneficiou 10 áreas de conservação, sendo que 287 fiscais e outros profissionais do sector permaneceram nos seus postos de trabalho, 909 patrulhas foram realizadas por mês, correspondendo a 28 052 horas de trabalho e a protecção de 1 897 300 hectares de biodiversidade.
A extensão deste apoio prevê o pagamento de 100% dos custos salariais das Áreas de Conservação de gestão privada contra os actuais 50%, passando também a suportar outros custos operacionais e apoio às comunidades ao redor das Áreas de Conservação sob gestão pública e privada, prevendo ainda o apoio de novos operadores do sector privado.
No que concerne as Áreas de Conservação geridas pelo sector público, a BIOFUND irá garantir até Junho de 2021, os custos salariais das Áreas de Conservação mais afectadas pela perda de receitas turísticas, apoio em meios de transporte e materiais de prevenção da COVID-19.
Este apoio, só foi possível graças ao crescimento do BIO-Fundo de Emergência que actualmente (3 meses após a sua criação) conta com 4.3 Milhões de USD, provenientes da BIOFUND 3 Milhões de USD, 1 Milhão de USD do Governo da Suécia através do Banco Mundial/MozBio2 e 249.000 USD da USAID/SPEED+.
BIOFUND e INEP Assinam Memorando de Entendimento no Âmbito do Programa de Estágios do PLCM
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e o Instituto Nacional do Emprego (INEP-IP), assinaram, na tarde de Quinta-Feira, 1 de Outubro de 2020, um Memorando de Entendimento no âmbito da promoção dos estágios pré-profissionais implementados pela BIOFUND, através do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM).
O memorando tem como principal objectivo a criação de sinergias na implementação do programa de estágios pré-profissionais no âmbito do PLCM nas Áreas de Conservação, e alargar oportunidades de emprego para integração de jovens.
Durante o evento, a Coordenadora do Programa, Carolina Hunguana, apresentou os objectivos e metas do PLCM e afirmou que o acordo irá criar oportunidades dos jovens se tornarem Agentes de Transformação da conservação da biodiversidade no país.
Intervindo no evento, o Director Executivo da BIOFUND, Luís Bernardo Honwana, destacou a importância do acordo, que vai, por um lado, incentivar os jovens a abraçar a carreira de conservação, e, por outro, assegurar o alinhamento com o Plano Quinquenal do Governo.
“Através do PLCM, um Programa inserido no Mozbio 2, fomos solicitados a ajudar a preparar os quadros técnicos que vão trabalhar no sector da conservação. Para a BIOFUND, é uma honra poder ser parte deste convênio, pois, desta maneira, acrescentamos uma pedra na participação da nossa instituição no esforço de realização dos objectivos estabelecidos no Plano Quinquenal do Governo, somos uma instituição privada, porém, escrevemos as nossas actividades de acordo com o estabelecido no Plano Quinquenal do Governo”, frisou Luís Bernardo Honwana.
Falando na ocasião, o Secretário de Estado da Juventude e Emprego, Oswaldo Petersburgo, fez saber que a assinatura do memorando, reveste de um significado especial, pois, a conservação da biodiversidade, consta na matriz das prioridades do governo de Moçambique e constitui fonte de receita e de mitigação dos efeitos nefastos das mudanças climáticas.
“Ao rubricarmos este instrumento com a BIOFUND, reafirmamos a nossa visão de garantir o bem-estar dos nossos jovens que passarão a beneficiar de estágios pré-profissionais em áreas estratégicas como a da conservação que, actualmente mobiliza atenção global devido aos temas a ela relacionadas”.
Salientamos que o PLCM é um Programa inserido no Mozbio 2, implementado pela BIOFUND com financiamento do Banco Mundial (durante 5 anos), que visa reforçar a capacidade e habilidades dos profissionais do Sistema Nacional das Áreas de Conservação (SNAC) e moldar o perfil dos futuros líderes da conservação.
Marinheiros Capacitados em Matéria de Conservação de Ecossistemas Marinhos no Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto
O Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB) iniciou no mês de Agosto uma capacitaçãode marinheiros em códigos de conduta de vida selvagem marinha, com o objectivo fulcral de envolver os parceiros locais na conservação activa dos ecossistemas marinhos do (PNAB).
Com o término previsto para o mês de Setembro, a capacitaçãoconsisti na partilha de informações gerais sobre o PNAB e Códigos de Conduta que orientam os marinheiros, como forma de proteger as diversas espécies marinhas, nomeadamente dugongos, tartarugas, baleias, recifes de Corais, entre outras espécies.
“Esta capacitação permiti um alinhamento na comunicação entre as comunidades e o parque. Acreditamos que com as informações aqui fornecidas a comunidade será mais motivada e responsável pela protecção e conservação dos recursos naturais do parque” disse António Cuhanha, marinheiro e membro da comunidade local.
Esta actividade insere-se no âmbito da melhoria das relações entre o PNAB e comunidades locais, como forma de alargar o conhecimento das Áreas de Conservação e a importância da protecção dos ecossistemas.
O PNAB é formado pelas ilhas de Bangué, Magaruque, Benguérra, Bazaruto e Santa Carolina, possui uma área de 1430km2e recebe também apoio ao seu funcionamento da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), no âmbito do projecto Abelha, desde 2018. Para mais informação aceda aqui.
BIOFUND realiza a primeira visita de monitoria ao Sabie Game Park (SGP) no âmbito do Bio-Fundo de Emergência
A Fundação para Conservação da Biodiversidade, BIOFUND, no âmbito do Programa BIO-Fundo de Emergência, realizou no dia 9 de Setembro de 2020, a primeira visita de monitoria ao Sabié Game Park (SGP), observando todas às medidas de segurança face à pandemia da COVID-19.
A visita teve como principal objectivo capacitar a equipa da SGP sobre os procedimentos operacionais da BIOFUND bem como recolher informação sobre as actividades de patrulhamento, fiscalização, conservação e envolvimento comunitário. A visita serviu também para indução e apresentação da equipa do programa.
O SGP está localizado na província de Maputo, no distrito da Moamba, possui uma área de 30 000 ha e é caracterizado por uma rica biodiversidade terrestre com destaque para búfalos, girafas, rinocerontes e elefantes.
Sendo uma das oito Áreas de Conservação de gestão privada beneficiárias do BIO-Fundo de Emergência, o parque conta com o apoio da BIOFUND no pagamento de 50% dos custos salariais de 15 fiscaiscomo forma de reduzir o impacto da perda de receitas do turismo durante a pandemia da COVID-19 e manter uma força fiscal activa no campo.
Dia Mundial da Preservação da Camada de Ozono

Assinala-se hoje, 16 de Setembro, o Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozono.
Com o objectivo de preservar a camada de ozono, que funciona como um escudo natural para o planeta, contra a radiação ultravioleta emitida pelo sol, foi criado a 16 de setembro de 1987 o Protocolo de Montreal, um acordo internacional que conta com 191 países signatários. Com a assinatura do acordo, 16 de Setembro passou a ser o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono.
A camada de ozono é um fino envoltório formado por gás ozono (O3) que envolve a terra e protege os organismos vivos da radiação emitida pelo sol. Sem essa camada, localizada a 25 e 30 km acima da superfície (estratosfera), não seria possível a existência da vida no nosso planeta.
A diminuição da espessura da camada de ozônio é um problema grave para os seres humanos. Nas regiões onde se observou essa diminuição, percebe-se que há uma maior incidência de alergias e problemas nos olhos, tais como cataratas e cegueira, e na pele, como cancro. Além disso, a radiação também afecta plantas e outros seres vivos.
Pequenas acções como a reciclagem de materiais, redução do uso de plásticos e plantio de árvores podem ajudar proteger a camada de ozono.
Faça a sua parte e contribua para a preservação do nosso planeta!
1º Congresso Virtual RedLAC/CAFÉ
Trata-se de um evento inédito, que irá juntar uma comunidade mundial de profissionais de finanças de conservação, incluindo fundos ambientais, doadores, investidores de impacto, ONGs, sector privado e autoridades governamentais entre os dias 6 e 8 de Outubro.
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) é membro fundador do CAFÉ (estabelecido em 2011) e vai participar neste congresso.
Garanta a sua participação no evento, fazendo o registo através do link https://live.eventtia.com/en/redlac-cafe

Fundação para a Conservação da Biodiversidade reforça e alarga o apoio operacional às Áreas de Conservação durante a COVID-19

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade, BIOFUND, adoptou diversas medidas que permitem o seu pleno funcionamento, implementando modalidades de trabalho remoto e regime de rotatividade para o pessoal, assim como a realização de reuniões virtuais.
A BIOFUND continua a assegurar o apoio a custos operacionais a 15 Áreas de Conservação em 9 províncias do país eos orçamentos dos beneficiários estão a ser ajustados de modo a assegurar as medidas de protecção sanitária necessárias em cada Área de Conservação.
Em Agosto foram prolongados por mais seis meses, alguns dos estágios profissionais na cidade de Maputo, no âmbito do Programa de Liderança para a Conservação em Moçambique (PLCM). Ainda neste âmbito, destacamos o início em Setembro dos estágios profissionais nas Áreas de Conservação, anteriormente suspensos devido à situação da pandemia.
Especial destaque para a criação do BIO-Fundo de Emergência, lançado a 15 de Junho, com a duração de seis meses, como forma de minimizar o impacto da pandemia da COVID-19 nas Áreas de Conservação de Moçambique. Este fundo consiste no apoioao pagamento de salários dos fiscais que dependem dos rendimentos do turismo, tendo abrangido, até ao momento, mais de 190 fiscais em 10 Áreas de Conservação de gestão privada.
A organização acredita que com estas medidas, os impactos da COVID-19 serão minimizados e os diversos intervenientes nas Áreas de Conservação da biodiversidade poderão continuar a desempenhar o seu papel na protecção da mãe natureza.
BIOFUND e parceiros trocam ideias sobre a Exposição de Biodiversidade
Após 5 anos de edições do evento de Exposição de Biodiversidade, a Fundação Para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), junta parceiros, doadores e voluntários numa sessão de debate sobre as edições anteriores e perspectivas de novas abordagens para o evento de Exposição de Biodiversidade.
O encontro foi realizado virtualmente, através da plataforma Zoom e contou com participação de cerca de 40 pessoas.
Durante duas horas, além das lições apreendidas, os participantes trocaram ideias sobre o futuro da exposição, com destaque para a reestruturação da mesma, de modo que se torne num evento nacional e mais interactivo!. Outro aspecto levantado no encontro, foisobre o uso de novas ferramentas de divulgação como forma de a tornarmais abrangente.
Para assistir à gravação da reunião clique aqui
Tem alguma ideia inovadora sobre a Exposição da Biodiversidade e quer partilhar com a BIOFUND? Envie um email para o info@biofund.org.mz
Nove Estagiários iniciam Actividades nas Áreas de Conservação no âmbito do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM)
Trata-se do segundo grupo de jovens graduados seleccionados no âmbito da 1ª Edição do Programa de Estágios do PLCM que iniciaram, no dia 09 de Setembro de 2020, as suas actividades nas Áreas de Conservação por um período de seis meses, observando todo o protocolo de higiene e segurança estabelecido para a prevenção do COVID-19.
As actividades serão realizadas em cinco Áreas de Conservação, nomeadamente: Zona de Protecção Total do Cabo São Sebastião, Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, Parque Nacional do Zinave, Parque Nacional de Banhine e no Parque Nacional de Limpopo.
Este programa visa motivar e atrair jovens recém-formados para o sistema nacional de conservação bem como despertar o seu interesse em trabalhar nas Áreas de Conservação de Biodiversidade. Carolina Hunguana, Coordenadora do PLCM, referiu que “o programa seleccionou estagiários formados em áreas multidisciplinares, ciências biológicas, naturais, humanas, sociais e outras, como forma de mostrar que o sector da Conservação é abrangente e necessita da contribuição das diversas áreas do saber.”
Cadaito Aly Baraca, formado em Turismo pela Universidade Eduardo Mondlane, estagiário afecto no Parque Nacional de Banhine, diz que “É com enorme entusiasmo que através do PLCM, ganho a oportunidade de aplicar esforços em prol da melhoria das condições de vida das comunidades, através da promoção de turismo cibernético e conservação da biodiversidade em Moçambique”.
De referir que, estes estágios estavam previstos para terem iniciado em Março de 2020, tendo sido adiados devido à pandemia da COVID-19.
Relatório Anual da BIOFUND Referente ao ano 2019

É com muito prazer que partilhamos consigo o Relatório Anual da BIOFUND referente ao ano de 2019.
Esta é, como de costume, a versão ilustrada do Relatório e Contas do último exercício que foram aprovados pela Assembleia Geral (realizada a 25 de Maio de 2020).
Esta configuração, mais desenvolvida dos documentos aprovados na AG, com ampla informação sobre as actividades da Fundação, com o pormenor da execução orçamental, com mapas e gráficos que demonstram o comportamento dos principais indicadores – é a forma de darmos a conhecer aos membros da BIOFUND, aos nossos colaboradores e parceiros e ao público em geral, o pulsar da nossa Organização, as principais realizações, os desafios que enfrentamos e os sucessos averbados durante o período em referência.
Para aceder ao Relatório completo clique aqui.
Mais uma doação para o Fundo de Apoio aos Fiscais

O Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira, que visa reconhecer e premiar a bravura e dedicação dos fiscais das áreas de conservação em Moçambique,acaba de receber uma nova contribuição para o seu capital, no valor de dois milhões de meticais feita pela AVM Consultores, representado por Adamo Valy.
Como foi anunciado, o Fundo foi criado com base na doação na totalidade da parte monetária do Prémio Prince William Award for Conservation in Africa – 50.000 libras esterlinas, com que o Dr Carlos Lopes Pereira, Director dos Serviços de Protecção e Fiscalização na Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) foi agraciado em 2019, pela TuskInternational.
A BIOFUND decidiu valorizar o gesto altruístico do Dr. Carlos Lopes Pereira contribuindo por sua vez com outras 50.000 libras – o que permitiu que o Fundo contasse com um capital inicial equivalente e oito milhões e seicentos mil meticais.
A AVM é assim a primeira instituição nacional que adere a esta iniciativa, respondendo ao apelo publicamente lançado pelos seus promotores quando do lançamento do Fundo, a 31 de Julho ultimo, na comemoração do Dia Internacional do Fiscal da Flora e Fauna Bravia.
A partir de 2021 o Prémio Dr. Carlos Lopes Pereira vai atribuir prémios aos fiscais que mais se destacarem ao longo do ano. Vai também conceder apoio aos familiares próximos dos fiscais que no desempenho da sua função percam a vida ou fiquem permanentemente incapacitados.
Dia Mundial do Elefante: Um dia de reflecção sobre o maior mamífero terrestre, porém um animal muito vulnerável
Criado a 12 de Agosto de 2012, com objectivo de proteger todas as espécies de elefantes e obter apoio para a conservação dos maiores mamíferos terrestres do planeta, o Dia Mundial do Elefante foi concebido pela realizadora canadiana Patrícia Sims e pela Elephant Reintroduction Foundation, da Tailândia, onde o animal é símbolo nacional.
O maior mamífero terrestre no planeta, podendo pesar até sete toneladas, o elefante é muito procurado por caçadores furtivos por causa do seu marfim.
Segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), desde 2009, Moçambiquejá perdeu pelo menos 10 000 elefantes e só na Reserva do Niassa, a maior área protegida do país, o número total de perdas passou de 12000 para 4400 de 2011 a 2014. É de salientar no entanto, que acções recentes governamentais e privadas nos últimos anos têm contribuído para reduzir drasticamente esta perda de elefantes.
De acordo com dados preliminares do Censo Nacional de Elefantes (2018), o país conta com uma população de 10800 indivíduos.
A BIOFUND enfatiza que os elefantes são de extrema importância para os ecossistemas e desde 2016 a instituição tem apoiadováriasÁreas de Conservação que albergam este mamífero nomeadamente, a Reserva Especial de Maputo, a Reserva Nacional de Chimanimani e os Parques Nacionais das Quirimbas, Gilé, Banhine, Mágòe, Limpopo e Zinave.
Você pode contribuir para aumentar o conhecimento sobre a sua importância e procurar soluções sustentáveis para a gestão e conservação do elefante.
Juntos pela conservação da biodiversidade em Moçambique!
BIO-FUNDO DE EMERGÊNCIA vai beneficiar fiscais das áreas de conservação do sector público e privado em Moçambique

Após o lançamento do fundo, no passado dia 29 deJulho, cerca de 190 fiscais já tem garantia da permanência nos seus postos de trabalho.
Para saber mais sobre o impacto deste fundo clique no link!
Constituído Fundo de Apoio aos Fiscais das Áreas de Conservação
O lançamento deste prémio realizou-se no dia 01 de Agosto no Parque Nacional da Gorongosa, num evento alusivo ao Dia Internacional do Fiscal de Flora e Fauna Bravia, que se assinala anualmente a 31 de Julho.
O Fundo deve-se à iniciativa do Dr. Carlos Lopes Pereira, Director dos Serviços de Protecção e Fiscalização na Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) que, após ter sido agraciado em 2019, com o prémio “Prince William Award for Conservation in Africa”, atribuído pela TuskInternational doou a parte pecuniária doprémio de 50.000 libras para a constituição de um fundo de apoio aos fiscais moçambicanos. A gestão deste fundo foi alocada à BIOFUND que decidiu por sua vez contribuir com o valor de 50 mil libras, totalizando um capital inicial correspondente aoito milhões e seiscentos mil meticais.
Com o objectivo de reconhecer a bravura e dedicação dos fiscais das Áreas de Conservação, serão atribuídos prémios aos fiscais que mais se destacarem ao longo do ano. O fundo irá tambémapoiar os familiares mais próximos dos fiscais que percam a vida ou fiquem incapacitados no exercício das suas funções.
Na acasião, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade, representada pelo Director Executivo,Luís Bernardo Honwana, referiu que este fundo,denominado Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira, não só terá prémios monetários como também irá oferecer diplomas de honra.
Neste momento, a BIOFUND está a trabalhar na divulgação, no estabelecimento de sinergias e na angariação de mais contribuições nacionais e internacionais para garantiro crescimento do fundo.
Para saber mais sobre o Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira clique aqui
Celebra-se hoje, 31 de Julho, o Dia Internacional do Fiscal de Florestas e Fauna Bravia
É um dia consagrado mundialmente ao reconhecimento do trabalho desta classe de profissionais, que desempenham um papel crucial na conservação da biodiversidade. Os fiscais actuam directamente no interior das Áreas de Conservação e nas suas zonas tampão para garantir a protecção da fauna bravia, trabalhando noite e dia, expostos a condições adversas.
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, concentra a maioria dos esforços financeiros destinados ao apoio nas Áreas de Conservação para a melhoria das condições de trabalho do sector de fiscalização, que se manifestam pelo apoio logístico em função das necessidades especificas de cada Área de Conservação beneficiaria da BIOFUND.
No âmbito destas celebrações, vai decorrer amanhã, 1 de Agosto, no Parque Nacional da Gorongosa uma cerimônia oficial alusiva ao Dia Internacional do Fiscal de Florestas e Fauna Bravia. O evento é liderado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e será presidido pela Ministra da Terra e Ambiente (MTA), com a participação da BIOFUND entre outros parceiros da conservação.
Na ocasião, a BIOFUND irá estrear um documentário em homenagem aos profissionais de fiscalização das áreas protegidas, alusivo às celebrações do dia internacional do Fiscal.
Assista ao vídeo dos fiscais aqui!
BIOFUND disponibiliza 3 Milhões de Dólares para o Pagamento dos Fiscais das Áreas de Conservação em Moçambique
Com objectivo de assegurar os postos de trabalho e cobrir os custos salariais dos fiscais e pessoal indispensável para apoiar à fiscalização das Áreas de Conservação durante o período da crise provocada pela pandemia de Covid-19, a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) anunciou nesta quarta-feira, 29 de Julho de 2020, um fundo avaliado em três milhões de dólares (USD $3 milhões) que vai ajudar cobrir os salários de cerca de mil (1000) fiscais das áreas de conservação sob gestão pública e privada que viram cair as suas receitas em resultado da falta de visitantes desde que a pandemia de covid-19 eclodiu no mundo.
Se por um lado a pandemia de covid-19 tem influenciado de forma negativa nas receitas, nos diversos sectores de actividades, o turismo é, por sinal, um dos sectores mais afectados devido às restrições dos movimentos de entrada e saída bem como a circulação interna de pessoas. Assim, as incertezas são enormes para os operadores destes sectores.
Designado “BIO – Fundo de Emergência”, com o lema “Protegendo os Recursos Naturais em Tempos de Crise“, o apoio directo aos operadores das áreas de conservação vai ser implementado em duas fases, nas quais, a primeira irá providenciar apoio directo ao sector público para cobrir os custos salariais de aproximadamente 150 fiscais do sector público e a segunda 800 do sector privado.
De acordo com Luís Bernardo Honwana, Director Executivo da BIOFUND, “o sector depara-se neste momento com grande problema de manter toda a estrutura de guarda dos nossos bens naturais, quando não tem, em contrapartida, as receitas que advêm do turismo”. Neste sentido, Honwana considera que isto determina uma situação de crise, “e como solução, a BIOFUND decidiu criar este fundo para poder apoiar aos operadores das áreas de conservação a prosseguirem com os seus trabalhos de fiscalização”.
Por sua vez, Jorge Ferrão, membro do Conselho de Administração da BIOFUND, sublinhou que “a primeira fase deste fundo de emergência e deve durar seis meses, e será seguida por uma segunda fase, mais abrangente em termos de duração e o apoio a ser providenciado, consoante a evolução da pandemia no país”.
Ainda assim, embora esta acção seja temporária, sobretudo para este período de crise económica provocada pela pandemia, os operadores privados olham para a iniciativa da BIOFUND com enorme satisfação, pois grande parte das comunidades residentes juntos das áreas de conservação depende directamente das receitas provindas daquelas áreas.
“Todas as áreas de conservação sob gestão do sector privado, tem comunidades residentes, aos milhares cuja primeira oportunidade de emprego é o operador que está ao seu lado, e depois vem a fauna bravia que pertence ao Estado e a todos nós”, defende Pacheco Faria, representante da Associação Moçambicana de Operadores de Safari (AMOS).
O fundo implementado pela BIOFUND, em parceira com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e Associação Moçambicana de Operadores de Safari (AMOS) poderá beneficiar 19 parques e reservas nacionais, 20 coutadas oficiais e uma variedade de outras categorias de Áreas de Conservação existentes em 14 importantes regiões ecológicas do país.
Lançamento do Projecto de Melhoria do Equilíbrio entre a Conservação da Biodiversidade e o Desenvolvimento Sustentável na Reserva Nacional de Chimanimani

A Agência Francesa de Desenvolvimento – AFD e o Fundo Francês para o Meio Ambiente Global – FFEM em parceria com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, lançam um novo projecto para a melhoria do equilíbrio entre a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento rural na Reserva Nacional de Chimanimani.
Trata-se de um projecto com duração de 4 anos, que visa garantir a conservação da biodiversidade assim como assegurar o desenvolvimento sustentável das comunidades na Reserva Nacional de Chimanimani. O projecto éresultado de uma nova subvenção no valor de 4,2 milhões de euros financiada pela AFD e FFEM com a parceria da BIOFUND.
Na componente de conservação da biodiversidade, o projecto apoiará a redução da desflorestação através da garantia dos direitos fundiários comunitários das populações das 12 aldeias da zona tampão e do reforço do envolvimento das populações locais na gestão dos recursos naturais.
Por outro lado, o projecto visa promover a inclusão das mulheres nos órgãos de representação comunitária através da emissão de DUAT aos agregados familiares dirigidos por mulheres e em conjunto com os cônjuges, e da sensibilização das mulheres e da comunidade para os direitos fundiários das mulheres.
Ainda no mesmo contexto, será criada uma área-piloto de restauração ecológica e será testado um mecanismo de hierarquização de compensação dos impactos na biodiversidade daquela Área de Conservação com o apoio da BIOFUND.
Para mais informações, acesse o link do Comunicado de Imprensa
Dia Internacional para Conservação do Ecossistema de Mangal celebrado a 26 de Julho

Comemora-se hoje, 26 de Julho, o Dia Mundial para Conservação do Ecossistema de Mangal. Em Moçambique a celebração é marcada pelo apelo à necessidade de todos contribuirmos para a conservação dos mangais.
As florestas de mangal são um ecossistema costeiro de transição entre o ambiente terrestre e marinho que possui adaptações específicas para responder às condições extremas de salinidade, ventos e ciclo de marés para as quais encontram-se continuamente expostos.
Os mangais são um dos ecossistemas mais produtivos do planeta. São habitat de várias espécies marinhas e estima-se que ¾ das espécies de importância pesqueira comercial dependem dos mangais para seu desenvolvimento.
Os mangais são responsáveis pelo fornecimento de bens e serviços ambientais fundamentais, asseguram a integridade ambiental da faixa costeira, providenciam alimento, protegem as comunidades locais contra os eventos climáticos extremos, armazenam grande quantidades de carbono no solo, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
Moçambique possui uma cobertura de mangal de cerca de 300 000 ha sendo considerada a terceira maior cobertura de floresta de mangal em África e a maior da costa oriental do continente. No país, as florestas de mangal ocorrem em aglomerados ao longo de toda a linha de costa, sendo mais abundantes na região centro e norte.
Apesar da sua importância, os mangais em Moçambique são vulneráveis a uma série de ameaças advindas da acção humana. Recentemente Moçambique deu um passo importante, aprovando a Estratégia Nacional de Gestão de Mangal, primeiro instrumento legal orientador da gestão e uso sustentável dos mangais.
A Fundação Para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND reconhece que os mangais são ecossistemas únicos e vulneráveis e desde 2018 tem apoiado todas áreas de conservação com florestas de mangal. A BIOFUND junta-se as comemorações do Dia Internacional dos Mangais contribuindo para divulgar o conhecimento sobre a sua importância e procurar soluções sustentáveis para a sua gestão e conservação.
Realizada a 3ª Sessão do Comité Directivo do PLCM Aprovando a Retoma Parcial das Actividades do Programa

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) realizou no passado dia 14 de Julho de 2020, a 3ª sessão do Comité Directivo do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique – PLCM.
O evento teve como principal objectivo a apresentação das principais actividades realizadas pelo PLCM ao longo do primeiro semestre de 2020 e as perspectivas das actividades para o segundo semestre considerando os desafios impostos pelo COVID-19 que afectou significativamente as actividades previstas para o ano.
Na ocasião,os membros do Comité Directivo aprovaram a retoma de algumas actividades que ficaram paralisadas devido a pandemia do COVID 19. Com destaque para a aprovação da retoma dos estágios e pesquisas nas Áreas de Conservação, que terão início brevemente, considerando caso a caso e respeitando todas as medidas de higiene e segurança estabelecidas pelas entidades de saúde no âmbito do COVID-19.
De salientar que, o Comité Directivo do PLCM é um órgão que visa garantir o acompanhamento das diferentes acções do programa, bem como dar uma orientação estratégica que garanta legitimidade e qualidade dos resultados do programa. O órgão é composto por 12 membros representantes das instituições do Sistema Nacional das Áreas de Conservação – SNAC, do Governo, de instituições académicas e da área de formação profissional, de ONGs Nacionais e Internacionais e do Sector Privado.
Este órgão reúne-se duas vezes ao ano, no final de cada semestre e devido à situação global de saúde, imposta pela pandemia do COVID 19, o encontro decorreu de forma virtual, através da plataforma de comunicação Zoom.
Mais de 1500 pessoas sensibilizadas pelo impacto da poluição marinha através do concurso “filmar para sensibilizar”
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, promoveu o concurso “Filmar para Sensibilizar”, liderado pelo primeiro grupo de estagiários do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique – PLCM, alusivo ao Dia Mundial dos Oceanos, celebrado a 8 de Junho, sob o lema “Inovação para Sustentabilidade dos Oceanos: Mar limpo, Ecossistema Protegido”.
Crianças com idades compreendidas entre 13 a 17 anos foram desafiadas a fazer um filme curto sobre a importância dos Oceanos, a partir das suas casas.
O concurso contou com um total de 26 participantes que foram submetidos a duas avaliações, nomeadamente uma avaliação preliminar feita por um júri interno e uma avaliação pública realizada através de números de gostos na página FACEBOOK do PLCM. Dos 26 participantes, apenas os 6 melhores passaram para a avaliação pública. O público por sua vez, teve o poder da decisão final, tendo havido a participação de mais de 1500 pessoas, que apuraram os 3 grandes vencedores do concurso.
Em Primeiro lugar, ficou a Fiona Romeu Chaúque de 13 anos de idade, aluna da 9ª Classe residente na Província de Gaza, concretamente no Distrito de Chokwé. Feliz por ter sido a primeira classificada, Fiona Chaúque comentou: “É gratificante participar em concursos como estes, que visam transformar as nossas mentes em relação aos nossos cuidados com os oceanos”.
O Segundo lugar foi para a Délia Chaúque de 14 anos de idade, aluna da 10ª Classe, residente na Província de Gaza, Distrito de Chokwé. Delia Chaúque, também não escondeu a sua satisfação, ao dizer que sente-se bastante feliz e honrada por ser uma das vencedoras do concurso importante para a conservação dos oceanos.
E o Terceiro lugar foi para o Shelton Feliciano de 16 anos de idade, aluno da 10ª Classe, residente na Cidade de Maputo. Para Shelton Feliciano, a participação no concurso foi uma oportunidade de mostrar a importância da conservação da biodiversidade para a natureza e para a sociedade que nela habita.
Através desta iniciativa, os participantes mostraram o que sabem sobre a importância dos oceanos e sensibilizaram o público a optar uma postura responsável, evitando algumas práticas indevidas que prejudicam os oceanos.
O concurso foi criado com objectivo de envolver os jovens como agentes de sensibilização na conscientização sobre a importância dos oceanos no nosso dia-a-dia e a necessidade da sua conservação.
Parabéns a todos por um belo trabalho!
Assista ao vídeo dos vencedores do concurso aqui!
BIOFUND realiza o pré-lançamento do PLCM num evento online – webinar com o tema “Oportunidades e desafios para os jovens na liderança do sector da Conservação”
O pré-lançamento do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM) realizou-se nos dias 4 e 11 de Junho de 2020 em parceria com a ANAC, Parque Nacional de Gorongosa e WWF. Esta iniciativa teve como principal objectivo atrair jovens de diferentes cantos do país para o Sector de Conservação da Biodiversidade em Moçambique.
O evento contou com a participação de mais de 400 participantes maioritariamente jovens, oriundos de todas as províncias do país, bem como profissionais de várias organizações do Sector de Conservação.
A primeira sessão foi marcada por um debate aceso sobre os desafios dos profissionais de conservação liderado pelos painelistas Berta Guambe, do Parque Nacional de Gorongosa, Paulo Barros, da Administração Nacional das Áreas de Conservação – ANAC e por Lara Muaves, da WWF Moçambique, sob moderação de Denise Nicolau da BIOFUND. Os painelistas tiveram a oportunidade de partilhar as suas experiências pessoais, destacando a sua humildade, perseverança, ousadia e paixão pela conservação.
“Ser conservacionista é superar as suas expectativas, é ser perseverante e humilde”. Salientou Lara Muaves, uma das painelistas. Estes compartilharam ainda as várias oportunidades que as suas organizações têm levado a cabo com especial envolvimento dos jovens.
A segunda sessão, que teve como painelistas os beneficiários do PLCM nas diferentes actividades de estágios, subvenções de pesquisa e voluntariado, centrou-se na partilha de experiências e na motivação dos beneficiários em contribuir para a conservação da biodiversidade.
Devido à pandemia do COVID 19, o evento realizou-se através das plataformas digitais ZoomWebinar e Facebook Live do PLCM. Em resultado do sucesso do evento, a BIOFUND continuará a apostar em mais sessões similares de debate e partilha de experiências, contribuindo para um maior envolvimento dos jovens na conservação.
Assista à gravação do evento através do link do facebook.
Dia Mundial da Tartaruga Marinha
Celebra-se hoje, 16 de Junho o Dia Mundial da Tartaruga Marinha. Este dia é especialmente dedicado para ressaltar a importância destes animais maravilhosos.
Conhecidas como sentinelas do mar, as tartarugas desempenham um papel fundamental nos ecossistemas marinhos. Estas são como “espécies-chave”, que se alimentam de uma variedade diversa de outras espécies, de alforrecas (tartaruga de couro), esponjas (tartaruga bico de falcão), ervas marinhas (tartaruga verde), elas moldam o ambiente ao seu redor e ajudam a manter saudáveis recifes de coral e outros ecossistemas marinhos, que por sua vez produzem uma série de benefícios para os seres humanos.
Entre a sua contribuição para a Conservação da Biodiversidade, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, contribui para a preservação das Tartarugas Marinhas através do apoio à monitoria destes animais nas diferentes Áreas de Conservação, como na Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, Santuário Bravio de Vilanculos, Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, e Parque Nacional das Quirimbas.
A BIOFUND vai disponibilizar 200 Milhões de Meticais para a Conservação

O Conselho de Administração da BIOFUND aprovou na sua última sessão um plano de emergência no valor de cerca de três milhões de dólares para ajudar a mitigar os impactos económicos do COVID-19 no sector da conservação.
Este apoio destina-se a ajudar manter nos seus postos de trabalho 950 dos cerca de 1600 fiscais do sistema nacional das áreas de conservação, de modo a garantir a preservação da biodiversidade do país numa fase em que os impactos económicos da pandemia do COVID-19 atingem seriamente o sector da conservação.
No nosso país, os sectores mais afectados, com as medidas extremas que houve que adoptar para conter o alastramento das infecções com o novo Corona Vírus são os do turismo, da restauração e a industria hoteleira. De acordo com dados recentes, mais de 22.000 pessoas que trabalham para entidades de recreação e turismo em Moçambique perderam os seus empregos.
No entanto, a redução de pessoal efectivo na linha da frente, não pode ser opção para o Sistema Nacional das Áreas de Conservação, onde a salvaguarda dos bens naturais em protecção tem que ser permanente. Sem o corpo de fiscais, o abate de espécies faunísticas ameaçadas e o corte ilegal de madeiras preciosas pode voltar a subir a níveis ainda mais altos do que os que conhecemos num passado recente.
No sector público é improvável que se verifique esse desguarnecimento das Áreas de Conservação, uma vez que a maioria dos fiscais, guardas e agentes que aí prestam serviço são funcionários do Estado ou trabalham com contratos que não podem ser sumariamente rescindidos- independentemente da situação de crise.
O mesmo já não se pode dizer do sector privado onde a não entrada de nenhumas receitas pode determinar despedimentos de pessoal excedentário ou suspensão temporária dos respectivos contratos.
Actualmente, o sector privado gere 67% da área de protecção formal no país, representando aproximadamente 14 Milhões de Hectares. Mais da metade dos fiscais do país são empregados pelo sector privado. Paradoxalmente, este sector não é geralmente contemplado nas medidas de mitigação dos impactos económicos do COVID-19 pois as entidades responsáveis pela sua gestão, sendo de fins lucrativos não constituem prioridade na distribuição de fundos de emergência, não obstante a importância significativa das áreas que elas administram, para as metas nacionais da conservação da biodiversidade.
O Plano de emergência que a BIOFUND acaba de adoptar comporta duas fases:
- Uma fase inicial, de aplicação imediata, com a disponibilização de um fundo de apoio não reembolsável a operadores de conservação privados, para cobrir o pagamento de três a seis meses de salário aos fiscais. Um valor adicional será disponibilizado para cobrir os relativamente poucos fiscais das áreas actualmente cobertos pelas receitas da ANAC, que devido a crise são inexistentes.
- Uma segunda fase com a concessão de apoios reembolsáveis e não reembolsáveis para o pagamento de salários e outras formas de apoio às áreas de conservação como na fase 1 – assim como também apoio às comunidades em áreas imediatamente limítrofes, que em resultado da crise do COVID-19 perderam algumas das suas receitas habituais.
O valor total deste Fundo de Emergência poderá atingir os 3 Milhões de Dólares nos próximos 6 a 18 meses.
A BIOFUND que com os apoios que canaliza para as áreas protegidas sob gestão do Estado já beneficiava cerca de 5 Milhões de Hectares do território nacional, vai passar a apoiar cerca de 19 Milhões de Hectares.
Contactos
Av. Tomás Nduda, n° 1038
Maputo – Moçambique
Telefone: +258 21 499 958
E-mail: info@biofund.org.mz
Website: biofund.org.mz
Exposição Online do Ecossistema dos Mangais e da Vida Subaquática, Marca a Celebração do Dia Mundial dos Oceanos
A exposição virtual enquadra-se no evento de celebração do Dia Mundial dos Oceanos, celebrada hoje, dia 8 de Junho de 2020, Sob o lema “Inovação e Sustentabilidade do Oceano: Mar Limpo, Ecossistema Protegido”.
O ecossistema marinho em Moçambique está sob pressão por conta das actividades humanas, que afectam directamente os oceanos. A exibição fotográfica com temas ligados aos ecossistemas marinhos está focada em chamar a atenção para o papel importante dos oceanos na vida dos seres humanos e salientar sobre as práticas humanas que prejudicam os oceanos.
Nos ecossistemas costeiros, os mangais são responsáveis por muita da produtividade marinha e costeira (peixe, moluscos, crustáceos, etc.). Eles são também críticos para a estabilidade da zona costeira, contribuindo para a protecção da costa contra a erosão, para a qualidade da água do mar onde os mangais funcionam como filtros.
Em Moçambique, os mangais são uma das formações vegetais mais abundantes, cobrindo cerca de 300 mil hectares, com maior predominância nas províncias de Nampula, Zambézia e Sofala.
O evento foi organizado pelo Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas – MIMAIP em parceria com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, WWF Moçambique, USAID/SPEED+, Académicos e membros das comunidades locais. Para além da exposição virtual, os organizadores prepararam uma sessão de Telescola e vão ainda anunciar os vencedores do concurso “Filmar para Sensibilizar”, concurso promovido pela BIOFUND, onde jovens fizeram pequenos vídeos sobre a importância dos Oceanos.
Dia Mundial do Meio Ambiente: Estagiários do PLCM Promovem acções para a Preservação do Ambiente
O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado a 5 de Junho de cada ano com objectivo de sensibilizar a população a implementar práticas que ajudam na preservação do Ambiente.
Neste âmbito de celebração, jovens formados em diferentes áreas de conhecimento, integrados na Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, Administração Nacional das Áreas de Conservação – ANAC e no Centro Terra Viva – CTV, através do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique – PLCM, reuniram-se para promover acções de sensibilização para a protecção e preservação do Meio Ambiente.
Estes jovens mostram que é possível contribuir na preservação do Meio Ambiente através de pequenos gestos como o plantio de árvores, redução de consumo de água, entre outras acções.
O Dia Mundial do Ambiente foi criado no dia 5 de Junho de 1972, durante a Conferência de Estocolmo, com o principal objectivo de sensibilizar os países e a população em geral, de modo a observar formas sustentáveis de tratamento de questões ambientais e estabelecer princípios orientadores da política ambiental em todo planeta.
Dia Mundial dos Oceanos: 8 de Junho
O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado todos os anos no dia 8 de Junho. O objectivo da data é informar o público sobre o impacto das acções humanas nos oceanos, desenvolver um movimento mundial com vista a gestão sustentável dos oceanos.
Sob o lema “Inovação e Sustentabilidade do Oceano: Mar Limpo, Ecossistema Protegido”, o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas -MIMAIP em parceria com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, WWF Moçambique, USAID/SPEED+, Académicos e membros das comunidades locais, entre outras entidades, encontram-se a organizar a celebração desta efeméride em Moçambique, que compreenderá uma série de eventos que terão lugar entre 04 e 08 de Junho próximo.
Serão 5 dias marcados por várias actividades como exposições, debates, aulas, concursos e vídeos sobre a importância da biodiversidade marinha no planeta e a necessidade da sua protecção. Este evento vai ser transmitido pelas televisões nacionais, telescola e redes sociais (veja aqui o programa).
No contexto do covid-19, seguindo as regras de distanciamento social, o evento será transmitido através de plataformas digitais, com destaque para televisão e rádio nacional (TVM, STV e RM) e redes sociais, representando uma oportunidade de reflexão sobre o papel crucial que todos desempenhamos para a conservação dos oceanos.
Ainda no âmbito do evento decorre o concurso “Filmar para Sensibilizar” (para jovens de 13 – 17 anos) sobre a importância dos Oceanos, levado a cabo pela BIOFUND cuja votação pública poderá ser feita na página Facebook do PLCM
Destacamos também o evento online mundial do Fórum Económico Mundial e os Amigos das Acções sobre os Oceanos https://www.weforum.org/events/virtual-ocean-dialogues-2020 que vai decorrer de 1 a 5 de Junho contando com mais de 40 sessões, incluindo vários debates sobre Áreas Marinhas Protegidas, e é aberto a todos os interessados.
22 de Maio, Dia Internacional da Biodiversidade

Celebra-se hoje, 22 de Maio, o Dia Internacional da Biodiversidade, data estabelecida pela Organizaçãodas Nações Unidas (ONU), em 22 de Maio de 1992 com o objectivo de conscientizar a população mundial sobre a importância da Conservação da Diversidade Biológica.
A data foi estabelecida em homenagem ao dia em que foi aprovado o texto final da Convecção da Diversidade Biológica, intitulado: “Nairobi Final Act of the Conference for the Adoption of the Agreed Text of the Conventionon Biological Diversity”.
Anualmente, são levados a cabo diversas actividades de sensibilização ambiental no sentido de chamar de atenção sobre as várias acções humanas que prejudicam o tecido biológico da natureza. No presente ano de 2020, a data celebra-se numa altura em que o mundo e o nosso país em particular atravessam um momento crítico por conta da pandemia do COVID-19 causado pelo novo Coronavírus, doença que já dizimou milhares de vidas humanas em todo mundo.
No âmbito desta pandemia, é importante reflectir sobre todas as acções que poem em perigo não só a nossa segurança, mas também de todas as outras espécies que compõem a Diversidade Biológica.
Estagiário do PLCM partilha a sua experiência na gestão de conflito Homem – Fauna Bravia
Esta actividade visa expor os jovens estagiários aos desafios inerentes às Áreas de Conservação, bem como contribuir para a resolução dos diferentes problemas, em especial, conflito Homem – Fauna Bravia.
No decorrer da primeira chamada do Programa de estágios do PLCM, Hagnésio Chiponde (jovem recém-graduado em Veterinária pela Universidade Eduardo Mondlane) e estagiário afecto à Administração Nacional das Áreas de Conservação, no Departamento de Protecção e Fiscalização) juntou-se por um período de tempo à equipa de fiscalização da Reserva Especial de Maputo para participar das actividades de gestão do conflito Homem – Elefante.
Hagnésio teve a oportunidade de participar em actividades ligadas à criação e implementação de técnicas de afugentamento dos elefantes das comunidades de volta para a reserva, tais como, o mapeamento das rotas dos elefantes, vedação das áreas e pesquisa sobre a eficácia de algumas técnicas de afugentamento que a reserva pretende adoptar.Neste contexto, o jovem estagiário auxilianas tarefas de rastreio e imobilização de animais como elefantes e búfalos para colocação de colares, colheita de amostras e no processo de patrulha da reserva contribuindo na luta contra caça furtiva.
Hagnésio Chiponde salientou que está a adquirir uma experiência extraordinária em conservação, afirmando: “Tem sido uma experiência interessante! Neste período de estágio adquiri óptimos conhecimentos.O mais especial é o facto de estar a trabalhar num sector que, para além de permitir um contacto com fauna, também ajuda a comunidade”.
Bravura, Atitude e Dedicação dos Fiscais passará a ser Premiada Anualmente

Cerca de 100 mil libras serão destinadas a criação de um mecanismo com vista a premiar e criar um fundo de emergência, a partir de 2020, que beneficie os profissionais que fiscalizam, as Áreas de Conservação de Moçambique.
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) fará a gestão do Fundo e vai contribuir com o valor de 50 mil libras para esta iniciativa que resulta de uma doação inicial feita pelo Dr. Carlos Lopes Pereira, no mesmo valor, com o objectivo de notabilizar o engajamento desta classe de profissionais.
O referido fundo deverá contar com outros apoios adicionais e será investido localmente. Assim, os rendimentos do investimento do total que se apurar servirão para lançar duas categorias de premiações que visam destacar os melhores profissionais.
A primeira categoria, associada a um valor monetário de 60 000MT, consiste na premiação do fiscal exemplar através de um prémio único, de reconhecimento vitalício atribuído a indivíduos que se destaquem pela sua dedicação e engajamento excepcional no seu trabalho, tendo contribuído durante muitos anos para actividades de fiscalização e protecção da conservação em Moçambique.
A segunda premiação, associada a um valor monetário de 15 000 MT, será para o fiscal do ano, em reconhecimento da dedicação e bravura dos fiscais que arriscam diariamente as suas vidas para a protecção das espécies de fauna, flora e habitats das Áreas de Conservação em Moçambique. O prémio será atribuído anualmente a fiscais que se destacam no seu trabalho e atitude pessoal, escrutinados por uma comissão técnica de avaliação composta pela BIOFUND e ANAC.
No mesmo âmbito, o Fundo de apoio a fiscais, vai ainda disponibilizar recursos, no valor global de 20 000MT, para dar algum amparo imediato, em casos de emergência, aos familiares mais próximos de fiscais que percam a vida ou fiquem incapacitados no exercício das suas funções.
O Fundo tem como patrono o Dr. Carlos Lopes Pereira que, em reconhecimento da sua paixão e dedicação na liderança pela conservação, foi galardoado em 2019 com o prémio “Prince William Award para a conservação em África” no valor de 50 mil libras.
Aprovada a Estratégia Nacional de Gestão do Mangal

O objectivo desta estratégia é de manter ou aumentar a biodiversidade, os valores e a função do ecossistema do mangal, de modo a responder às necessidades de protecção ambiental em estuários e zonas costeiras.
Este documento foi concebido para combater e reverter a situação de degradação e destruição do ecossistema de mangal no País, e, pretende-se, também, que este instrumento acrescente valor aos esforços que vêm sendo desenvolvidos para impulsionar e orientar a regulação dos direitos, deveres e obrigações quanto ao uso sustentável do ecossistema de mangal em Moçambique.
As linhas estratégicas deste documento visam também contribuir para minimizar os efeitos do aquecimento global, através da contribuição para o aumento do sequestro e armazenamento do carbono da atmosfera e o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, particularmente os ODS’s 13 e 14.
A colaboração da BIOFUND enquadra-se num conjunto de esforços que a instituição tem levado a cabo na perspectiva de incentivar a criação de um quadro favorável à protecção do mangal em Moçambique. Recorde-se que Moçambique é o 13º pais com maior cobertura de mangal no mundo. Alguns estudos indicam que o Pais possui cerca de 396.080 ha, com ocorrência desta espécie na zona costeira das províncias de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza (estuário do rio Limpopo) e Maputo.
Nesse contexto, nos últimos anos, a Fundação tem contribuído amplamente para a protecção do mangal nas áreas de conservação, criação de instrumentos legais reguladores, promoção de investigação cientifica para a inclusão do mangal em esquemas de contrabalanços de biodiversidade e pagamentos por serviços ecossistémicos, e realização de eventos de sensibilização ambiental sobre a sua relevância ecológica e socioeconómica para o país.
A BIOFUND orgulha-se de ter participado no processo de elaboração deste instrumento, conjuntamente com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas e todas as partes envolvidas e reitera o seu comprometimento com a conservação dos mangais e da sua biodiversidade em Moçambique.
Para mais informações visite o site:.
https://www.biofund.org.mz/projects/programa-de-contrabalancos-de-biodiversidade/
PLCM Arranca com as Actividades de Estágios

Dez estagiários do PLCM estão já integrados nos seus locais de actividade, desde o dia 02 de Março de 2020. Trata-se do primeiro grupo, tendo sido três integrados na BIOFUND, cinco na Administração Nacional das Áreas de Conservação-ANAC e dois no Centro Terra Viva-CTV.
“É importante que os humanos conservem e usem de forma sustentável os recursos naturais para que as gerações vindouras tenham os mesmos privilégios. É com este pensamento que decidi concorrer para o Programa de Liderança para Conservação, por forma a adquirir habilidades e métodos para proteger os ecossistemas em especial os animais bravios e contribuir para um bom ambiente de convivência entre o homem e estes animais”, disse com entusiasmo o jovem Hagnesio Chiponde, formado em Veterinária – estagiário do PLCM na ANAC.
Recordamos que um dos objectivos do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM) é motivar e atrair jovens para a Conservação em Moçambique.
Neste contexto, os estagiários foram integrados em diferentes áreas profissionais, na perspectiva multidisciplinar do programa, incluindo áreas como: conservação da biodiversidade; comércio de espécies ameaçadas e em extinção; monitoria e avaliação; comunicação; veterinária; caça desportiva; entre outras.
40% dos integrantes deste primeiro grupo é composto por mulheres, dando realce ao facto do programa procurar também estimular maior equidade de gênero no sector da conservação, num contexto em que o número de profissionais mulheres nesta área ainda é bastante reduzido.
O PLCM espera que o sucesso do programa de estágios pré-profissionais seja uma forte contribuição para o aprendizado de habilidades e conhecimentos necessários para o inicio de uma carreira em conservação.
Entretanto, devido a actual pandemia do COVID-19,em consulta com os seus parceiros, a BIOFUND tomou a decisão de suspender todas as actividades ainda não iniciadas do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique, especialmente as que teriam lugar nas Áreas de Conservação, previstas até 30 de Abril (estágios profissionais, subvenções de pesquisa, bolsas de estudo e participação ou organização de eventos de sensibilização ambiental). Tal como adverte o comunicado circulado, no dia 23 de Março, a continuidade das actividades já iniciadas será analisada caso a caso e em coordenação com os supervisores das mesmas.
Comunicação sobre o Corona Virus

COVID – 19 (Coronavírus) – no contexto das medidas de prevenção contra a propagação desta pandemia que assola o mundo, e já com alguns casos confirmados em Moçambique, a BIOFUND, no alinhamento da sua postura socialmente responsável, e com o objectivo de evitar uma potencial propagação do Coronavirus decidiu avançar com as seguintes medidas:
- Dar prosseguimento as diferentes actividades administrativas e financeiras, na medida do possível, e com recurso aos diferentes recursos tecnológicos à sua disposição;
- Criar condições para que os diferentes programas possam ter acompanhamento dos seus colaboradores a partir do seu domicílio.
- A correspondência poderá ser enviada por scan através dos emails abaixo, a resposta será enviada pela mesma via.
A BIOFUND vem por este meio reiterar o seu compromisso com os seus beneficiários, afirmando que as actividades de financiamento e a implementação dos seus procedimentos continuam em vigor, tendo sido somente adaptados procedimentos electrónicos e de acesso remoto.
A BIOFUND re-avaliará a necessidade de adoção de novas medidas, de acordo com as directivas governamentais.
Permitimo-nos recomendar a todos os nossos parceiros, colaboradores e beneficiários a máxima precaução e cuidados sanitários em relação a mitigação da propagação do COVID-19.
Os contactos da BIOFUND em caso de necessidade são:
sabande@biofund.org.mz * Tel.: 846960484
sbande@biofund.org.mz * Te.: 846155213
Lançamento da Campanha “A Caça Furtiva Rouba de Todos Nós”, Marca a Celebração do dia Mundial da Vida Selvagem.
Teve lugar nesta Quarta-Feira, 04 de Março no Hotel Meliã, na Cidade de Maputo o lançamento da campanha com o título “A Caça Furtiva Rouba de Todos Nós”.
Trata-se de uma campanha concebida pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e pela organização não-governamental WILDAID, com vista a sensibilizar a sociedade para a prevenção e combate à caça furtiva. Como embaixadores, fazem parte da campanha Joaquim Chissano, antigo Presidente da República, os músicos Stewart Sukuma, Lizha James e King Sweet. A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e outras organizações não governamentais, que zelam pela conservação da biodiversidade, associaram-se à iniciativa.
Na sessão de abertura do lançamento da campanha, a Ministra da Terra e Ambiente, destacou a importância da conservação da biodiversidade referindo que, usadas de forma sustentável, as espécies de fauna e flora podem contribuir significativamente para o desenvolvimento económico e social do país. O antigo Presidente Joaquim Chissano, reforçou este pensamento afirmando que “…Conservar o ambiente faunístico é conservar o nosso próprio ambiente”.
A campanha é lançada na esteira da Celebração do dia mundial da vida selvagem, que assinala-se a 03 de Março de cada ano, data decretada pelas Nações Unidas (ONU) com o objetivo de celebrar a multiplicidade das espécies a nível planetário, assim como alertar sobre o perigo que ameaça a fauna e flora mundial.
A participação da BIOFUND, está também relacionada com o projeto PROMOVE Biodiversidade, com foco nas províncias de Zambézia e Nampula, em parceria com a União Europeia (EU), que inclui o reforço da capacidade de gestão de algumas Áreas de Conservação, com destaque para a melhoria da capacidade de fiscalização e patrulha.
Deputados reforçam conhecimentos sobre a Conservação da Biodiversidade e Mitigação do Impacto das Mudanças Climáticas

Teve lugar entre os dias 17 e 19 de Fevereiro de 2020 o seminário de indução dos deputados da IX legislatura da Assembleia da República de Moçambique e, nesse contexto, no dia 18 as discussões foram em torno de assuntos relacionados com a conservação da biodiversidade, com vista a ampliar e facilitar a difusão de informação sobre a problemática das mudanças climáticas, no plano global e a sua incidência em países como Moçambique.
A BIOFUND tomou a iniciativa de propor o tema à Assembleia da República, sendo a sua materialização o resultado de um trabalho conjunto com a Administração Nacional das Áreas de Conservação e parceiros como a USAID/SPEED+, WWF, UEM, FNDS, e Banco Mundial, com financiamento da USAID/SPEED+ e União Europeia.
Durante hora e meia houve uma sucessão de exposições em que foram oradores: Abdul Magide Osman, PCA da BIOFUND, que se debruçou sobre as “Alterações Climáticas, Impacto e Respostas”; Alexandra Jorge, Directora de Programas da BIOFUND, com intercalando filmes sobre o tema “A Importância da Biodiversidade”; Mateus Mutemba, Director Geral da ANAC, informando sobre o “Sistema Nacional das Áreas de Conservação” e legislação relevante; encerrou o ciclo o ambientalista Carlos Serra, falando sobre “Cidades, Ecossistemas Sensíveis e Resiliência às Mudanças Climáticas”.
Na sua exposição, que serviu de pano de fundo à sessão, Magid Osman, frisou o facto de Moçambique, se situar numa zona do globo onde são mais sensíveis os efeitos das mudanças climáticas, havendo já muitos casos de perda de território dada a subída do nível das águas do mar. Explicou que tratando-se de um problema que não tem resposta simples, o que se exige é uma revolução de mentalidade colectiva. Toda acção governativa tem de ter uma componente de resposta as mudanças climáticas.
A intervenção de Carlos Serra, ilustrou de forma dramática, os impactos das mudanças climáticas que já são sensíveis em vários pontos do Pais e sublinhou o facto de a acção humana, como por exemplo, a destruição de mangais e a ocupação de dunas e terras húmidas, afectando os ecossistemas ribeirinhos, estar a contribuir para o agravamento da situação. No seu entender as leis já existem mas são pouco divulgadas e necessitam de maior implementação.
Reagindo as diferentes apresentações, a deputada Telmina Pereira, da bancada da Frelimo, ressaltou o facto de ter sido a primeira vez que ouviu falar de forma tão objectiva sobre o impacto das mudanças climáticas em Moçambique. Destacou a necessidade de uma resposta urgente e relembrou o papel importante que o deputado assume na educação das mentes, como por exemplo através das jornadas parlamentares. Sugeriu uma maior partilha de informação mas com o cuidado de usar uma linguagem mais simplificada, por forma a melhor alcançar as comunidades.
Por sua vez, o deputado Venâncio Mondlane, da bancada da Renamo, disse que na sua opinião o grande problema com a conservação da biodiversidade não é o comportamento das comunidades mas sim o de indivíduos das classes dirigentes que, de forma ostensiva, ignoram por exemplo a proibição de construir em zonas húmidas, particularmente nas áreas de mangal. Mondlane propôs que se repense nas penas aplicadas aos crimes ambientais que muitas vezes, pela sua dimensão, deveriam entrar na escala de crimes contra a humanidade.
Na sessão estabeleceu-se que, já fora do programa de indução aos deputados, a BIOFUND organizará novas actividades para actualização de informação e aprofundamento de algumas questões levantadas.
Semana de Comemoração do Dia Mundial do Pangolim: Moçambique focado na Protecção do Mamífero
O Governo de Moçambique através da Administração Nacional das Áreas de Conservação, ANAC, realiza de 10 a 16 de Fevereiro diversas actividades para marcar as comemorações do dia mundial do pangolim que se assinala internacionalmente no terceiro sábado do mês de Fevereiro, sendo neste ano no dia 15 de Fevereiro.
As actividades que decorrem com apoio dos parceiros nomeadamente, USAID, através do Projecto SPEED+, WWF, BIOFUND, NATURA, WildAid, WCS e o Parque Nacional da Gorongosa, contemplam palestras em duas escolas primárias da cidade de Maputo, exposições fotográficas sobre o pangolim), projecção de filme, para além de debates promovidos, no Museu de Historia Natural, cartazes e folhetos com o propósito de consciencializar a sociedade sobre a necessidade urgente de proteger aquele mamífero que é, de acordo com a Uniao Munidal da Natureza, o mais traficado no mundo.
Falando no evento de lançamento das comemorações, o Director-Geral da ANAC, Mateus Mutemba, revelou que 31 casos de tráfico frustrados de pangolins foram registados em todo o país durante o ano passado, tendo como destino o mercado negro asiático. Face ao cenário crescente de casos, Mateus Mutemba, reafirmou o comprometimento do Governo de Moçambique na protecção dos animais incluindo o pangolim, facto que se traduz, entre outras actividades, na melhoria do quadro legal e controle da exploração ilegal dos recursos faunísticos.
Alinhando no mesmo diapasão, Director dos Serviços de Protecção e Fiscalização da ANAC, Lopes Perreira, revelou que nos últimos 16 anos registou-se um aumento significativo de casos de tráfico de pangolim, sendo que 2019 foi o pior ano do tráfico do mamífero, onde de Fevereiro a Julho, 48.9 toneladas de pangolim foram confiscadas pelas autoridades.
Sensibilizado com estes crescentes números, o Parque Nacional de Gorongosa, PNG, criou o Centro de Reabilitação do Pangolim que visa cuidar de pangolins resgatados em operações contra o tráfico de animais. António Tonecas, veterinário afecto ao Parque Nacional da Gorongosa revelou que 31 pangolins foram recuperados e reinseridos no seu habitat natural.
Nesta perspectiva, a Directora Nacional da USAID, Jennifer Adams, garantiu que o povo americano continua comprometido na luta contra o tráfico de animais, incluindo o pangolim africano. Em virtude desse compromisso, a USAID trabalha com o Governo na elaboração de diferentes instrumentos legais visando capacitar os procuradores, juízes e fiscais, de conhecimentos técnicos sobre o procedimento em casos de tráfico de animais.
Peça teatral sobre pangolim engaja alunos na protecção da espécie
No âmbito das actividades de consciencialização da sociedade sobre o pangolim, o grupo Mutumbela Gugu apresentou uma peça teatral que versa sobre a importância do pangolim no ecossistema e que insta a população a denunciar rapidamente casos de transporte, caça e comercialização do mamífero.
Os alunos da Escola Primária Eduardo Mondlane, arredores da Cidade de Maputo, mostraram-se entusiasmados com a peça bem como com as palestras que tiveram lugar naquela instituição de ensino.
“Foi uma forma diferente e criativa de ensinar-nos sobre a importância do pangolim”, confessou António Pinto, aluno da sétima classe naquela escola.
Por sua vez, a aluna Márcia Moisés, que revelou nunca antes ter ouvido falar e ver o pangolim, enalteceu a iniciativa.
“Aprendi que temos de denunciar na esquadra sempre que vermos alguém traficando o pangolim”, disse a aluna de sexta classe.
Refira-se que está patente de 13 a 16 desta semana no Baia Mall, na cidade de Maputo, uma exposição fotográfica que retrata sobre o pangolim.
Primeiro Desembolso do Programa Promove Biodiversidade até Junho de 2020

Cerca de 283 mil euros é o valor do primeiro desembolso que a BIOFUND vai fazer para apoiar a translocação de animais e o reforço das patrulhas de fiscalização na Reserva Nacional do Gilé, até ao final do segundo trimestre de 2020.
O valor referenciado corresponde à primeira tranche do apoio directo ao consórcio entre a administração da Reserva do Gilé e a IGF. Trata-se da materialização do arranque efectivo das actividades do Programa PROMOVE Biodiversidade, depois da aprovação final do contrato de subvenção entre a União Europeia e a BIOFUND, no valor de EUR 10.2 milhões, no final de 2019.
Cerca de EUR 3.5 milhões serão desembolsados ao longo do ano de 2020 para financiar a Reserva Nacional do Gilé, a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas e o Monte Mabu no contexto do programa PROMOVE Biodiversidade. O objectivo geral é proteger a biodiversidade e contribuir para a melhoria dos meios de subsistência das comunidades rurais nas zonas de abrangências através da gestão sustentável dos recursos naturais nas áreas alvo nas províncias de Nampula e da Zambézia em Moçambique.
Neste contexto, ainda em 2020 serão lançados três concursos públicos adstritos as subvenções para as APAIPS, Mabu e Gilé, com a particularidade desta ultima ser apenas referente a componente de desenvolvimento comunitário.
Recorde-se que o Programa tem como meta o alcançe dos seguintes resultados:
- Implementar iniciativas e estratégias para a gestão sustentável dos recursos naturais e conservação da biodiversidade, em torno de áreas-alvo;
- Melhorar os meios de subsistência das comunidades locais que vivem dentro ou fora das áreas de conservação, de biodiversidade de forma sustentável e;
- Realizar e divulgar as pesquisas e estudos participativos específicos sobre a gestão de recursos naturais para influenciar a gestão, e as políticas a nível local e nacional.
Em Memória de José Dias dos Santos Mohamede (1964-2020)

A BIOFUND recebeu com profunda tristeza a notícia do falecimento de JOSÉ DIAS DOS SANTOS MOHAMEDE, Administrador da Reserva Nacional do Gilé, uma das Áreas de Conservação com a qual tem colaborado de forma estreita, como um dos primeiros beneficiários do Projecto Abelha (apoio às Áreas de Conservação – financiamento AFD/BIOFUND), como mais recentemente um dos principais beneficiários do Programa Promove Biodiversidade (financiamento União Europeia). A contribuição de JOSÉ DIAS para a consolidação do Sistema Nacional das Áreas de Conservação é incomensurável: JOSÉ DIAS foi membro da equipa fundadora do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ) e da Administração Nacional das Áreas de Conservacão; deixou connosco o legado de criar uma das maiores Áreas de Conservação Transfronteiriça (ACTF) do mundo, a ACTF do Rovuma ligando Quirimbas, Reserva de Niassa com Sellous e Siringuetti na Tanzania. A bravura de JOSÉ DIAS no combate à caça furtiva e corte ilegal de recursos madeireiros será sempre lembrada com saudade.
JOSÉ DIAS dedicou maior parte da sua vida à causa da conservação, sempre com muito profissionalismo, entrega, determinação e humildade.
Endereçamos os nossos pêsames à família enlutada, colegas e ao grupo da conservação de Moçambique.
BIOFUND vai desembolsar 5.6 milhões de dólares para apoiar Áreas de Conservação em 2020
O Conselho de Administração da BIOFUND aprovou esta quarta-feira, dia 11 de Dezembro de 2019, a duplicação do orçamento da instituição para 2020, passando de cerca de 4.6 milhões USD para 8.4 milhões USD dos quais cerca 5.6 milhões de USD serão destinados ao apoio de Áreas de Conservação e Proteção Ambiental.
Esta cobertura vai representar um crescimento significativo considerando que, desde o seu lançamento público, em 2015, a BIOFUND desembolsou cerca de 3 milhões USD destinados ao reforço da capacidade de fiscalização de Áreas de Conservação. A destacar em 2019, o apoio adicional para Áreas de Conservação afectadas pelos ciclones Idai e Keneth.
Uma parte substancial desta actividade de financiamento provêm de recursos próprios da BIOFUND, a partir de rendimentos com base no seu endowment de cerca de 35 milhões de dólares, resultantes de uma contribuição substancial do Banco Alemão para o Desenvolvimento (KFW), do governo moçambicano através do Fundo Global do Ambiente (GEF) e da Conservation International.
A reunião do conselho de administração debruçou-se essencialmente sobre aspectos relacionados com a sua estratégia de investimentos e o plano de actividades para 2020, com destaque para a crescente preocupação de sensibilização para a protecção de áreas marinhas no contexto das mudanças climáticas.
“O ano que se inicia será marcado pela entrada de novos doadores como a União Europeia, pela solidificação de mecanismos de financiamento inovadores e pela implementação de um programa estruturante que pretende reforçar as capacidades e habilidades dos profissionais do Sistema Nacional as Áreas de Conservação (SNAC) de Moçambique, formar e motivar jovens qualificados em liderança para conservação” disse Luis Bernardo Honwana, Director Executivo da BIOFUND.
Recorde-se que a BIOFUND, é uma fundação nacional privada, criada como uma solução a longo prazo para garantir um financiamento sustentável das Áreas de Conservação, seguindo as normas das melhores práticas internacionais para Fundos Ambientais, consagradas nos parâmetros da CFA (Conservation Finance Alliance) tendo, recentemente, passado por uma avaliação institucional independente que destacou o desempenho positivo desta instituição.
Projecto Combo precursor na criação das bases para implementação da Hierarquia de Mitigação em África

Esta foi uma das constatações da avaliação do projecto COMBO (2016-2019), uma iniciativa que tem como mote a Conservação, Mitigação de Impactos e Contrabalanços de Biodiversidade em África, numa parceria entre a Sociedade para a Conservação da Natureza (WCS Moçambique), Biotope e Forest Trends.
O Projecto COMBO é o principal parceiro da BIOFUND na implementação do Programa de Contrabalanços de Biodiversidade intitulado “Harmonizando o desenvolvimento económico e a conservação da biodiversidade em Moçambique” que têm colaborado com o Governo de Moçambique no desenvolvimento de mecanismos legais, técnicos e financeiros para apoiar a implementação da hierarquia de mitigação incluindo os contrabalanços de biodiversidade.
A iniciativa apoia o desenvolvimento de políticas governamentais que visam o alcance de Nenhuma Perda Líquida ou Ganho Líquido de Biodiversidade melhorando a mitigação dos impactos dos projectos de desenvolvimento em Moçambique, Madagáscar, Uganda e Guiné.
O encontro de avaliação final foi realizado na vila da Ponta do Ouro em Maputo, de 4-8 de Novembro, contando com a participação de mais de 50 representantes de governos, sociedade civil, sector privado e agências multi e bilaterais a actuar em Moçambique, Madagáscar, Uganda e Guiné e permitiu a partilha e troca de experiências sobre os desafios e lições aprendidas durante a implementação do projecto COMBO em cada um dos países, discussão sobre potenciais actividades futuras e visitas de campo para potenciais áreas de implementação de projectos-piloto de contrabalanços de biodiversidade. O mesmo, serviu ainda para destacar a relevância dos fundos ambientais para implementação do conceito em questão.
Recorde-se que o projecto foi crucial para impulsionar o desenvolvimento de políticas públicas para a aplicação da hierarquia de mitigação em Moçambique, Madagáscar, Uganda e Guiné, permitiu criar uma plataforma de conhecimento e aprendizagem sobre a temática com base no conhecimento e capacidade local dos países implementadores da iniciativa.
E é neste contexto de colaboração com o Projecto COMBO que a BIOFUND é vista como um dos fundos ambientais com um papel chave na implementação dos contrabalanços de biodiversidade na rede de fundos ambientais africanos (CAFÉ) despertando a relevância do conceito para os fundos ambientais como um mecanismo financeiro para apoiar a conservação da biodiversidade, culminando com o estabelecido de um grupo técnico de contrabalanços de biodiversidade sediado na rede CAFÉ contando actualmente com a participação de cerca de 17 países Africanos.
Segundo Denise Nicolau, coordenadora do programa de Contrabalanços de Biodiversidade da BIOFUND, “a eminente continuidade do COMBO é um importante exemplo da colaboração entre a WCS, Governo e BIOFUND e é sim um grande resultado a ser capitalizado”.
A BIOFUND assume o compromisso de continuar a implementar o seu Programa de Contrabalanços e Biodiversidade em Moçambique até 2023 com o apoio financeiro do Banco Mundial através do Projecto MOZBIO 2, da UNDP através do Projecto BIOSFAC e da USAID/CPI, em parceria com vários stakeholders a nível nacional e internacional incluindo o Projecto COMBO caso seja considerada a sua continuidade em Moçambique.