Esta iniciativa tem como objectivo sensibilizar as crianças, os jovens e os cidadãos sobre a importância da biodiversidade em Moçambique, com especial destaque para a província de Inhambane. Durante este evento estudantes de diversas escolas desfrutam adicionalmente de actividades educativas e recreativas que estimulam o gosto pela arte e imaginação à volta da biodiversidade.
Inauguração da Exposição sobre Biodiversidade em Inhambane
No primeiro dia do evento, mais de 500 visitantes, entre eles alunos de 3 escolas primárias, visitaram a exposição composta por mais de 70 painéis temáticos sobre biodiversidade e assistiram à exibição de filmes sobre biodiversidade e conservação em Moçambique (actividades disponíveis durante todo o evento, entre 3 e 12 Agosto).
Ainda neste primeiro dia do evento realizou-se um Fórum sob o tema “Harmonizando o Desenvolvimento Económico e a Conservação da Biodiversidade”, precedido de uma sessão solene presidida por sua Exa. o Governador da Província de Inhambane, Daniel Chapo, que contou com uma audiência de mais de 200 participantes, incluindo membros do governo provincial, parceiros de cooperação, ONGs, académicos, sociedade civil e estudantes. O Fórum teve apresentações relacionadas com a biodiversidade marinha e costeira da província de Inhambane e os desafios e oportunidades para o desenvolvimento económico e as ameaças à conservação da biodiversidade na província, tendo ainda contado com a participação de especialistas nacionais e internacionais com participações sobre os conceitos de Nenhuma Perda Liquida e Contrabalanços de Biodiversidade.
A 4ª edição deste evento, tem como mascote o dugongo, espécie emblemática da província de Inhambane, tendo sido produzida pela organização As Raízes, uma escultura à escala real, com o apoio da African Parks. A mascote foi elaborada com recurso a materiais reciclados, destacando-se a utilização de mais de 40 kg de chinelos recolhidos nas praias da província! A escultura está implantada no local da realização da exposição, na ESHTI, tendo sido inaugurada por sua Exa. o Governador da Província de Inhambane no primeiro dia do evento.
Após o Fórum, o evento teve ainda uma sessão ao final do dia no Hotel Casa Capitão onde ocorreu uma palestra e sessão de observação de aves na Baía de Inhambane com um especialista internacional, Gary Allport, seguida da divulgação do cartão bio em parceria com o BCI e, finalmente, o lançamento do Mapa das Artes para a cidade de Inhambane, presidido por Sua Exa. o Governador da Província. Esta sessão terminou com a abertura de uma exposição fotográfica sobre a biodiversidade de Moçambique, que estará patente neste Hotel até ao dia 12 de Agosto de 2018.
Exposição de biodiversidade – Inhambane: Preparativos

Faltam apenas 7 dias para a realização na província de Inhambane a 4ª edição da Exposição de biodiversidade itinerante: A Cultura da Conservação e o Desenvolvimento Sustentável.
Para a exposição já foram selecionados 76 painéis, com destaque para 8 painéis painéis novos com informação relevante para a província de Inhambane. Esta exposição estará disponível durante todo o período do evento e poderá ser visitada das 9 às 17h (incluindo sábado e domingos). A visita à exposição será guiada por estudantes de instituições de ensino da província, que serão formados para o efeito.
Esperamos aproximadamente 5000 visitantes, contando com a participação de alunos de escolas primárias e secundárias, ensino técnico-profissional e ensino superior da Cidade de Inhambane, Maxixe e Jangano.
Em complemento à exposição haverá uma feira com a participação de empresas, ONGs e projectos ligados ao sector e um fórum de debate com enfoque na necessidade de harmonização do desenvolvimento económico e a conservação da biodiversidade em Moçambique e com especial enfoque na província de Inhambane. Haverá também projecção de filmes, acções formativas especiais, um calendário de visitas guiadas envolvendo escolas da cidade de Inhambane e jogos educativos para os mais novos.
Foram confirmadas presenças de oradores especialistas em biodiversidade, tanto para o fórum como para as palestras, na província de Inhambane e em outros locais do país.
Até o momento já temos a confirmação 30 expositores para feira, sendo a maior parte ONGs e sector privado da província de Inhambane. Vão decorrer minicursos ministrados por especialistas em cada uma das temáticas: reciclagem, apicultura, mangais e poupança de água.
O ambientalista Carlos Serra vai realizar campanhas de educação ambiental, uma exposição sobre o impacto do plástico nos oceanos e biodiversidade marinha e costeira, assim como acções de limpeza em locais estratégicos, com enfoque no plástico.
A exposição vai decorrer na Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane, entre 03 a 12 de Agosto de 2018, da 09:00 às 17:00 horas (incluindo sábado e domingos).
Estão também programadas actividades pela cidade de Inhambane, com destaque para o lançamento do mapa das artes Inhambane e uma sessão de observação de aves por especialistas no Hotel Casa do Capitão, acompanhada por uma exposição fotográfica sobre aves de Inhambane; haverá ainda uma exposição de materiais reciclados na galeria Dathonga em Tofo e Cinema móvel (projecção de filmes ligados a biodiversidade em lugares estratégicos da cidade. Para aceder ao programa do 1º dia da exposição clique aqui e para o programa dos restantes dias clique aqui.
African Ranger Award 2018 - felicitações a um verdadeiro zelador de natureza
Miguel Gonçalves, Administrador da Reserva Especial de Maputo (REM) e Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (RMPPO) – componentes moçambicanas da Área de Conservação e Recursos Transfronteiriços de Lubombo, recebeu este mês o African Ranger Award de 2018 – um prestigiado prêmio apresentado pela Paradise Foundation International e pela Alibaba Foundation.
O prêmio homenageia 50 rangers em África que vão além do cumprimento do dever na batalha contra o crime contra a vida selvagem e desempenham um papel fundamental na proteção e conservação do patrimônio natural e da biodiversidade.
Para mais informação consulte aqui.
Exposição multimédia sobre a biodiversidade - Inhambane

RESERVE A DATA 3-12 AGOSTO 2018
Cidade de Inhambane
A BIOFUND vai realizar a quarta Exposição Multimédia sobre a Conservação, no âmbito da sua estratégia de promover a consolidação de um ambiente favorável à conservação em Moçambique.
Este evento tem como objectivo a partilha de informação e conhecimento da importância e necessidade de conservar a biodiversidade no nosso país, dando particular ênfase às riquezas, aos riscos e desafios existentes na província de Inhambane, identificando e envolvendo parceiros e beneficiários de diferentes áreas de acção.
Esta iniciativa conta com o apoio do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), do Governo da Província de Inhambane, da Universidade Pedagógica (UP), da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação (FUNDE/A Politécnica)da Fundação Universidade Pedagógica (FUP) e da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), entre outros.
A escolha da província de Inhambane para este ano baseou-se no facto desta apresentar uma grande biodiversidade e, ao mesmo tempo, grandes desafios para garantir um desenvolvimento sustentável na zona Sul do País. Inhambane é também a província que possui o maior número de Áreas de Conservação do País, nomeadamente a Reserva Nacional do Pomene, o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, a Zona de Protecção Total de Cabo São Sebastião e o Parque Nacional do Zinave, das quais as últimas 3 são beneficiários do apoio da BIOFUND.
Este ano, além dos temas gerais, adicionámos um tema especial, “Harmonizar o desenvolvimento económico e a conservação da biodiversidade em Moçambique” – Compensações para a biodiversidade: aproveitando soluções inovadoras de financiamento para a conservação da biodiversidade em Moçambique, em relação ao qual procuramos parceiros que queiram partilhar experiências, apresentações ou materiais para exposição. Este tema, conta com o apoio do Counterpart International/USAID, Projecto COMBO (uma iniciativa WCS, Biotope e Forest Trends apoiado pelo FFEM) e o projecto K (apoiado pelo Funbio, CAFÉ e RedLac), é de grande preponderância por ser uma maneira de conciliar o desenvolvimento económico com a protecção necessária da base de recursos renováveis naturais para as gerações futuras.
A principal actividade do evento é uma exposição interactiva de biodiversidade que inclui mais de 80 painéis ilustrativos de habitats e espécies do norte ao sul do país, assim como tópicos específicos de Inhambane, num percurso explicativo conduzido por guias especialmente treinados para o efeito. Haverá ainda uma feira com stands de projectos em Inhambane, a realização de palestras, seminários, mini-cursos, exibição de filmes e a realização de jogos educacionais com o objectivo de sensibilizar as novas gerações para questões ambientais e suscitar o seu interesse pela natureza. Este ano haverá ainda um roteiro pela cidade de Inhambane com actividades complementares, como observação de aves, exposições de fotografia, exibição de filmes, entre outras, a acontecer um pouco por toda a cidade.
O evento é aberto ao público e o programa detalhado estará disponível em breve.
Dia mundial das tartarugas

Celebra-se a 23 de junho o Dia Mundial das Tartarugas. A data foi instituída em 2000, pela American Tortoise Rescue (ATR), com o objectivo de consciencialização sobre a necessidade de reabilitação, adopção e protecção das tartarugas.
A organização sem fins lucrativos foi criada para ajudar a proteger todos os tipos de tartarugas, e este dia em particular foi criado para ajudar as pessoas a aprender mais sobre os animais e como conservá-los. A ATR tem diretrizes disponíveis online para o seu tratamento, que incluem instruções sobre o que fazer se uma pessoa encontra uma tartaruga numa estrada, como garantir o tratamento justo dos animais e muito mais.
O objetivo do Dia Mundial da Tartaruga é educar as pessoas sobre as coisas que podem fazer para proteger os habitats de tartarugas. É também uma celebração da alegria que esses répteis trazem diariamente a tantas pessoas.
Há também vários recursos disponíveis que os professores podem usar para desenvolver aulas sobre o Dia Mundial das Tartarugas nas escolas. Este é um passo importante na consciencialização da futura geração sobre as ameaças que as tartarugas enfrentam, que é também algo em que as crianças gostam de se envolver.
Dia mundial do meio ambiente

Celebra-se a 5 de Junho o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi instituída pelas Nações Unidas em 1972 com o principal objectivo de consciencializar a sociedade a respeito da importância de preservar os recursos naturais, tendo como finalidade criar uma postura crítica e activa em relação aos problemas ambientais existentes no planeta.
Todos os anos, as Nações Unidas apresentam um tema que serve de ponto de partida para o desenvolvimento de acções de celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente em mais de 100 países, com variadas actividades programadas em função desse tema. Para 2018 foi escolhido o tema “Acabe Com A Poluição Plástica”, com o objectivo de chamar governos, sector privado, comunidades e indivíduos a reduzir a produção e o consumo excessivo de produtos plásticos descartáveis, que são de difícil e longa decomposição, contaminando os oceanos, prejudicando a vida marinha e afectando a saúde humana.

Ao longo da última década, a humanidade produziu mais plástico do que em todo o século passado. Por ano, são consumidos entre 500 bilhões e 1 triliões de sacos plásticos em todo o planeta e, a cada minuto, é comprado 1 milhão de garrafas de plástico. Metade do plástico consumido pelos humanos é de uso único e, anualmente, pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico vão parar aos oceanos — é como se a cada minuto fossem despejados nos mares a carga inteira de um camião de lixo plástico. Este material representa actualmente 10% de todos os resíduos gerados pelo homem.
Desde que foi instituído em 1972, o Dia Mundial do Meio Ambiente tornou-se uma plataforma global para a conscientização pública sobre questões ambientais. Na avaliação das Nações Unidas, a data é uma oportunidade para que todos se engajem activamente na protecção da natureza.

Em Maputo, as celebrações terão lugar no Campo Municipal do Zimpeto, com a presença de centenas de crianças e de algumas figuras públicas. Pretende-se sensibilizar os mais jovens para os perigos dos lixos, principalmente os de plástico.
A acção, de âmbito alargado, é da responsabilidade da Direcção Nacional do Ambiente/MITADER, do Conselho Municipal de Maputo e da New Sigma Holding, Lda.
BIOFUND organiza formação em planificação e finanças para as Áreas de Conservação
Decorreu de 28 de Maio a 1 de Junho, uma formação em planificação e finanças para todas as Áreas de Conservação do País, organizada pela BIOFUND em parceria com a Administração Nacional das Áreas de Conservação.
Esta formação usa como base o manual de procedimentos administrativos e financeiros da BIOFUND, como forma de dotar as Áreas de capacidade técnica para implementar projectos financiados pela Fundação.
A formação decorreu na cidade de Maputo e contou com a presença de 25 participantes provenientes das diferentes Áreas de Conservação de Moçambique, representadas por técnicos de finanças, planificação e procurement.
Este foi o segundo treino realizado pela BIOFUND com enfoque em procedimentos administrativos e financeiros, tendo sido o primeiro em 2016, seguindo-se pelo treinamento em elaboração de projectos realizado em 2017 com os gestores da Áreas de Conservação.
A formação foi desenhada de forma a incluir os diferentes aspectos da planificação orientada para resultados, de procurement e de gestão de orçamento, a partir de exercícios práticos e adaptados à realidade das Áreas, ministrado pela Academia de Gestão e Finanças Públicas.

Fenias Nhari, contabilista do Santuário Bravio de Vilankulos na Zona de Protecção Total do Cabo de São Sebastião, participante desta formação pela segunda vez, afirmou que foi uma reciclagem muito útil e uma óptima oportunidade para sanar as dificuldades que tem enfrentado durante a execução financeira, e sai do treinamento com uma nova visão e dotado de ferramentas para melhorar o seu trabalho diário

Armindo Matavel, do Parque Nacional do Limpopo, que participou da formação pela primeira vez, acredita que o treinamento serviu para limar as dúvidas do dia-a-dia em questões de planificação, organização e também do relatório mensal de prestação de contas que tem submetido à BIOFUND.
Estas formações e capacitações às Áreas de Conservação fazem parte do segundo objectivo do Plano Estratégico da BIOFUND e pretende-se que seja uma actividade anual, de forma a permitir a reciclagem dos técnicos.
Fórum Harmonizando o Desenvolvimento e Conservação da Biodiversidade em Moçambique

A BIOFUND organiza no próximo dia 24 de Maio corrente, das 17h00 às 19h30, o Fórum sobre a necessidade de harmonização do desenvolvimento económico e a conservação da biodiversidade em Moçambique e chama atenção para as possíveis consequências da não observância das melhores práticas internacionais no desenvolvimento económico do país.
Este tema será abordado no fórum especialmente convocado para este efeito, em paralelo com a realização da Sexta Assembleia Geral desta Fundação, no Montebelo Indy Maputo Congress Hotel (Indy Village), no próximo dia 24 de Maio corrente. O evento contará com a presença de membros do governo, agências bilaterais, sector privado, academia e sociedade civil.
Esta iniciativa, que tem como parceiros o Counterpart International/USAID e RedLAC/CAFÉ, Projecto COMBO/WCS e o Projecto BIOFIN/UNDP é parte de uma campanha da BIOFUND, no âmbito do seu programa de Contrabalanços de Biodiversidade que visa divulgar conceitos como a Hierarquia de Mitigação, Nenhuma Perda Líquida e Contrabalanços de Biodiversidade explorando oportunidades para a sua divulgação e regulamentação.
Num momento em que se multiplicam na comunicação social denúncias sobre os danos causados ao meio ambiente e à biodiversidade por alguns projectos de desenvolvimento incorrectamente conduzidos pelos seus promotores o tema é de extrema actualidade.
Para mais detalhes sobre o evento clique aqui.
Dia mundial das aves migratórias
(Unificando as nossas vozes para a conservação das aves)
11 de Maio de 2018 é o dia internacional das aves migratórias. A data foi instituída pelo Agreement on The Conservation of African-Eurasian Migratory Waterbirds (AEWA), juntamente com a Convention on the Conservation of Migratory Species of Wild Animals (CMS), com o propósito de celebrar e também iniciar programas e eventos educacionais para a conscientização e preservação das espécies.
Esta é uma celebração de que começa no segundo fim-de-semana de Maio de cada ano. Este dia é uma oportunidade para convocar governos, organizações e indivíduos para salvar e conservar espécies ameaçadas, como algumas espécies de aves migratórias.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) comunicou que mais de 40 países participarão das actividades do dia, que buscam aumentar a cooperação internacional para a conservação das aves migratórias. Como parte das comemorações, haverá festivais, programas educacionais, excursões para observação de pássaros e concursos de fotografia.
Cerca de 19% das aves do planeta são viajantes. Elas enfrentam um grande número de ameaças causadas por actividades humanas, como degradação de habitats, caça e extracção de madeira, entre outras. O PNUMA lembrou que actualmente mais de 1.200 aves estão em perigo de extinção.
Embora as razões da diminuição do número de aves migratórias sejam complexas e digam respeito especificamente a determinadas espécies, o declínio global é um reflexo do problema ambiental geral, associado à perda mundial de habitats e biodiversidade.
Sendo vulneráveis às mudanças ambientais, as aves migratórias dependem de locais onde param para descansar e para se alimentarem durante as suas longas viagens, mas estes locais estão ameaçados ou a desaparecer em consequência do desenvolvimento agrícola, urbano, industrial e de infra-estruturas.
Moçambique possui terras húmidas ao longo da costa frequentadas por aves migratórias. As terras húmidas de Marromeu são as mais notórias e de valor ecológico global, por isso foi declarada como reserva dentro da Convenção de RAMSAR. As outras áreas de terras húmidas de elevado valor ecológico localizam-se no Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto e na região de Maputaland. As principais aves migratórias observadas em Moçambique incluem as seguintes: Pelecanus onocrotalus, P. ruescens, Ciconia episcopus, Anastomus lamelligerus, Ephippiorhynchus senegalensis, Mycteria ibis e Sterna caspia.
Além destes lugares, a variedade de aves que pode ver no Parque Nacional da Gorongosa é simplesmente de tirar o fôlego. A melhor época do ano para ver as aves é Novembro, quando as aves migratórias chegam a Moçambique e as aves residentes têm a plumagem brilhante para a época de reprodução. Mais de 150 diferentes espécies podem ser registadas num único dia nesta época do ano.
Fontes/Links
Novo Mapa Turístico das Reservas Especial de Maputo e Marinha Parcial da Ponta do Ouro

Consulte aqui a brochura com informação turística sobre a Reserva Especial de Maputo e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro.
6ª Assembleia Geral da BIOFUND e fórum de debate: Harmonizando o Desenvolvimento e Conservação da Biodiversidade em Moçambique

A BIOFUND vai realizar a sua 6ª Assembleia Geral, assim como um fórum de debate com o tema: Harmonizando o Desenvolvimento e Conservação da Biodiversidade em Moçambique, e terá como enfoque a análise do crescimento económico associado à indústria extrativa em Moçambique na última década versus impactos na conservação da biodiversidade.
O evento realiza-se no dia 24 de Maio próximo, pelas 17:00 horas, no Montebelo Indy Maputo Congress Hotel em Maputo, e será composto por uma exposição fotográfica, filmes, apresentações e debates realizados por especialistas nacionais e internacionais.
Para mais detalhes clique aqui.
População de hipopótamos em bom estado de conservação

Censo aéreo nacional revela a existência de mais de sete mil animais
Moçambique tem actualmente uma população de hipopótamos estimada em pouco mais de sete mil animais, segundo um censo aéreo recente encomendado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), com o financiamento do Banco Mundial, através do projecto MozBio.
Segundo o estudo, mais de 80 por cento dos paquidermes localiza-se nas bacias hidrográficas de Cahora Bassa, com 4.420, Lugenda (802), Save (179) e Zambeze (122), sendo imperativo que estas populações sejam geridas para garantir a sua existência e sustentabilidade a longo prazo com uma estratégia de gestão abrangente envolvendo todos os actores comprometidos com a conservação, incluindo as comunidades locais.
A contagem foi em resposta à solicitação feita pela CITES-the Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora para que Moçambique mostrasse que a população de hipopótamos era viável e a sua extracção através da caça desportiva era sustentável.
Os resultados alcançados são considerados positivos e surpreendentes tendo em conta que a contagem feita em 2010 revelou um declínio na ordem de pouco mais de 80 por cento da população de hipopótamos, com uma estimativa de apenas 3.000 animais em todo o país.
Esta conclusão, agravada pelo facto das autoridades moçambicanas não terem conseguido providenciar dados actualizados, levou em Setembro de 2012 ao banimento, pela CITES, do comércio de troféus de hipopótamos provenientes do país e era preciso reverter a situação e provar que o país detém uma população viável.
Os dados desta última contagem deram corpo, em Abril do ano passado, a um plano de gestão sustentável do hipopótamo designado “NDF-Non-Detriment Finding” que permitiu argumentar, durante a 69ª reunião da CITES realizada recentemente em Genebra- Suíça para o levantamento da suspensão imposta à caça do hipopótamo em Moçambique e à exportação dos respectivos troféus.
Nesse encontro, o país saiu da lista negra em relação a este assunto e com os números apresentados na mesa, conseguiu obter uma quota anual de exploração de hipopótamos correspondente a 1% da população total estimada em 7.300 animais, significando, na prática, que o país pode extrair cerca de 70 animais por ano.
O levantamento do embargo é de vital importância para o país, fundamentalmente nesta altura em que várias outras espécies de animais selvagens estão ameaçadas de extinção devido à caça furtiva, sendo a sua exploração para trófeus cada vez mais incipiente.

Os hipopótamos da espécie amphibius (Hippopotamus amphibius) são considerados chaves para ecossistemas devido ao importante papel que desempenham na manutenção dos processos ecossistémicos aquáticos, bem como na conectividade entre sistemas terrestres e aquáticos.
A espécie tem o potencial de contribuir significativamente para três dos quatro pilares do Plano Estratégico da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), nomeadamente a Conservação da Biodiversidade, Sustentabilidade Económica e Financeira e Desenvolvimento Comunitário.
Visita da BIOFUND à Reserva Nacional de Chimanimani
A equipa da BIOFUND esteve em Abril de 2018 na Reserva Nacional de Chimanimani, na provincia de Manica, numa visita conjunta com representantes de vários parceiros da conservação (FNDS, ANAC, DNDR, Banco Mundial, FFI, Fundação Carr e PPF). Esta visita teve como objectivo principal ajudar a definir e priorizar acções para as principais actividades do projecto MozBio 2, tendo havido alinhamento e engajamento dos diversos grupos de trabalho das diversas instituições.
A visita permitiu ainda aprofundar o nosso conhecimento sobre as principais actividades na conservação da biodiversidade de parceiros em Chimaninani, suas potencialidades e desafios, tendo-se destacado uma visita ao projecto de agricultura de irrigação PROIRRI em Rotanda e a actividade da associação de garimpeiros de Bandiri, no rio Révue, que segue boas praticas sustentáveis de extracção artesanal de ouro.
É de salientar o grande potencial da Reserva Nacional de Chimanimani, onde se localiza o ponto mais alto do País (o famoso Monte Binga com uma altura de aproximadamente 2454m, junto ao Zimbabwé) com um ecosistema rico em biodiversidade, a desenvolver alternativas sustentáveis de desenvolvimento com as comunidades ao redor da reserva.
A equipa de trabalho ficou baseada em Ndzou camp, (que significa elefante na lingua local) , localizado no meio da belissima reserva florestal de Moribane, uma parceria turistica ecologica da comunidade local com a Eco-Micaia, que visa a conservação dos recursos naturais da floresta e a exploração sustentável do turismo.
Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado em 1993 pela Assembleia-Geral das Nações Unidas e desde então é celebrado anualmente. A comemoração surgiu no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Ambiente que decorreu na cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 1992. Os países foram convidados a celebrar o Dia Mundial da Água e a implementar medidas com vista à poupança deste recurso, promovendo a sua sustentabilidade.
A data visa alertar as populações e os governos para a urgente necessidade de preservação e poupança da água, um recurso natural tão valioso.
O tema da campanha das Nações Unidas para o ano de 2018, Natureza para a Água (em inglês, ‘Nature for Water’), explora as soluções baseadas na natureza para os desafios da água que enfrentamos no século XXI.
A mensagem da campanha centra-se na importância das soluções baseadas na natureza, como plantar árvores para repor as florestas, reconectar rios a planícies aluviais e restaurar áreas húmidas, enquanto soluções sustentáveis e económicas para ajudar a reequilibrar o ciclo da água, mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a saúde humana e meios de subsistência. O acesso à água potável tem sido um dos maiores sucessos dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs), todavia para 748 milhões de pessoas ao redor do mundo, obter este serviço essencial continua a ser um desafio.
A nível global, a UNICEF tem vindo a trabalhar para dar resposta a estes desafios. Nos primeiros dez meses de 2017, como resultado do seu apoio, 29,9 milhões de pessoas tiveram acesso a água potável. Em 2018, trabalhando com parceiros e com o apoio de doadores, a UNICEF pretende proporcionar acesso a água potável a 35,7 milhões de pessoas.
Apesar dos resultados obtidos a nível global e embora o acesso à água potável, saneamento e higiene seja o cerne do desenvolvimento económico e social sustentável de uma nação, Moçambique está aquém de atingir as metas dos ODM.
A cobertura do abastecimento de água potável é baixa, situando-se em 49%, com uma grande disparidade entre a cobertura urbana (80%) e a cobertura rural (35%). O desafio de melhorar as condições de Água Saneamento e Higiene (ASH) nas pequenas cidades/vilas é enorme; elas representam cerca de 15% da população urbana de Moçambique, quase 2 milhões de pessoas.
Moçambique tem o compromisso de fornecer acesso universal e equitativo à água potável segura e acessível e o acesso universal ao saneamento e higiene para todos, com foco nas necessidades de mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade, assegurando que todas as escolas e centros de saúde tenham água segura e confiável, saneamento e higiene, até ao ano de 2030.
Exemplo dos esforços já a ser efectuados é o programa de ASH, conhecido como AGUASANI, orçado em 10 milhões de euros, e que corresponde a uma iniciativa conjunta entre o Governo de Moçambique (através da Administração de Infraestruturas de Água e Saneamento, AIAS), a União Europeia e a UNICEF, e que visa suprir a falta de serviços de abastecimento de água e saneamento em três vilas da província de Inhambane: Homoíne, Morrumbene e Jangamo.
Além dos locais em que os sistemas de abastecimento de água potável ainda não estão disponíveis, as alterações climáticas têm vindo a revelar-se responsáveis por graves impactos na disponibilidade de água. Por exemplo, alterações atmosféricas como tempestades, períodos de seca e frio afectam a quantidade de água disponível e colocam em risco os ecossistemas que asseguram a qualidade da água.
Algumas cidades como Maputo, Matola e Vila de Boane têm vindo a registar restrições cada vez mais regulares e severas no abastecimento de água potável. Estas restrições no fornecimento de água potável têm como objectivo gerir a pouca água que existe na barragem dos Pequenos Libombos, de onde sai a água que é conduzida à Estação de Tratamento de Água de Umbelúzi, que por sua vez alimenta a região referenciada. No mês de Janeiro, no inicio de 2018, a albufeira desta barragem baixou de 20,14% para 19,8%, devido a uma precipitação abaixo da média registada na actual época das chuvas.
Dia Internacional das Florestas

O dia internacional das florestas foi criado a 30 de Novembro de 2012 por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas que declara o dia 21 de Março de cada ano como Dia Internacional das Florestas. Esta resolução tem com objectivo sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra, encarregando o Secretariado de, em colaboração com os governos e as demais organizações internacionais, organizar anualmente as comemorações do Dia Internacional.
A importância das florestas e a dedicação de um dia em sua comemoração teve início no Nebrasca (EUA), em 1872, face à escassez de árvores e florestas, em que a população decidiu dedicar um dia à plantação de árvores.
As florestas são apelidadas de “pulmão do mundo”, as árvores ocupam cerca de 30% da superfície da Terra, sendo responsáveis pela fotossíntese – processo de produção de oxigénio a partir da absorção de dióxido de carbono (CO2).
De acordo com o inventário florestal de 2007, Moçambique possui cerca 50% do seu território coberto de florestas (aproximadamente 40 milhões de hectares). Apesar do grande potencial florestal, Moçambique enfrenta enormes desafios na gestão destes recursos, em parte devido à grande demanda da indústria florestal, e pelo facto de cerca de 85% das necessidades energéticas serem satisfeitas pela energia de biomassa.
Moçambique tem florestas de miombo e mopane, sendo a de miombo a dominante. A Floresta moçambicana é muito rica e composta por várias espécies como chanfuta, jambirre, umbila, mecrusse, messassa, panga-panga, pau-preto, pau-ferro, pau-rosa, pinheiro, eucalipto, sândalo, entre outras.
Esforços têm sido levados a cabo para a conservação e preservação das florestas em Moçambique, como é o caso da implementação do Projecto REDD+, um mecanismo que visa reconhecer o papel das florestas na mitigação do efeito das mudanças climáticas e a necessidade de compensar os países que contribuem para o efeito, através de medidas que promovam a conservação destas florestas.
Para o ano de 2018 a FAO escolheu como tema para a comemoração do dia: “Florestas e cidades sustentáveis”, com as seguintes mensagens principais:
- As florestas e as árvores armazenam carbono, o que ajuda a mitigar os impactos das mudanças climáticas nas áreas urbanas e em torno delas.
- As árvores também melhoram o clima local, ajudando a economizar energia usada para aquecimento em 20-50%.
- A colocação estratégica de árvores nas áreas urbanas pode arrefecer o ar em até 8°C, reduzindo as necessidades de ar condicionado em 30%.
- As árvores urbanas são excelentes filtros de ar, removendo poluentes nocivos no ar e partículas finas.
- As árvores reduzem a poluição sonora, pois protegem as casas de estradas próximas e áreas industriais.
- As populações locais usam frutas, nozes, folhas e insectos encontrados em árvores urbanas para produzir alimentos e medicamentos para uso em casa, ou como fonte de renda.
- Combustível de madeira proveniente de árvores urbanas e florestas plantadas nos arredores das cidades fornece energia renovável para cozinhar e aquecer, o que reduz as pressões sobre as florestas naturais e a nossa dependência de combustíveis fósseis.
- As florestas nas áreas urbanas ajudam a filtrar e regular a água, contribuindo com fontes de água de alta qualidade para centenas de milhões de pessoas. As florestas também protegem as bacias hidrográficas e evitam inundações enquanto armazenam a água em seus galhos e solo.
- Florestas e árvores nas cidades bem geridas proporcionam habitats, alimentos e protecção para muitas plantas e animais, ajudando a manter e aumentar a biodiversidade.
- As florestas nas cidades e nas áreas circundantes geram turismo, criam dezenas de milhares de empregos e incentivam esquemas de embelezamento da cidade, criando economias verdes dinâmicas, energéticas e prósperas.
- Espaços verdes urbanos, incluindo florestas, incentivam estilos de vida activos e saudáveis, melhorar a saúde mental, prevenir doenças e proporcionar um lugar para as pessoas socializarem.
Áreas de Conservação de Moçambique

Conheça um pouco mais de algumas das mais bonitas paisagens de Moçambique a partir dos vídeos disponíveis no website da Administração Nacional das Áreas de Conservação:
- Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro
- Reserva Nacional de Chimanimani
- Reserva Especial de Maputo
- Parque Nacional das Quirimbas
- Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto
Hora do Planeta, 24 de Março de 2018 – Maputo, Moçambique

A Hora do Planeta é uma iniciativa da WWF que teve início em 2007 na cidade de Sidney, Austrália, quando cerca de 2 milhões de pessoas e mais de 2.000 empresas apagaram as luzes por uma hora como forma de tomada de posição contra o aquecimento global e mudanças climáticas!
Esse movimento de sustentabilidade global cresceu e hoje abrange 7.000 cidades em 172 países dos quais Moçambique faz parte – que mostram o apoio a esta causa ao desligarem simbolicamente as suas luzes.
A Hora do Planeta 2018 terá lugar no dia 24 de Março, das 20:30 às 21:30 hora local.
Prepare a sua lanterna solar de preferência e venha fazer parte!
#HoradoPlaneta #EarthHour
Eventos dos anos anteriores: https://www.wwf.org.mz/hora_do_planeta/eventos/
3ª Reunião Nacional sobre o Estudo de Modelos de Co-gestão nas Áreas de Conservação de Moçambique
No âmbito do estudo sobre Modelos de Co-gestão nas Áreas de Conservação de Moçambique, foram apresentados em Maputo, a uma vasta audiência de profissionais da conservação, os produtos finais desta consultoria:
- Análise das Parcerias de Co-gestão em Moçambique;
- Apresentação do Roteiro e Quadro Legal para Parcerias de Co-gestão nas Áreas de Conservação em Moçambique (Roadmap for Collaborative Management of Conservation Areas in Mozambique).
A co-gestão das áreas de conservação constitui uma ferramenta essencial porque representa:
- O início de uma nova era formal de governação das áreas de conservação permitindo a partilha de responsabilidades entre os principais actores nomeadamente: o sector público, sector privado, sociedade civil e comunidades locais;
- A facilitação na mobilização do capital financeiro para a gestão assim como o capital humano globalmente disponível;
- Uma plataforma que permite a Moçambique, o acesso a uma larga lista de potenciais doadores e investidores, e reter a vontade internacional de apoiar a conservação em África;
- Oportunidade de desenvolvimento do turismo como força motor para a geração de receitas com vista ao alcance da sustentabilidade ecológica e económica das áreas de conservação.
O roteiro pretende guiar e recomendar melhorias para as parcerias das áreas de conservação da biodiversidade em Moçambique, baseado nos relatórios produzidos nesta consultoria e importa destacar dois:
- Avaliação de parcerias de gestão colaborativa (PGC) em Moçambique;
- Análise do quadro legal de Moçambique para o estabelecimento de parcerias na gestão das áreas de conservação.
Os resultados do estudo, vêm ajudar a definir boas práticas para gestão colaborativa nas áreas da conservação em Moçambique, entre comunidades, Governo e investidores. O estudo ajuda também a consolidar um quadro colaborativo, transparente que quando bem definido vai resultar em capacitação e investimento do sector privado e consequente melhoria do nível de vida das comunidades locais.
O debate concluiu e sugeriu alguns passos subsequentes, realçando:
- Os resultados do estudo serão submetidos ao MITADER para informação e definição das prioridades a seguir;
- É necessário que os participantes da reunião aprofundem a leitura dos relatórios apresentados para melhor verificação, avaliação e compreensão dos factores e indicadores de sucesso dos modelos de co-gestão apresentados bem como do estudo realizado, e a situação de Moçambique com base neste estudo;
- Existe a necessidade do país melhorar a sua posição através da definição da estratégia correcta, que pode ser estudada com recurso aos instrumentos que o estudo nos traz;
- A ANAC, está plenamente de acordo com as recomendações do estudo em prosseguir com a promoção de parcerias colaborativas nas ACs.
Para mais informações sobre o Estudo dos Modelos de Co- gestão, acesse:
Em apoio à conservação da natureza - 9 Milhões de Euros doados à BIOFUND

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND acaba de receber do Governo Alemão através da KfW, uma doação de 9 milhões de euros para o seu fundo fiduciário.
Com este novo contributo, cujo contrato foi ontem (21/12/2017) assinado em Maputo, o volume total do apoio alemão à BIOFUND ascende a 25 milhões de euros.
O fundo fiduciário da BIOFUND conta também com outras subscrições importantes feitas pela Conservation International e pela GEF (Global Environmental Facility), através do Banco Mundial, totalizando neste momento o equivalente a 32 milhões de dólares americanos.
A BIOFUND financia os custos operacionais de grande parte das unidades do sistema nacional das áreas de conservação, utilizando recursos próprios e verbas disponibilizadas pela Agence Française du Development (AFD) e pelo Banco Mundial.
A lista actual das áreas de conservação beneficiárias de financiamentos da BIOFUND compreende o Parque Nacional das Quirimbas, a Reserva Nacional do Gilé, a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas, a Reserva Nacional de Chimanimani, o Parque Nacional do
Arquipelago de Bazaruto, o Parque Nacional do Zinave, o Parque nacional do Limpopo, o Santuário Bravio do Cabo São Sebastião, a Reserva Especial de Maputo e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro.
A BIOFUND, primeiro fundo ambiental do país, é uma entidade privada, sem fins lucrativos, cujo objectivo é providenciar um financiamento sustentável à conservação, de acordo com as melhores práticas internacionais.
Exposição fotográfica “Biodiversidade de Moçambique (Biodiversidade Daqui)”

Está aberta ao público, de 08 à 15 de Dezembro, no Auditório do Edifício-Sede do Banco Comercial de Investimentos (BCI), a exposição fotográfica “Biodiversidade de Moçambique (Biodiversidade Daqui)”.
Esta exposição é resultado de uma expedição fotográfica financiada pela BIOFUND, e realizada por uma equipa multidisciplinar coordenada pela WildlifeMoz e Still Standing, cujo objectivo central foi a produção de materiais audiovisuais sobre a biodiversidade da Reserva Especial de Maputo (REM) e da Reserva Marinha Parcial da Ponta Do Ouro, por forma a estimular acções colaborativas e de educação cívica que realcem e melhorem a compreensão sobre a importância da REM, tendo em vista posteriores tomadas de decisão mais efectivas sobre o futuro da conservação da biodiversidade desta área, bem como chamar atenção do público em geral sobre a existência da REM e os cuidados a ter aquando de uma visita ou passagem pelas zonas circundantes.
A exposição exibe igualmente, fotos tiradas na expedição de 2011 ao Monte Namuli do grupo-Moçambique Aventura. O grupo desafiou-se a escalar os montes mais altos do país, tendo anteriormente escalado o monte Binga e a Serra da Gorongosa.
A exposição foi aberta aquando do lançamento do cartão bio (veja aqui), no passado dia 08 de Dezembro, e pode ser visitada de 2ª a 6ª das 08 às 17hrs, no Auditório do Edifício-Sede do BCI, localizado na Avenida 25 de Setembro, Nº 4 . Venha contemplar a biodiversidade daqui!
NOTA: Por questões de agenda no local que acolhe a exposição (Auditório do Edifício-sede do BCI), foi alterada a data do seu encerramento, passando a ser o dia 15 de Dezembro (sexta-feira) o último dia da exposição.
BCI e BIOFUND lançam o Cartão Bio
O Banco Comercial de Investimentos (BCI) em parceria com a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) lançaram no passado dia 08 de Dezembro, o 1º cartão de débito biodegradável de Moçambique – o Cartão bio.
Este produto inovador de origem biológica, é desenvolvido com material PLA (ácido poliláctico), um substituto do plástico derivado do petróleo, obtido a partir de fontes renováveis (o milho), podendo ser reciclado e incinerado ou colocado em aterros pois não é tóxico.
O Cartão bio conjugado a conta à ordem no BCI, permite ao cliente, efectuar um conjunto de operações bancárias, com toda a comodidade e segurança, em qualquer terminal de pagamento automático (POS) ou caixa automático (ATM) das redes Visa Electron ou SIMOrede, em Moçambique e no estrangeiro. Para além da componente bancária, o Cartão bio está associado ao programa de responsabilidade social do BCI, no qual, por cada utilização do Cartão bio em POS, o BCI canaliza uma percentagem (0.04%) do montante transaccionado para a BIOFUND, sem qualquer custo para o cliente, permitindo a todos os moçambicanos contribuírem activamente para a conservação da rica biodiversidade do nosso país. Veja aqui o cartaz do Cartão bio.
A cerimónia de lançamento do cartão decorreu no Auditório do Edifício Sede do BCI, teve como momentos centrais, a assinatura do Memorando de Entendimento entre o BCI e a BIOFUND, por Sua Excelência Presidente da Comissão Executiva do BCI, Dr. Paulo Sousa, e por Sua Excelência Presidente do Conselho de Administração da BIOFUND, Dr. Abdul Magid Osman, e a entrega simbólica de cartões bio.
Na mesma ocasião, foi feita a abertura da exposição “Biodiversidade de Moçambique (Biodiversidade Daqui)”, que até ao dia 15 de Dezembro, exibirá cerca de 50 fotos de rara beleza de diferentes espécies da flora e fauna, e habitats, obtidas na Reserva Especial de Maputo (REM), na Reserva Marinha Parcial da Ponta Do Ouro e no Monte Namuli, aberta ao público no edifício sede do BCI, na Av. 25 de Setembro, Nº 4, das 08 às 17 horas.
Foram também projectados nesta ocasião os filmes “A Biodiversidade de Moçambique” e “A Biodiversidade da Reserva Especial de Maputo (REM)”, que ilustram respectivamente a biodiversidade de Moçambique, assim como a riqueza paisagística e faunística da Reserva Especial de Maputo (REM) e da Reserva Marinha Parcial da Ponta D´Ouro.
Obtenha mais informações sobre o lançamento do Cartão bio nos seguintes links:
Sessão de Treino em Nenhuma Perda Líquida, Hierarquia de Mitigação e Contrabalanços de Biodiversidade - Inhambane
Decorreu aos 28 de Novembro de 2017 na Escola Superior de Hotelaria e Turismo da Universidade Eduardo Mondlane uma Sessão de Treino em Nenhuma Perda Líquida, Hierarquia de Mitigação e Contrabalanços de Biodiversidade no âmbito do programa de contrabalanços de biodiversidade implementado pela BIOFUND e pelo Projecto COMBO/WCS.
Este treinamento faz parte das actividades do programa Parceria Cívica para Boa Governação (PCBG), implementado pela Counterpart International (CPI), que conta com fundos da Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
O treinamento foi realizado com o grande apoio do Governo de Moçambique representado pela Direcção Provincial da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Inhambane para cerca de 30 técnicos de gestão ambiental, planificação, infraestruturas, investigação e diversos sectores e instituições do Governo, áreas de conservação, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil e sector privado na Província de Inhambane.
Este treinamento teve como principal objectivo a capacitação dos participantes em matéria relacionada com contrabalanços de biodiversidade através da introdução do conceito de nenhuma perda líquida de biodiversidade e da aplicação da hierarquia de mitigação de modo a conciliar o desenvolvimento das actividades económicas com a conservação da biodiversidade. Incluiu igualmente contextualização sobre o quadro legal para a aplicação do conceito de nenhuma perda líquida de biodiversidade e implementação dos contrabalanços de biodiversidade em África e especialmente em Moçambique.
O treino aconteceu no contexto de um exercício de levantamento participativo de informação sobre a biodiversidade na Reserva Nacional de Pomene, feito em colaboração com o Projecto COMBO, BIOFUND e UEM, com o objectivo de avaliar o estágio de degradação de habitats-chave nesta área de conservação, de modo a prepará-la para uma potencial implementação de contrabalanços de biodiversidade.
Estudo piloto em métricas para o planeamento de contrabalanços de biodiversidade em áreas de conservação - Reserva Nacional do Pomene
A BIOFUND e o COMBO encontram-se a desenvolver um estudo de base nas áreas de conservação de Inhambane para avaliar a capacidade de implementação de áreas piloto de “conceitos de contrabalanços agregados”.
No âmbito da presente colaboração está a decorrer um estudo piloto na Reserva Nacional de Pomene (RNP) na Província de Inhambane em parceria com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), representada pela Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal para avaliar a condição ecológica das florestas de mangal e miombo e o estabelecimento de um nível de referência para iniciativas de contrabalanços de biodiversidade naquela região, bem como a avaliação dos serviços ecossistémicos providenciados pelas florestas de mangal e miombo e a sua relação com as comunidades dependentes de tais recursos.
Uma equipa multidisciplinar está envolvida na realização deste estudo contando com um total aproximado de 35 investigadores incluindo, especialistas de mangal, miombo, fauna terrestre e marinha, sociólogos, docentes e estudantes das turmas dos Mestrados de Gestão e Conservação de Biodiversidade e de Desenvolvimento Agrário e Economia Rural da UEM e técnicos representantes da RNP.
Esta colaboração, insere-se no contexto do interesse das três organizações de colaborar para a conservação da biodiversidade, culminando com a produção de estudos de base sobre o estado de conservação e métricas de biodiversidade para habitats-chave na Reserva de Pomene; uso dos recursos e sua gestão; e capacitação de diversos intervenientes incluindo membros do Governo, estudantes, e comunidades sobre a importância dos recursos naturais e as perspectivas futuras sobre projectos de contrabalanços de biodiversidade de forma a conciliar o desenvolvimento económico com a preservação dos seus recursos naturais para as gerações futuras.
Esta actividade enquadra-se no programa Parceria Cívica para Boa Governação (PCBG), da Counterpart International (CPI), financiado pela Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e implementado pela BIOFUND como projecto Contrabalanços de Biodiversidade: Harmonizando Desenvolvimento e Conservação.
10ª Sessão do Conselho de Administração da BIOFUND
O Conselho de Administração da BIOFUND reuniu-se no passado dia 23 de Novembro na sua 10º Sessão, tendo tido como agenda principal a apresentação e discussão das bases para uma nova estratégia de actuação da BIOFUND, no âmbito da maior demanda de financiamentos e consequente crescimento da instituição. Além deste tema foram também discutidas as principais actividades da BIOFUND desde a anterior sessão do Conselho de Administração, destacando-se os financiamentos às 9 Áreas de Conservação (cobrindo 6 províncias), com financiamentos do Banco Mundial (projecto Mozbio) e da AFD (projecto Abelha).
Encerramento da 3ª Exposição e Feira Multimédia - A Cultura da Conservação e o Desenvolvimento Sustentável
A BIOFUND realizou pela terceira vez, de 17 a 31 do corrente mês, a exposição e feira multimédia, sob o lema “ A Cultura de Conservação e o Desenvolvimento Sustentável”, que deu a conhecer uma vez mais os objectivos de trabalho da BIOFUND sobre a consciencialização da sociedade civil (especialmente crianças e jovens), para a importância e desafios da conservação da biodiversidade, desta vez com principal enfoque na província da Zambézia.
A realização deste evento teve um grande impacto a nível local, tendo recebido 12 expositores para feira (DPTADER, COSV, SUSTENTA, UPQ, IFPQ, UEM, UCM, UNIZAMBEZE, ICEI, ISHCT, A POLITÉCNICA, RNG- IGF) e mais de 4000 visitantes, permitindo a sensibilização da sociedade, membros do Governo, professores e estudantes de várias instituições de ensino superior, e em particular os jovens e crianças de cerca de 43 escolas primárias e secundárias da cidade de Quelimane, incluindo crianças de 5 escolas dos distritos de Gilé e Pebane que tiveram a oportunidade de visitar a exposição e feira ao detalhe, assim como de participar nas actividades educativas e diversas palestras ligadas ao evento.
Durante o evento, muitos dos visitantes deixaram os seus comentários, com destaque para:
“Eu gostei da iniciativa, porque os alunos levam uma bagagem consigo e vão levar a mensagem, o que viram para os outros colegas que não vieram.” Professora Agnélia Pires.
“Gostei muito da exposição. É minha primeira vez a participar numa. A explicação foi breve e precisa, muito boa. Falar da biodiversidade me levou a despertar sobre uma reflexão muito boa a cerca dos cuidados a ter com a natureza em que habitamos (vivemos), e me levantou a auto-estima a cerca da conservação das espécies de plantas assim como de animais do nosso país e do mundo inteiro”. Hermenegildo Raúl.
“Felizmente gostei de tudo, das explicações dos animais e ervas aquáticas, dos lagos e rios de Moçambique, dos insectos e répteis, principalmente das tartarugas, etc. Espero que haja mais exposições destas… Foi bom! Obrigada.”. Gunyia Bruno Dramusse.
“Muito obrigada a BIOFUND por essa exposição impressionante. É um passo importante para conservação da beleza e biodiversidade rica de Moçambique para os moçambicanos e todo o mundo. Estou muito feliz que trabalham aqui muitos profissionais dedicados. Cumprimentos!” Theodora Dell- USAID.
O evento a nível da Zambézia permitiu igualmente a identificação de relevantes temas locais e a possibilidade de exploração de potenciais sinergias a curto e médio prazo entre os parceiros.
Realizou-se a 31 de Outubro, no Instituto de Formação de Professores, o encerramento da exposição, que contou com a presença de 100 participantes no último fórum, onde decorreram apresentações e debates em torno do tema: “A educação ambiental e o meio ambiente: desafios para o futuro”, com destaque para as apresentações da Politecnica, Portucel e projecto COMBO. Na mesma sessão foi premiada com uma bicicleta, a aluna da Escola Primária Completa de 1º e 2º grau Manhaua Expansão, Lúcia Sitiman, vencedora do concurso de adivinhar os sons de animais. Foram também entregues certificados aos 16 guias (estudantes da UEM, Universidade Pedagógica e UniZambeze) como reconhecimento pelo seu trabalho diário ao longo destas duas semanas na exposição.
No programa do Café da Manhã da Rádio Moçambique (disponível aqui), foi dada ênfase a esta iniciativa da BIOFUND, sendo reconhecida a importância da realização desta exposição sensibilizando a sociedade moçambicana sobre a importância de conservar o seu património natural. “A biodiversidade são todos recursos do nosso dia-a-dia”- disse o Director Provincial da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural da Zambézia, Diogo Borges. Os esforços para conservação da nossa biodiversidade devem partir de cada moçambicano- palavras de um dos ouvintes; Somos todos beneficiários dos bens e serviços providos pela biodiversidade e todos responsáveis pela sua conservação!
A realização desta exposição foi possível graças ao apoio e colaboração da Universidade Pedagógica, do Instituto de Formação de Professores de Quelimane (IFPQ), da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação (FUNDE/A Politécnica), da Fundação Universidade Pedagógica (FUP), do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), do Governo da Província da Zambézia e da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e ao patrocínio do Banco Mundial, do Projecto Mozbio, FNDS, União Europeia e do Projecto Sustenta.
A Cultura de Conservação e o Desenvolvimento Sustentável
Nesta segunda semana dedicada à exposição sobre a Biodiversidade, em Quelimane, atingimos um total de mais de 3000 visitantes que tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o nosso património natural explorando a exposição com a ajuda dos guias, e aumentado, enriquecido e partilhado conhecimentos, participando em palestras e em mini-cursos com realce para o tema: Educação Ambiental, Erosão Costeira: Medidas de Mitigação.
Sendo um dos principais objectivos, sensibilizar as crianças e jovens, ontem (26 de Outubro) as atenções estiveram especialmente viradas à visita especial de um grupo de 10 crianças (5 meninas e 5 meninos) seleccionados em 5 escolas do distrito de Gilé (Escola Primária Completa Malema Centro e Escola Primária Completa Naheche) e do distrito de Pebane (Escola Primária Completa Musseia, Escola Primária Completa Sacani e Escola Primária Completa Mutacane), baseado no seu desempenho, acompanhados por 2 professores (fotos anexas). Estes visitantes desfrutaram do programa da exposição, que busca através de actividades educativas e recreativas especialmente orientadas ao público jovem, estimular a imaginação à volta da biodiversidade e sua conservação: visita guiada a exposição; sessão de cinema na sala de filmes educativos sobre a conservação dos recursos naturais; e concurso de sons de animais tendo os vencedores recebido prémios. Esta iniciativa de troca de experiencia dos alunos de Pebane e Gilé foi realizada pela COSV com apoio da União Europeia e da Cooperação Italiana, no quadro do projecto de “Reforço da Sustentabilidade Financeira e da Biodiversidade da Reserva Nacional de Gile.
Nesta edição da exposição que decorre na Zambézia, um dos grandes destaques é o coqueiro, recurso de flora característica e extremamente importante nesta província, que sofre pelo amarelecimento letal, e por essas razões escolhido para mascote deste evento. Após o elefante e o rinoceronte, mascotes das exposições de 2015 e 2016 em Maputo e Gaza, respectivamente, esta é a primeira exposição que destaca com uma mascote de uma espécie vegetal. O mascote coqueiro (fotos anexa), construído usando metal e alumínio, pode ser apreciado no jardim do Instituto de Formação de Professores de Quelimane. Parabéns aos estudantes Lazaro Castro Assuate, António José Manuel e Said Benjamim Dualia do 2º ano do curso de Educação Visual da Universidade Pedagógica de Quelimane que com a supervisão do seu professor Mahomed Vali, desenharam e implementaram este belo trabalho!
Caminhando para o final da exposição, apresentamos aqui o programa para os próximos dias.
Áreas de Conservação receberam 3.108 animais em 2017
A translocação de animais para a Reserva Especial de Maputo (REM) e o Parque Nacional do Zinave (PNZ) já encerrou, tendo sido introduzidos 3.108 animais de diversas espécies que correspondem a 66% dos 4.712 previstos.
A REM recebeu 2.325 animais, dos quais 1.162 vieram da Big Game Park na Swazilândia, nomeadamente 498 impalas, 408 zebras, 194 bois-cavalos, 50 cudos e 12 girafas. A Reserva Ezemvelo da África do Sul expediu 251 inhalas e o Parque Nacional da Gorongosa (PNG) 812 pivas e 100 facoceros.
O PNZ recebeu 783 animais. Deste número, 51 impalas e 2 elefantes foram movimentados a partir do Zimbabwe, 387 pivas e 93 changos a partir do Parque Nacional da Gorongosa e 250 búfalos a partir da Reserva Nacional de Marromeu (RNM).
Para além da REM e do PNZ, a Coutada Oficial no 9, localizada no distrito de Macossa, na província de Manica, recebeu da RNM um total de 200 búfalos.
Espera-se que com as várias espécies de animais translocados, esteja melhorado o produto turístico, o que irá resultar na criação de condições para o investimento turístico e consequente incremento de número de visitantes nas Áreas de Conservação.
Esta operação de translocação constitui um marco histórico, por ser a maior que o país realizou, e pelo facto de o PNG e a RNM terem movimentado algumas espécies de fauna bravia para outras áreas de conservação nacionais.
As áreas de conservação ocupam cerca 18,57 milhões de hectares, que correspondem a cerca de 25% do território nacional e incluem 8 Parques Nacionais, 7 Reservas Nacionais, 1 Área de Protecção Ambiental, 20 Coutadas Oficiais, 3 Áreas de Conservação Comunitárias e 50 Fazendas de Bravio.
A Cultura de Conservação e o Desenvolvimento Sustentável - Retrospectiva da primeira semana de exposição, palestras e mini-cursos em Quelimane
Na sexta-feira contamos com a participação de 257 visitantes à exposição e feira, assim como 50 participantes nas sessões de apresentação e debate sobre os temas: Delimitação de terras comunitárias: sua contribuição na segurança de posse de terra para melhoria das condições vida das famílias rurais em Nicoadala- Zambézia e Caracterização das serrações Madal e TTT Timber na cidade de Quelimane no período de 2010 a 2015.
Durante o sábado e o domingo, a exposição continuou aberta, registando cerca de 116 visitantes, que aumentaram o seu conhecimento sobre os ecossistemas, habitats e as espécies mais importantes do nosso património natural. Esta, continua aberta ao público até o dia 31 de Outubro.
Ontem, 23 de Outubro, a exposição contou com mais 353 visitantes e esta semana teve o seu início com a sessão de mini-cursos, sob o tema: Produção de mudas de fruteiras e plantas ornamentais, que contou com a audiência de cerca de 50 alunos adolescentes e jovens da Escola 25 de Setembro e singulares. Realizaram-se ainda apresentações e debates, sobre os temas: Avaliação da linha de arroz na tolerância a salinidade dos solos; Impactos de gestão inadequada de resíduos sólidos sobre a biodiversidade; e Nutrição artificial dos solos e conservação da biodiversidade. Tal como a exposição, as sessões de apresentações e debates continuarão abertas ao público até ao dia de encerramento a 31 de Outubro, e os mini-cursos até ao dia 30 de Outubro. Para mais informações sobre a agenda consulte aqui: Programa da Exposição
A Cultura de Conservação e o Desenvolvimento Sustentável - Retrospectiva dos primeiros 3 dias da Exposição, Feira e Fórum
A iniciativa tem como objectivo sensibilizar as crianças e os jovens, sobre a importância da biodiversidade em Moçambique, com especial destaque a província da Zambézia. Durante este evento estudantes de diversas escolas desfrutaram da participação em actividades educativas e recreativas que estimulam o gosto pela arte e imaginação à volta da biodiversidade, bem como a visualização de filmes educativos sobre a conservação dos recursos naturais. Ocorreu também a apuração do grande vencedor do jogo de adivinhação de sons de animais selvagens, em que a menina Lúcia Adelino Sitiman, da Escola Primária Completa de 1º e 2º grau Manhaua Expansão, vai ganhar uma bicicleta. Parabéns Lúcia!
Realizou-se também durante 3 dias a feira de biodiversidade na Zambézia que contou com a participação de cerca de 15 expositores de diversas instituições do Governo, Academia, ONG’s e projectos de conservação e desenvolvimento sustentável.
O segundo dia do fórum teve a participação de cerca de 200 pessoas de diversas áreas relacionadas com a conservação da biodiversidade que participaram no Fórum de Consulta Pública do Programa da União Europeia de Apoio a Biodiversidade em Moçambique, com destaque para possíveis acções na província da Zambézia.
Foram realizadas apresentações e debates sobre diferentes áreas relacionadas com Conservação da Biodiversidade, com destaque para os programas de conservação na Reserva Nacional do Gilé, o amarelecimento letal do coqueiro na Zambézia, exploração e conservação das florestas de mangais que estão a ser desmatadas ao redor de Quelimane, alternativas de conservação baseadas na experiência das comunidades locais, gestão dos recursos hídricos em Milange, e o uso sustentável dos recursos naturais no monte Mulange no Malawi onde ambientes semelhantes ao de Moçambique espelham experiências com resultados positivos e inovadores em que poderemos explorar aprendizagem e sinergias.
O terceiro dia do fórum teve cerca de 100 participantes e cobriu temas de “Gestão Integrada da Paisagem na Zambézia” com destaque para iniciativas e projectos em curso sobre apoio a agricultura e privados, projectos SUSTENTA, Floresta em pé e REDD+, iniciativas de governação ecológica da COSV e de agricultura sintrópica da ICEI assim como possíveis contradições e conflitos em comunidades nas Áreas de Conservação. Houve também informação e debate sobre os trabalhos em curso de apoio às comunidades e biodiversidade no Arquipélago das Ilhas Primeiras e Segundas, realizado pela Aliança Care-WWF. Foi notória e muito positiva a variedade de sinergias e potencial trabalho integrado que pode surgir como resultado da partilha de informação entre estas iniciativas diversas.
A exposição continua aberta ao público diariamente até ao dia 31 de Outubro, incluindo sessões de debates e mini-cursos sob o tema “Biodiversidade para as comunidades, crianças e jovens” (veja programa aqui), assim como a projecção de filmes, e visitas guiadas à exposição. Este evento, que vai na sua 3ª edição, tem como mascote o coqueiro, árvore emblemática da Zambézia, da qual foi feita uma escultura permanente (pelos estudantes do curso de Educação Visual da Universidade Pedagógica) que está implantada no local da realização da exposição, no IFP-Q.
Inauguração da Exposição e Feira Multimédia Sobre Biodiversidade em Quelimane
Neste primeiro dia houve mais de 400 visitantes, entre eles alunos de 4 escolas primárias e 1 escola secundária. Como complemento a este evento, iniciou também ontem, um fórum sob o tema “Actual Cenário da Biodiversidade na província da Zambézia”, precedido de uma sessão solene presidida por sua Excia o Governador da Província, que contou com uma audiência de mais de 200 participantes, incluindo membros do governo provincial, parceiros de cooperação, ONGs, académicos, sociedade civil e estudantes. O Fórum teve apresentações sobre as principais iniciativas na província e mecanismos de coordenação e partilha de conhecimento, com um caloroso debate sobre a problemática da agricultura itinerante e o uso de combustíveis lenhosos que contribuem para o desmatamento das florestas.
Esta é a 3º edição da exposição itinerante da BIOFUND, realizada em parceria com a Universidade Pedagógica (UP), o Governo Provincial da Zambézia, a Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação (FUNDE/A Politécnica), a Fundação Universidade Pedagógica (FUP), o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e a Administração Nacional das Áreas de Conservação e conta com o patrocínio do Banco Mundial, projecto MozBio, FNDS, projecto SUSTENTA e União Europeia.
Hoje, (18 de Outubro), o Fórum continua, com destaque para a “Consulta pública sobre o futuro programa de apoio à biodiversidade elaborado pela União Europeia” e “Biodiversidade e Conservação na Província da Zambézia”.
BIOFUND doa 36.000.000 de Meticais a três Áreas de Conservação

Na sua reunião de 21 de Setembro de 2017, o Conselho de Administração da BIOFUND aprovou mais financiamentos a conceder a áreas de conservação durante o período 2018-2020, no âmbito do 3º Ciclo do Projecto Abelha.
Das 9 propostas recebidas, um júri nomeado pela BIOFUND seleccionou para financiamento três dos concorrentes, a quem são atribuídos valores entre 9.500.000 e 15.000.000 MT por um período de 3 anos. São eles:
- Parque Nacional do Zinave (área de conservação terrestre, província de Inhambane)
- Parque Nacional do Bazaruto (área de conservação terrestre, província de Inhambane)
- Reserva Especial de Maputo (área de conservação terrestre e marinha, província de Maputo)
É de salientar que estes financiamentos juntam-se aos que a BIOFUND já realiza desde 2016, no âmbito do 1º e 2º ciclos do projecto Abelha, beneficiando as seguintes áreas de conservação: Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (província de Maputo), Parque Nacional do Limpopo (província de Gaza), Zona de Protecção Total do Cabo S. Sebastião (província de Inhambane), Reserva Nacional do Gilé (província da Zambézia), Parque Nacional das Quirimbas (província de Cabo Delgado) no âmbito do mesmo projecto de financiamento.
O projecto Abelha, tem por base um fundo subscrito em 20% pela própria BIOFUND e em 80% pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no âmbito do quarto Contrato de Redução da Dívida e de Desenvolvimento (C2D) assinado entre os governos da República de Moçambique e da República Francesa a 20 de Julho de 2015 para o “Projecto de apoio às áreas de conservação e preservação dos elefantes em Moçambique” (APEM).
A contribuição da BIOFUND resulta do rendimento do seu fundo de investimento, constituído a partir de contribuições da Cooperação Alemã através da KfW (USD 17M) do GEF através do Banco Mundial (USD 3.2 M) e da Conservation International/GCF (USD 1M).
Além do Projecto Abelha, considerado modalidade padrão dos seus financiamentos, a BIOFUND está activa na mobilização de fundos para outros tipos de apoio financeiro à conservação, canalizando neste momento uma média de 1 milhão de USD por ano, para o Sistema Nacional das Áreas de Conservação.
Exposição Multimédia sobre a Conservação – Quelimane Save the date 17 de Outubro de 2017
Organizada pela BIOFUND, esta será a terceira edição da exposição mostrada em Maputo, em 2015, aquando do lançamento público desta fundação. Em 2016 a exposição foi na cidade de Xai-Xai, província de Gaza.

Tendo como principal objectivo a partilha de conhecimento sobre a biodiversidade, sobre os muitos riscos que sobre ela impendem e ainda a divulgação de iniciativas de conservação e valorização do nosso rico património natural, Cultura de Conservação e Desenvolvimento Sustentável terá desta feita um enfoque especial sobre a província da Zambézia.
São co-organizadores desta exposição a Universidade Pedagógica (UP) e o Instituto de Formação de Professores de Quelimane (IFPQ). Esta iniciativa contou ainda com o apoio da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação (FUNDE/A Politécnica), da Fundação Universidade Pedagógica (FUP), do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), e do Governo da Província da Zambézia.
A escolha da Zambézia para a presente etapa tem a ver com a consciência dos desafios – e também oportunidades – que nesta província se colocam à conservação da biodiversidade e com o interesse demonstrado por alguns parceiros nacionais e internacionais que financiam projectos importantes nesta parcela do país.
O evento conta com o patrocínio do Banco Mundial, do Projecto Mozbio, e da União Europeia. Os diferentes painéis da exposição são resultado de colaboração entre a BIOFUND e diversas instituições de pesquisa.
A exposição terá lugar nas instalações do Instituto de Formação de Professores de Quelimane e fará recurso a diferentes tecnologias de comunicação para facilitar a interacção do público com o material exposto.
Como principais actividades, estão programadas visitas guiadas à exposição, palestras, seminários, exibição de filmes e a realização de jogos educacionais com o objectivo de sensibilizar as novas gerações para questões ambientais e suscitar o seu interesse pela natureza.
O convite formal e o programa detalhado será distribuído em breve.
Operação Caco Língamo - Save the date

A Cooperativa de Educação Ambiental Ntumbuluku e parceiros apresentam a Operação Caco – Língamo, a ter lugar no dia 16 de Setembro de 2017 (sábado), das 07h30 às 10h30 nas Salinas de Língamo, Matola A; que será alusiva às comemorações do Dia Mundial da Limpeza das Praias e Rios, e está enquadrada no movimento cívico Let’s Do it. Para mais detalhes clique aqui
Criar um ambiente jurídico e institucional permissivo para a Harmonização de Desenvolvimento e Conservação da Biodiversidade em Moçambique (Contrabalanços de Biodiversidade)

A BIOFUND vai se juntar ao programa da USAID, Parceria Cívica para Boa Governação, implementado pela Counterpart International com foco no fortalecimento do impacto do activismo cívico para melhorar a governança democrática responsável e efectiva em Moçambique. Foi assinado um acordo de subvenção entre as partes a 17 de Julho de 2017.
A BIOFUND promoverá o activismo cívico para defender a melhoria do quadro legal que promove o desenvolvimento económico em conjunto com a protecção dos recursos naturais para alcance de “Nenhuma Perda Líquida” de biodiversidade.
A nível nacional, a BIOFUND pretende focar a sua advocacia no desenvolvimento de um decreto específico de Nenhuma Perda Líquida de biodiversidade; e ao mesmo tempo, pretende ajudar a melhorar os regulamentos que complementam a nova Lei da Conservação fornecendo insumos nas revisões da Lei Ambiental e outra legislação relevante de forma a influenciar o ambiente político na sua forma mais ampla para “Nenhuma Perda Líquida” de biodiversidade.
A nível local, o projecto irá equipar as comunidades locais e as organizações da sociedade civil nas Áreas de Conservação da Província de Inhambane com habilidades e conhecimentos através de sessões de treinamento e participações em diálogos construtivos sobre Nenhuma Perda Líquida e Contrabalanços de Biodiversidade para conservar ou melhorar a qualidade dos recursos naturais sobre os quais eles dependem como meios de subsistência.
BIOFUND organiza treino participativo para Elaboração de Projectos
A BIOFUND organizou de 24 a 28 de Julho, um treino sobre a elaboração de projectos de conservação, usando como exemplo os Termos de Referência no âmbito do 3º Ciclo do Projecto Abelha. O evento teve lugar na cidade de Maputo, e contou com a presença de aproximadamente 25 participantes, dentre eles os Administradores das Áreas de Conservação acompanhados de 1 técnico da área de planificação ou finanças, e representantes da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) convidados.
Esta é a segunda vez que a BIOFUND reúne os gestores das áreas de conservação de forma a dar a conhecer sobre os procedimentos necessários para concorrer ao financiamento da BIOFUND. O primeiro treino foi realizado em 2016, com enfoque nos procedimentos administrativos e financeiros para implementação de projectos financiados pela BIOFUND.
O treino foi elaborado para proporcionar uma compreensão ampla e detalhada de cada uma das etapas técnicas e procedimentos necessários para preparar propostas de projectos para concorrer às fontes de financiamento disponíveis na BIOFUND. O evento abriu espaço para o esclarecimento de dúvidas e a realização de exercícios de aplicação como forma de praticar os conceitos e testar o processo.
Este treino culminou com uma avaliação positiva dos participantes, que reiteiraram a necessidade de realização de mais cursos do género nos próximos anos envolvendo mais técnicos das Áreas de Conservação, de modo a haver maior e melhor aplicação do que foi aprendido.
Missão da BIOFUND visita o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
No passado mês de Junho, uma delegação constituída pela Directora de Programas, Directora de Administração e Finanças e Assessor Técnico da BIOFUND efectuou uma visita de trabalho ao FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade no âmbito da parceria existente entre as duas instituições e de forma a dar continuidade à visita precedente do Director Executivo da BIOFUND àquela organização no início do mesmo mês.
Esta parceria com o FUNBIO prevê uma série de actividades de apoio técnico à BIOFUND com a finalidade de garantir a implementação de melhores práticas no cumprimento da sua missão.
O FUNBIO é um dos fundos ambientais mais antigos internacionalmente, pois iniciou a sua operação em 1996. É um mecanismo privado inovador, criado para desenvolver estratégias que contribuam para a implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) no Brasil. Em 21 anos de operação actua como parceiro estratégico do sector público, privado e da sociedade civil em iniciativas de conservação.
Ao longo das duas décadas o FUNBIO apoiou: 270 projectos de 232 instituições diferentes, 310 áreas protegidas correspondentes a 67 milhões de hectares; com 7 biomas beneficiados e cerca de USD 600 milhões administrados.
A visita da BIOFUND teve como objectivos: a familiarização com o historial de desenvolvimento e evolução institucional do FUNBIO, actividades actuais, principais desafios e oportunidades; e a partilha de experiências na área técnica e financeira, com especial ênfase para monitoria, processos de desembolsos, prestação de contas, sustentabilidade financeira, gestão de activos e comunicação institucional.
Esta troca de experiência que teve a duração de cerca de 10 dias, foi caracterizada por encontros sucessivos com as diferentes áreas de actuação do FUNBIO, onde novos métodos e abordagens de trabalho foram identificados, podendo ser adaptados e adoptados pela BIOFUND.
Foram também realizadas visitas de campo ao Parque Nacional da Tijuca – uma das melhores unidades de conservação do país e a dois beneficiários do FUNBIO, nomeadamente o Parque Estadual de Cunhambebe, resultante da utilização de fundos de compensação ambiental da Chevron (obrigações legais), e a BRBIO uma ONG especializada em pesquisa de temas marinhos particularmente corais, e em consciencialização ambiental. Estas visitas tiveram como objectivo conhecer o trabalho do FUNBIO no terreno e explorar possíveis oportunidades de intercâmbio entre áreas de conservação em temas por definir.
De um modo geral a visita efectuada ao FUNBIO foi extremamente proveitosa e impactante, com especial enfoque para as lições aprendidas sobre o sistema e estrutura de funcionamento do FUNBIO e abertura de espaço para parcerias a curto e médio prazo.
Director Executivo da BIOFUND integra delegação do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural para visita à Brasília
O Director Executivo da BIOFUND, Luís B. Honwana, visitou o Brasil de 11 a 18 de Junho a convite do Banco Mundial, na qualidade de assessor da delegação do MITADER, para contactos com diversas entidades federais do sector da conservação.
Esta visita teve como objectivo a preparação do Plano de Acção correspondente ao Acordo trilateral Brasil/ Moçambique/ Banco Mundial, no âmbito da cooperação Sul-Sul, recentemente assinado em Maputo.
Este Memorando de Entendimento abrange uma vasta gama de assuntos que vão desde o ordenamento do território, a biodiversidade até à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Segundo o Banco Mundial , alguns dos objectivos específicos da aprendizagem incluem, mas não se limitam a: reformas efectivas das políticas públicas para o meio ambiente e agricultura de conservação; medidas inovadoras para aumentar a regularização fundiária; tecnologias de plantio para áreas restauradas; desenvolvimento da cadeia de valor e promoção do empreendedorismo rural dos pequenos proprietários; e ainda, o potencial de parcerias público-privadas para fornecer fluxos de crédito rural para pequenos agricultores e agronegócios.
Reunião sobre Modelos de Co-gestão nas Áreas de Conservação de Moçambique
Funcionários governamentais, especialistas nacionais e internacionais em Conservação da Biodiversidade e a sociedade civil juntaram-se na última terça-feira (25 de Julho), em Maputo, para juntos construírem os alicerces de um caminho que visa a gestão colaborativa das áreas de conservação em Moçambique. O objectivo é propor modelos adequados de co-gestão para Moçambique que respondam aos imperativos da sustentabilidade ecológica, económica e social tendo em conta a realidade do País e as boas práticas internacionais.
A co-gestão consiste num acordo formal entre o Governo, as comunidades locais e os investidores para a gestão conjunta das áreas de conservação, a fim de proteger e melhor gerir, de forma sustentável os recursos que compõem a biodiversidade dessas áreas. Esta abordagem inclui a criação de estruturas organizacionais e de trabalho necessárias, para além de mecanismos de participação que assegurem uma cooperação transparente baseada na confiança entre os parceiros.
A discussão para avaliação dos modelos de co-gestão ocorreu numa reunião onde para além de técnicos do nível central, participaram também administradores e técnicos das Áreas de Conservação da Biodiversidade em Moçambique, uma iniciativa de parceria entre a BIOFUND, o Programa da USAID para a Facilitação do Ambiente de Negócios para o Crescimento Económico (SPEED+), e a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC). Sendo a BIOFUND a promotora da iniciativa; a USAID o financiador, a partir do projecto SPEED+ e a ANAC a responsável pela implementação dos modelos.
Trata-se de uma consultoria de 6 meses, que teve início com esta reunião e que permitiu a partilha de experiências, de forma a facilitar o subsequente aprofundamento do estudo.
Durante as discussões foram apresentadas experiências internacionais dos consultores Mujon Baghai e Peter Lindsey em áreas de conservação na Árica do Sul, Zimbabwe e Botswana.
Na partilha de experiência nacional, destacaram-se os exemplos de modelos de co-gestão existentes na Reserva Nacional do Niassa (Wildlife Conservation Society – WCS), Parque Nacional do Limpopo (Peace Parks Foundation – PPF), Parque Nacional da Gorongosa (Carr Foundation), Área de Protecção Total do Cabo de São Sebastião (Santuário Bravio de Vilankulos) e Reserva Nacional do Gilé (Fondation Internationale pour la Gestion de la Faune – Fondation IGF); e o do African Parks para o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto que se espera iniciar em breve.
Dados existentes indicam que em Moçambique os custos de manutenção de uma área de conservação estão estimados entre os 80 e 120 dólares americanos por quilómetro quadrado, por ano. É neste contexto que actualmente adopta-se o paradigma de gestão das áreas de conservação, permitindo o estabelecimento de parcerias. A reunião de co-gestão pretende lançar uma análise que permita, por um lado a definição de modelos aplicáveis para Moçambique e, por outro, criar condições que permitam atrair parcerias.
Foram definidos como passos seguintes: a avaliação dos modelos, práticas correntes e passadas de modelos de co-gestão das áreas de conservação em Moçambique; a revisão do quadro legal aplicável para os modelos de co-gestão, identificando as fraquezas e oportunidades; e o desenvolvimento de um quadro estratégico que ajude a guiar e melhorar os modelos/práticas de co-gestão das áreas de conservação em Moçambique.
Anexos
Notre Mer, Mar Nosso - O nosso mar, o nosso futuro (de 6 a 16 de Junho)
Em 2017, o Mar Nosso será organizado em torno dia Dia Mundial dos Oceanos, comemorado a 8 de Junho, em parceria com o MIMAIP e a UNESCO.
Esta 4ª edição dos encontros Mar Nosso será uma oportunidade de, como é feito a cada ano, informarmo-nos e de debatermos sobre o futuro dos nossos oceanos, particularmente do Oceano Índico. Sobre como podemos todos (autoridades dos países vizinhos do canal, cientistas, representantes da sociedade civil e comunidades) juntarmo-nos para de forma sustentável explorarmos os seus recursos e a sua extraordinária biodiversidade? Como gerir, como co-administrar esse “Mar Nosso” juntos?
Ao longo destas semanas de actividades, pretende-se através de um programa com debates científicos, um seminário sobre o direito do Mar, uma conferência sobre os recifes de corais, projecção de um filme sobre mulheres japonesas pescadoras, actividades para crianças, conversas e uma exposição artística, trazer alguns elementos de reflexão em torno desta matéria complexa.
Para mais detalhes sobre o programa de 6-16 de Junho consulte o link.
Celebrações do Dia Mundial dos Oceanos: 8 de Junho
No âmbito das celebrações do Dia Mundial dos Oceanos que se comemora a 8 de Junho, serão realizadas, no Museu das Pescas, duas conferências sobre o futuro dos nossos oceanos: os recifes de corais (dia 8 de Junho) e a inovação marinha em Moçambique (9 de Junho). Fará parte das celebrações deste dia a prestigiada exposição da BIOFUND sobre a riqueza e biodiversidade marinha de Moçambique que estará a ser exibida durante as conferências. Estas conferências organizadas pela Embaixada Francesa e pela UNESCO em parceria com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas e Museu das Pescas prometem juntar cientistas, académicos, estudantes, figuras influentes e sociedade civil num debate para consciencializar sobre a importância deste grande reservatório de biodiversidade. Veja aqui o programa das conferências.