Tratam-se de 30 jovens promissores das províncias de Nampula e Niassa, que sonham com um futuro melhor para as suas comunidades e para a conservação, graças a bolsas de estudo do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM).
Bolsas de Estudo do PLCM Transformam Vidas e Protegem a Biodiversidade no Norte de Moçambique
Implementado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), o PLCM concedeu bolsas de estudo a 15 jovens que frequentam o Ensino Secundário Geral e 15 do ensino Técnico-profissional. Os beneficiários das bolsas frequentam cursos de Agropecuária e Construção Civil no Instituto Politécnico da ADPP em Nacala e ensino secundário geral na Escola Secundária de Macaloge, distrito de Sanga. Estes jovens são oriundos de distritos que integram a paisagem da Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS) em Nampula e da comunidade de Chipange Chetu em Sanga, província de Niassa.
As bolsas foram atribuídas no contexto da componente de conservação do Projecto de Resiliência Rural do Norte de Moçambique (MozNorte), financiado pelo Banco Mundial e coordenado pela BIOFUND em colaboração com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), cujo objectivo é melhorar a resiliência das comunidades vulneráveis e a gestão dos recursos naturais na região Norte de Moçambique.
Com o apoio destas bolsas, os jovens podem prosseguir os seus estudos e reduzir a dependência de práticas insustentáveis, como a agricultura itinerante, pesca tradicional, caça e outras formas de exploração de recursos naturais. Ao formar jovens das comunidades vizinhas às Áreas de Conservação, o projecto MozNorte visa capacitar estes jovens para se tornarem líderes da conservação da biodiversidade nas suas comunidades. Junta-te a esta causa e apoia a educação e conservação em Moçambique!
Lançamento do Seriado ‘‘A NATUREZA DOS HOMENS E DOS ANIMAIS’’
A Ébano Multimédia, USAID SPEED, Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), estrearam nesta Quinta-feira, 13 de Abril, no Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas (INICC), o Seriado ‘’A NATUREZA DOS HOMENS E DOS ANIMAIS’’ do realizador, argumentista e escritor Licínio Azevedo, cujo objectivo é sensibilizar ao público em geral sobre a importância da biodiversidade para o bem-estar humano e as consequências da gestão insustentável dos recursos naturais/ perda de biodiversidade nas Áreas de Conservação.
A cerimónia de lançamento contou com a presença do Embaixador dos Estados Unidos, Peter Hendrick Vrooman, individualidades do sector de conservação, entre outras figuras da arena empresarial e cultural.
“A NATUREZA DOS HOMENS E DOS ANIMAIS’’ foi inspirado na realidade, que tem lugar sistematicamente no Parque Nacional de Maputo, nos seus arredores e através de uma narrativa dramática traz mensagem de sensibilização bem como a importância da preservação da natureza.
Para os parceiros do projecto, este Seriado “pretende-se criar e gerar uma narrativa mais equilibrada sobre a importância de ambos, animais e seres humanos, sobre as atitudes e comportamentos que deveremos manter e sobretudo, como controlar o uso descontrolado dos elementos da natureza que servem de sustento para os homens e animais. O desenvolvimento do ser humano ocorre por meio de relações harmoniosas e equilibradas, sempre na perspectiva de que as mudanças climáticas terão de ser minimizadas”.
Segundo o produtor do seriado, Jorge Ferrão, a ideia surgiu no período da pandemia da COVID-19, onde foi possível desenhar-se o roteiro que foi primeiramente intitulado A NATUREZA DOS ANIMAIS tendo sido alterado para o actual “A NATUREZA DOS HOMENS E DOS ANIMAIS’’ pois viu-se que a natureza não comtempla apenas os animais mas também os homens.
Na ocasião, Ferrão acrescentou que os projectos de comunicação não são mensuráveis de forma imediata mas a longo prazo contudo, ajudam a transformar a sociedade através da consciencialização e sensibilização da mesma. A comunicação é um meio fundamental para transformar a mentalidade da sociedade principalmente no que diz respeito a conservação da biodiversidade.
A próxima apresentação está prevista para o dia 15 de Abril de 2023 as 17h00 na Vila de Madjadjane para a comunidade, em forma de cinema móvel.
Sobre a Ébano e Parceiros
Ébano Multimédia, produtora moçambicana de filmes e vídeos com longa experiência na produção de documentários e filmes de ficção, conduziu a produção de uma série documental, designada como ‘’A Natureza dos Homens e dos Animais’’ dividida em 6 (seis) episódios de aproximadamente 25 minutos cada, para retratar a vida quotidiana destes espaços, numa altura em que se observam mudanças nos paradigmas de conservação, com ênfase nas alterações climáticas, caça furtiva, educação ambiental e, sobretudo, na relevância do turismo.
SPEED
O SPEED, é um Projecto financiado pela Agência do Governo dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e implementado pela DAI e Nathan Associates cujo objetivo é fortalecer o ambiente de negócios para o desenvolvimento económico em Moçambique nos Portfolios de Agricultura, Facilitação do Comércio,, Conservação da Biodiversidade, Saúde e Governação Económica. Através do mecanismo de subvenções (Grants), o SPEED financiou a produção do presente seriado, com vista a sensibilizar o público em geral sobre a importância e necessidade de uso sustentável dos recursos naturais em Moçambique.
ANAC - Administração Nacional das Áreas de Conservação
Fundada em 2011, a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC, IP) é uma instituição do Estado responsável pela conservação da biodiversidade e pelo desenvolvimento sustentável do ecoturismo em Moçambique. Suas principais funções envolvem o planeamento, coordenação e execução de actividades em áreas de conservação, em parceria com outras organizações e comunidades locais. As áreas de conservação administradas pela ANAC ocupam cerca de 25% do território nacional incluindo Parques, Reservas, Áreas de Protecção ambiental, Coutadas Oficiais e Fazendas de Bravio.
BIOFUND
BIOFUND – Fundação para Conservação da Biodiversidade, é um Fundo Ambiental, uma instituição sem fins lucrativos de direito privado, que mobiliza, aplica e administra recursos financeiros em benefício exclusivo da conservação da biodiversidade em Moçambique. O apoio da BIOFUND neste Seriado, tem como objectivo aumentar a sensibilização da sociedade civil para a conservação da biodiversidade no país.
BIOFUND contribui para sensibilização ambiental através do “Muro da Biodiversidade”
Inaugurado no dia 31 de Março, pela Ministra da Terra e Ambiente – Ivete Maibaze, o “Muro da Biodiversidade” é uma iniciativa da Empresa Reciclagem e Serviços Lda, em parceria com o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), Aeroportos de Moçambique SA, Conselho Municipal de Maputo, figuras públicas e outros parceiros da conservação.
A iniciativa tem como objectivo promover a consciencialização das comunidades sobre os problemas ambientais, sensibilizar para a preservação da Fauna e Flora, combate à caça furtiva e constitui uma oportunidade para promover o potencial turístico, mostrando os visitantes que chegam ao país, que Moçambique continua empenhado na defesa e preservação da nossa rica Biodiversidade.
Composto por 45 murais deslumbrantes, cada um medindo cerca de 24m², o “Muro da Biodiversidade” exibe a diversidade da fauna terrestre, marinha e flora de Moçambique. Com vista a continuar com o trabalho de consciencialização sobre a conservação da biodiversidade, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), faz parte deste projecto e dedicou no seu mural uma mensagem com enfoque para a protecção do cavalo-marinho, uma espécie marinha de grande importante para a manutenção dos oceanos e seus ecossistemas.
Apesar da sua importância e beleza, algumas espécies de cavalos-marinhos encontram-se vulneráveis segundo a Lista Vermelha da IUCN devido a perda de habitat causada pela degradação e destruição dos mangais, ervas marinhas e recifes de coral, a captura acidental em práticas de pesca não selectivas, e o comércio insustentável desses animais para uso na medicina tradicional, aquariofilia e artesanato.
Intervindo na cerimónia de inauguração, a Ministra da Terra e Ambiente afirmou que o nome atribuído ao projecto “Muro da Biodiversidade” enaltece sem dúvida os debates sobre a conservação da biodiversidade de forma pública, participativa e construtiva, que se tornou uma realidade na agenda de governação do país.
A inauguração do “Muro da Biodiversidade” acontece num momento em que Moçambique se prepara para acolher o VII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades da Língua Portuguesa a decorrer de 4 a 7 de Julho na Cidade de Maputo. Este Congresso, constitui uma oportunidade única para partilhar com o mundo as experiências e realizações que o país já alcançou na área da educação ambiental.
Convidamos a todos a visitar o deslumbrante “Muro da Biodiversidade” no bairro de Mavalane, localizado à saída do Aeroporto Internacional de Maputo, desde o estabelecimento da SMS até à ponte ferroviária na Av. Acordos de Lusaka. Junte-se a nós na conservação da biodiversidade!
Profissionais que inspiram: Conheça o trajecto de um líder de conservação que beneficiou da componente de formação do PLCM
Rodolfo, um Ecologista de 62 anos oriundo da província de Inhambane, tem sido um verdadeiro protagonista no sector da conservação da biodiversidade em Moçambique. Com 38 anos de experiências diversificadas, este homem dedicado já desempenhou papéis cruciais em Áreas de Conservação como o Parque Nacional da Gorongosa, a Reserva Especial de Niassa e actualmente é Oficial de Conservação do Parque Nacional de Maputo (PNAM).
Desde que chegou ao PNAM, Rodolfo tornou-se uma figura de referência para estudantes, visitas académicas e palestrante em diversos fóruns em prol da Área de Conservação. Essa exposição proporcionou visibilidade às suas notáveis habilidades de comunicação. Foi assim que, em 2021, Rodolfo teve a oportunidade de beneficiar de uma formação de Guia Turístico, no âmbito do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), cujo primeiro objectivo visa reforçar as capacidades dos profissionais do Sistema Nacional de Áreas de Conservação (SNAC).
A formação teve lugar no prestigiado Southern Africa Wildlife College, na África do Sul, e durou dois meses. Rodolfo, um líder nato, destacou-se durante o programa, liderando uma equipa de seis membros e partilhando as suas experiências em conservação, motivando e inspirando os mais jovens. A iniciativa permitiu a Rodolfo implementar novas estratégias nas visitas guiadas e influenciar outros profissionais do sector.
Rodolfo revela entusiasmo ao falar sobre a sua formação:
“Participar desta formação foi uma grande oportunidade que trouxe experiências positivas. Desenvolvi habilidades profissionais de guia da natureza e aprendi que um guia não deve apenas relatar o seu conhecimento aos visitantes, mas sim focar-se na partilha da informação relevante e atractiva. Hoje eu consigo fazer a conservação não só dentro do Parque, mas também fora. Sempre que tenho uma oportunidade de estar com qualquer audiência dentro e fora do Parque, a audiência sente-se convidada a visitar o Parque, e assim, atraímos mais gente para contemplar a natureza e contribuir para a sua conservação.“
Hoje, Rodolfo é reconhecido como um dos guias turísticos mais renomados do país, e a sua liderança em conservação inspira outros profissionais a seguirem seus passos e a aderirem aos programas de capacitação para preservar a nossa biodiversidade. A mensagem de Rodolfo Cumbane é clara e poderosa:
“O Homem precisa mais da natureza para viver do que ela de nós. Se nada fizermos para estancar a destruição da biodiversidade, o Planeta Terra tornar-se-á inóspito e a Humanidade poderá sofrer um grande desastre.”
Programa COMBO+ capacita membros das organizações da sociedade civil sobre a mitigação dos impactos de projectos de desenvolvimento na biodiversidade
A Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) em Parceria com a Wildlife Conservation Society (WCS) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), através do Programa COMBO+, realizou entre os dias 27 e 28 de Fevereiro de 2023 na cidade de Maputo, o treinamento às plataformas das organizações da sociedade civil (OSC) sobre aplicação do regulamento do Processo da Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto no 54/2015 de 31 de Dezembro) e da Directiva sobre os Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique (Diploma Ministerial no 55/2022 de 19 de Maio).
O treinamento, que teve como objectivo reforçar a capacidade dos membros das plataformas da sociedade civil sobre a mitigação de impactos dos projectos de desenvolvimento na conservação da biodiversidade em Moçambique. O evento contou com 45 participantes de todo país, pertencendo às diferentes plataformas da Sociedade Civil nomeadamente: Plataforma sobre Recursos Naturais e Indústria Extractiva (PIE), Fórum das Organizações da Sociedade Civil para a Área Marinha e Costeira (FOSCAMC), Fórum de Fauna Bravia das Organizações da Sociedade Civil de Moçambique (FOFABRAVIA), Fórum Nacional de Florestas (FNF), Associação dos Jornalistas para a Conservação da Biodiversidade (AJOCOM), entre outras OSC relevantes.
De acordo com o Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro, o processo de AIA em Moçambique propõe a implementação de medidas para evitar, minimizar e restaurar os impactos dos projectos de desenvolvimento de categoria A+ e A. No caso dos impactos residuais significativos sobre a biodiversidade, os proponentes devem implementar planos de gestão de contrabalanços de biodiversidade (PGCB) como último recurso para anular os impactos negativos residuais do projecto ou mesmo para alcançar Ganho Líquido (GL) de biodiversidade, preferencialmente em áreas de conservação ou outras áreas importantes para a biodiversidade como é o caso das Áreas-chave para a Biodiversidade (KBAs).
Utilizando uma abordagem de sessões teórico-práticas e debate aberto, o treinamento abordou tópicos sobre (i) o quadro político-legal actualizado relevante para a aplicação da Hierarquia de Mitigação e Contrabalanços da Biodiversidade em Moçambique e a sua evolução,(ii) as ferramentas (ex. Listas Vermelhas, KBAs, mapa de ecossistemas) e plataformas (ex. Portal de Biodiversidade- SIBMOZ e Sistema de Gestão de Licenciamento Ambiental – SGLA) relevantes na identificação de áreas a evitar e biodiversidade a contrabalançar, bem como, (iii) o papel das OSC e das Comunidades locais no processo de avaliação de impacto ambiental e implementação dos contrabalanços de biodiversidade em Moçambique.
Esta capacitação está inserida no Programa de treinos multissectoriais sobre a implementação da hierarquia de mitigação e contrabalanços de biodiversidade em Moçambique destinado para técnicos do governo, sector privado, academia, ONGs, OSC e outros actores chave.
Realizada a 3ª Sessão do Acompanhamento das Actividades do Projecto Chimanimani
Teve lugar no dia 23 de Fevereiro de 2023, na Cidade de Maputo, a terceira sessão do Comité Director do Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário (CBDC) em Chimanimani, com o objectivo de fazer o acompanhamento, avaliação e assegurar o controle da qualidade das actividades, resultados e impactos alcançados pelo Projecto em 2022.
O evento liderado pela Directora Geral da ANAC, Celmira da Silva, decorreu de forma hibrida, e contou com 28 participantes do Ministério da Terra e Ambiente, Direcção Nacional do Ambiente (DINAB), Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Fauna e Flora Internacional (FFI), Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), Fundação Micaia, Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e do Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM).
Um dos principais pontos de debate nesta sessão, foram as actividades desenvolvidas pelo Parque Nacional de Chimanimani (PNC), com destaque para a aquisição de material de monitoria da biodiversidade local e a reabilitação do acampamento de base, que contribuiu para a actualização de espécies de biodiversidade existentes naquela Área de Conservação e para aumentar a capacidade de acomodação de turistas que visitam o parque.
Relativamente ao fortalecimento e desenvolvimento da cadeia de valor de mel na paisagem de Chimanimani, as comunidades já beneficiaram de 4 centros de colecta de mel e 405 colmeias Langstroth, e estas actividades contribuíram para o aumento da produção e qualidade do mel.
Foi ainda apresentado e aprovado o Plano de Actividades e Orçamento para o ano 2023, num valor total de € 1,279,059.45 para serem executados pela ANAC, Parque Nacional de Chimanimani, Fundação Micaia e pela BIOFUND.
O Projecto CBDC é resultado de um financiamento da AFD junto ao Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM) e a FFI, com um financiamento total de 4,8 milhões de Euros com o objectivo de promover uma gestão ambiental mais sustentável na Área de Conservação de Chimanimani.
Clique aqui e saiba mais sobre o projecto
Mais 61 jovens prontos para contribuir para o futuro da conservação da biodiversidade em Moçambique
O Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM) lançou nesta Segunda-Feira, 13 de Fevereiro de 2023, a sua 4ª edição de estágios pré-profissionais em todo o país! Este ano, são 61 estagiários, formados em diversas áreas multidisciplinares, que vão ser alocados em 22 centros de estágios, incluindo 18 Áreas de Conservação públicas e privadas, bem como 4 instituições de conservação a nível central.
O PLCM é um programa implementado pela Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em coordenação com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e o Instituto Nacional de Emprego (INEP), que tem como objetivo desenvolver as competências e conhecimentos de profissionais da conservação em Moçambique.
A cerimónia de abertura desta nova edição contou com a participação de representantes da ANAC e do INEP, assim como do Banco Mundial e do Governo da Suécia, financiadores do programa. Durante o evento, os novos estagiários beneficiaram de uma formação virtual sobre a plataforma iNaturalist para registro da ocorrência de espécies de flora e fauna, realizada pelo SAMBI – Instituto de Biodiversidade da África do Sul.
” A integração dos estagiários do PLCM é uma resposta aos desafios que o sector de conservação enfrenta em Moçambique, como a fraca capacidade humana para operar nos diferentes projectos que foram desenhados para fazer avançar o sector“. Disse Luís Bernardo Honwana, Director Executivo da BIOFUND, intervindo na cerimónia de abertura.
Os estagiários estão ansiosos para começar os seus estágios e adquirir habilidades valiosas que possam influenciar e atrair outros jovens para a conservação, além de contribuir para o desenvolvimento do sector. “Esta será a minha primeira experiência na área de conservação, espero adquirir novas habilidades para ajudar a conservar o meio ambiente e motivar outras pessoas a abraçarem a causa da conservação da biodiversidade“. Referiu Jeremias Matavele, formado em Finanças, afecto na Reserva Nacional de Marromeu.
Desde o início do seu programa de estágios em 2020, o PLCM já beneficiou 168 jovens, e 107 já colheram diversas experiências em liderança na conservação da biodiversidade em Moçambique nas 3 edições anteriores.
O PLCM é uma oportunidade única para jovens que desejam contribuir para a conservação da biodiversidade em Moçambique e ajudar a construir um futuro mais sustentável e próspero para o país. Não perca a oportunidade de liderar a conservação da biodiversidade em Moçambique e inspirar outros jovens a fazerem o mesmo – fica atento(a) à próxima edição do PLCM. Saiba mais aqui!
Assembleia da BIOFUND aprova estratégia para proteger a biodiversidade em Moçambique
É com grande entusiasmo que anunciamos a realização da XI Assembleia de Membros da Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, que aconteceu na Cidade de Maputo no dia 09 de Fevereiro de 2023. Esta sessão contou com a participação de cerca de 28 pessoas, incluindo representantes de instituições governamentais, não governamentais e académicas ligadas ao setor da conservação.
Na assembleia, foi aprovada a Acta da X Sessão da Assembleia Geral, foram apresentadas as atividades realizadas desde a última sessão e foi aprovado o Plano Estratégico (PE) para 2023-2027. Este PE destaca as seguintes prioridades: financiamento à conservação da biodiversidade, mobilização de fundos, advocacia e educação e tornar a BIOFUND uma fundação eficiente e sustentável.
O PE é ambicioso e vislumbra o desembolso anual de pelo menos 15 milhões de USD para a conservação da biodiversidade até 2027. Além disso, a BIOFUND planeia contribuir para o aumento do conhecimento sobre o estado da biodiversidade em Moçambique, para o aumento da criação de áreas protegidas em pelo menos 3% do território nacional, e para a promoção de iniciativas inovadoras de gestão de áreas de conservação.
A BIOFUND também tem como objetivo mobilizar fundos através de projetos de conservação da biodiversidade, alcançar um endowment fund de 100 milhões de USD e estabelecer fontes inovadoras de financiamento. Além disso, a fundação planeia apoiar a melhorar o quadro legal nacional sobre a conservação da biodiversidade, contribuir para o aumento da capacidade do pessoal que trabalha em conservação e sensibilizar a população sobre a importância da conservação da biodiversidade.
Estamos animados com as perspectivas deste plano e esperamos trabalhar juntos para proteger e preservar a biodiversidade de Moçambique. Juntos, podemos construir um futuro mais verde e sustentável para todos!
Juventude e Liderança na Conservação da Biodiversidade: Conheça a História de Baptista Bisteque
“O jovem líder Baptista Julião Bisquete, de 27 anos, natural de Morrumbala, na Zambézia, é Licenciado em Ciências da Comunicação com Habilitação em Jornalismo. Baptista é um dos beneficiários da 3ª edição de estágios pré-profissionais do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), implementado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade BIOFUND em coordenação com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
Baptista foi afecto ao Sector de Turismo no Parque Nacional de Maputo (PNAM) onde teve a ideia brilhante de promover internamente a criação da Repartição de Comunicação e Imagem. No início, alguns colegas não entendiam a importância desta componente, mas Baptista persistiu e provou a sua relevância através da produção de documentários (vídeos e fotos) ilustrando as actividades realizadas no parque.
Hoje, o seu trabalho é um mecanismo fundamental de divulgação dos resultados das ações desenvolvidas no parque e de promoção das suas potencialidades. Para Baptista, o PLCM foi uma porta de entrada para o início da sua carreira profissional no campo da conservação. “O PLCM ajudou-me a dar o primeiro passo na minha vida profissional. Hoje, considero-me um jovem líder de conservação, pois trabalho com todos os sectores da instituição e uso a comunicação como uma ferramenta para garantir uma melhor protecção da biodiversidade“.
O PLCM é uma plataforma de liderança e desenvolvimento pessoal e profissional para jovens que buscam uma carreira na conservação da biodiversidade. Quer se tornar um líder de conservação da biodiversidade? Obtenha mais informações sobre o PLCM aqui.
Café de Manica e BIOFUND protegem a biodiversidade do Parque Nacional de Chimanimani
O Café de Manica está a colaborar para a proteção da biodiversidade de Moçambique. A empresa canalizou em Janeiro de 2023, 2% da sua receita anual da venda do café em 2022, para a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), com vista a reforçar o seu apoio a conservação da biodiversidade no Parque Nacional de Chimanimani.
Este mecanismo inovador é resultado de uma parceria com a BIOFUND, firmada em Janeiro de 2022 visando canalizar apoio financeiro para o Parque Nacional de Chimanimani, para a protecção dos recursos naturais naquela importante Área de Conservação. Com a cifra anual proveniente da venda do café, o Parque Nacional de Chimanimani irá reforçar a protecção da biodiversidade daquela Área de Conservação reconhecida como Área-Chave para a Biodiversidade (KBA), graças ao seu nível excepcional de endemismo de plantas, importância para aves e por albergar espécies únicas de plantas, aves, borboletas, anfíbios, répteis e mamíferos.
Esta parceria vem reforçar o trabalho da BIOFUND e seus parceiros no âmbito do projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário (CBDC) na Área de Conservação de Chimanimani, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM) e Fauna and Flora International (FFI).
Com a colaboração de empresas como o Café de Manica, estamos a dar um passo importante na preservação da biodiversidade para as gerações futuras e também na sensibilização e responsabilização da sociedade civil para estas temáticas.
Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) e parceiros realizam Treinamento sobre o desenho de Planos de Gestão de Contrabalanços de Biodiversidade
A Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) em colaboração com o Programa COMBO+ liderado pela Wildlife Conservation Society (WCS) em parceria com a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), realizaram entre os dias 14 e 15 de Dezembro um treino intensivo aos técnicos do governo sobre o Diploma Ministerial nº 55/2022, sobre o Módulo IV – Treinamento sobre o desenho de Um Plano de Gestão de Contrabalanços de Biodiversidade de acordo com Diploma Ministerial nº 55/2022 e Visita ao Projecto de Remoção de Eucaliptos no Parque Nacional de Maputo.
Este módulo foi direccionado para técnicos do governo do sector do Ambiente e da Comissão Técnica de Avaliação de Impacto Ambiental e contou com 30 técnicos do Ministério da Terra e Ambiente (MTA), Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH), Direcção Nacional do Ambiente (DINAB), Direcção Nacional de Florestas (DINAF), Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Parque Nacional de Maputo (PNAM), Serviço Nacional de Actividades Económicas da Cidade de Maputo (SAECM), Agência Nacional para o Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA), Instituto Nacional da Marinha (INAMAR) e formadores da WCS Moçambique e da BIOFUND em representação do Programa COMBO+.
O treino de 2 dias foi composto por sessões teóricas e práticas. A sessão teórica realizou-se no dia 14 de Dezembro no Hotel Radisson Blu, na Cidade de Maputo onde foi apresentada e discutida a estrutura do Plano de Gestão de Contrabalanços de Biodiversidade (PGCB) conforme o Diploma 55/2022; e a sessão prática foi realizada no dia 15 de Dezembro no Parque Nacional de Maputo, com a visita ao Projecto piloto de remoção de eucaliptos. Esta iniciativa foi virada para a aprendizagem técnica sobre os procedimentos legais, técnicos e financeiros de futuros projectos de contrabalanços de biodiversidade em Moçambique. Este projecto é financiado pelo Banco Mundial/Projecto MozBio 2, UNDP/Projecto BIOSFAC, AFD/FFEM através do Programa COMBO+.
O projecto piloto liderado pelo PNAM em colaboração com o Programa COMBO+ tem contribuído para a definição da estratégia de remoção de espécies invasoras no Parque, definição de planos de acção para a remoção de invasoras, avaliação ecológica da biodiversidade chave, definição de métricas e formação técnica de profissionais do Parque Nacional de Maputo. Em relação à capacitação de profissionais da conservação, destacamos o caso de Jeremias Madabula, Licenciado em Engenharia Florestal pelo Instituto Superior Politécnico de Gaza que foi também beneficiário da 3ª edição do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM), afecto ao sector de conservação no PNAM e também técnico do Projecto de Remoção de Eucaliptos no PNAM.
Para saber mais sobre o treinamento dos técnicos do governo e os projectos piloto de melhoria de habitats nas áreas de conservação clique aqui.
BIOFUND e o Governo da Suécia assinam acordo de apoio à Conservação da Biodiversidade em Moçambique
A Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Agência Sueca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, assinaram recentemente um acordo de parceria, com o objectivo de apoiar a Conservação da Biodiversidade e melhorar a adaptabilidade e resiliência climática nas Áreas de Conservação em Moçambique. Este é o primeiro compromisso a longo prazo deste importante parceiro para a BIOFUND, e está aliado ao crescimento e diversificação de fundos que a Fundação está a prever para os próximos anos.
Com um financiamento de 16 milhões de USD, o projecto prevê apoiar a conservação da biodiversidade e os serviços ecossistémicos em terras e paisagens marinhas relevantes, apoiar os mecanismos de financiamentos inovadores para melhorar o valor da biodiversidade e alternativas de vida sustentável nas comunidades e reforçar a gestão da conservação da biodiversidade, estudos, capacitação e treinos. As acções dirigidas às áreas de conservação atendem às prioridades da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
Estas actividades vão ser implementadas até 2027, na Reserva Nacional de Pomene, Reserva Especial do Niassa, Área de Protecção Ambiental de Maputo, Parque Municipal de Malhazine, como também em algumas coutadas e áreas de conservação comunitária.
Este projecto vai permitir o reforço e a consolidação das acções que a BIOFUND tem vindo a desenvolver, bem como apoiar as Áreas de Conservação já existentes assim como novas Áreas de Conservação que venham a ser criadas.
Embaixada da Noruega, BIOFUND e InOM Inauguram Exposição Marinha Intitulada “Oceano que nos Une”
Alusivo a chegada do navio veleiro de pesquisa One Ocean Expedition em Moçambique, a Embaixada da Noruega em coordenação com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e o Instituto Oceanográfico de Moçambique (InOM) inauguraram esta quinta-feira, 15 de Dezembro de 2022, no museu das pescas, Cidade de Maputo, uma exposição marinha sob lema “Oceano que nos Une”.
A exposição tem como objectivo destacar a biodiversidade marinha de Moçambique, trazer a sua importância e a necessidade da sua conservação, lançando uma reflexão sobre a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), a qual exalta a necessidade do uso da ciência para um oceano que queremos.
A BIOFUND teve um papel crucial para a materialização do projecto “Oceano que nos Une”, tendo contribuído com muitos dos materiais de exposição em painéis informativos sobre a biodiversidade marinha e fotografias de diferentes espécies e habitats marinhos. Os conteúdos de exposição da BIOFUND fazem parte integrante das exposições e feiras de biodiversidade que desde 2015 a Fundação tem trazido ao público de diversas formas, em várias províncias, integradas em parcerias diversificadas.
Intervindo na cerimónia de Inauguração, a Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso ressaltou a importância da exposição para a preservação dos recursos marinhos e enalteceu o engajamento dos parceiros pela materialização do projecto. “Recebemos a Exposição “Oceano que nos une”, uma plataforma que através de várias imagens informativas nos mostra os desafios na conservação dos ecossistemas marinhos. Esta exposição deve servir para consciencializar os jovens sobre as boas práticas marinhas, é uma verdadeira aula sobre o oceano que evoca a sustentabilidade no uso dos recursos marinhos. Agradecemos aos expositores aqui presentes, nomeadamente a BIOFUND, o InOM, a Universidade Eduardo Mondlane, o WCS, Market Marine System, Fundo Nacional de Investigação e o WIOMSA. Bem haja a todos e deste modo, declaramos inaugurada a exposição o “Oceano que nos une”.
A cerimónia de inauguração contou com a presença da Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, do Embaixador do Reino da Noruega, o Director Geral do InOM , o Director Executivo da BIOFUND, o representante da UNESCO, entre outras individualidades. Esta exposição marinha está aberta ao público até ao dia 03 de Janeiro de 2023, no Museu das Pescas, visite-a!
BIOFUND participa na Conferência das Partes para a Convenção da Diversidade Biológica (COP15) em Montreal, Canada
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), participa desde o dia 07 de Dezembro, em Montreal, Canada, na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP15).
Considerada a maior reunião de governos de todo o mundo, realizada 1 vez em cada 10 anos, é onde vários países se reúnem para discutirem sobre a biodiversidade e sobre o papel que ela desempenha na proteção do nosso planeta.
O evento organizado pelo Canadá e a China, conta com a presença de mais de 1800 pessoas provenientes de vários países. Moçambique marcou a sua presença liderado pelo Ministério da Terra e Ambiente (MTA), numa delegação que inclui a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Instituto Oceanográfico de Moçambique (INOM), Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), World Wildlife Fund (WWF), Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), United Nations Development Programme (PNUD) e a Federação Nacional das Associações Agrárias de Moçambique (FENAGRI).
A cerimonia de abertura foi marcada pelo discurso de António Guterres, secretário-geral da ONU, onde reforçou o imperativo de deter a perda de biodiversidade e restaurar os nossos ecossistemas naturais: “Sem a natureza, não somos nada. A natureza é o nosso sistema de suporte à vida e, no entanto, a humanidade parece empenhada na sua destruição”. É necessária uma acção urgente e uma colaboração profunda. Esta é uma oportunidade única para a comunidade global unir-se para reverter a perda de biodiversidade e proteger a vida na Terra.
Um dos principais pontos de destaque da agenda é sobre o “quadro global da biodiversidade (QGB)”, que define as metas globais a serem alcançadas até ao ano 2030. Os especialistas, esperam que o novo QGB defina os objetivos ambiciosos que sejam à medida da actual crise da biodiversidade.
Através do novo QGB, pretende-se alcançar 30% de áreas protegidas em todo o planeta até ao ano 2030, tanto em zonas terrestres como no mar. Espera-se igualmente que os países assumam o compromisso de eliminar subsídios financeiros públicos para setores e empresas que danificam o meio ambiente e realocar estes subsídios para ações que sejam positivas para a natureza.
O grupo de países africanos presentes na COP15, avançou com a proposta da criação de um novo fundo global para a biodiversidade, que pode canalizar recursos financeiros em quantidade suficiente para responder aos novos desafios do sector da conservação.
A BIOFUND participou na formulação do posicionamento de Moçambique na COP15, e a participação de alguns membros da equipa foi assegurada com apoio financeiro da UNDP/Projecto BIOSFAC.
Através desta conferência, espera-se alcançar um acordo histórico para deter e reverter a perda da natureza, ao mesmo nível do Acordo de Paris de 2015, sobre o Clima. O que for adotado em Montreal, será essencialmente um plano global para salvar a biodiversidade em declínio do planeta!
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PROMOVE Biodiversidade
O Gabinete do Ordenador Nacional (GON) e a União Europeia em coordenação com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) realizou nesta segunda-feira, 12 de Dezembro de 2022, na Cidade de Maputo, a 2ª Sessão do Comité Nacional de Supervisão (CNS) do PROMOVE Biodiversidade.
O Programa PROMOVE Biodiversidade é um programa financiado pela União Europeia e focado em 3 Áreas de Conservação, localizadas nas províncias de Nampula e Zambézia, nomeadamente: Parque Nacional do Gilé – PNAG; Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas – APAIPS e suas áreas costeiras adjacentes e o Monte Mabu – MABU. O Parque Nacional do Gilé – PNAG; Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas – APAIPS e suas áreas costeiras adjacentes e o Monte Mabu – MABU foram seleccionadas pela sua importância em termos de biodiversidade, mas também pela sua alta densidade populacional, isto é, onde os recursos naturais sofrem uma pressão importante das comunidades locais que vê nos recursos uma fonte alternativa de sobrevivência e de geração de renda comprometendo a sua importância na manutenção da integridade dos ecossistemas e na conservação da biodiversidade.
Para garantir a boa implementação do Programa PROMOVE Biodiversidade foi constituído em 2021 um Comité Nacional de Supervisão (CNS), órgão estratégico que tem como função assegurar a coordenação e colaboração entre os diversos actores do Programa a nível das Áreas de Conservação bem como a nível Nacional.
O evento contou com a presença da União Europeia, da ANAC, do BIOFUND, do MNEC-GON, do MTA, do MIMAIP; do FNDS, do PNAG, da APAIPS, do Governo Distrital de Lugela, da Fundação FFS-IGF, RADEZA, REGECOM, Secretaria Provincial do Ambiente de Zambézia e Nampula, entre outros participantes.
BIOFUND VAI DESEMBOLSAR CERCA DE USD 16 MILHÕES PARA ACTIVIDADES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM 2023
O Conselho de Administração da Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, aprovou na sua XXVI Sessão realizada a 1 de Dezembro de 2022, o orçamento de USD 16 milhões para apoiar as várias actividades de protecção da biodiversidade no país em 2023.
Com esta cifra, a BIOFUND vai apoiar não só o funcionamento das Áreas de Conservação do sector público e do sector privado, mas também algumas áreas comunitárias.
Para assegurar o alcance dos resultados previstos para 2023, a BIOFUND vai dar continuidade à implementação dos projectos orientados para o apoio a gestão, administração e melhoria dos sistemas de fiscalização das Áreas de Conservação, bem como ao engajamento das comunidades na gestão sustentável dos recursos naturais com ênfase na educação ambiental e fortalecimento das capacidades dos Comités de Gestão de Recursos Naturais. Destes projectos, destacam-se o MozNorte e MozRural (ambos com apoio do Banco Mundial) que preveem iniciativas de criação de novas Áreas de Conservação Comunitárias na paisagem do Programa Tchuma Tchato, no distrito de Zumbo, província de Tete, no bloco L4 na Reserva Especial de Niassa, Distrito de Mecula e na paisagem do Programa Chipange Cheto, distrito de Sanga na Província de Niassa.
O outro projecto de destaque para 2023 é o PROMOVE Biodiversidade (com apoio da União Europeia) onde se prevê o apoio à translocação de cerca de 200 animais de grande porte para o Parque Nacional do Gilé, a contratação de 30 fiscais e equipa técnica administrativa para apoiar a administração da Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS) e a instalação de um centro de pesquisa no Monte Mabu. Este projecto vai ainda apoiar na identificação e financiamento de 4 iniciativas comunitárias de geração de renda nas 3 áreas beneficiárias.
Relativamente a iniciativas de criação de um ambiente favorável à conservação, em 2023 a BIOFUND prevê intensificar acções de consciencialização ambiental com a continuação de realização de exposições de biodiversidade e outras actividades de educação ambiental. Através do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM) pretende-se elevar a capacidade de liderança dos profissionais do Sistema Nacional das Áreas de Conservação (SNAC) com o suporte de cursos de curta duração para funcionários do SNAC, motivar e atrair mais jovens para o Sistema de Conservação através da continuação de estágios pré-profissionais, subvenções de pesquisa e bolsas de estudo para Mestrado.
De referir ainda que, o orçamento previsto para 2023 será financiado pelo Banco Mundial (IDA, GEF), em 51%, Governo Sueco (SIDA) em 12%, União Europeia em 12%, pela contribuição da BIOFUND com fundos próprios em 13%, AFD/FFEM com 8% e os restantes 4% provenientes outros doadores. Este financiamento contribuiu para o aumento do orçamento de 2023 em aproximadamente USD 2 Milhões comparativamente ao valor alocado para 2022.
Em termos de realizações, 2022 teve um grande destaque para a BIOFUND, tendo sido marcado pela passagem do seu 10º aniversário, celebrado sob lema “Vamos fazer mais pela biodiversidade”. No âmbito deste lema, durante o ano, a BIOFUND desenvolveu varias actividades em prol da conservação da biodiversidade, tendo criado uma sala de conservação na Escola Secundária de Sussundenga, estabelecido uma sala de exposições permanente no seu novo escritório, iniciado 2 grandes projectos, MozNorte e MozRural, assinado um acordo para um novo projecto de USD 19 Milhões com duração de 5 anos, financiado pelo Governo Sueco e, entre outras actividades, alcançou cerca de 14 Mil pessoas em acções de consciencialização ambiental em varias zonas do pais.
Em 2023, a BIOFUND pretende fazer ainda mais pela biodiversidade, implementando as diferentes acções que vão contribuir para a protecção e utilização sustentável dos recursos naturais em áreas terrestres e marinhas em todo país.
Moçambique passa a contar com uma nova Directiva sobre Revisores Especialistas Independentes no processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) das actividades de Categoria A+ (Diploma Ministerial nº. 118/2022)
A 21 de Novembro de 2022, foi oficialmente publicada pela Impresa Nacional de Moçambique, o Diploma Ministerial nº. 118/2022 que aprova a Directiva de Revisores Especialistas Independentes dos Estudos de Impacto Ambiental para as Actividades de Categoria A+. Trata-se de uma ferramenta legal, complementar ao processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), que estabelece os procedimentos relativos ao registo e intervenção de Revisores Especialistas Independentes (REI) no processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) das Actividades ou Projectos de Categoria A+ já regulados pelo Decreto nº. 54/2015 de 31 de Dezembro.
Com este instrumento legal, Moçambique passa a ter a capacidade para categorizar em A+, todas as actividades ou projectos públicos ou privados, que devido à sua complexidade, localização e/ou irreversibilidade e magnitude de impactos ambientais e sociais requerem uma avaliação independente ambiental e social por entidades externas denominadas por Revisores Especialistas Independentes (REI) com experiência comprovada e devidamente registados pela Autoridade de Avaliação de Impacto Ambiental em Moçambique.
Esta iniciativa foi liderada pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) do Ministério da Terra e Ambiente (MTA) com o apoio do Programa COMBO+, uma iniciativa internacional liderada pela Wildlife Conservation Society (WCS), financiada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e pelo Fundo Francês para o Ambiente Global (FFEM) que conta com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) como entidade parceira, sendo financiada pelo Banco Mundial/ Projecto MozBio 2 e pelo PNUD/ Projecto BIOSFAC.
Veja o Diploma Ministerial nº. 118/2022 aqui
INAUGURADA A SALA DE EXPOSIÇÕES E O NOVO ESCRITÓRIO DA BIOFUND
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND realizou no dia 25 de Novembro a inauguração da sala de exposições permanente e do seu novo Escritório.
Este evento contou com a participação de alguns membros da BIOFUND, principais parceiros e doadores.
Durante o evento, os convidados tiveram a oportunidade de visitar a exposição e o novo escritório da BIOFUND e ainda de um momento de confraternização.
A primeira exposição desta sala permanente, que deve ter uma duração de cerca de seis meses, tem como foco principal a apresentação dos principais marcos e projectos apoiados pela BIOFUND durante os seus 10 primeiros anos de existência. Posteriormente, o conteúdo da sala de exposições será regularmente actualizado por forma a apresentar conteúdos relevantes para a promoção do conhecimento e sensibilização pela preservação da biodiversidade.
As exposições são uma componente de comunicação e educação que fazem parte de um conjunto de acções em que a BIOFUND vem investindo para a promoção de um ambiente favorável para a conservação da biodiversidade. Desde 2015 mais de 16850 pessoas estiveram presentes em exposições promovidas pela BIOFUND, onde obtiveram informações sobre a biodiversidade e sobre as acções que a BIOFUND e os seus parceiros vêm fazendo para a sua conservação.
As portas da sala de exposições estarão abertas para visitas públicas a partir do dia 18 de Janeiro de 2023, sendo esperada a visita de diversos grupos de interesses, desde alunos de escolas primárias e secundárias, a instituições ligadas à conservação da biodiversidade.
DO PARQUE NACIONAL DE CHIMANIMANI AO PARQUE NACIONAL DE LIMPOPO: Conheça a história de Zélia da Laila
Zélia da Laila, uma jovem Moçambicana, de 26 anos de idade, natural da Província de Maputo, formada em Gestão de Recursos Humanos pelo Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo de Marracuene, foi beneficiária da 3ª edição dos estágios pré-profissionais do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM), tendo iniciado a sua experiência de conservação no Parque Nacional de Chimanimani (PNC).
“Quando recebi a informação de que seria alocada ao Parque Nacional de Chimanimani, perguntei-me o que eu ia fazer lá, visto que sou formada em Recursos Humanos. Não tinha noção alguma que a minha área de formação podia ser essencial em uma área de Conservação”; disse Zélia.
Zélia fortaleceu o sector de Recursos Humanos no PNC, introduzindo um sistema de controle de assiduidade e pontualidade dos técnicos do parque, assim como introduziu debates sobre diversas temáticas em torno da conservação e questões sociais durante as formaturas matinais da equipa, criando uma nova dinâmica e engajamento dos técnicos e trabalhadores.
Um dos seus maiores desafios durante a vigência do seu estágio no PNC, foi a comunicação com os fiscais, visto que, grande parte deles, não falam a língua portuguesa. Zélia foi desafiada a aprender o mínimo de palavras na lingua local (Citewe), como forma de garantir a comunicação com os fiscais para a realização das suas actividades diárias.
A interação com os fiscais e com os vários estagiários provenientes de instituições de ensino técnico e superior, de diversos pontos do país e de diversas culturas, fez com que Zélia se tornasse numa pessoa mais humilde e batalhadora o que a ajudou a realizar os diversos objectivos pessoais e institucionais.
Passado os primeiros 6 meses de estágio no PNC, com bom desempenho e dedicação, Zélia foi uma das escolhidas para estender o seu estágio por mais 6 meses, e partiu (devido à disponibilidade e conveniência do supervisor) para o Parque Nacional do Limpopo (PNL), onde está a dar continuidade às actividades que desenvolvia no PNC e colhe novas experiências na sua área de formação e, sobretudo, na Conservação da Biodiversidade.
“O PLCM agregou valores culturais na minha vida, por ter permitido que eu pudesse interagir com pessoas de diferentes pontos do país, com diferentes formas de pensar, ser e agir em diferentes situações. Contribuiu ainda, para o melhoramento do meu comprometimento com as actividades que me são atribuidas, no estágio, e também para uma melhor organização das minhas actividades.”
O PLCM é um dos poucos programas de treinamento e liderança que eu conheço, dá oportunidade aos jovem de passar por um treinamento profissional em diferentes áreas de conservação e instituições do país. O mesmo despertou em mim a vontade e o desejo de continuar a trabalhar no sector da conservação em Moçambique” – Afirma Zélia.
O programa de Estágios Pré-profissionais do PLCM é implementado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em coordenação com a Administração das Áreas de Conservação (ANAC), com financiamento do Banco Mundial (IDA), no âmbito do projecto Mozbio2. Este programa promove, motiva e beneficia jovens profissionais de várias áreas do saber, salientando a relevância e interação de cada uma das suas áreas profissionais, para a melhoria da gestão, administração, estudo e protecção da biodiversidade e utilização sustentável dos nossos recursos naturais.
Se queres fazer parte desta grande família da conservação, concorre para a 4ª edição do programa de estágios pré-profissionais do PLCM, clicando aqui
Projecto Abelha Resulta na Protecção de 3 milhões de hectares de Biodiversidade
O projecto Abelha, parte integrante do projecto “Áreas Protegidas e Conservação dos Elefantes em Moçambique” (APEM), financiado pela Agência francesa de Desenvolvimento (AFD) e implementado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) no período de 2016 a 2021, resultou na protecção de cerca de 3 milhões de hectares de biodiversidade em 8 Áreas de Conservação. Esta informação foi avançada durante o seminário virtual de balanço do projecto, realizado no dia 22 de Novembro de 2022, que juntou as Áreas de Conservação beneficiárias do projecto, doadores e parceiros.
Neste projecto, a BIOFUND canalizou mais de 2.4 Milhões de Dólares para suportar 9% do total de custos operacionais em 8 Áreas de Conservação marinhas e terrestres, nomeadamente: Parque Nacional do Limpopo (PNL), Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), Parque Nacional do Gilé (PNAG), Zona de Protecção Total do Cabo de São Sebastião (Santuário Bravio de Vilanculos – SBV), Parque Nacional do Zinave (PNZ), Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto (PNAB) e Parque Nacional de Maputo (PNAM), que engloba as anteriores Reserva Especial de Maputo (REM) e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (RMPPO).
O valor desembolsado teve um impacto significativo nas Áreas de Conservação beneficiárias, especialmente em acções de protecção da biodiversidade e de desenvolvimento comunitário, destacando o crescimento do número de patrulhas de fiscalização realizadas, a promoção de actividades de geração de renda para as comunidades em alinhamento com as práticas de conservação da biodiversidade como a apicultura, a capacitação técnica e a consciencialização ambiental das comunidades locais. Estas Áreas de Conservação, tanto de gestão pública como privada, algumas das quais com apoios de co-gestão, criaram condições para trocas de experiências frutíferas entre si.
Através do projecto Abelha foi possível contribuir para a melhoria das condições de vida de algumas famílias residentes nos arredores e no interior das ACs, através da contratação de membros das comunidades para trabalhos sazonais de manutenção de vias de acessos e infra-estruturas, monitoria ecológica, entre outras. No Santuário Bravio de Vilanculos alguns dos trabalhadores sazonais tornaram-se, mais tarde, fiscais permanentes daquela Área de Conservação. Durante o seminário, o PNAB destacou a operacionalização das actividades de patrulha e consciencialização ambiental através do teatro como sendo alguns dos principais impactos positivos do projecto. Estas acções contribuíram para a redução da caça furtiva e ajudaram na melhoria da relação entre as comunidades locais e as Áreas de Conservação.
Relativamente à capacitação técnica, o projecto garantiu a realização de cursos anuais aos gestores das Áreas de Conservação beneficiárias, em matérias de planificação e gestão financeira. Esta capacitação foi uma mais valia para a melhoria da capacidade administrativa e financeira das áreas beneficiárias, tendo aumentando em 35% desde o inicio do projecto (entre 2016 e 2020).
Durante o seminário de balanço do projecto, os beneficiários destacaram a flexibilidade no acesso e aplicação dos fundos do projecto, que garantiu a dinamização das actividades realizadas, especialmente no PNAM onde o administrador enfatizou a complementaridade entre as fontes de financiamento já existentes para o alcance das metas dos programas de conservação naquela Área de Conservação. Ainda no âmbito desta iniciativa, as áreas beneficiárias promoveram sinergias com o Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), retendo alguns dos jovens estagiários do programa.
O Projecto Abelha foi a primeira grande acção de financiamento da BIOFUND às Áreas de Conservação com o objectivo principal de apoiar custos recorrentes não salariais, que contou com o financiamento da AFD em 80% e de fundos próprios da BIOFUND em 20%. Este projecto permitiu testar os primeiros procedimentos da BIOFUND e ferramentas de monitoria e avaliação, assim como treinar e capacitar beneficiários, em sinergias com outros apoios como a Cooperação Alemã através da KfW. Ressaltar que este projecto estabeleceu o início do Projecto Pós Abelha que garante a continuidade do apoio da BIOFUND a longo prazo a todos os 8 beneficiários iniciais.
O bom desempenho deste projecto, foi vital para alavancar posteriormente, apoio adicional de outros doadores para as Áreas de Conservação através da BIOFUND, como o Banco Mundial (projecto Mozbio), União Europeia (projecto PROMOVE Biodiversidade), mostrando a capacidade de desembolsos da BIOFUND, e foi um dos factores importantes para o crescimento da BIOFUND, que celebra 10 anos de existência.
COMO O DESPORTO PODE INFLUENCIAR NA CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL: EXPERIÊNCIAS DO CAN DE FUTEBOL DE PRAIA 2022
O Campeonato Africano de Futebol de Praia, realizado de 21 a 28 de Outubro de 2022, na Cidade turística de Vilanculos, província de Inhambane, juntou cerca de 18000 pessoas, entre jogadores, grandes individualidades da área de Futebol e não só, adeptos e público em geral, que, para além de acompanhar o futebol, fizeram parte de uma corrente de conscientização ambiental em benefício da biodiversidade marinha, especialmente o Dugongo.
Afinal, de que forma o desporto pode influenciar na conscientização ambiental e promover mudanças de atitudes para melhor conservação da biodiversidade?
Para o selecionador Nacional do Futebol de Praia – Abineiro Ussaca, o desporto pode desempenhar um papel fundamental na sensibilização da sociedade e particularmente dos adeptos do futebol a contribuírem para um ambiente limpo e saudável, especialmente para a biodiversidade marinha.
“Como desportistas, somos uma chave fundamental para influenciar as pessoas na protecção do meio ambiente, e devemos ser um exemplo para a sociedade. Temos por exemplo o dever de recolher todos recipientes descartáveis que usamos e depositar no local certo, pois todos os resíduos sólidos deixados ao ar livre terminam no mar, e quando estes entram no mar, causam danos irreparáveis nas espécies que por lá habitam“.
Dentro da arena de Vilanculos, onde decorreu o CAN de Futebol de praia 2022, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), montou uma exposição de biodiversidade marinha, que durante o campeonato, foi um mecanismo de divulgação de informação sobre a relevância dos habitats para as espécies marinhas e de ambas para os seres humanos. Ainda no âmbito de conscientização ambiental em Vilanculos, a BIOFUND, o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB) e a Reciclagem e Serviços, trabalharam em conjunto numa série de actividades de educação ambiental orientadas para a protecção dos oceanos e vida marinha. Destaque para a limpeza das praias, o plantio de mangal, palestras nas escolas primárias e secundárias de Vilanculos e uma palestra especial dirigida aos jogadores da seleção Moçambicana de Futebol de Praia. Estas ações tiveram um impacto significativo nos jovens estudantes, desportistas e público local, tendo alcançado directamente cerca de 6000 pessoas,
“Recebemos com bom agrado as orientações da BIOFUND e parceiros, como desportistas e influenciadores digitais. Vamos expandir esta mensagem de conservação do meio ambiente, queremos transmitir para as outras pessoas o quanto é importante conservarmos a biodiversidade. É de louvar esta iniciativa que nos despertou a consciência e responsabilidade ambiental. Faremos a nossa parte!”. Ângelo Tomas, Capitão da Selecção Nacional de Futebol de Praia.
O futebol é um desporto de massas e com um grande potencial educativo, capaz de contribuir na formação dos cidadãos e influenciando na mudança de comportamento. Desta forma, o campeonato africano de futebol de praia foi um veículo de promoção da conservação e protecção da biodiversidade marinha.
“Estes resultados foram alcançados porque houve dedicação de múltiplas equipas. Independentemente das nossas diferenças, olhamos todos para os mesmos objectivos. A iniciativa foi muito bem alinhada e o trabalho de equipa foi excelente!” Frisou Armado Nguenha – Administrador do PNAB.
Nampula recebe o treinamento dos técnicos do Governo sobre o Diploma Ministerial dos Contrabalanços de Biodiversidade (55/2022)
Decorreu entre os dias 25 e 26 de Outubro na Cidade da de Nampula na Província de Nampula o Treinamento dos técnicos dos Serviços e Direcções Provinciais do Ambiente e da Comissão Técnica de Avaliação de Impacto Ambiental da Zambézia e do norte do país sobre o novo Diploma Ministerial dos Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique (Diploma 55/2022).
Os contrabalanços de biodiversidade são requeridos pelo Regulamento de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto 54/2015) e recentemente regulamentados pela Directiva dos Contrabalanços de Biodiversidade (Diploma Ministerial nº 55/2022 de 19 de Maio). A aprovação deste instrumento legal, coloca Moçambique na lista de países pioneiros em África na criação e consolidação do quadro legal de avaliação de impacto ambiental, promoção da hierarquia de mitigação e dos contrabalanços de biodiversidade, como medidas para harmonizar o desenvolvimento económico no país.
O treino contou com a presença de 48 participantes, entre técnicos do governo em representação da Direcção Nacional do Ambiente (DINAB), Serviços Provinciais do Ambiente (SPA), Serviços Provinciais de Actividades Económicas (SPAE), Serviços Provinciais de Infraestruturas (SPI), Direcções Provinciais da Indústria e Comércio (DPIC), Direcção Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente (DPDTA), Direcção Provincial de Cultura e Turismo (DPCT), Direcções Provinciais da Agência Nacional para o Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA), BIOFUND e da WCS.
Este programa nacional de treinamento dos técnicos do governo e membros da CTA teve o seu início ainda em 2021 com módulos iniciais em Outubro e Novembro, posteriormente em Março de 2022, entrando numa segunda fase a partir de Setembro, com um treino nos dias 20 e 21 na Cidade de Maputo, 11 e 12 de Outubro na Cidade da Beira e, por último, entre 25 e 26 de Outubro na Cidade de Nampula, abrangendo desta forma, técnicos do sector do ambiente e da Comissão Técnica de Avaliação de todo país.
Esta iniciativa é liderada pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) com o apoio do Programa COMBO+ (parceria entre o Governo de Moçambique, WCS e a BIOFUND) e com o financiamento da AFD/FFEM, Banco Mundial/Projecto MozBio 2 e PNUD/Projecto BIOSFAC.
Para mais informações sobre o Programa de Contrabalanços da Biodiversidade clique aqui
Exposição da BIOFUND no CAN inspira a juventude a fazer mais pela Biodiversidade
A exposição de Biodiversidade marinha e costeira da BIOFUND, presente na arena do Campeonato de Futebol de Praia 2022 desde o dia 21 de Outubro, que decorre em Vilanculos até ao dia 28 de Outubro de 2022, elucida sobre a importância das espécies marinhas e dos seus habitats e chama a atenção para a necessidade das pessoas fazerem mais pela protecção da diversidade biológica em Moçambique.
Os cerca de 900 visitantes que por lá passaram até ao momento, em particular os jovens, mostram interesse em fazer mais pela biodiversidade.
“Antes de ver esta exposição marinha, não tinha a dimensão da importância dos oceanos e da vida marinha, hoje, percebo que é necessário conservarmos os mangais para garantir a vida das espécies marinhas que são importantes para a nossa sobrevivência e para a manutenção do turismo. Esta, é uma informação importante e eu vou passar para as outras pessoas que ainda não sabem o que devem fazer para ajudar a proteger a biodiversidade!” Disse Custódio Inácio, jovem de 17 anos, residente em Vilanculos.
Esta exposição, que faz parte da campanha de celebração dos 10 anos da BIOFUND, também contou com a visita de diversas personalidades, destacando o Presidente da República Filipe Jacinto Nyusi, Governador de Inhambane Daniel Chapo, Administrador de Vilanculos Edmundo Galiza Matos Jr. Secretário de Estado do Desporto Carlos Gilberto Mendes, Presidente da Federação Moçambicana de Futebol Faizal Sidat entre outras individualidades
Para além da exposição, a BIOFUND em coordenação com o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB) já realizaram palestras sobre a proteção da biodiversidade marinha, limpeza de praias e plantio de mangal na área costeira de Vilanculos.
Treinados Técnicos do Governo da zona centro do pais sobre o Diploma Ministerial dos Contrabalanços de Biodiversidade
Decorreu entre os dias 11 e 12 de Outubro na Cidade da Beira, província de Sofala, o treino de técnicos dos Serviços e Direcções Provinciais do Ambiente e da Comissão Técnica de Avaliação de impacto Ambiental sobre o novo Diploma Ministerial para implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique (DIPLOMA 55/2022), com objectivo de promover a consciencialização das instituições do Ministério da Terra e Ambiente (MTA), Serviços Provinciais do Ambiente (SPA), Direcções Provinciais de Desenvolvimento Territorial (DPDTA) e Agência Nacional para o Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA) e da Comissão Técnica de Avaliação (CTA).
Os contrabalanços de biodiversidades são requeridos pelo Regulamento de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto 54/ 2022) e com a aprovação e divulgação do Diploma Ministerial sobre a Implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade (Diploma 55/2022), Moçambique tem sido pioneiro no desenvolvimento de instrumentos legais para a conciliação do desenvolvimento económico com a conservação da biodiversidade.
O treino contou com a presença de 40 participantes, entre técnicos do governo das províncias de Sofala, Manica e Tete, dos SPA, Serviços Provinciais de Actividades Económicas (SPAE), Serviços Provinciais de Infraestruturas (SPI), Direcções Provinciais da Agência Nacional para o Controlo de Qualidade Ambiental (DPAQUA), Direcções Provinciais de Indústria e Comércio (DPIC), Direcções Provinciais de Desenvolvimento Territorial e Ambiente (DPDTA) e Direcções Provinciais da Cultura e Turismo (DPCT) e formadores do Programa COMBO+ (DINAB, BIOFUND e WCS ).
Os treinos regionais tiveram início nos dias 20 e 21 de Setembro, na zona sul, abrangendo as províncias de Maputo, Gaza e Inhambane e vão decorrer até aos dias 25 e 26 de Outubro na província de Nampula (abrangendo a zona norte), contando com Técnicos das províncias de Niassa, Cabo Delgado e Nampula, respectivamente.
Esta capacitação está a ser realizada pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) em colaboração com o Programa COMBO+ (parceria entre o Governo de Moçambique, WCS e a BIOFUND), financiada pela AFD/FFEM, Banco Mundial/Projecto MozBio 2 e PNUD/Projecto BIOSFAC.
Para mais informações sobre o Programa de Contrabalanços da Biodiversidade clique aqui
CAN de Futebol de Praia 2022 será palco de acções de Conscientização Ambiental
Para além do desporto, o Campeonato Africano de Futebol de Praia que tem lugar na Cidade de Vilanculos, província de Inhambane, nos dias 21 a 28 de Outubro de 2022, contará com várias actividades de conscientização ambiental, com foco na conservação da biodiversidade marinha, sob lema “Juntos pela Protecção e Reprodução do Dugongo“.
Entre as actividades, destacam-se a exposição sobre a biodiversidade marinha, palestras sobre a importância da conservação dos ecossistemas marinhos com foco para o dugongo, o plantio de mangal e a limpeza de praias. Com estas acções, pretende-se elevar o conhecimento e a consciência dos jogadores das 7 selecções africanas que vão participar no evento, e dos mais de 2000 adeptos de futebol esperados no local e do público em geral sobre a importância da acção humana na conservação dos ecossistemas marinhos e da biodiversidade no seu todo.
Estas acções de consciencialização ambiental são uma parceria entre a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB) e outras organizações de gestão ambiental.
A BIOFUND apoia desde 2017, ações de gestão, monitoria de biodiversidade e educação ambiental em parques e reservas marinhas e costeiras, com destaque para o PNAB e o Cabo de S. Sebastião, que contribuem para a preservação e aumento da população de dugongos no país e no mundo.
O dugongo é uma espécie classificada pelo IUCN como vulnerável à extinção. O PNAB, possui a única população viável de dugongos do Oceano Índico ocidental.
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“Empreendedorismo Azul” ganha destaque na 7a edição do evento “Mar Nosso em Maputo”
Alusivo ao “Dia Mundial do Mar” celebrado a 29 de Setembro, a Embaixada da França em Moçambique, em coordenação com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), Associação dos Estudantes Finalistas Universitários de Moçambique (AEFUM), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND e outros parceiros, realizaram de 24 a 30 de Setembro último, a 7ª edição do evento “Mar Nosso” sob o lema “O mar que queremos” na Cidade de Maputo.
Este evento vem decorrendo desde 2014 com o objectivo de proporcionar uma oportunidade debate sobre o futuro dos oceanos, com enfoque para o oceano índico; sobre como devemos cuidar do nosso oceano de forma duradoura, assegurando a manutenção da sua riqueza, energia e biodiversidade; este evento focou ainda na forma como devemos gerir e coadministrar o “Mar Nosso” e os potenciais mecanismos financeiros para assegurar a sua sustentabilidade.
Na sua 7ª edição, o evento “Mar Nosso” juntou académicos, sector privado e parceiros da área para uma reflexão sobre o fortalecimento dos laços de parcerias rumo a sustentabilidade dos oceanos nas suas várias dimensões.
O ponto mais alto desta 7ª edição foi marcado pela realização de um Concurso de incubação de negócios, denominado “Empreendedorismo Azul”, onde vários jovens apresentaram projectos inovadores para a sustentabilidade do mar, neste processo, a BIOFUND teve um papel crucial participando do júri de selecção de 18 concorrentes e eleição de 2 vencedores do concurso em duas categorias, nomeadamente: o projecto Redes de Luxo, na categoria de projecto empreendedor, que visa produzir artigos femininos como chapéus, bolsas e calçados, através de redes de pescas recolhidas na zona costeira da praia de Macaneta, no distrito de Marracuene, província de Maputo. O projecto recebeu o prémio monetário de duzentos mil meticais (200 000 MZN). Para a categoria de projecto social, consagrou-se vencedora a Associação Moçambicana de Reciclagem (AMOR), que recebeu o prémio monetário de cento e sessenta mil meticais (160 000 MZN) para a compra de lixo plástico junto dos pescadores da praia da Costa do Sol em Maputo.
A cerimónia de premiação e encerramento da semana “Mar Nosso” , teve lugar no dia 30 de Setembro de 2022 no Museu do Mar e contou com a presença do Embaixador da França em Moçambique e Eswatini, David Izzo, o Vice Ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas, Henriques Bongece, o Director do Museu Nacional do Mar, o representante da AEFUM, a BIOFUND e os participantes do programa de “Empreendedorismo Azul”.
Para saber mais sobre o programa clique aqui.
Troca de experiências com o Mountain Mulanje no Malawi traz novas abordagens de conservação comunitária para Moçambique
No âmbito do projecto PROMOVE Biodiversidade, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em parceria com o consórcio WWF-REGECOM-RADEZA e o Parque Nacional de Chimanimani (PNC), realizou no final de Agosto de 2022 uma visita de troca de experiências com a equipa do Mountain Mulanje Conservation Trust (MMCT) no Malawi.
A iniciativa teve como principal objectivo a troca de experiências sobre as perspectivas de conservação e engajamento das comunidades locais nos arredores do Mountain Mulanje, com vista a dinamizar a implementação do Projecto PROMOVE Biodiversidade no Monte Mabu em Moçambique e o Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário na Área de Conservação de Chimanimani (CBDC).
A Reserva florestal do Mountain Mulanje é caracterizada pelo alto valor ecológico e socioeconómico similar a região de Monte Mabu e do PNC, é uma região rica em diversidade de habitats que suportam espécies de flora e fauna prioritárias para a conservação da biodiversidade, incluindo espécies endémicas e até ameaçadas segundo o RedList da IUCN.
O MMCT em coordenação com vários stakeholders, incluindo o Departamento de Florestas do Malawi, Organizações Não Governamentais (ONGs), Organizações de Base Comunitária (OBCs), Organizações de Base Religiosa, Escolas e Jovens trabalham em conjunto para alcançar os objectivos de conservação da biodiversidade importantes para Mulanje, através de projectos inovadores que proporcionam melhoria da biodiversidade e meios de vida mais sustentáveis às comunidades.
Durante as visitas efetuadas a 3 comunidades locais da região de Mulanje, nomeadamente Nessa, Bondo e Likhubula, pôde-se observar práticas e medidas que vem sendo implementadas através dos vários projectos do MMCT. Em conversa com as comunidades, estas enfatizaram que as suas vidas melhoraram com a implementação dos projectos, nos quais as principais actividades são o cultivo de chá, apicultura, geração de energia elétrica, restauração de plantas de cedro, turismo comunitário e o patrulhamento da montanha para controlar a exploração de carvão.
Trata-se deste tipo de abordagens e iniciativas de conservação comunitária que se pretende implementar no Monte Mabu, uma área beneficiária do PROMOVE Biodiversidade localizada na Província da Zambézia e no Parque Nacional de Chimanimani, apoiado pelo Projecto CBDC.
Técnicos do Governo treinados sobre o Diploma Ministerial dos Contrabalanços de Biodiversidade
A Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) em colaboração com o Programa COMBO+, implementado pelo Governo de Moçambique, a Wildlife Conservation Society (WCS) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), através do programa de Contrabalanços de Biodiversidade, realizou entre os dias 20 e 21 de Setembro na Cidade de Maputo um Treinamento intensivo sobre o novo Diploma Ministerial para implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique (DIPLOMA 55/2022) para os técnicos do governo do sector do Ambiente e da Comissão Técnica de Avaliação de Impacto Ambiental da região sul de Moçambique,
O treino regional sul contou com a presença de 43 participantes provenientes das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane em representação da Direcção Nacional do Ambiente (DINAB), Agência Nacional para o Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA), Serviços Provinciais do Ambiente (SPA), Serviços Provinciais de Actividades Económicas (SPAE), Serviços Provinciais de Infraestruturas (SPI), Direcções Provinciais de Indústria e Comércio (DPIC), Direcções Provinciais de Desenvolvimento Territorial e Ambiente (DPDTA) e Direcções Provinciais da Cultura e Turismo (DPCT).
Este treino teve como principal objectivo a consciencialização destas instituições e dos membros da Comissão Técnica de Avaliação (CTA) sobre o recente aprovado Diploma Ministerial dos contrabalanços de biodiversidade e os mecanismos de implementação e coordenação necessários para viabilizar a implementação do conceito em Moçambique. Ainda neste treino foram identificadas oportunidades de colaboração e sinergias a nível central e provincial no sul do país.
O Programa COMBO+, iniciou o seu programa de treinos sobre avaliação de impacto ambiental e aplicação da hierarquia de mitigação em Moçambique em 2017 e já contribuiu para a formação de mais de 1000 técnicos do governo, sociedade civil, sector privado e academia.
Com a aprovação do Diploma Ministerial sobre a implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique, decorre a nível nacional, o programa de treino intensivo para os técnicos das instituições chave do governo para a implementação deste conceito em Moçambique.
Para mais informações sobre o Programa de contrabalanços de biodiversidade clique aqui.
BIOFUND e parceiros promovem educação ambiental nas Olimpíadas de Ciências Naturais 2022
Em colaboração com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Direção de Educação do Conselho Municipal de Maputo, promoveu no segundo trimestre de 2022, as olimpíadas de Ciências Naturais, com foco na temática de biodiversidade e gestão de resíduos sólidos para alunos do ensino primário.
As olimpíadas consistiram na elaboração de redações sobre os problemas locais inerentes ao meio ambiente, com destaque para a gestão dos resíduos sólidos nos espaços públicos, proteção da fauna e florestas e a conservação da água.
A cerimónia de premiação que contou com a presença de representantes da Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano, do Presidente do Conselho Municipal de Maputo, da BIOFUND, professores, alunos e parceiros de educação, teve lugar no dia 15 de Setembro de 2022, na Escola Primária Wiriyamu, na Cidade de Maputo.
Na ocasião, Telésfero de Jesus, representante da Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano destacou, no seu discurso, que as Olimpíadas de Ciências Naturais, subordinadas à preservação do meio ambiente, constituem um marco para a criação de uma postura consciente sobre os impactos da acção humana no planeta, bem como sobre o uso racional e sustentável dos recursos naturais. “As olimpíadas em que participam são apenas o começo de um trabalho que devem levar para a vossa vida, como exemplo de cidadãos amigos do ambiente e mobilizadores dos outros para aderirem a esta causa que é de todos nós”, salientou Jesus.
Na sequência, o Vereador de Educação e Desporto do Conselho Municipal de Maputo, Edmundo Ribeiro, reforçou a mensagem de educação ambiental ao referir que cuidar do ambiente é cuidar de nós mesmos, e que diante da degradação, que se vive na actualidade, tudo o que fizermos é pouco para o que é necessário. Por isso, a edição de olimpíadas de 2022 foi pensada como uma oportunidade de levar os alunos não só a competir, mas sobretudo a reflectir sobre o contributo que cada um pode dar para um ambiente saudável.
Para a BIOFUND, esta é mais uma oportunidade de chamar a atenção das crianças para adoptarem boas práticas ambientais e transforma-las em agentes de conservação da biodiversidade. “Estamos cientes que ao criarmos uma consciência ambiental nas crianças de hoje, amanhã teremos uma sociedade que de várias formas fará mais pela biodiversidade”, disse Carolina Hunguana, Coordenadora do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique – PLCM, implementado pela BIOFUND.
As Olimpíadas de Ciências Naturais com a temática ambiental são realizadas numa altura em que a BIOFUND está em plena campanha de celebração dos 10 anos da sua criação, uma campanha sob o lema “Vamos fazer mais pela biodiversidade” que mobiliza o público em geral a fazer parte da corrente de proteção dos recursos naturais através de várias acções. A BIOFUND tem trabalhado em parceria com o Conselho Municipal de Maputo desde 2021, a parceria teve início no âmbito do evento da Feira do Livro e Biodiversidade de Inhaca, realizada em Novembro de 2021.
A Comunidade da Conservação: Do Exemplo do Ruanda aos Jovens que São o Futuro de Moçambique
Em 2020 tive a oportunidade de fazer parte da 1º edição do programa de estágios do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM), um programa coordenado pela Fundação para Conservação da Biodiversidade – BIOFUND. O PLCM está inserido num dos mais de 15 projectos da Fundação, denominado Mozbio2, iniciado em 2019 com financiamento do Banco Mundial. Com esta oportunidade estive integrado à equipa de M&E da BIOFUND com a qual desenvolvemos e implementámos ferramentas de monitoria das mais de 30 Áreas de Conservação beneficiárias da Fundação, tendo reforçado a capacidade técnica para o acompanhamento sistematizado das actividades financiadas.
Até hoje, lembro-me nitidamente do dia do meu primeiro contacto com o programa.
“Qual é o vosso objectivo neste estágio?”
Esta é a pergunta que foi feita a mim e a outros 11 jovens em Março de 2020, durante a “dinâmica de grupo” no dia da indução ao programa. Estávamos confusos, ansiosos. E eu não tinha a resposta, mas sabia que palavras como aprender, contribuir, partilhar ou networking deveriam ser parte da mesma.
É incrível como, nos filmes, as pessoas sabem sempre exactamente o que querem ser e escolhem precisamente o que fazer. Na realidade, muitos de nós aprendemos a responder a estas perguntas com o tempo, exposição e aprendizagem. Acho que ainda estou a compor a minha resposta e a recente oportunidade para participar no Congresso Inaugural da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) sobre as Áreas Protegidas da África (APAC), realizado em Kigali no Ruanda, desempenhou um importante papel neste processo. E mais do que ter uma resposta, fez-me querer fazer perguntas.
Como conservacionista, fiquei maravilhado com o local da realização do evento – o Ruanda deve ser um exemplo de conservação – a atitude dos ruandeses em relação ao ambiente é impressionante, faz pensar nos conceitos de Área de Protecção Ambiental e Reserva de Biosfera, tanto pela rigorosa limpeza quanto pelo nível de florestamento da sua capital, Kigali.
E 30,4% do território nacional declarados como Área Protegida não fazem jus a tudo o que é realmente feito uma vez que há inúmeras acções de conservação e pró-ambientalistas fora das Áreas designadas para este efeito.
De tanto que poderia escrever, prefiro limitar-me às duas grandes lições da minha experiência no APAC no Ruanda: primeiro, e aliás, este foi um dos principais temas de reflexão no Congresso, é a Efectividade de Gestão (nas Áreas Protegidas), — os que visitam este país devem trazer o testemunho de eficácia e eficiência, mas penso que os que têm interesse em áreas ambientais são ainda mais impactados pelos resultados que este pequeno país africano tem obtido na “sensibilização e educação ambiental”. Sim, é possível não acumular lixo fora dos locais designados para o efeito! Sim, é possível não usar sacos plásticos! Sim, é possível não jogar deliberadamente o lixo pela janela das viaturas, e a lista continua. Talvez pudéssemos repensar ainda mais a efectividade das campanhas que realizamos em prol do meio ambiente, dos regulamentos a que nos submetemos, dos números, tabelas e gráficos que reportamos, deveríamos perguntar-nos: será que temos efectivamente Áreas de Conservação, ou apenas simplesmente polígonos nos mapas e “parques na lista de categorias das ACs”?.
A segunda grande lição que dali retirei é o Sentido de Pertença. Fazer parte dos 2 400 participantes de 80 países, com uma grande representação activa de jovens, e estar com moçambicanos que têm contribuído de forma activa para a conservação da biodiversidade no meu País, desafiou-me a pensar que nós, os jovens de Moçambique, também temos um grande papel a desempenhar neste processo. Podemos gerar verdadeiro impacto e alcançar a efectividade que ansiamos, mas isso passa por assumir que somos parte da comunidade de conservação, e que somos capazes. E aceitar que somente nós, os jovens, seremos os futuros responsáveis pela continuidade das acções que estão a ser desenvolvidas para conservar a biodiversidade no presente.
Vamos encarar a realidade: a conservação não tem sido a área de trabalho mais atractiva para os jovens seguirem, comparando-a, por exemplo, com profissões que a nossa sociedade ainda valoriza de forma diferente, como a medicina, o direito, a engenharia ou a educação. Mas felizmente, nos últimos anos, as temáticas de conservação têm vindo a ganhar cada vez mais visibilidade mediática e peso social. Apesar de não garantir a quem por ela siga as promessas de comodidade ou da rotina convencional que se obtém noutras profissões, a conservação tem atraído, ainda assim, toda uma nova geração de jovens, como eu para aquilo que, mais do que uma profissão, é uma Missão para a qual estamos prontos e não esperamos recompensas em forma de conforto ou “comodidades”.
A minha constante ansiedade é de poder integrar a minha pequena contribuição para a conservação num contexto mais amplo e ainda mais importante, para encontrar a resposta da pergunta feita em 2020. Hoje sei que não é preciso ser um especialista em fauna, flora ou ecossistemas. Sei que qualquer um de nós pode, de alguma forma, ser parte da mudança, e que todos podemos, e devemos, contribuir para a conservação da biodiversidade. Se os jovens são o futuro, é preciso cuidar dele, e começar já hoje.
BIOFUND participa na 12ª Assembleia Geral do network do CAFÉ nos Camarões
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, participou na 12ª Assembleia Geral do Consórcio de Fundos Ambientais Africanos (CAFÉ), que decorre de 12 a 16 de Setembro de 2022, em Douala, nos Camarões, sob o tema “Financiamento Misto: Estratégias e Contribuições para Áreas Protegidas em África”.
O evento, que contou com a presença de 20 Fundos Ambientais Africanos e parceiros internacionais, foi organizado pela The Sangha Tri-National Trust Fund (FTNS) em colaboração com o CAFE. Trata-se de um evento anual importante para os fundos ambientais, onde os membros do CAFÉ reúnem-se para partilhar experiências e capacitações em várias temáticas ligadas à conservação da biodiversidade. Nesta presente edição, os participantes provenientes de 17 países foram capacitados em matérias de “Financiamentos Mistos”.
Durante a cerimônia de abertura, que teve lugar no dia 14 de Setembro, presidida pelo Ministério das Florestas e Vida Selvagem dos Camarões, a representante da BIOFUND Alexandra Jorge, ressaltou que a 12ª Assembleia Geral do CAFÉ decorre num ano em que a BIOFUND celebra 10 anos da sua criação, tendo destacado os principais resultados do trabalho da Fundação durante este período, com enfoque para a capitalização de cerca de 60 milhões de Dólares do Endowment (Fundos para Investimento) e a angariação do mesmo montante em fundos para canalização aos beneficiários nas Áreas de Conservação, dos quais a BIOFUND já desembolsou, cumulativamente, mais de 16 Milhões de Dólares para a conservação da biodiversidade em Moçambique desde 2016.
Alexandra Jorge, destacou ainda a importância da BIOFUND na criação de financiamentos inovadores, tendo falado da mais valia do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), Cartão bio, BIO Fundo de Emergência e o programa de Contrabalanços de Biodiversidade e, fez também menção às acções de sensibilização ambiental levadas a cabo pela BIOFUND, através da realização de exposições e feiras de biodiversidade, no âmbito da criação de um ambiente favorável para a conservação em Moçambique.
A BIOFUND é membro fundador do CAFÉ e faz parte do seu Comité Executivo desde 2021, eleita durante a última Assembleia Geral realizada em Maputo, onde a BIOFUND foi o anfitrião. Acompanhe aqui, as várias sessões da 12ª Assembleia Geral do CAFÉ.
BIOFUND facilita palestra de conscientização ambiental
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, facilitou no dia 09 de Setembro de 2022, uma palestra de promoção de boas práticas ambientais, num evento promovido pelo Conselho Municipal de Maputo que teve lugar na Escola Secundária Força do Povo, no Distrito Municipal de KaMavota, província de Maputo.
Através da palestra, vários jovens e adolescentes foram chamados a consciência sobre pequenas acções que favorecem o meio ambiente e a biodiversidade, como a boa gestão do lixo, o plantio das árvores, evitar a poluição das águas e queimadas descontroladas.
Esta actividade que contou com a participação de cerca de 2270 pessoas, com destaque para alunos da Escola Secundária Força do Povo e outras Escolas do Distrito Municipal KaMavota, enquadra-se na campanha de educação e sensibilização ambiental que decorre no âmbito da celebração do décimo aniversário da Fundação, sob lema “Vamos fazer mais pela biodiversidade”, onde através de várias acções, a BIOFUND procura sensibilizar o público em geral a pautar pelas boas práticas ambientais e a conservação da biodiversidade.
A palestra da BIOFUND é uma actividade enquadrada no evento da Festa do Livro de KaMavota, uma iniciativa promovida pelo Conselho Municipal de Maputo, através da Vereação de Cultura e Turismo, com o objectivo de estimular o interesse literário dos alunos, promover a leitura e aproximar os livros à comunidade.
Siga as plataformas da BIOFUND e acompanhe as diferentes acções levadas acabo no âmbito da campanha “vamos fazer mais pela biodiversidade”!
WCS, BIOFUND e Parceiros lançam projecto Futuro Azul para Ecossistemas e Pessoas na Costa Leste Africana
A Wildilfe Conservation Society (WCS), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo ADPP, o ProAzul, o Instituto de Oceanografia de Moçambique (InOM), o Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Eduardo Mondlane (DCB-UEM) e a Associação do Meio Ambiente (AMA) lançaram a 23 de Agosto de 2022, na Cidade de Maputo, o projecto “Construindo um Futuro Azul para Ecossistemas e Pessoas na Costa Leste Africana”.
Abreviadamente designado por “Futuro Azul” o projecto é financiado pelo Blue Action Fund (BAF) e outros doadores internacionais, visando a conservação da biodiversidade marinha e costeira de Moçambique, com foco na redução de impactos das alterações climáticas nas zonas costeiras do país, especificamente nos distritos de Memba e Mossuril, na província de Nampula.
O projecto será implementado durante cinco anos (2022 a 2027), pretendendo melhorar a biodiversidade e os serviços ecossistémicos que contribuem para reduzir a vulnerabilidade das comunidades locais, aumentar a sua resiliência aos impactos das mudanças climáticas, fortalecendo a protecção costeira e promovendo meios de subsistência baseados nos recursos naturais, especialmente a pesca.
A cerimônia oficial de lançamento do projecto, foi dirigida pelo Director da WCS Moçambique, Afonso Madope que frisou no seu discurso que todos parceiros devem fazer desta iniciativa um projecto inovador que faça realmente a diferença no terreno e que seja um exemplo para o futuro da sustentabilidade da pesca artesanal, da resiliência costeira às alterações climáticas, dos modos de vida das comunidades costeiras e da conservação marinha em Moçambique.
A cerimônia de lançamento foi antecedida pela realização de um workshop de planificação e arranque das actividades, que decorreu no dia 22 de Agosto de 2022, na ADPP Moçambique, com a participação de todos parceiros do projecto.
Neste projecto, a BIOFUND será responsável pela componente de melhoria do conhecimento, perícia e capacidade das agências nacionais relevantes através da realização anual de uma Conferência técnico-científica e exposição sobre a Adaptação e Conservação Marinha baseada nos Ecossistemas, a qual será integrada na exposição anual de biodiversidade da BIOFUND.
Conheça António Simão, um jovem que tornou-se líder de conservação no PLCM
António Simão é um jovem de 26 anos de idade, nascido em Mafambisse, distrito do Dondo, na Província de Sofala, formado em Florestas e Fauna Bravia pelo Instituto Agrário de Chimoio (IAC).
Desde pequeno, António Simão sonhou em trabalhar para a proteção da flora e fauna, em 2021, teve a oportunidade de ingressar para a 2ª edição de estágio pré-profissional do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), o programa que lhe permitiu alcançar o sonho de trabalhar na área de conservação da biodiversidade.
Afecto no Parque Nacional de Maputo, o jovem desenvolveu várias actividades de conservação num período de 6 meses de estágio. Durante o estágio, António identificou um problema no seio das comunidades, que é Conflito homem e fauna bravia, juntou-se a equipa de afugentamento do Parque e liderou o grupo na identificação de principais corredores dos animais que geram os conflitos na zona tampão daquela Área de Conservação. Para minimizar o problema, passou a implementar técnicas de mitigação e prevenção do conflito homem e fauna bravia, junto com a equipa dos fiscais do Parque.
“Tornei-me um Líder de conservação através do PLCM, as experiências adquiridas no estágio pré-profissional foram de extrema importância para a minha integração profissional, atualmente sou Técnico do Conflito homem e fauna bravia na Mozambique Wildlife Alliance (MWA), uma organização que apoia a vida selvagem, comunidades e habitats em Moçambique”, afirmou António Simão.
Implementado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em coordenação com a Administração das Áreas de Conservação (ANAC), com o financiamento do Banco Mundial, no âmbito do projecto Mozbio2, o PLCM visa essencialmente construir uma geração de líderes de conservação em Moçambique, prevendo alcançar até 2024, a formação de cerca de 310 profissionais do Sistema Nacional das Áreas de Conservação, atrair, motivar e qualificar cerca de 135 jovens em matérias de conservação e alcançar mais de 7500 pessoas em campanhas de educação e sensibilização ambiental, bem como despertar o seu interesse em matérias de conservação.
Sector privado mais consciente sobre o novo Diploma Ministerial sobre a implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique (55/2022)
Decorreu entre os dias 10 e 11 de Agosto na Cidade de Maputo, o treinamento do sector privado sobre o novo Diploma Ministerial para a implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique (Directiva n° 55/2022).
O treinamento organizado pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) em coordenação com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Wildlife Conservation Society (WCS), através do Programa COMBO+ teve como objectivo, reforçar a capacidade e consciencialização do sector privado para a operacionalização da nova Directiva dos Contrabalanços (Diploma Ministerial nº 55/2022 de 19 de Maio) e a correcta implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique.
O Diploma Ministerial 55/2022 estabelece princípios, metodologias, requisitos e procedimentos para a correcta implementação dos Contrabalanços de Biodiversidade no país, permitindo ao Governo de Moçambique garantir que os projectos de desenvolvimento de categoria A+ e A de qualquer tipo de actividade sujeita à licença ambiental, com impactos residuais negativos significativos sobre a biodiversidade, implementem planos de gestão de contrabalanços de biodiversidade para alcançar, pelo menos, Nenhuma Perda Líquida (NPL) ou Ganho Líquido (GL) de biodiversidade em locais fora da área de influência directa, preferencialmente em áreas de conservação ou áreas importantes para a biodiversidade, após a aplicação das medidas para Evitar, Minimizar e Restaurar.
O treinamento de dois dias, facilitado pela equipa do Programa COMBO+ (DINAB, WCS e BIOFUND), contou com cerca de 50 participantes e consistiu na interpretação detalhada do Diploma dos Contrabalanços e aplicação de cada artigo. Foram pontos de destaque, o âmbito do Diploma, a biodiversidade que tem que ser contrabalançada, potenciais locais de contrabalanço, métricas para avaliar ganhos de biodiversidade, actores chave, gestão e financiamento dos contrabalanços e o conteúdo do Plano de Gestão de Contrabalanços Preliminar e Final. Ainda como parte da formação foi partilhado o conteúdo do novo Portal de Biodiversidade SIBMOZ.
Esta capacitação está inserida no Programa de treino nacional sobre a implementação da hierarquia de mitigação e contrabalanços de biodiversidade em Moçambique destinado para técnicos do governo, sector privado, academia, ONGs e outros actores chave.
Para mais informações sobre o programa de contrabalanços de biodiversidade clique aqui.
Iniciativas de Conservação da Biodiversidade na Reserva Florestal de Licuáti (RFL) e Área envolvente na paisagem de Matutuíne em Maputo
O Grupo de Acompanhamento das Iniciativas de Conservação da Biodiversidade na Reserva Florestal de Licuáti e Área Envolvente realizou a sua quarta reunião no passado dia 8 de Agosto em Maputo, com o objectivo de apresentar e discutir os resultados dos estudos de caracterização ecológica e socioeconómica e a proposta de plano de gestão para conservação da região de Licuáti no distrito de Matutuíne em Maputo.
A reunião contou com cerca de 30 participantes, provenientes de várias instituições do governo, áreas de conservação, sector privado, organizações da sociedade civil, academia e parceiros multi e bilaterais envolvidos na conservação da biodiversidade na região de Licuáti e em Moçambique.
Este grupo foi estabelecido em 2021 sob a liderança da Direcção Nacional de Florestas (DINAF) com o objectivo de construir uma visão comum para a gestão sustentável da biodiversidade e desenvolvimento comunitário em Matutuíne, bem como promover a coordenação e acompanhamento de projectos pilotos de melhoria de habitats da Reserva Florestal de Licuáti (RFL) e do Parque Nacional de Maputo (PNAM) promovidos pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB), Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), Wildlife Conservation Society (WCS), Direcção Nacional de Florestas (DINAF) e Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC).
Os estudos de caracterização ecológica e socioeconómica de Licuáti destacaram mais uma vez o valor ecológico da região de Licuáti, recentemente declarada como uma Área Chave para Biodiversidade (KBA). A região de Licuáti é rica em diversidade de habitats que suportam espécies de flora e fauna prioritárias para a conservação da biodiversidade, incluindo espécies endémicas e ameaçadas. Contudo, a biodiversidade desta área está ameaçada por actividades antropogénicas que incluem o corte de árvores para a produção de carvão, queimadas descontroladas e expansão de áreas agrícolas,
A produção de carvão é a principal actividade económica com impacto nos habitats naturais de Licuáti, estando concentrada nas proximidades das vias de acesso e principais aglomerados populacionais. A tendência actual de exploração dos recursos nesta região, está associada à falta de fontes alternativas de subsistência e renda, resultará numa contínua perda de biodiversidade, o que impõe a necessidade urgente de implementar medidas para proteger áreas intactas, restaurar as áreas degradadas com o envolvimento de actores múltiplos e propor alternativas financeiras para assegurar a conservação da biodiversidade e meios de vida das comunidades locais.
Os contrabalanços de biodiversidade regulamentados pelo Diploma 55/2022 são uma potencial solução financeira para apoiar a conservação da biodiversidade em Moçambique incluindo como prioridade as áreas e áreas chave para a biodiversidade, como é o caso da Reserva Florestal de Licuáti.
Um plano de gestão para a região de Licuáti está em desenvolvimento, como forma de reverter a actual degradação desta rica região do país.
Leia o resultado destes estudos aqui:
Vencedor da segunda fase da campanha do uso do Cartão bio visita Parque Nacional de Maputo
A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em parceria com o Banco Comercial de Investimentos (BCI), ofereceu uma visita ao vencedor da segunda fase da campanha do uso do Cartão bio, ao Parque Nacional de Maputo (PNAM) no dia 29 de Julho de 2022.
Esta é a segunda visita oferecida no âmbito da campanha, cujo objectivo é oferecer aos usuários do Cartão bio, a oportunidade única de visitar uma Área de Conservação. Proveniente da província de Maputo, Dilson Muchanga, acompanhado da sua esposa e pela equipa da BIOFUND, BCI e PNAM tiveram o privilégio de desfrutar de um tradicional safari atravessando paisagens deslumbrantes com diversas espécies de fauna, com maior destaque para uma das espécies mais emblemáticas do Parque, o elefante.
Para além de contemplar a rica biodiversidade do Parque, no decurso da visita, os participantes tiveram a oportunidade de desfrutar de várias experiências sobre a gestão comunitária de recursos naturais, sobretudo envolvendo crianças e adolescentes, destacando as iniciativas da Escola Primária Completa de Salamanga, clubes ambientais de raparigas, plantio de árvores de fruta entre outros.
Dilson e a sua acompanhante referiram ‘’Estamos impressionados com a beleza e serenidade deste lugar, pelo prémio que tivemos e principalmente motivados para proteger cada vez mais o ambiente porque através deste cartão podemos contribuir para a conservação da biodiversidade.’’
Alexandra Jorge, Directora de Programas da BIOFUND, mostrou satisfação com o engajamento da Escola e dos alunos nas acções dos programas do PNAM e parabenizou a equipa do PNAM pelo trabalho fantástico que está a fazer, e que vai de certeza influenciar no uso sustentável dos recursos para nova geração que está a ser formada.
Para a equipa do BCI que visitava pela primeira vez o PNAM, este contacto com a natureza foi muito importante para aumentar a consciência sobre a conservação da biodiversidade daqui!
O cartão bio é o primeiro cartão biodegradável em Moçambique com mais de 25 000 usuários, criado em 2017, resultado de uma parceria entre o BCI e BIOFUND onde, no âmbito da sua responsabilidade social, o BCI canaliza para a BIOFUND uma percentagem da anuidade do uso do cartão para projectos de conservação da biodiversidade, ressaltando o apoio já canalizado para a protecção de rinocerontes, de Raphia australis (espécie rara em Bobole) e tartarugas marinhas na Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS).
BIOFUND Celebra o Dia do Fiscal com a premiação dos Fiscais do ano 2022 no Distrito de Magude
Decorreu no dia 31 de Julho, no distrito de Magude, na Província de Maputo, a cerimónia de Celebração do Dia Internacional do Fiscal, sobre o lema “ Promovendo a participação activa da mulher na fiscalização da biodiversidade”.
O evento organizado pela Administração Nacional das Áreas de conservação (ANAC), contou com cerca de 200 participantes, com destaque para Sua Excelência Ministra da Terra e Ambiente (MTA), Ivete Maibaze, Administrador do Distrito de Magude, Lázaro Mambamba, representantes da Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), representantes da WWF Moçambique, Sector Privado e representantes da Comunidade.
Durante o evento, foram premiados 15 fiscais do ano 2022, dos quais 10 da Agência Nacional Para o Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA) e 5 premiados através do Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira, também conhecido como Fundo de Apoio aos Fiscais, provenientes de 5 Áreas de Conservação públicas e privadas do país, nomeadamente: Chaibo Abdala Sualehe da Reserva Especial do Niassa, Odilão Florêncio Macamo da Reserva Nacional de Pomene, Hélder Tsaquice Felisberto do Parque Nacional de Chimanimani, Fernando Artur Manjor do Parque Nacional de Maputo e Feito Morais Bequi da Coutada Oficial No 9. Este evento teve como objectivo reconhecer, motivar e recompensar a bravura e dedicação dos fiscais das Áreas de Conservação públicas e privadas de Moçambique. A cerimónia de premiação foi dirigida por Sua Excelência Ministra do MTA.
A Ministra da Terra Ambiente felicitou todos os fiscais pelo papel que desempenham na conservação da biodiversidade e por garantirem resultados positivos na vida das comunidades que residem nas imediações das Áreas de Conservação. A mesma enfatizou que face às acções para conservação da biodiversidade, verifica-se uma redução ao crime de vida selvagem, em torno disso, consubstanciam os números crescentes de espécies de fauna bravia na ordem de 10 a 27% incluindo o crescimento de espécies emblemáticas e de referência como o caso do elefante que é um indicador de estado de conservação no país.
Na ocasião, os fiscais destacaram o papel da mulher fiscal na protecção da biodiversidade para que o mesmo sirva a todos e as próximas gerações. Os mesmos, afirmam estar cientes dos resultados positivos da sua actuação mas, reconhecem que ainda se verificam casos crescentes de actividades ilegais, com destaque para o abate e o comércio ilegal da madeira e mineração dos recursos naturais que contribui para a degradação do habitat.
Nesta cerimónia, foi também inaugurado o Centro Regional de Operações Conjuntas e Fiscalização de Capitine que vai contribuir para esforços entre o Governo, Sector privado no combate ao crime de vida selvagem.
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O projecto CBDC Promove Capacitação para realização do Inventário de Biodiversidade na Área de Conservação de Chimanimani
3 técnicos da Fundação Micaia e 15 estagiários do Instituto Agrário de Chimoio (IAC) inseridos no Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário na Área de Conservação de Chimanimani (CBDC), beneficiaram de uma capacitação sobre o levantamento de biodiversidade focado nas espécies de flora prioritárias para o desenvolvimento comunitário, de 08 a 15 de Julho de 2022.
A capacitação foi liderada pela Fundação Micaia, e tem como objectivo identificar e mapear áreas de espécies de flora existentes em Chimanimani que podem contribuir na implementação de actividades de geração de renda para garantir o desenvolvimento das comunidades que vivem nos arredores daquela Área de Conservação.
A capacitação vai permitir a criação de uma ferramenta fundamental para a realização do inventário de flora que servirá de apoio para que a Fundação Micaia saiba quais são as quantidades de espécies disponíveis, principalmente as espécies prioritárias escolhidas para testes experimentais, na zona tampão e no Parque para o avanço de novas cadeias de valor de produtos florestais não madeireiros.
Esta capacitação enquadra-se nas actividades da componente 3 do programa CBDC, implementada pela Fundação Micaia, que visa fortalecer e desenvolver cadeias de valor para o aumento do rendimento das comunidades locais, com base na criação de planos de gestão para o desenvolvimento de produtos provenientes dos recursos naturais. O projecto CBDC, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) junto ao Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM) e a Fauna and Flora International (FFI) tem como objectivo principal promover uma gestão ambiental mais sustentável no Parque Nacional de Chimanimani e sua Zona Tampão e conta com a implementação da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) em coordenação com Fauna and Flora International e a Fundação Micaia.
Congresso Pan-Africano (#APAC2022) no Rwanda, destaca a relevância das áreas protegidas em África
A BIOFUND participa esta semana no Congresso Internacional sobre Áreas Protegidas – APAC (www.apacongress.africa) que decorre em Kigali, Rwanda entre 18 e 23 de Julho. A cerimonia de abertura foi dirigida pelo Primeiro Ministro do Rwanda, Honorável Edouard Ngirente. Este é o primeiro Congresso Pan-Africano da história que congrega líderes de todo o mundo, da sociedade civil, do sector privado, da academia, doadores e comunidades locais de áreas protegidas em África.
O evento conta com mais de 2000 participantes de 52 países Africanos entre outros, que se juntaram no APAC para discutir desafios e definição de estratégias de acção para o futuro das áreas protegidas em África.
Este Congresso eleva a mensagem de esperança para fazermos mais por África. As discussões estão em torno do papel chave destas áreas na salvaguarda da vida selvagem icónica deste continente, na promoção do desenvolvimento sustentável e integrado, valorização do conhecimento local e da herança cultural africana e, ainda do fortalecimento da participação da mulher e dos jovens na agenda de conservação.
Este Congresso reitera a necessidade de mudança do actual modelo de negócios, para o estabelecimento de mecanismos de financiamento sustentável em toda África para assegurar o impacto da conservação da biodiversidade, dando enfoque para o papel dos Fundos Ambientais.
Na sua participação em 6 sessões paralelas, a equipa da BIOFUND divulgou o papel da Fundação na mobilização de financiamento sustentável para apoiar a conservação da biodiversidade em Moçambique, através dos seus vários programas, com destaque para novos mecanismos de financiamento inovador como a implementação dos contrabalanços de biodiversidade, o cartão BIO, parcerias com sector privado, entre outros.
Este Congresso tem apresentado uma excelente oportunidade de exposição do trabalho da Fundação, networking e estabelecimento de múltiplas parcerias e colaboração ao nível de África nas várias temáticas de grande relevo para a BIOFUND.
A Delegação de Moçambique conta com a participação de representantes do Ministério da Terra e Ambiente (MTA), com destaque para a ANAC e a sua Directora National – Celmira da Silva, representantes das área de conservação, o FNDS, e várias ONGs em Moçambique como o WWF Moçambique, WCS, PPF, IUCN Moçambique, REGECOM e a Rare, com quem tem havido partilha de informação e discussões sobre as várias temáticas abordadas, que requerem acções integradas e colaboração institucional.
Participam também neste Congresso, 8 representantes do CAFÉ – Consórcio de Fundos Ambientais Africanos (https://cafeconsortium.org/), na qual a BIOFUND é membro, e também estão a participar neste evento em várias sessões, e a interagir entre si. Destacar também neste Congresso, o lançamento formal pelo ex primeiro ministro da Etiopia Hailemariam Desalegn, de um novo Fundo Ambiental Pan-Africano denominado APACT (a Pan-African Conservation Trust – for nature, for people), com o principal objectivo de angariar e canalizar importantes recursos financeiros para apoiar a conservação da biodiversidade em muitas das áreas protegidas africanas.