BIOFUND e parceiros visitam Parque Nacional de Chimanimani no âmbito Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário (CBDC)

Entre os dias 20 e 25 de Novembro de 2021, representantes da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), do Banco Mundial, FNDS/MozBio 2, Fauna e Flora International (FFI), da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), da Fundação MICAIA, PIU Chimanimani, da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e do Parque Nacional de Chimanimani (PNC), realizaram a segunda missão conjunta de supervisão do Projecto CBDC no Parque Nacional de Chimanimani e zona tampão.

A missão tinha como principal objectivo  fazer o acompanhamento  das actividades implementadas pelo parque e pela Fundação MICAIA no âmbito do projecto e alinhamento do trabalho que está a ser desenvolvido na mesma região, por outros parceiros, de modo a garantir desenvolvimento de sinergias.

O PNC já está a realizar inventários de biodiversidade, protecção e monitoria dos elefantes e  desenvolvimento de um mecanismo de gestão da informação pela ANAC, como parte da componente 1 do projecto que visa garantir o conhecimento, protecção e valorização do património natural e cultural.

A Fundação MICAIA já está também a desenvolver actividades de demarcação de terras comunitárias, desenvolvimento de Planos de Gestão Sustentável da Terra (PGSTs) e revitalização das Áreas de Conservação Comunitárias através do reforço do sector de produção do mel na região de Chimanimani e a criação de planos de gestão para o desenvolvimento de cadeias de produtos de biodiversidade (no âmbito das componentes 2 e 3, referentes ao ordenamento do território e desenvolvimento local e reforço e desenvolvimento de cadeias de valor).

O projecto CBDC, foi lançado em 2020, com vista a contribuir para a conservação da biodiversidade e assegurar o desenvolvimento sustentável das comunidades no Parque Nacional de Chimanimani.

PLCM apresenta oportunidades de capacitação a jovens na província da Zambézia e Sofala

O Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM) realizou de  11  a 18 de Novembro do ano corrente, sessões de apresentação de oportunidades de estágios pré-profissionais, subvenções de pesquisas e bolsas de estudo para o ano de 2022.

As sessões tiveram lugar nas Universidade Católica de Moçambique, UniLicungo, UniZambeze e Universidade Politécnica e Universidade Eduardo Mondlane, nas cidades de Quelimane e da Beira, na província da Zambézia e Sofala respectivamente.

Os encontros contaram com a participação de um total de 350 pessoas entre estudantes e corpo directivo das Universidades.

O reitor da Universidade UniLicungo, Prof. Doutor Boaventura Aleixo, fez saber que a conservação da biodiversidade, consta na matriz das prioridades da Universidade e reconheceu que o PLCM vai permitir a busca de soluções cientificas para a proteção dos recursos naturais  através dos jovens estudantes quer seja, por estágios profissionais ou bolsas de estudo.

Por outro lado, o Director da Faculdade de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade Católica de Moçambique em Quelimane, Prof. Doutor Lino Samuel, desafiou o corpo de docentes e estudantes a se dedicarem a uma formação de qualidade de modo que possam beneficiar-se das oportunidades oferecidas pelo PLCM.

Para os jovens estudantes, estas oportunidades do PLCM chegam numa boa altura pois como finalistas têm necessidade de dar seguimento a todo o aprendizado adquirido na sala de aulas.

Estou muito feliz por saber que existe um horizonte muito grande de profissões para o sector de conservação. Eu sou recém formado em Direito e vou aplicar para estas oportunidades disponíveis” – Disse Mário Nduna, estudante da Universidade Católica.

Estou muito empolgada em saber que as oportunidades do PLCM são uma vantagem para nós  jovens, que queremos desenvolver as nossas carreiras profissionais, com a possibilidade de demonstrar o nosso talento’’ – Frisou Elisabete Madeira, estudante da UniLicungo

O PLCM é uma iniciativa única, que visa reforçar não só a capacidade e habilidades dos profissionais do Sistema Nacional das Áreas de Conservação (SNAC), bem como motivar novos profissionais para abraçar a conservação e moldar o perfil dos futuros líderes de conservação em Moçambique, implementada pela Fundação para a Conservação de Moçambique (BIOFUND).

Para mais informações sobre o PLCM acesse o link

Grupo de Acompanhamento das Iniciativas de Conservação da Biodiversidade na Reserva Florestal de Licuáti e Área Envolvente em Matutuíne avalia estágio de implementação de actividades

Trata-se da terceira reunião do Grupo de Acompanhamento das Iniciativas de Conservação da Biodiversidade na Reserva Florestal de Licuáti e Área Envolvente cujo objectivo era ter uma visão comum para a gestão sustentável da biodiversidade e desenvolvimento comunitário em Matutuíne, bem como a coordenação e acompanhamento de projectos pilotos de melhoria de habitats da Reserva Florestal de Licuáti (RFL) e da Reserva Especial de Maputo (REM).

A reunião decorreu na Cidade de Maputo ( de forma híbrida) no dia 11 de Novembro de 2021 e foi promovida pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) em coordenação com a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Wildlife Conservation Society (WCS), Direcção Nacional de Florestas (DINAF) e Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC).

Este grupo multidisciplinar, composto por representantes de várias instituições do governo, sector privado, organizações não governamentais, comunitárias e académicos envolvidos na conservação da biodiversidade e desenvolvimento comunitário na Paisagem da Costa dos Elefantes foi estabelecido em Maio de 2021 e reúne-se numa base trimestral, sendo que o último encontro contou com 39 participantes.

Durante o encontro, foi avaliado o estágio dos Estudos para avaliação da situação de espécies de plantas invasoras na REM e cadeia de valor de carvão vegetal em Djabula na região de Licuáti, que decorrem como parte dos projectos piloto de melhoria de habitats. Além disso foram criadas ilações sobre o inicio do Estudo de caracterização ecológica e socioeconómica da Reserva Florestal de Licuáti como forma de criar dados de base para futuras intervenções de melhoria de habitats nesta paisagem.

A Reserva Florestal de Licuáti e a Reserva Especial de Maputo foram  recentemente declaradas como Key Biodiversity Areas (KBAs) ou Áreas de Biodiversidade Importante a nível global e encontram-se inseridas na Paisagem da Costa dos Elefantes em Matutuíne, área prioritária para BIOFUND.

Para mais informações acesse o link  biofund.org.mz

PROMOVE Biodiversidade Inicia Actividades de Gestão Sustentável dos Recursos Naturais na Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas – APAIPS

Foi assinado no dia 26 de Novembro de 2021 um acordo de parceria de implementação entre o Centro Terra Viva (CTV), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Administração Nacional das Área de Conservação (ANAC), representada pela Ministra da Terra e Ambiente no âmbito do Programa PROMOVE Biodiversidade, para apoiar a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS).

Trata-se de um programa financiado pela União Europeia e implementado pela BIOFUND em parceria com a ANAC, que visa garantir a gestão sustentável dos recursos naturais na APAIPS até 2025, através do desembolso do valor de 3.060.000,00 Milhões de Euros (três milhões e sessenta mil euros).

Com esta intervenção, pretende-se implementar pela primeira vez iniciativas sustentáveis e estratégias para melhorar a capacidade de gestão e administração na APAIPS, especificamente: (a) melhorar a protecção e preservação dos componentes biológicos mais críticos da APAIPS; (b) criar e operacionalizar a infraestrutura e recursos necessários para garantir o pleno funcionamento desta área de conservação; e (c) garantir a apropriação de todas as partes interessadas, incluindo as comunidades locais, governo em todos os níveis em relação aos objetivos e função do APAIPS até à conclusão do projecto. Este apoio vai permitir que pela primeira vez se estabeleçam procedimentos, estrutura de recursos humanos e infraestruturas para o funcionamento em pleno desta importante área de conservação, criada em 2012. Este apoio vem complementar substancialmente o apoio básico a custos operacionais que a BIOFUND já providencia anualmente com fundos provenientes do seu endowment (originário da contribuição da Conservation International  em 2015, para apoio especifico à APAIPS, a longo prazo).

As actividades no terreno serão implementadas pelo consórcio liderado pelo CTV onde fazem parte duas instituições, nomeadamente a TerraNautics (uma empresa de consultoria com experiência na concepção, gestão e monitoramento de projectos de conservação, conservação marinha e terrestre, desenvolvimento de aplicações tecnológicas para gestão de áreas protegidas e crimes contra a vida selvagem), e a Conserve Global (empresa que tem como objectivo proteger áreas protegidas fora dos Parques Nacionais, garantindo o uso sustentável de recursos naturais para a subsistência das comunidades). Este consórcio foi identificado através de um concurso publico, e vai iniciar actividades no terreno ainda este ano, em estreita colaboração com a administração da APAIPS, assim como com outras organizações operacionais no terreno, como a WWF  e outras.

O Programa PROMOVE Biodiversidade apoia também a implementação de actividades de desenvolvimento comunitário, conservação da biodiversidade, e disseminação de pesquisas aplicadas e estudos participativos ligados a gestão de recursos naturais no Monte Mabu e no Parque Nacional do Gilé.

Este programa está inserido num Programa integrado de Desenvolvimento Rural da União Europeia “PROMOVE Global” mais amplo, composto por 6 (seis) programas específicos, nomeadamente o PROMOVE Agribiz, PROMOVE Biodiversidade, PROMOVE Nutrição, PROMOVE Energia, PROMOVE Comércio e PROMOVE Transporte, todos com foco nas Províncias da Zambézia e Nampula, e implementados por diferentes organizações.

BIOFUND destaca o seu papel na conservação da biodiversidade marinha e costeira em Moçambique, durante a 2ª Edição da Conferência Internacional Crescendo Azul

Na segunda edição da Conferência Internacional Crescendo Azul, que decorreu em Vilankulo na província de Inhambane de  18 a 19 de Novembro de 2021, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, exaltou a importância da conservação da biodiversidade marinha e costeira, bem como o papel das áreas de conservação em Moçambique na protecção da biodiversidade e serviços ecossistémicos.

Intervindo da sessão plenária sobre a Inovação e Oceano, Alexandra Jorge, Directora de Programas da BIOFUND, destacou que as Áreas de Conservação marinhas e costeiras são de grande importância para a  manutenção do equilíbrio dos ecossistemas, conservação de inúmeras espécies de fauna e flora, promoção do turismo e desenvolvimento económico das comunidades que vivem nos seus arredores.

Alexandra Jorge, ressaltou que a BIOFUND apoia, desde 2017, todas as 7 Áreas de Conservação de biodiversidade costeira e marinha do país, nomeadamente a Reserva Especial de Maputo (REM), Reserva Marinha Parcial da Ponta de Ouro (RMPPO), Reserva Nacional de Pomene (RNP), Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB), Santuário Bravio de Vilanculos no Cabo São Sebastião (SBV),  Área de Proteção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS) e o Parque Nacional das Quirimbas (PNQ).

Durante a sessão, a representante da BIOFUND salientou o papel e mais valia da Fundação para a  conservação da biodiversidade em Moçambique, referindo o apoio directo e sustentável de longo prazo às Áreas de Conservação públicas e privadas do país,  a promoção de novos lideres na conservação e ainda ponto de ligação e angariação de novas oportunidades de financiamentos inovadores, destacando recentes oportunidades do Rain Forest Trust para apoio a novas áreas protegidas e do Global Funds for Coral Reef. A BIOFUND foi recentemente selecionada para ser o intermediário deste GFCR para Moçambique, abrindo novas oportunidades para a proteção e preservação e investimento em recifes de corais no país e novas sinergias multissectoriais.

Ainda no evento a BIOFUND liderou a organização do side-event sobre os mangais e sustentabilidade marinha em colaboração com o Instituto de Investigacao Pesqueira (IIP) e a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Este evento híbrido reuniu cerca de 60 participantes e várias iniciativas nacionais e internacionais sobre a conservação dos mangais foram apresentadas e discutidas, com destaque para as Métricas para avaliação da condição dos mangais promovidas numa parceria entre a BIOFUND, UEM e a WCS.

Neste evento de grande alcance nacional e internacional, a BIOFUND marcou também a sua presença com uma exposição de biodiversidade marinha e costeira guiada pelos estagiários do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), que de forma interativa ilustraram ao público os principais habitats e espécies marinhas existentes nas Áreas de Conservação marinhas e costeiras de Moçambique, assim como deram a conhecer sobre os diferentes programas implementados pela BIOFUND. A exposição contou com cerca  de 600 visitantes, destacando o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, seu homólogo o Presidente da República do Quénia, Uhuru Kenyatta e diversas delegações estrangeiras, a Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Augusta Maíta e outras individualidades nacionais.

Acompanhe  aqui os diferentes momentos desta conferência organizada pelo Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas.

1º vencedor da campanha do Cartão bio visita Reserva Especial de Maputo

Na campanha de incentivo do cartão bio, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em parceria com o Banco Comercial de Investimentos (BCI), ofereceu uma visita guiada à Reserva Especial de Maputo ao cliente que mais transações fez com o cartão bio.

Trata-se da primeira visita oferecida no âmbito da campanha, cujo objectivo é proporcionar aos usuários do cartão bio, uma experiência única com a natureza. Proveniente da província de Nampula, o casal vencedor, que nunca tinha tido a oportunidade de ver tanta variedade de animais, considerou a experiência muito boa.

“Estamos muitos felizes por cá estar, pelo prémio que tivemos e principalmente porque através de um cartão estamos a contribuir para a conservação da biodiversidade.  Vimos animais que nós só víamos na televisão como o elefante e estarmos a uns 15/10 metros dele é maravilhoso”- Acrescentou António Lopes.

O cartão bio é o primeiro cartão biodegradável em Moçambique, criado em 2017, resultado de uma parceria entre o BCI e BIOFUND, onde, no âmbito da sua responsabilidade social, o BCI canaliza para a BIOFUND uma percentagem (0,04%) de todos os valores transacionados com o cartão, sem custos adicionais para os seus utilizadores, assim como também uma parte da anuidade do cartão.

O cartão bio conta já com mais de 23 850 usuários e, graças aos fundos gerados por este cartão DAQUI, a BIOFUND já conseguiu apoiar a protecção de rinocerontes no Sábiè Game Park e a protecção e conservação de uma espécie muito rara de palmeira gigante, designada Raphia australis, localizada na Reserva Botânica Bobole, em risco de extinção.

Mangais e Sustentabilidade Marinha Levado a Debate na 2ª Edição da Conferência Internacional Crescendo Azul

O Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas junto com seus parceiros, realiza a segunda edição da Conferência Internacional Crescendo Azul, que terá lugar de 18 e 19 do mês de Novembro, na Província de Inhambane, distrito de Vilankulo sob o lema “Investir na saúde do oceano é investir no futuro do planeta”.

O evento vai contar com cerca de 1000 participantes num formato híbrido, sendo de 400 presenciais e outros de forma virtual, entre pesquisadores nacionais e estrangeiros, investidores e políticos para, mais uma vez, partilhar conhecimento e concertação no contexto dos objectivos do desenvolvimento sustentável da economia azul.

Os Mangais e Sustentabilidade Marinha é um dos temas levados a debate durante a segunda edição da Conferência Crescendo Azul. Com vista a partilha de informação e pesquisas realizadas por especialistas Nacionais e internacionais, o tema será debatido num evento paralelo híbrido, a ser realizado pelo Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (IIP) em parceria com IUCN e a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), das 8:30 às 11:00 horas, do dia 19 de Novembro, no Hotel Nhafudo em Vilankulo.

Nesta Conferência, a BIOFUND vai igualmente deixar a sua marca de exposição da biodiversidade marinha e costeira através da participação na Exposição Feira Crescendo Azul, na vertente ciência, tecnologia e inovação que vai decorrer durante os dois dias do evento, envolvendo experiências de alguns dos estagiários do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM) em áreas marinhas, assim como uma apresentação sobre o papel de fundos ambientais na agenda dos oceanos e economia azul. Acompanhe os grandes momentos desta Conferência participando virtualmente através do link.

Mais de 400 pessoas sensibilizadas pelas Acções de Educação Ambiental da BIOFUND na Feira do Livro e Biodiversidade de Inhaca

A Inhaca foi palco da Feira do Livro de Kanyaka uma iniciativa promovida pelo Conselho Municipal de Maputo e seus parceiros, como a Escola Portuguesa de Maputo, AMOCINE,  BIOFUND, ANAC, AMOLP, IMPACTO e a Estação de Biologia Marítima de Inhaca, que foi realizada entre os dias 6 e 8 de Novembro de 2021, sob o tema “A história do futuro se escreve na Ilha” visando promover a relação entre a literatura e a educação ambiental.

A assinalar o inicio da feira, o Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneas Comiche, inaugurou a biblioteca municipal da Inhaca na Escola Primaria Completa Inhaca Noge, frisando a importância da feira e da biblioteca para os munícipes de Inhaca. “Sinto-me honrado por semear a 1ª edição da Feira do Livro e Biodiversidade de Inhaca, os livros sustentam os conhecimentos científicos adquiridos na escola e a escolha do tema Literatura e Biodiversidade chama atenção às áreas mais atrativas da Ilha de Inhaca que temos de protege-las”. Frisou Eneas Comiche. Na ocasião, participaram do evento os escritores Ungulani Ba Ka Khosa, Teresa Noronha, Álvaro Fausto Taruma (originário da Inhaca), Aciena Manave, Juvenal Bucuane, Silvia Macie e Dionisío Manhiça.

O cruzamento entre a literatura e a conservação da biodiversidade é uma oportunidade ímpar para  chamar a consciência da sociedade sobre a importância da conservação da biodiversidade. A BIOFUND participou no evento e consciencializou mais de 400 pessoas com principal enfoque para crianças entre os 6 – 15 anos de idade através de várias actividades de educação ambiental como a Exposição de Biodiversidade e uma Palestra e peça teatral sobre a importância da conservação do mangal improvisada com alunos dos 9 – 12 anos, que vai ficar na memória dos munícipes da Inhaca. A BIOFUND doou ainda nesta ocasião, 10 painéis informativos sobre espécies e habitats marinhos, para uso da Estação de Biologia Marítima de Inhaca nas actividades de educação ambiental.

Ainda nesta visita foram exploradas sinergias com o Conselho Municipal de Maputo e também com a Estacão de Biologia Marítima de Inhaca,  para dar continuidade do programa de educação ambiental, incluindo a produção de conteúdos, disponibilização de materiais, partilha de informação e formação de jovens e crianças da Ilha da Inhaca, parte integrante da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, beneficiário da BIOFUND.

A BIOFUND tem realizado desde 2015 acções de divulgação sobre a importância e relevância da nossa biodiversidade através de uma exposição anual de biodiversidade em várias províncias, envolvendo principalmente um público jovem e escolas locais maioritariamente ao nível provincial, através de diversos materiais audiovisuais. O evento da Feira do Livro e Biodiversidade de Inhaca veio reforçar acções de educação ambiental da BIOFUND, atingindo um público mais remoto a nível distrital, motivando também os professores para as temáticas ambientais, trazendo ainda informação sobre as principais ameaças e sobretudo como preservar a nossa biodiversidade.

BIOFUND Participa na 1ª Edição do Fórum Juvenil de Quelimane na província da Zambézia

Sob o lema “Nutrir o Futuro: empreender e inovar para uma produção sustentável” realizou-se em Quelimane a 1ª edição do Fórum Juvenil de Quelimane, um evento organizado pela Embaixada da França em Moçambique e a Universidade Licungo com financiamento da União Europeia, com a participação da Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND e outros parceiros.

Este fórum, trata-se de uma iniciativa de criação de oportunidades de negócio, onde 50 Jovens da província da Zambézia apresentaram os seus projectos de geração de renda nas áreas de agricultura, aquacultura, pecuária e processamento de alimentos. Na ocasião, foram selecionados os cinco (5) melhores projectos inovadores, dos quais os 3 vencedores irão beneficiar de apoio técnico e financeiro a ser providenciado pela Embaixada da França durante (1 ano para a implementação dos seus projectos de forma sustentável, potenciando novos empregos e espírito de empreendedorismo. A BIOFUND participou como membro da equipa do Júri de avaliação das propostas de projectos e contribuiu para a selecção dos 5 candidatos vencedores, incluindo 2 raparigas.

O Fórum contou com uma sessão de abertura dirigida pela Sua Excelência Secretária de Estado da Província da Zambézia, Embaixador da União Europeia em Moçambique, o Conselheiro de Cooperação e Cultura da Embaixada da França em Moçambique, o Magnífico Reitor da Universidade Licungo e o Edil da Cidade de Quelimane. Nos seus discursos, as individualidades destacaram a relevância da juventude no processo de desenvolvimento do país e com palavras encorajadores, convidaram todos jovens com enfoque para as raparigas para aproveitar esta experiência de aprendizagem e transformação para um futuro melhor.

Durante os 3 dias do Fórum, os participantes foram agraciados por workshops intensivos nas temáticas de criação de planos de negócios, facilitado pelo representante da GAPI, elaboração de estudos comerciais facilitado pelo representante da AQUAPESCA, técnicas de negociação facilitado pelo Banco Societé Generale Moçambique e Avaliação dos Impactos sócio-ambientais no desenvolvimento de projectos com facilitação da BIOFUND.

Ainda ao longo dos 3 dias de formação a BIOFUND representada pela equipa técnica do Projecto PROMOVE Biodiversidade e pelo Programa de Contrabalanços de Biodiversidade liderou várias sessões sobre a relevância da biodiversidade na promoção do desenvolvimento económico do país e divulgou as várias oportunidades de formação dos seus programas, com enfoque para o Programa de Liderança para a Conservação da Biodiversidade (PLCM) e o PROMOVE biodiversidade, relevantes para os jovens e a província da Zambézia.

A participação da BIOFUND nesta iniciativa reitera a nossa missão de promover a conservação da biodiversidade em Moçambique através da divulgação da aplicação da hierarquia de mitigação no desenvolvimento de projectos, partilha de oportunidades de formação e treino para a juventude de Moçambique e criação de novas parcerias a nível nacional.

Programa PROMOVE Biodiversidade com a parceria da FFS-IGF fortalecem o Desenvolvimento Comunitário no Parque Nacional do Gilé

Para o efeito, seis Conselhos Comunitários de Saúde do Parque Nacional do Gilé, receberam no mês de Outubro, material de apoio para melhorar as suas actividades junto das comunidades locais.

Da lista de materiais constam 18 Bicicletas, telemóveis, Kits completos para grupos de nutrição, fichas de monitoria e sacolas escolares. Na ocasião foi igualmente entregue material de sensibilização contra queimadas descontroladas, que espera-se que possa contribuir para uma mudança de comportamento das comunidades locais.

A entrega do material foi feita pelo Administrador do Parque Nacional do Gilé, na presença do Director do Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social e Secretário Permanente do Distrito de Pebane, nas comunidades de Musseia (Distrito de Pebane), Namahipe, Sacane, Luanula, Naheche e Malema Centro (Distrito do Gilé).

Durante a sua intervenção, o Secretário Permanente do Distrito de Pebane enalteceu o apoio e o empenho do Parque Nacional do Gilé tendo chamado atenção às comunidades para um bom uso do material, uma vez que o objectivo do Governo é de ver comunidades com maior acesso a informação para melhor se prevenirem.

Esta iniciativa enquadra-se no âmbito da parceria entre o parque e os Serviços Distritais de Saúde de Pebane e Gilé para implementação do Programa de Saúde Comunitária no Parque Nacional do Gilé, que tem como objectivo principal fortalecer, capacitar e equipar os Comités Comunitários de Saúde para garantir que as comunidades tenham acesso a informação básica sobre direitos reprodutivos, nutrição, Saúde Materno Infantil, Violência baseada no género e COVID-19 e outras temáticas relevantes no contexto local.

O programa Saúde Comunitária do Parque Nacional do Gilé conta com 4000 beneficiários que vão continuar a receber apoio nos próximos anos, no âmbito do Programa PROMOVE Biodiversidade, financiado pela União Europeia e implementado pela BIOFUND, cujo um dos objectivos é financiar a conservação da biodiversidade e desenvolvimento comunitário no Parque Naciona do Gilé, Monte Mabu e Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS).

BIOFUND e ANAC capacitam intervenientes chave no Monte Mabu sobre a Ferramenta de Rastreio da Efectividade de Gestão Aplicada para as Áreas de Conservação

Trata-se da primeira capacitação realizada pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), no âmbito da implementação do Projecto PROMOVE Biodiversidade, que visa apoiar a Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário no Monte Mabu.

A capacitação decorreu nos dias 12 e 13 de Outubro de 2021, na cidade de Mocuba, província da Zambézia, tendo contado com a participacipação de 20 formandos com destaque para o Director do Serviço Distrital das Actividades Económicas de Lugela, Director do Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas de Lugela, a Chefe do posto administrativo de Tacuane, a Chefe do posto administrativo de Muabanama, o Chefe da localidade de Mabu, Chefe da localidade de Mpemula,  líderes de cinco comunidades locais e representante do sector privado local.

O treinamento visava estabelecer uma linha de base da Efectividade de Gestão para o Monte Mabu, usando a ferramenta METT (Protected Area Management Effectiveness Tracking Tool), passando pela identificação e engajamento das áreas-chave afectadas e interessadas no Monte Mabu e sua gestão, treinamento em utilização da ferramenta METT e um  exercício prático para a avaliação da ferramenta para o Monte Mabu através de um processo participativo, envolvendo todos os intervenientes chaves da área.

A ferramenta MEET consiste numa abordagem simples, através de um questionário que inclui pontuações e uma ficha de avaliação do grau de risco das ameaças às Área de Conservação, no sentido de providenciar mecanismos para monitoria e reporte da efectividade de gestão ao longo do tempo, permitindo assim, que a Administração da Área de Conservação, doadores e parceiros identifiquem necessidades, limitações e acções prioritárias para a Gestão da Área de Conservação.   Esta ferramenta foi desenvolvida pela primeira vez pela Aliança Banco Mundial e WWF, criada em 1998 para Conservação e Uso Sustentável de Florestas.

O Monte Mabu é uma área rica em diversidade biológica que é uma das 3 beneficiárias do PROMOVE Biodiversidade, localizado no distrito de Lugela, província da Zambézia, que está ser implementado pelo Consórcio WWF, R-GCRN e RADEZA e financiado pela BIOFUND  através de fundos da União Europeia.

Visite o página web da BIOFUND e fique a par das actividades desenvolvidas no âmbito do Programa PROMOVE Biodiversidade nas províncias de Zambézia e Nampula.

Espécies invasoras de flora em estudo na Reserva Especial de Maputo

Trata-se de um estudo  que está a ser desenvolvido pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) no âmbito do Programa de Contrabalanços de Biodiversidade, implementado com o apoio financeiro do Banco Mundial/Projecto MozBio2 e UNDP/BIOSFAC e em parceria com a Wildlife Conservation Society (WCS), a Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) e a Direcção Nacional de Florestas (DINAF).

O estudo visa fornecer informções sobre a densidade de plantas invasoras, áreas ocupadas pelas plantas invasoras, áreas prioritárias para restauração dentro da Reserva Especial de Maputo (REM) e desenvolvimento de um plano de restauração e reabilitação de habitats para a reserva.

Para o efeito, uma equipa técnica realizou entre os dias 5 e 14 de Setembro do corrente ano um levantamento de campo sobre plantas invasoras na REM, onde foram identificadas 16 espécies invasoras. As espécies invasoras com maior frequência na REM incluem, Lantana camara, Psidium guavana, Chromalaena odorata e Eucalyptus sp, sendo que esta última cobre actualmente uma área estimada em 800 hectares dentro da REM.

Espécies invansoras são plantas exóticas que se proliferam sem controlo, representando uma ameaça para espécies nativas e para o equilíbrio dos ecossistemas, podendo representar risco até para as pessoas.

O estudo está a ser implementado pela Colterra Environmental Consultants, uma empresa de consultoria contratada pela BIOFUND, no âmbito do projecto piloto de melhoria de habitats para REM. Além da Reserva Especial de Maputo, a Reserva Florestal de Licuáti (RFL) é também uma das áreas abrangidas por estes projectos que visam testar a viabilidade técnica e financeira dos contrabalanços de biodiversidade em Áreas de Conservação e Reservas Florestais em Moçambique.

Para mais informações sobre esta e outras actividades levadas a cabo pelo programa Contrabalanços de Biodiversidade clique aqui

União Europeia disponibiliza 750 mil Euros para reforço do BIO-Fundo de Emergência

A União Europeia  assinou recentemente um acordo de financiamento com a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) para o reforço do BIO-Fundo de Emergência, de modo a aumentar a cobertura do fundo que visa preservar os postos de trabalho dos fiscais e pessoal fundamental para apoio à fiscalização nas Áreas de Conservação, para mitigar os efeitos causados pela pandemia do COVID-19.

Este financiamento contribui em  cerca de 750 mil Euros (aproximadamente 14 Milhões de Meticais) que serão canalizados para as Áreas de Conservação sob gestão pública e privada, incluindo áreas de gestão comunitárias. Com este apoio, será possível cobrir o pagamento integral de salários dos fiscais, pessoal de apoio essencial nas Áreas de Conservação bem como o pagamento de custos directamente ligados às actividades de fiscalização e patrulhamento, que eram anteriormente cobertos pelas receitas provenientes do turismo. Este apoio inclui também material de prevenção contra o COVID-19.

Com o BIO-Fundo de Emergência, mais de mil fiscais continuam nos seus postos de trabalho e  actualmente 26  Áreas de  Conservação ( ACs) são beneficiárias deste fundo, das quais 13 ACs sob gestão privada, 11 sob gestão pública e 2 ACs Comunitárias, que beneficiam mais de 600 famílias. São mais de 13 139 211 hectares de biodiversidade protegida desde a criação do fundo que representam, o equivalente a 63% da área total protegida no território nacional.  Espera-se que com este reforço no capital do BIO-Fundo de Emergência, até Dezembro de 2021 sejam assegurados os salários de mais de 600 fiscais incluindo pessoal de apoio essencial nas ACs, o que vai permitir que sejam realizadas acima de 20 mil patrulhas..

Este fundo de emergência foi lançado em Junho de 2020, inicialmente concebido para um período de 1 (ano). Contudo, devido à evolução da pandemia do COVID-19 no país, que continua a assolar negativamente o sector do turismo, o Conselho de Administração da BIOFUND aprovou a extensão por mais 6 meses o prazo de cobertura do fundo até Dezembro de 2021, que é possível de concretizar graças a este reforço orçamental. A BIOFUND é também gestora do projecto PROMOVE Biodiversidade, financiado pela União Europeia desde 2019, que apoia substancialmente a conservação de biodiversidade no Parque Nacional do Gilé, na Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas e no Monte Mabu.

A conservação da biodiversidade de Moçambique está de luto pelo trágico assassinato da bióloga marinha Lara Muaves

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) recebeu com grande tristeza a notícia da trágica morte da bióloga marinha e conservacionista Lara Cristina Muaves, colaboradora sénior do Fundo Mundial para a Natureza em Moçambique (WWF), ocorrido em Maputo, no dia 14 de Outubro de 2021.

Em vida, Lara fez um trabalho notável pela conservação da biodiversidade marinha e a BIOFUND teve oportunidade de com ela trabalhar em 2020 no pré-lançamento do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM), num evento online com mais de 400 jovens – webinar  com o tema “Oportunidades e desafios para os jovens na liderança do sector da Conservação”.

Neste webinar Lara partilhou a sua deliberada paixão pela conservação da biodiversidade, partilhou a sua experiência de vida e inspirou vários jovens Moçambicanos para escolher esta área como carreira profissional.

Ser conservacionista é superar as suas expectativas todos dias, é ser perseverante e humilde”.  – disse Lara  Muaves.

A BIOFUND endereça os seus pêsames a família, amigos e ao WWF por esta perda irreparável.

 

BIOFUND, WCS e DINAB promovem Treinamento Intensivo sobre aplicação da Hierarquia de Mitigação em Moçambique para técnicos do Governo

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) em parceria com a Wildlife Conservation Society (WCS) através do Projecto COMBO+ e o Ministério da Terra e Ambiente (MTA) representado pela Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) com o apoio financeiro do Banco Mundial/Projecto MozBio2 e UNDP/BIOSFAC, realizou entre os dias 12 e 13 de Outubro de 2021 o primeiro módulo do programa de treino intensivo a vinte cinco técnicos de vários sectores do MTA sobre a aplicação hierarquia de mitigação em Moçambique .

O módulo ministrado por especialistas de avaliação de impacto ambiental da empresa IMPACTO foi focado nos Fundamentos básicos para a aplicação da Hierarquia de Mitigação, incluindo os Contrabalanços de Biodiversidade em Moçambique e incluiu a revisão sobre o quadro legal de avaliação de impacto ambiental, princípios chave para planeamento e avaliação da biodiversidade em estudos de impacto ambiental e breve introdução ao conceito da hierarquia de mitigação.

Durante o treinamento, os formandos e formadores tiveram um diálogo aberto sobre os vários temas apresentados, bem como as medidas práticas para implementação da hierarquia de mitigação  usando como exemplo os vários projectos de desenvolvimento em curso no país.

Este programa de treino intensivo para os técnicos da Repartição de Contrabalanços de Biodiversidade da DINAB e outros sectores do MTA sobre a implementação da hierarquia de mitigação e contrabalanços de biodiversidade, é composto por 6 módulos e será ministrado até Março de 2022.

A BIOFUND e a WCS têm realizado treinamentos a técnicos do Governo, sociedade civil, sector privado e academia deste 2016 e conta com mais de 1000 técnicos treinados em matérias de implementação de hierarquia de mitigação e contrabalanços de biodiversidade a nível nacional.

Para mais informações sobre o Programa de Contrabalanços de Biodiversidade clique aqui

BIOFUND eleita membro do Comité Executivo do Consórcio de Fundos Ambientais Africanos

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), tornou-se membro do Comité Executivo do Consórcio de Fundos Ambientais Africanos (CAFÉ), através do seu Director Executivo, Luis Bernardo Honwana. Foram também eleitos para este comité, os directores executivos dos fundos ambientais Fondation Tri-National Sangha, Fondation Parcs et Reserves de Cote D´Ivoire e Okapi Fund for Nature Conservation in DRC. Já faziam parte do Comité Executivo os fundos ambientais Community Conservation Fund of Namibia, Uganda Biodiversity Fund e Fondation des Savanes Ouest Africaines.

A decisão foi deliberada através de uma votação de 14 fundos ambientais membros do CAFÉ, presentes durante a 11ª Assembleia Geral, que decorreu de 06 a 08 de Outubro de 2021, na Cidade de Maputo de forma presencial e virtual.

O Comité Executivo do CAFÉ é responsável pela tomada de decisões para o acesso ao financiamento sustentável do sector em África, e é composto por 7 membros. Através da integração da BIOFUND neste comité, Moçambique torna-se pela primeira vez, um interveniente importante na criação de políticas de financiamento sustentável para a conservação da biodiversidade em África, facto que vem a ser uma mais-valia para o desenvolvimento sustentável dos países membros do CAFÉ.

Durante esta sessão foi também aceite como membro do CAFE, o Fundo Ambiental do Quênia NETFUND, elevando para 19, os Fundos Ambientais Africanos membros desta rede de colaboração continental.

Durante a sua intervenção a quando da eleição, o Director Executivo da BIOFUND, Luís Bernardo Honwana, manifestou a sua satisfação em fazer parte do órgão que zela pelo melhor funcionamento dos fundos que contribuem na adopção de políticas e mecanismos financeiros inovadores para a promoção da conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável em África. – “Somos os principais interlocutores no desenvolvimento económico e na conservação da biodiversidade, cada um de nós deve tomar uma posição para garantir o alcance dos resultados pretendidos em África”.

A 11º Assembleia Geral do CAFÉ serviu igualmente para discutir sobre o processo da presidência transitória do órgão para o próximo ano de 2022, a fim de reforçar a governação e liderança do CAFÉ bem como a partilha de relatórios e plano de actividades de cada Fundo Ambiental Africano membro.

Para mais informações sobre o CAFÉ  e suas actividades acesse https://www.cafeconsortium.org/

Trinta e dois países participam da 11ª Assembleia Geral do Consórcio de Fundos Africanos para o Meio Ambiente

Moçambique acolheu de 6 a 8 de Outubro de 2021 em Maputo e de forma híbrida (presencial e virtual) a 11ª Assembleia Geral do Consórcio de Fundos Africanos para o Meio Ambiente (CAFÉ). O evento contou com a participação de trinta e dois países oriúndos de quatro continentes, nomeadamente 16 países de África, 6 países da América, 9 países da Europa e um país da Ásia e foi  financiado pela Cooperação Alemã através da KfW e pelo FFEM.

A  cerimónia de abertura  foi conduzida pela Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, que destacou o papel preponderante que o CAFÉ tem desempenhado para o engajamento da conservação em África desde 2011, ano da sua criação.

No seu discurso de abertura, o Presidente do Conselho de Administração da Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), na qualidade de organizador da conferência, salientou que os Fundos Ambientais, suplementam os fundos do Governo assegurando a sustentabilidade de actividades específicas nas Áreas de Conservação, assim como também atraem novas fontes de financiamento para a conservação  no país.

Os três dias da conferência foram marcados por uma série de apresentações de 59 oradores com destaque para os membros do CAFÉ e parceiros de conservação nacional e internacional que partilharam experiências motivadoras sobre a actuação no sector da conservação, funcionamento dos fundos ambientais, sobre o acesso as oportunidades de financiamentos entre outras temáticas.

Ao longo do primeiro dia da conferência, dez membros do CAFÉ apresentaram os seus progressos, desafios e oportunidades desde a última Assembleia Geral do CAFÉ, em 2019, no Benin. Nesta primeira sessão houve apresentações inspiradoras sobre o trabalho de conservação da biodiversidade no Parque Nacional da Gorongosa, no Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto entre outros.

No segundo dia, os fundos destacaram a necessidade de melhorar a coordenação a nível nacional e regional e a diversificação dos mecanismos de financiamento para um apoio eficaz à conservação da biodiversidade, em  discussões temáticas realizadas em  sessões paralelas conduzidas até ao final do dia.

No terceiro dia do evento, Jorge Ferrão, Reitor da Universidade Pedagógica enfatizou o papel do desenvolvimento da academia através do treinamento de novos líderes e pesquisadores, capazes de trabalhar pela  conservação da biodiversidade em Moçambique e em todo o mundo.

O evento contou com as considerações finais de Carlos Manuel Rodriguez o CEO do Global Environmental Fund (GEF) que partilhou uma perspectiva realística sobre o papel dos Conservation Trust Funds (CTFs) no apoio à conservação da biodiversidade e à agenda global para o meio ambiente, salientando a relevância dos governos terem politicas consistentes e coerentes, assim como para a necessidade de mobilizarmos recursos mais eficientementes. “Em 25 anos de trabalho na conservação, nunca tinha visto uma ferramenta forte como os CTFs, como verdadeiros parceiros complementares para uma conservação efectiva da biodiversidade” – Carlos Manuel Rodriguez.

Esta reunião serviu também para discutir matérias especificas do funcionamento do CAFÉ, tendo sido realizada a 11º Sessão formal da Assembleia Geral do CAFÉ de forma virtual no ultimo dia do evento, com a participação dos directores executivos de todos os fundos ambientais presentes.

A Assembleia do CAFÉ contou pela primeira vez, com uma envolvente Exposição Fotográfica Virtual, produzida pela BIOFUND atravéz de imagens cedidas por colaboradores, parceiros e amigos da conservação. Esta exposição ainda está disponível para visita através do link  https://tinyurl.com/BIOFUNDvirtualexhibition

Esta conferência teve grande alcance internacional e nacional, tendo contado com participação de 601 pessoas no primeiro dia, 236 no segundo dia e 231 pessoas no terceiro dia, totalizando 1068 participações. Para mais informações sobre a 11ª Assembleia do CAFÉ 2021 acesse https://www.biofund.org.mz/projects/11a-assembleia-geral-do-cafe/

Moçambique acolhe pela primeira vez a Assembleia Geral do Consórcio de Fundos Africanos para o Meio Ambiente

Trata-se da 11ª Assembleia Geral do Consórcio de Fundos Africanos para o Meio Ambiente (CAFE) que acontece na Cidade de Maputo, de 6 a 8 de Outubro de 2021, no Radisson Blue Hotel ás 10h00, de forma hibrida (presencial e remotamente) cujo objectivo é permitir a partilha de conhecimento, troca de experiência e discutir sobre os mecanismos de financiament da conservação e oportunidades em África.

A cerimónia de abertura será dirigida pela Ministra da Terra e Ambiente , Ivete Maibaze, sob o tema “Troca de Experiências como Factor-chave para o Sucesso da Conservação da Biodiversidade: Promovendo a Conservação em Tempos de Crise em África”. A conferência irá contar com a participação de 200 pessoas, de cerca de 30 países dos quais 15 africanos, de forma virtual e presencial.

O CAFE é uma rede composta por membros de Fundos Ambientais (EFs) ou Fundos Fiduciários de Conservação (CTFs) em África, criada em 2011 onde a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) é um dos membros fundadores, juntamente com mais de 20 Fundos Ambientais de África. Conjuntamente, os fundos membros do CAFE gerem mais de USD 300 M investidos a longo prazo (endowments) assim como dezenas de milhões de USD por ano, provenientes de vários doadores, permitindo deste modo uma contribuição massiva para iniciativas de conservação da biodiversidade do continente africano.

O Consórcio do CAFE está empenhado em construir uma comunidade de aprendizagem que compartilhe as melhores práticas e identifique mecanismos financeiros inovadores a fim de promover a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável em África.

Este evento foi financeiramente apoiado pela Cooperação Alemã através da KfW e pela AFD/FFEM.

BIOFUND capacita técnicos das Áreas de Conservação em matérias de Gestão Financeira e Planificação

Cerca de catorze (14) técnicos de diversas Áreas de Conservação públicas e privadas, beneficiaram de 8 a 14 de Setembro, de uma capacitação em matérias de Gestão Financeira e Planificação organizada pela BIOFUND. A formação teve como principal objectivo dotar os técnicos do sector de Administração, Finanças e Planificação dos Parques e Reservas, de ferramentas necessárias para exercer as suas funções de gestão financeira de forma eficiente, eficaz e transparente.

A capacitação foi ministrada de forma virtual pelo contabilista e auditor, Cremildo Cossa e entre as temáticas abordadas constam o ciclo de gestão financeira, controlo interno dos procedimentos administrativos e execução orçamental, gestão de aquisições/procurement e concepção dos materiais didáticos.

Para Sandra Xerinda, Oficial de Procurement da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, a capacitação permitiu adquirir mais experiência no trabalho que tem vindo a desenvolver e a mesma vai permitir que se eliminem lacunas existentes no processo de prestação de contas que a reserva faz com a BIOFUND.

Esta capacitação enquadra-se no terceiro (3) pilar estratégico da BIOFUND que tem em vista criar um ambiente favorável para a conservação.

Parque Nacional do Gilé Reforça Actividades de Apicultura para o Desenvolvimento das Comunidades Locais

O Departamento de Desenvolvimento Comunitário do Parque Nacional do Gilé, realizou entre os dias 11 de Agosto a 8 de Setembro de 2021, actividades de avaliação do estado actual de implementação da apicultura em benefício das comunidades locais.

A prática da apicultura enquadra-se numa série de actividades de sensibilização comunitária que o Parque Nacional do Gilé tem vindo a desenvolver com o objectivo de promover o uso sustentável dos recursos naturais e desenvolvimento comunitário. Alem destas actividades, destaca-se também o combate a queimadas descontroladas e degradação florestal, a mitigação de conflitos Homem-fauna Bravia e o uso de produtos florestais não madeireiros.

Neste contexto, foram feitas entrevistas aos beneficiários, auscultando sobre o seu conhecimento relativo à importância da apicultura, à segurança na exploração do mel, às técnicas utilizadas na gestão, recolha e produção de mel, bem como de outros produtos derivados. Para além das entrevistas, foi feito o acompanhamento aos apicultores  no seu local de exploração e a observância das técnicas e  métodos usados em todo o processo de exploração e extração de mel.

Esta actividade resultou na colheita de 24,610 Litros de Mel, num total de 12 comunidades beneficiárias do Parque Nacional do Gilé, nomeadamente: Ratata, Munhado, Mihecue, Naheche, Vassele, Namurua, Nacurugo, Muicune, Mucucune, Pipine, Nipamo e Musseia.  O mel colhido será destinado à comercialização, e o valor monetário a obter será reinvestido em benefício das comunidades produtoras, para adquirir outros produtos básicos para a subsistência das mesmas comunidades.

A apicultura é uma das actividades comunitárias que se pretende relançar e expandir com os fundos do Programa PROMOVE Biodiversidade, visando criar alternativas de sobrevivência das comunidades que vivem dentro e fora do Parque Nacional do Gilé, uma das 3 áreas beneficiárias do Programa financiado pela União Europeia e implementado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) em parceria com a Administração Nacional da Áreas de Conservação (ANAC).

Parque Nacional de Mágoè conta com mais uma viatura para a fiscalização da biodiversidade

No âmbito do programa BIO-Fundo de Emergência, o Parque Nacional de Mágoè, recebeu no passado dia 1 de Setembro de 2021, nas instalações da Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, uma viatura para ajudar nas actividades de fiscalização da biodiversidade.

A nova viatura foi entregue pela Directora de Administração e Finanças da BIOFUND, Celeste Chitará, ao Administrador do Parque Nacional de Mágoè, Luis Namanha. A mesma visa reforçar as actividades de fiscalização e permitir a implementação de programas de gestão do Parque, bem como a realização de acções de caracter social, facilitando a mobilidade dos fiscais na assistência da população vulnerável, reduzir o uso insustentável dos recursos naturais e os incidentes de caça furtiva que tem vindo a aumentar durante a pandemia do COVID 19.

Para o Administrador do Parque Nacional de Mágoè, Luís Namanha, a viatura representa o surgimento de um novo filho para a proteção e fiscalização do Parque Nacional de Mágoè pois, as viaturas que o parque dispõe já não se encontram em condições para exercer as actividades, especialmente num momento em que o parque enfrenta uma fase de invasão de madeireiros ilegais.

Por outro lado, a BIOFUND espera que face a esta nova capacidade de resposta da fiscalização, o parque aumente o número de patrulhas em pelo menos 50%, melhore os resultados das apreensões, assim como redução do abate de animais por parte dos caçadores furtivos.

A BIOFUND através do programa BIO-Fundo de Emergência tem apoiado as Áreas de Conservação em custos operacionais e pagamento de salários dos fiscais, neste período de pandemia. A aquisição de uma viatura para o Parque Nacional de Mágoè representa o primeiro apoio do BIO-Fundo de Emergência em meios circulantes para a fiscalização da Biodiversidade.

Estagiários do PLCM adquirem experiência em Inventário Florestal na Província da Zambézia

Estagiários do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM), inseridos na Direção Nacional de Florestas (DINAF), realizam desde o dia 15 de Agosto de 2021, o Inventário Florestal Integrado de Compartimentos Florestais (CF) em Unidades de Maneio Florestal (UMF) nos distritos de Mocuba e Lugela,  Província da Zambézia, durante 4 semanas.

A informação recolhida no campo deverá reflectir no uso actual e potencial dos recursos florestais, incluindo o uso pelos gestores florestais e pelas comunidades locais na área da UMF com vista a reduzir os conflitos resultantes da extração ilegal de produtos florestais e promover a viabilidade económica na produção florestal, assim como informações que abordem as múltiplas funções e uso das florestas designadas para a produção agrícola.

Para os participantes do inventário Aílton Mungueleze, Baptista Milione, Jonas Vilanculos e Raimundo Manuel, estagiários formados em Engenharia Florestal pelo Instituto Superior Politécnico de Gaza, a actividade é de grande importância para o seu processo de formação no PLCM, bem como para as Unidades de Maneio Florestal, pois, o inventário vai contribuir no fornecimento de dados específicos sobre as reais condições das florestas para a melhor gestão dos recursos naturais.

Esta actividade está inserida no plano geral de estágios do PLCM (com uma duração total de 6 meses), que promove o intercâmbio dos estagiários em diferentes áreas de actuação, com vista a adquirirem experiências diversificadas no sector da conservação da biodiversidade.

Fiscal do ano 2021 - José António Amino: Um fiscal por excelência

José Amino é fiscal do bloco L7 da Reserva Especial do Niassa, Luwire – Lugenda Wildlife Reserve, teve o seu destaque na captura de caçadores furtivos e apreensão de diversas armadilhas usadas pelos furtivos.

Com 51 anos de idade, José dedica-se a fiscalização da biodiversidade há 15 anos, durante este período demostrou o seu compromisso, bravura e foco no combate a caça ilegal e protecção da vida selvagem. Tal como os outros fiscais heróis da biodiversidade, o José Amino sofreu ameaças de morte devido ao seu envolvimento na luta contra a caça furtiva e tráfico ilegal.

Apesar de tantos desafios, José continua firme para seguir com a luta pela justiça e colocar o ponto final nas actividades ilegais que prejudicam o meio ambiente. Este fiscal é considerado como uma referência pelo seu profissionalismo, dedicação e comprometimento.

O Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira, também conhecido como Fundo de Apoio aos Fiscais é um mecanismo permanente de reconhecimento da bravura e dedicação dos fiscais das Áreas de Conservação públicas e privadas, através de uma premiação anual, que nesta primeira edição, premiou 5 (cinco) fiscais das Áreas de Conservação Públicas e privadas.

Estagiários do PLCM participam de emocionante resgate de um leão na Coutada 11

Orgulho e sensação de dever cumprido, caracterizaram os jovens estagiários que participaram pela primeira vez numa missão de resgate de um animal. Não se trata de qualquer animal, estamos a falar do rei da selva, que caiu numa armadilha montada por caçadores furtivos.

Coincidência ou não, o facto deu-se no passado dia 10 de Agosto, dia mundial do leão, numa das áreas de repovoamento de leões na Coutada 11.

O leão ficou com ferimentos numa das patas, que impossibilitou a sua locomoção por aproximadamente 3 (três) dias. A sua localização só foi possível porque o mesmo possui um Chip de controlo, colocado em 2020, que facilita o seu seguimento e proteção.  Segundo Willem Briers-Louw, gestor de conservação na Coutada e supervisor dos estagiários do PLCM, quando se aperceberam que o leão estava no mesmo local há dias, não perderam tempo e foram até ao local.

O processo de remoção da armadilha levou cerca de 40 minutos após o leão ter sido devidamente sedado. Após a retirada da armadilha, o leão foi medicado com soro e desinfeção da ferida, pois quase perdeu uma das patas. E por que ele estava impossibilitado de se locomover, o rei da selva teve direito a um “serviço de buffet”, para que ele pudesse se alimentar sem precisar de ir à caça enquanto se recuperava.

Para os três estagiários, Menáice Zunguze, Wiliamo Daniel e Mateus José, participar desta operação foi uma experiência inédita e um verdadeiro privilégio poder ajudar o guardião da selva.

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Fiscal do ano 2021 - Talento Luwemba: Jovem - Líder e herói da biodiversidade

Destacado pela sua liderança em actividades de combate à caça furtiva, Talento Luwenda é um jovem de 28 anos de idade, fiscal do programa Tchuma Tchato no Safaris de Moçambique, exercendo a actividade de fiscalização há 5 anos.

De acordo com os seus superiores, Talento sempre mostrou interesse em trabalhar na conservação da biodiversidade e trouxe óptimos resultados em trabalho com as comunidades. Devido a sua determinação e espírito de liderança, ocupa desde 2019 o cargo de chefe dos fiscais.

A actividade de destaque que contribuiu para a sua nomeação como um dos Fiscal do ano 2021 pelo Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira foi a liderança em actividades de combate a caça furtiva que culminaram com a detenção dos famosos caçadores de leopardos e elefantes. Durante estas actividades, Talento sofreu graves ferimentos que colocaram a sua vida em risco, apesar dos acontecimentos a sua determinação continua inabalada.

Talento é visto pelos seus colegas como um jovem-líder que inspira os outros pela sua bravura e comprometimento, pois ele não hesita em colocar a sua vida em risco em prol da protecção da biodiversidade.

Parque Nacional da Gorongosa recebe estagiários do PLCM

Dois estagiários do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM) estão desde o dia 15 de Agosto no Parque Nacional da Gorongosa a participar de actividades de Educação Ambiental.

As actividades de educação ambiental, estão a ser desenvolvidas a nível das comunidades da zona tampão do Parque Nacional de Gorongosa e incluem a realização de palestras, jogos, músicas, projecção de filmes sobre temas relacionados com a conservação da biodiversidade.

Com estas actividades, Silvia Durão e Davane Manjate, estagiários do PLCM, afectos a Direcção dos serviços de Conservação e Desenvolvimento comunitário/ Educação Ambiental na Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), estão a perceber na prática como manter um clube activo e dinâmico, assim como fazer a gestão dos recursos naturais a nível do parque e saber identificar os desafios de trabalho em equipa.

A estadia prolonga-se até ao dia 13 de Setembro e inclui interação com Comitês de Gestão de Recursos Naturais do Parque Nacional da Gorongosa e da zona tampão.

Fiscal do ano 2021- António Soze Fombe: “Ser fiscal é dar a sua vida para o bem da conservação sem esperar resultados imediatos”

Jovem de 35 anos de idade, António é fiscal há 14 anos e trabalha na Reserva Especial do Niassa (REN) há 8 anos, o seu trabalho na REN foi marcado pela liderança no combate a caçadores furtivos da região da Tanzânia.

A nomeação do António para a premiação do Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira deveu-se a várias actividades por ele lideradas apesar dos diferentes desafios. O seu maior desafio foi a sua participação activa numa operação de perseguição a caçadores furtivos oriundos da Tanzânia, onde junto com os seus colegas, percorreu 29 km a pé em condições difíceis. A sua bravura contribuiu também para a obtenção de bons resultados em operações de corte de madeira dentro da Reserva Especial do Niassa e na sua zona tampão.

O reconhecimento pelo Fundo de Apoio aos Fiscais é um grande incentivo para a continuidade das actividades de fiscalização desenvolvidas por António e não só, “Sinto-me muito honrado pela premiação. O prémio constitui uma força extra para que eu e outros colegas continuemos engajados na protecção da biodiversidade”.

António é uma fonte de inspiração para os seus colegas e é conhecido como um homem motivado, corajoso e disponível para missões de patrulhas arriscadas.

Profissionais das Áreas de Conservação participam em curso de Guias Turísticos na África do Sul

Trata-se da primeira capacitação enquadrada no objectivo 1 do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), que visa reforçar as capacidades dos profissionais do Sistema Nacional de Áreas de Conservação (SNAC) e decorre no Southern Africa Wildlife College, na África do Sul, com a duração de dois (2) meses.

Participam do curso, seis profissionais do SNAC, dos quais um do Sector Privado e cinco do Sector Público, nomeadamente: Talento Luwemba (fiscal no Safaris de Moçambique), Gabriel Froi (fiscal no Parque Nacional do Limpopo), Ussene Abdula (Oficial de Turismo no Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto), Rodolfo Cumbane (Ecologista na Reserva Especial de Maputo), Isolda Chaúque e Shelzia Muchanga, ambas da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).

Armindo Araman, Director de Serviços de Conservação da ANAC, destaca que o curso vai ajudar na promoção da educação ambiental com base em actividades turísticas direccionadas a vários públicos.  “É necessário ter uma equipa capacitada para fazer a interpretação não somente da biodiversidade, mas também das comunidades que estão à volta das Áreas de Conservação.” – Acrescentou Araman, encorajando os beneficiários a se dedicarem de forma efectiva às actividades do curso.

As despesas do curso e estadia dos profissionais seleccionados, são suportadas pela BIOFUND através do PLCM com financiamento do Banco Mundial. Após o fim do curso espera-se que os participantes estejam em condições de desempenhar um papel preponderante na promoção do património cultural, identificar potencialidades de atraccão turística baseada na natureza e liderar as suas equipas de trabalho no terreno.

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BIOFUND engajada na construção de uma nova geração de líderes da conservação

O novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), Narciso Matos, acompanhou no princípio do mês de Agosto, as actividades dos estagiários do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM) em Luwire, na Reserva Especial do Niassa.

O PCA da BIOFUND, acompanhado pela Directora de Programas, Alexandra Jorge, teve um encontro de acompanhamento das actividades com dois estagiários da 2ª edição do Programa de Estágio do PLCM, Zabiro Malua e Dadzie Tarua, recém-formados em Sociologia e Engenharia de Desenvolvimento, respectivamente, no âmbito da sua visita realizada recentemente a Reserva Especial do Niassa.

Os estagiários encontram-se inseridos no programa de mitigação do conflito homem fauna bravia, onde têm apoiado a equipa de gestão comunitária de Luwire – Lugenda Wildlife Reserve, no trabalho de consciencialização das comunidades sobre como minimizar os riscos do conflito homem fauna bravia, alertando para a necessidade de evitar deslocações de pessoas sozinhas, de estarem alertas aos sinais da presença dos animais bravios, e como evitar confrontos directos.

Durante a conversa, os estagiários destacaram os desafios e a experiência adquirida no estágio. “É desafiante viver numa Área de Conservação sem acesso a rede de telefonia móvel e ter que estar sempre alerta aos animais bravios, no entanto, está a ser um grande aprendizado trabalhar nesta realidade com as regras e métodos de trabalho diferentes. Apesar dos desafios, estamos motivados!”, disse um dos estagiários.

Os supervisores das actividades Ildo António Augusto e Laura Perry, afirmaram que o grande desafio tem sido a comunicação em língua inglesa com os estagiários, para além da grande responsabilidade que é trabalhar com jovens, pois não se pode deixa-los sozinhos até obterem a capacidade de trabalhar de forma independente, mas por outro lado, os jovens trazem uma nova dinâmica à equipa, que é muito salutar e apreciado.

O comprometimento da BIOFUND (através do projecto MozBio2 financiado pelo Banco Mundial) na formação dos líderes da conservação do futuro tem sido notável e nesta segunda edição do programa de estágio, o PLCM tem já um total de 57 estagiários beneficiários que desenvolvem diferentes habilidades na sede de instituições ligadas à conservação da biodiversidade e nas Áreas de Conservação públicas e privadas em todo país.

Este encontro foi realizado no âmbito da visita a Reserva Especial do Niassa, por ocasião das celebrações do Dia Mundial do Fiscal, que serviu também para acompanhar actividades de conservação da biodiversidade realizadas pela Luwire – Lugenda Wildlife Reserve, uma Área de Conservação privada beneficiária da BIOFUND no pagamento de salários dos fiscais no âmbito da crise do COVID-19, através do  BIO-Fundo de Emergência.

BIOFUND e parceiros realizam estudos sobre a cadeia de valor do carvão vegetal na Reserva Florestal de Licuáti e Área Envolvente

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), no âmbito do Programa de Contrabalanços de Biodiversidade, implementado com o apoio financeiro do Banco Mundial/Projecto MozBio2 e UNDP/BIOSFAC e em parceria com a Wildlife Conservation Society (WCS), a Direcção Nacional do Ambiente (DINAB) e a Direcção Nacional de Florestas (DINAF), está a implementar projectos pilotos de melhoria de habitats para Reserva Especial de Maputo (REM) e para Reserva Florestal de Licuáti (RFL), ambas  recentemente declaradas como Key Biodiversity Areas (KBAs) ou Áreas de Biodiversidade Importante a nível global. Estes projectos visam testar a viabilidade técnica e financeira dos contrabalanços de biodiversidade em Áreas de Conservação e Reservas Florestais em Moçambique.

Neste contexto, a BIOFUND está a co-financiar desde Julho do corrente ano, uma pesquisa de doutoramento de Filipa Zacarias, estudante da Universidade de Lisboa, sobre a Caracterização Sócio-económica e Ambiental da Cadeia de Valor do Carvão Vegetal na Reserva Florestal de Licuáti e Área Envolvente. Este estudo, com término previsto para Outubro de 2021, trará informação de base sobre a cadeia de valor de carvão vegetal na RFL, impactos da produção de carvão para a renda das famílias da comunidade de Djabula e o impacto desta actividade para o desenvolvimento comunitário e conservação da biodiversidade naquela região. Esta pesquisa também vai contribuir para o desenho de estratégias para exploração sustentável de recursos florestais e conservação da biodiversidade na RFL bem como no desenho de um plano de restauração.

Os contrabalanços de biodiversidade são o último passo de hierarquia de mitigação e representam um contributo para a harmonização do desenvolvimento económico e a conservação da biodiversidade em Moçambique através da redução de impactos antropogénicos, proteccão e restauração da biodiversidade e seus serviços ecossistémicos.

Fiscal do ano 2021 -Martins Rodrigues: o Trabalho de fiscalização requer força e paciência

Com 54 anos de idade, Martins Rodrigues é fiscal há 9 anos e trabalha na Reserva Especial de Maputo (REM), o seu destaque centra- se na redução da caça furtiva na região sul da REM.

Martins entrou na área da fiscalização em 2012 quando nasceu a sua paixão pela natureza e a necessidade de proteger os recursos naturais, devido a sua determinação e empenho, Martins Rodrigues ocupa actualmente o cargo de chefe de fiscalização da região sul da Reserva Especial de Maputo.

Segundo o Martins, o Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira veio reconhecer o esforço e empenho dos fiscais da REM no combate à caça furtiva e na redução do contrabando dos produtos provenientes da África do Sul para Moçambique e vice-versa. “Esta premiação é um grande reconhecimento que me faz acreditar que o trabalho feito não é em vão e que estou a contribuir para o alcance dos objectivos de conservação da biodiversidade, parabenizo os meus colegas, pois o trabalho foi coletivo”.

No decorrer das suas actividades de fiscalização, Martins enfrentou vários desafios, com destaque para ameaças de morte por parte dos caçadores furtivos, apesar das ameaças este continua firme e determinado em dar continuidade com o seu trabalho e aconselha a todos os fiscais a serem verdadeiros heróis da biodiversidade, pois, o trabalho de fiscalização requer força e paciência.

Fique atento às próximas publicações e conheça a história dos outros 3 fiscais premiados pelo Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira

Fiscal do ano 2021 - João Bernardo Castigo Massane: “Ser fiscal é garantir que os recursos naturais existam para as futuras gerações”

Fiscal do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, João tem 37 anos de idade e é fiscal há 18 anos, ele destacou-se por travar a onda de pesca ilegal nocturna, através da neutralização de pescadores ilegais e suas embarcações.

A sua paixão pela conservação da biodiversidade surgiu ainda criança quando ele observou uma tartaruga marinha a ser tirada da rede por pescadores. Segundo João, a tartaruga estava em lágrimas por ser retirada do seu habitat. Este cenário o emocionou bastante e a partir daquele momento decidiu proteger a biodiversidade marinha que corria risco de desaparecer.

João Massane teve dois momentos marcantes que contribuíram para a sua nomeação a Fiscal do Ano 2021, o primeiro aconteceu em 2011 quando neutralizou 6 embarcações de pesca ilegal e ajudou na detenção de 45 infractores, outro marco na carreira de João foi em Dezembro de 2020 quando liderou uma patrulha nocturna que culminou com a neutralização de 3 embarcações de pesca ilegal e detenção 18 infractores.

João manifesta a sua satisfação pela nomeação como um dos Fiscais do ano de 2021 pelo Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira e está pronto para novos desafios. “Este reconhecimento é resultado de um esforço colectivo que trouxe resultados positivos, sinto-me honrado e ganhei mais forças para proteger o meio ambiente”.

No âmbito da celebração do Dia Internacional do Fiscal, João deixa uma mensagem para todos os fiscais de floresta e fauna bravia. “Ser fiscal é garantir que os recursos naturais existam para as futuras gerações”.

Fique atento às próximas publicações e conheça a história dos outros 4 fiscais premiados pelo Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira

12 de Agosto: Dia Mundial do Elefante

Celebra-se hoje, 12 de Agosto, o dia mundial do elefante, data criada com o principal objectivo de preservar este animal, que apesar de ser o maior mamífero da terra, é vulnerável por conta de ataques de caçadores furtivos.

Neste contexto, na floresta da Reserva Especial de Niassa foi nomeado recentemente pelo Presidente da República, através da colocação de um colar de monitoramento via satélite, o novo líder da manada de elefantes daquela Área de Conservação.

Foi uma operação que teve como objectivo inicial, trocar o colar de outro elefante, colocado em 2018 pelo Presidente da República, apelidado “Mr President” (Senhor Presidente) mas que não foi possível por este encontrava-se dentro de uma floresta densa, facto que dificultou a sua retenção.

Enquanto Mr President refugiava-se na floresta, o seu irmão estava por perto acompanhando todos movimentos, foi neste contexto que o Presidente da República Filipe Jacinto Nyusi, que esteve acompanhado da Primeira Dama, Isaura Nyusi, colocou o colar de monitoramento satélite no irmão do “Mr President” que no momento ganhou o nome de “The Gentlemen”, o novo líder da manada. O “The Gentlemen” assumirá a liderança do grupo na ausência do seu irmão, segundo o Presidente da República.

Este acto aconteceu no âmbito da cerimónia do Dia Internacional do Fiscal de Florestas e Fauna Bravia na sede da Reserva Especial de Niassa (Mbatamila), distrito de Mecula, província de Niassa e é um dos esforços para proteger os elefantes do nosso belo Moçambique.  A cerimónia foi organizada pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Wildlife Conservation Society (WCS), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) entre outros parceiros de conservação.

Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira premeia cinco fiscais da Conservação

Trata-se da primeira premiação do Fundo Dr Carlos Lopes Pereira (formalmente estabelecido em Julho 2020), num evento alusivo ao Dia Internacional do Fiscal de Flora e Fauna Bravia, que se assinala anualmente a 31 de Julho, realizado este ano na Reserva Especial do Niassa, liderada por Sua Excia, Filipe Nyusi. Os vencedores foram apurados após um processo rigoroso de selecção realizado de 11 de Junho a 05 de Julho do corrente ano, onde os administradores/gestores de diferentes Áreas de Conservação de Moçambique submeteram as candidaturas dos fiscais que mais se destacaram no último ano.

Foram recebidas 13 candidaturas para o Prémio Fiscal do ano de 2021, que foram avaliadas por um júri independente, composto pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e Associação Moçambicana de Operadores de Safari (AMOS), que apurou cinco fiscais vencedores, com base nos seguintes critérios:

  • Compromisso e dedicação – referente a manifestação de entusiasmo e competência para trabalhar como fiscal, cumprindo todos os deveres quotidianos  numa maneira exemplar;
  • Impacto e contribuição – referente a contribuição significativa para protecção da fauna e habitats, promovendo a conservação nas comunidades locais ou outro trabalho essencial para a conservação;
  • Ameaças e desafios superados – referente a habilidades de responder corajosamente às dificuldades e perigos enfrentados no trabalho; abordando efectivamente os desafios do combate aos danos à vida selvagem.
  • Liderança e inspiração – referente a capacidade de cumprir as expectativas do seu dever, demonstrando a capacidade de influenciar, motivar e liderar os membros da equipe.

Os cinco fiscais vencedores do ano 2021, são provenientes de cinco Áreas de Conservação públicas e privadas do país, nomeadamente: António Soze Fombe da Reserva Especial de Niassa, João Bernardo Castigo Massane do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, José Ernesto Amimo de Luwire – Lugenda Wildlife Reserve, operador privado que faz parte da Reserva Especial de Niassa, Martins Rodrigues da Reserva Especial de Maputo e Talento Luwemba de Safaris de Moçambique, em Tchuma Tchato.Cada fiscal vencedor recebeu um diploma de mérito e a quantia de 25 Mil meticais em dinheiro.

O Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira, tem como principais parceiros a ANAC e a AMOS, e como principais doadores a BIOFUND, a TUSK e a AVM Consultores.

Para mais informações sobre o Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira visite o website da BIOFUND através do link https://www.biofund.org.mz/projects/apoio-aos-fiscais/

Presidente da República enaltece a importância da Exposição da Biodiversidade organizada pela BIOFUND

Esta informação foi avançada no dia 31 de Julho de 2021, durante o evento de celebração do Dia Internacional do Fiscal de Florestas e Fauna Bravia, organizado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), na Reserva Especial do Niassa, após o Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, ter visitado a Exposição da Biodiversidade desenvolvida pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND).

A exposição teve como principal objectivo destacar os resultados da bravura dos fiscais de florestas e fauna bravia, sensibilizando os participantes sobre o seu papel na protecção da rica biodiversidade do nosso país, tendo alcançado cerca de 100 pessoas.

Neste contexto, foram exibidas fotografias e painéis de biodiversidade com informação relevante sobre espécies de flora, fauna e habitats predominantes na Reserva Especial do Niassa, assim como fotografias de fiscais durante o exercício das suas actividades e produtos de artesanato feitos pelas comunidades locais

Durante a visita, o Presidente da República ficou impressionado com trabalho desenvolvido pela BIOFUND em torno da promoção e conservação da biodiversidade e pelas iniciativas comunitárias locais. “É gratificante ver organizações privadas como a BIOFUND engajadas na protecção do meio ambiente. Por outro lado, as comunidades estão a desempenhar um papel importante na busca de alternativas locais de geração de renda. A exposição por si só ilustra o excelente trabalho que está a ser feito para a protecção dos recursos naturais e desenvolvimento das comunidades”, frisou Filipe Nyusi

A BIOFUND realiza a Exposição da Biodiversidade desde 2015 e já alcançou mais de 15000 pessoas e 120 escolas em cinco províncias de Moçambique (Maputo, Gaza, Inhambane, Manica e Zambézia).

A Reserva Especial do Niassa, anfitriã do evento, é a maior Área de Conservação de Moçambique, com cerca de 42.400 Km2, incluindo a sua zona tampão. É uma das maiores Reservas Florestais de Miombo do mundo, que abriga as populações mais significativas da vida selvagem e uma variedade imensurável da diversidade biológica do país. Esta área é beneficiária da BIOFUND através do programa BIO-Fundo de Emergência, que apoia no pagamento de salários dos fiscais (cujos salários eram anteriormente pagos através de receitas turísticas) e na aquisição de material de prevenção do COVID 19, durante o período da pandemia.

Dia Internacional do Fiscal de Florestas e Fauna bravia marcado pela condecoração de cinco fiscais do ano 2021

O reconhecimento foi feito pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, numa cerimónia que teve lugar na Reserva Especial de Niassa, no dia 31 de Julho de 2021, dia internacional do Fiscal de Florestas e Fauna Bravia.

Comemorado em 2021 sob lema “Eu estou com os fiscais de todo mundo”, o evento de celebração contou com a presença do Presidente da República, a Ministra da Terra e Ambiente, a Governadora e o Secretário de Estado do Niassa, o Director Geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), o Presidente do Conselho de Administração da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), representante da Associação Moçambicana de Operadores de Safaris (AMOS) e outras individualidades do sector de conservação. A nível internacional, o evento contou com a participação do Ministro de Devolução e das Terras Áridas e Semi- Áridas da República do Quénia, em representação do Presidente da República do Quénia, Uhuru Kenyatta.

Neste evento, entre outros destaques, foram distinguidos 5 (cinco) fiscais do ano 2021, provenientes de 5 Áreas de Conservação públicas e privadas do país, nomeadamente António Soze Fombe da Reserva Especial de Niassa, João Bernardo Castigo Massane do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, José Ernesto Amimo de Luwire – Lugenda Wildlife Reserve, operador privado que faz parte da Reserva Especial de Niassa, Martins Rodrigues da Reserva Especial de Maputo e Talento Luwemba de Safaris de Moçambique, em Tchuma Tchato. Esta distinção foi realizada no âmbito da primeira edição do Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira, um fundo criado em 2020 pelo Dr. Carlos Lopes Pereira, Director dos Serviços de Protecção e Fiscalização na ANAC, como resultado da sua premiação pela Tusk e gerido pela BIOFUND, que visa reconhecer e exaltar a bravura dos fiscais das Áreas de Conservação públicas e privadas.

Na ocasião, o Presidente da República destacou o papel que os fiscais desempenham na protecção da rica diversidade biológica do nosso país. “Em nome de todos os moçambicanos, felicito a todos fiscais e em especial aos fiscais aqui distinguidos, gostaria que estes sirvam de modelo e fonte de inspiração para os outros colegas que trabalham para a protecção da flora e fauna. Esta celebração visa enaltecer o papel dos fiscais que na linha da frente perderam as suas vidas em benefício da conservação. A celebração vai não só para os fiscais das Áreas de Conservação públicas, mas também para as áreas privadas que dedicam-se à protecção da natureza” – Presidente da República, Filipe Nyusi.

Intervindo após a nomeação, um dos fiscais vencedores manifestou a sua satisfação pelo reconhecimento. “ Sinto-me muito honrado por representar os fiscais de todas as Áreas de Conservação, e da minha Área de Conservação em especial. Esta nomeação nos dá mais força para continuar a trabalhar pela protecção dos recursos naturais.” Martins Rodrigues – Fiscal da Reserva Especial de Maputo.

O evento contou com outras actividades de conservação, com destaque para a Exposição de Biodiversidade organizada pela BIOFUND ao ar livre, e a colocação de um colar de monitoria satélite no elefante apelidado por “The Gentlemen” pelo Presidente da República.

Fique atento à nossa página e saiba mais sobre as outras actividades realizadas na Reserva Especial de Niassa, no âmbito da celebração do dia internacional do Fiscal de Florestas e Fauna Bravia.

Estagiários do PLCM capacitam técnicos da Direcção Nacional de Floresta em desenho e gestão de base de dados

Oito técnicos da Direcção Nacional de Floresta, beneficiaram de uma capacitação em desenho e gestão de base de dados através das ferramentas de Excel Avançado. A capacitação decorreu de 20 a 23 de Julho e foi dirigida pelos estagiários do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM). Durante as sessões que decorreram na sede da Direcção Nacional de Florestas em Maputo, os técnicos tiveram a possibilidade de aperfeiçoar suas competências de modo a melhorarem a sua performace durante as suas actividades diárias.

Participaram do curso, o Chefe da Repartição de Sistema de Informação Florestal, Chefe da Repartição do Apoio Geral (Departamento de Recursos Humanos), técnicos do Departamento de Normação e Controlo e técnicos do Departamento de Maneio Comunitário.

Durante a formação foram apresentados vários exemplos direcionados às actividades diárias dos técnicos da DINAF com destaque para o uso das ferramentas para desenho de base de dados de gestão de recursos humanos, ferramentas para desenho de base de dados para gestão de processos e verificação de comprimento de actividades e, ferramentas para desenho de base de dados para avaliações históricas de dados.

De acordo com os técnicos, esta formação foi de extrema importância pois tinham dificuldades no uso da ferramenta Excel e espera-se que este curso possa abranger outros técnicos que trabalham nas outras direcções provinciais.

Para o estagiário Matola Salimo, mestre em Maneio e Conservação da Biodiversidade pela Eduardo Mondlane, este curso está inserido no plano de estágios e esta partilha de conhecimento é uma grande oportunidade para melhorar não só as habilidades dos técnicos mas, principalmente uma forma de implementar em actividades concretas no trabalho da Direcção Nacional de Florestas.

BIOFUND assina acordo de subvenção para o início das actividades de desenvolvimento comunitário no Parque Nacional do Gilé

Trata-se do acordo assinado entre a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Rede para Ambiente e Desenvolvimento Comunitário Sustentável da Zambézia (RADEZA), no âmbito do Programa PROMOVE Biodiversidade com financiamento da União Europeia, no valor de 792.000,00 (setecentos noventa e dois mil) Euros, para a implementação das actividades de desenvolvimento comunitário na zona tampão do Parque Nacional do Gilé (PNAG) até 2025.

Com esta intervenção, espera-se fortalecer as capacidades organizacionais da Associação Nokalano, parceiro estratégico para a operacionalização da Coutada Comunitária de Mulela, criada sob o Decreto n.º 43/2013 de 23 de Agosto, promover acções de sensibilização e consciencialização ambiental das comunidades, disseminar práticas de actividades económicas sustentáveis com o uso de sistemas de produção agrícola melhorados, reforçar a  participação das comunidades locais no processo de tomada de decisões e o estabelecimento de  meios de vida sustentáveis de geração de renda com vista a redução da pressão sobre os recursos naturais do PNAG.

O programa PROMOVE Biodiversidade tem como objectivo principal proteger a biodiversidade e contribuir para a melhoria dos meios de subsistência das comunidades rurais através da gestão sustentáveis dos recursos naturais. O programa prevê igualmente fortalecer  as  capacidades das instituições que lidam com a gestão dos recursos naturais, implementar iniciativas e estratégias sustentáveis que melhoram a capacidade de gestão e administração das áreas de intervenção do projecto, adoptar práticas sustentáveis de meios de sobrevivência para as comunidades locais vivendo dentro e fora (zona tampão) das Áreas de Conservação e incentivar e disseminar pesquisas aplicadas e estudos participativos, para influenciar a gestão de recursos naturais.

O programa é implementado pela BIOFUND e ANAC, tendo como beneficiários o Parque Nacional do Gilé, Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS) e o Monte Mabu. Para mais informações sobre o programa PROMOVE Biodiversidade clique aqui

Mangais: Ecossistemas indispensáveis para os seres vivos e para a natureza

Celebra-se hoje, 26 de Julho, o Dia Mundial para a Conservação do Ecossistema de Mangal, sob o lema: “Mangal restaurado, Moçambique resiliente”. Os mangais são florestas únicas, altamente produtivas e complexas, que se desenvolvem em zonas de transição entre o ambiente terrestre e marinho nas zonas tropicais e subtropicais.

Os mangais são de extrema importância para os seres vivos e para a natureza, pois providenciam uma série de serviços ecossistémicos, como berçário para reprodução de várias espécies marinhas, protecção costeira contra ventos fortes e ciclones, estabilização de solos contra a erosão, biofiltração de poluentes, valor cultural e sequestro de carbono, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

As florestas de mangal de Moçambique são a 13ª maior cobertura global e 3ª maior de África com cerca de 300 000 ha e 9 espécies distintas. Contudo, apesar da sua importância, as florestas de mangal em Moçambique encontram-se sob grande pressão por causas naturais e antropogénicas, principalmente devido o impacto de eventos climáticos extremos, exploração de recursos madeireiros e o crescimento urbano nas zonas costeiras.

O Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP) e os seus vários parceiros, incluindo a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a World Wide Fund for Nature (WWF), o Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), o ProAzul, entre outros, juntam-se hoje para o Lançamento do Programa Nacional de Restauração do ecossistema do mangal com objectivo de divulgar a Estratégia de Gestão dos Mangais (2020 – 2024), orientar medidas de gestão e restauração a nível nacional e aumentar a consciência da sociedade Moçambicana sobre a importância dos mangais.

A BIOFUND através dos seus programas participou activamente no desenvolvimento da Estratégia Nacional dos Mangais, promove a criação de conhecimento sobre os mangais através do desenvolvimento de métricas para avaliar a condição dos mangais, sensibilização da sociedade civil sobre a sua importância ecológica e socioeconómica e apoia a sua proteção em todas áreas de conservação marinhas no país.

Assista ao vídeo sobre Lançamento do Programa Nacional de Restauração do ecossistema do mangal clicando aqui.

Webinar para apresentação da ferramenta ROAM

A Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e Wildlife Conservation Society (WCS) através do Projecto COMBO realizam nesta Quarta-feira, 28 de Julho, das 10h às 12h30, o Webinar de apresentação do Relatório final da ferramenta para avaliação de prioridades de restauração da biodiversidade em Moçambique.

Esta iniciativa iniciou em Janeiro do presente ano e já contou com duas visitas de campo para validação dos dados no terreno e reuniu mais de 50 especialistas do governo, sociedade civil, academia e sector privado a nível nacional e nacional.

Para participar no evento, clique no link do convite: https://zoom.us/j/97036760446?pwd=NmRIVGZXTE1remJpYVBrdko5b3d0QT09#success

Para mais informações entre em contacto com dnicolau@biofund.org.mz e nsidat@wcs.org