PROMOVE Biodiversidade realiza 1ª Sessão do Comité Nacional de Supervisão

Decorreu na última Quinta-Feira, dia 15 de Julho de 2021, a 1ª sessão do Comité Nacional de Supervisão (CNS) do programa PROMOVE Biodiversidade, num evento virtual organizado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).

O evento contou com a participação de cerca de 30 pessoas, entre membros e convidados, destacando-se a União Europeia, Gabinete do Ordenador Nacional (GON) – Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, representante do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), Administradores das áreas beneficiárias, Directores do Serviço Provincial do Ambiente da Zambézia e Nampula, parceiros de implementação do programa nas áreas beneficiárias e representantes de 5 instituições do ensino superior das províncias de Nampula, Niassa e Zambézia, com destaque para a presença do Reitor da Universidade Licungo, Professor Doutor Boaventura José Aleixo.

Durante a sessão, o Director Geral da ANAC e Presidente do CNS, Mateus Mutemba, referiu que o programa vem fortalecer as actividades de conservação da biodiversidade em Moçambique. “O PROMOVE Biodiversidade, projecto que resulta de um acordo assinado em 2019 entre o governo de Moçambique e a União Europeia vem contribuir para a materialização da estratégia de conservação da biodiversidade no nosso país.”

O CNS do PROMOVE Biodiversidade é um órgão multissectorial, que visa aconselhar e acompanhar os implementadores e beneficiários em diversas actividades realizadas no âmbito do programa e assegurar o alinhamento com as políticas e estratégias nacionais e Internacionais. Nesta 1ª sessão, foram discutidas e alinhadas as responsabilidades do comité, planos de actividades, orçamento e o estágio de implementação do PROMOVE Biodiversidade.

Frisar que a 1ª sessão do CNS do PROMOVE Biodiversidade acontece um mês após o lançamento oficial do programa no Parque Nacional do Gilé sob lema “Todos Somos Biodiversidade”.

PROMOVE Biodiversidade é um programa financiado pela União Europeia e implementado pela BIOFUND e ANAC, que visa promover a conservação da biodiversidade e desenvolvimento comunitário em duas Áreas de Conservação e uma área de elevada biodiversidade, nomeadamente o Parque Nacional do Gilé (PNAG), a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS) e o Monte Mabu, nas províncias da Zambézia e de Nampula.

Zambeze Delta Safaris cria mecanismos de proteção da Biodiversidade

A Zambeze Delta Safaris – ZDS, na Coutada Oficial 11, no âmbito do seu plano de maneio, estabeleceu através de um processo de concertação com as comunidades, o zoneamento da Coutada 11, com vista a separar as áreas de assentamento populacional, zona Norte da C11, das áreas de caça desportiva e concentração com cerca de 30.000 animais de 30 espécies e 250 variedades de pássaros.

Pretende-se assim, com esta acção, fazer o controlo de danos no habitat de modo que as comunidades realizem a suas actividades quotidianas tais como, agricultura, pesca, produção de mel, acesso à carne fresca, lazer, saúde e educação, enquanto a empresa ZDS assegura um elevado padrão de conservação das florestas, savanas, rios, lagoas, pântanos e espécies animais, mantendo a paisagem da Coutada 11 num nível de beleza natural, biodiversidade e conservação de alta qualidade internacional.

Com estes objectivos, a ZDS realiza em coordenação com a comunidade e apoio de seus parceiros, clientes e doadores a  lavoura gratuita com tractor de 68h de terra em banda contínua para produção de arroz e milho, distribuição gratuita de adubo, fornecimento gratuito de serviços de moagem de cereais, facilitação no acesso a pesca pelos residentes, programa de fomento de produção de mel, com entrega gratuita de 350 colmeias, treinamento e assistência técnica para rendimento pessoal da comunidade.

Como impacto desta acção, as comunidades da zona tampão registaram como colheita do mês de Maio/Junho 2021, a produtividade média do arroz em 5 Toneladas, existindo um bloco de produção que atingiu 6,3 toneladas em regime de sequeiro.

Com este apoio comunitário, a ZDS pretende criar incentivos e alternativas na comunidade que desencorajem a prática da agricultura itinerante “slash and burn” que é uma técnica agrícola que envolve o corte e queima de árvores e plantas em florestas para criar campos de produção agricola. Estes campos por sua vez, muitas vezes tornam-se empobrecidos e abandonados depois de poucos anos de uso, causando a perda de habitat naturais de muitas espécies de flora e fauna, que são a base para a biodiversidade. Esta biodiversidade é crucial para a manutenção da sustentabilidade ecológica dos solos e fontes de agua e nutrientes, constitui importante património da natureza, emprestando ainda grande beleza, à paisagem natural da Coutada 11.

A ZDS é uma Área de Conservação (AC) de uso sustentável mais antiga de Moçambique, localizada na província de Sofala, distrito de Marromeu, destinada as actividades cinegéticas e a protecção de diversas espécies e ecossistemas. Esta é uma das 13 ACs de gestão privada beneficiárias do BIO-Fundo de Emergência. A coutada conta com o apoio da BIOFUND no pagamento dos custos salariais de 20 fiscais, como forma de reduzir o impacto da perda de receitas do turismo durante a pandemia da COVID-19 e manter uma força fiscal activa no campo.

Estagiários do PLCM recebem treinamento em matéria de Gestão de Conflito Homem - Fauna Bravia e desenvolvimento comunitário

Os estagiários do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM), participaram no mês de Junho, numa formação sobre Gestão de Conflito Homem-Fauna Bravia e desenvolvimento comunitário, organizada pela World Wide Fund for Nature (WWF) através do projecto Kheta.

A formação teve lugar na Reserva Especial de Maputo (REM) e contou com a participação de estencionistas, representantes da WWF, Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável, Serviços Provínciais de Florestas e Fauna Bravia e, membros das comunidade próximas às Áreas de Conservação.

A formação foi ministrada por Mike Lagrande, representante do programa Kheta e na ocasião as Áreas de Conservação demostraram as técnicas que usam para gerir os conflitos existentes, com destaque para a REM que tem usado cordas com criozoto ou óleo queimado, balas de piri-piri e refletores para afugentar animais de grande porte. Os refletores emitem luz e podem ser usados para afugentar os elefantes, búfalos e hipopótamos. O mesmo acontece com cordas, misturadas com piri-piri ou óleo queimado, pois emitem um cheiro forte que faz com que os animais evitem essas zonas habitadas.

Lagrande deixou ainda uma recomendação para o caso do hipopótamos, que deve-se identificar o caminho por onde eles passam quando vão ao pasto e manter abertos para que estes regressem pelo mesmo caminho, sendo que as comunidades devem colocar cercas a volta das machambas para que os hipopótamos não atravessem.

António Simão e Odiela Massingue, estagiários do PLCM alocados na REM, este treinamento foi de extrema importância pois, eles possuíam apenas informação teórica sobre a gestão de conflito homem-fauna e na prática é necessário encontrar soluções locais.

Parque Nacional de Banhine celebra 48º aniversário com actividades de sensibilização ambiental e plantio de árvores

O Parque Nacional de Banhine (PNB), localizado no norte da Província de Gaza, celebrou o seu 48º aniversário a 26 de Junho do corrente ano e para assinalar a efeméride, os estagiários do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), em coordenação com Parque Nacional de Banhine e a Escola Primária de Tchai-Tchai juntaram-se para diversas actividades. As actividades incluíram a realização de uma palestra com o tema “Biodiversidade do PNB e importância da conservação para o bem-estar das comunidades locais”, plantio de mudas de cajueiros, limpeza, reciclagem de resíduos sólidos, entrega de máscaras faciais oferecidas pelo Parque Nacional de Banhine. Na ocasião, os estagiários declamaram poemas sobre as espécies existentes no parque e os desafios que o parque enfrenta. Para ouvir a declamação dos poemas clique aqui

A cerimônia foi realizada na Escola Primária de Tchai-Tchai e contou com a presença do Administrador do distrito de Chigubo, representantes do Ministério da Terra e Ambiente, líderes locais, Procuradores distritais, Juízes dos Distritos de Chigubo, Mabalane e Mapai, fiscais do Parque Nacional de Banhine bem como alunos da escola.

Para os estagiários, Paulo Manuel Chambisse, Marribia Joaquim e Sergio Licumba, esta actividade foi de grande importância pois, através da palestra, foi possível dar a conhecer aos alunos a vasta biodiversidade existente no Parque Nacional de Banhine.

O Parque Nacional de Banhine é beneficiário da BIOFUND desde 2017 através dos projectos ASA e MozBio1, recebendo suporte para pagamento de custos operacionais e através do BIO-Fundo de Emergência recebendo reforço para o pagamento de custos operacionais, trabalhos comunitários e apoio na aquisição de materiais de combate contra o COVID-19.

Narciso Matos eleito novo Presidente do Conselho de Administração da BIOFUND

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) renovou os membros dos seus Órgãos Sociais que terminaram os seus mandatos, que com dedicação e profissionalismo guiaram e apoiaram a fundação desde os primeiros passos da sua criação, estabelecimento, consolidação e crescimento.

A BIOFUND conta com um novo Presidente do Conselho de Administração. Trata-se de Narciso Matos que substitui Abdul Magid Osman, que ocupou o cargo por cerca de dez (10) anos. Matos assume a liderança do Conselho de Administração da BIOFUND numa altura em que a fundação regista um crescimento institucional e aumento de capacidade financeira para mobilização de recursos para a conservação da biodiversidade no país.

O Conselho de Administração da BIOFUND passa agora a ser composto por Narciso Matos ( como Presidente), Jorge Ferrão (Vice Presidente), Adamo Valy (como Secretário e anteriormente Presidente do Conselho Fiscal), Lourenço do Rosário (anteriormente Presidente da Mesa da Assembleia Geral), Marcos Pereira (anteriormente relator do Conselho Fiscal), Milagre Nuvunga (novo membro), Carlos Henriques (novo membro), Júlia Crause em representação da KfW e Madyo Couto em representação do Ministério da Terra e Ambiente.

A Assembleia Geral da BIOFUND elegeu igualmente os novos membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal nomeadamente: Fernando Sumbana (Presidente da Mesa da Assembleia Geral) e Roberto Zolho (Secretario da Mesa da Assembleia Geral) que se juntam a Ângelo Levy (Vice Presidente da Mesa da Assembleia Geral), que continua o seu mandato como representante do Gorongosa Restoration Project;  E Teresa Alves e Afonso Madope que se juntam a Miguel Langa que continua o seu mandato como representante do MIMAIP.  Para mais informações sobre os novos membros dos Orgãos Sociais clique aqui

Esta eleição dos novos membros ocorreu na 9ª Sessão da Assembleia Geral realizada recentemente de forma virtual.

A BIOFUND deseja as boas vindas aos novos membros dos Órgãos Sociais e muitos sucessos nos próximos anos de trabalho conjunto! Por acasião da despedida dos membros cessantes nos Orgãos Sociais, a equipa do Secretariado da BIOFUND produziu um vídeo homenagem dedicado a Magid Osman, Anabela Rodrigues, Óscar Monteiro, Rui Monteiro e Luís Dínis. Para assistir ao vídeo clique aqui

A Still Standing, BIOFUND e a Wildlife Alliance sensibilizam estudantes sobre a importância dos Mangais e do Pangolim para o meio ambiente

A Still Standing, Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), através do Programa de Contrabalanços de Biodiversidade e a Wildlife Alliance, realizaram no âmbito das celebrações do dia Mundial do Ambiente, que se assinalou à 5 de Junho, uma palestra na Escola Secundária Josina Machel na Cidade de Maputo, sobre a importância dos Mangais e do Pangolim para o meio ambiente.

A Coordenadora do Programa de Contrabalanços de Biodiversidade e especialista em mangais, Denise Nicolau, referiu que Moçambique possui a décima terceira maior área de mangal do mundo e a nível de África é considerada a terceira maior área, com nove espécies distintas.

“Os mangais são o habitat para a reprodução de varias espécies costeiras e marinhas e as suas raízes ajudam a estabilizar os solos, prevenindo a erosão, forma também barreiras naturas contra ciclones e ventos fortes, ajudam a manter a qualidade da água, filtrando poluentes. Os mangais providenciam vários benefícios para o meio ambiente e para os seres vivos e educar os mais novos sobre a relevância deste ecossistema prepara a nossa geração e as gerações futuras sobre a conservação dos mangais” – Salientou Denise Nicolau.

Por outro lado, a equipa Wildlife Alliance trouxe através de uma linguagem muito didáctica a importância da protecção do pangolim e frisou que o pangolim desempenha um papel crucial na protecção das florestas da destruição das pragas de formigas, ajudando a manter o equilíbrio ecossistémico bem como ajudando na fertilização do solo.

A palestra foi dirigida à raparigas com idades compreendidas entre 14 a 17 anos, que de forma activa mostraram-se motivadas em contribuir para a preservação dos mangais e do pangolim.

A palestra foi organizada pela Still Standing, uma plataforma moçambicana fundada em 2014, vocacionada para a Educação através do Desporto (basquetebol), Cultura, Civismo e Conservação da Biodiversidade.

Tartarugas Marinhas: As sentinelas do mar ameaçadas pelo desenvolvimento global

Celebra-se hoje, 16 de Junho o Dia Mundial da Tartaruga Marinha, com o objectivo de enfatizar a sua importância e a necessidade de protecção a nível global.

As tartarugas marinhas são seres migratórios que passam a maior parte do tempo no mar, atravessando os oceanos para se alimentarem e reproduzir, e são animais que possuem um ciclo de vida longo, podendo viver até cem anos. Actualmente, existem no mundo sete espécies de tartarugas marinhas e destas, cinco são encontradas em Moçambique, nomeadamente as tartarugas verde, cabeçuda, pente ou bico de falcão, coriácea e olivácea

A acção do homem é considerada a principal ameaça para a sobrevivência das tartarugas marinhas, destacando-se a pesca, o desenvolvimento costeiro,  o comércio ilegal de animais, a poluição dos oceanos e as mudanças climáticas.

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) através dos seus programas  contribui para a conservação das tartarugas marinhas e seus habitats através do apoio dado a todas as Áreas de Conservação Marinhas no país, nos seus programas de fiscalização, investigação e monitoria, nomeadamente: a Área de Protecção Ambiental de Maputo; Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro; Santuário Bravio de Vilanculos; Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto; Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras; e Segundas e Parque Nacional das Quirimbas.

Cada um de nós deve contribuir para proteger estes animais tão importantes para o meio ambiente.

BCI e BIOFUND incentivam uso do Cartão bio

O Banco Comercial de Investimentos (BCI) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) acabam de lançar uma campanha para incentivar o uso do Cartão bio, o primeiro meio de pagamento em Moçambique, produzido com base em material biodegradável, à base de milho, que contribui para a conservação da biodiversidade daqui.

Lançado em 2017, no quadro da parceria entre as duas instituições, este cartão tem ainda como característica não ser tóxico, podendo ser incinerado ou colocado em aterros sem prejudicar o meio ambiente.

Durante a campanha que arrancou a 31 de Maio e que se estende até 30 de Novembro deste ano, serão distinguidos  vencedores, com direito a prémios como uma visita guiada organizada pela BIOFUND, a Áreas de Conservação e a brindes diversos.

Recorde-se que por cada utilização do Cartão Bio, é canalizada uma percentagem do custo transacionado para a BIOFUND, um Fundo Ambiental privado, moçambicano, dedicado à conservação da biodiversidade em Moçambique, sem qualquer custo adicional para o utilizador. Desde o lançamento do Cartão Bio, já foram angariados mais de 10 milhões de Meticais que foram usados para a protecção de rinocerontes no Sábiè Game Park e para a protecção de uma espécie muito rara de palmeira gigante, designada Raphia australis, localizada na Reserva Botânica Bobole, em risco de extinção.

No âmbito da sua política de Responsabilidade Social, o BCI tem apoiado diversas acções de defesa do ambiente, e trabalhado na concretização de projectos visando responder eficazmente aos desafios que Moçambique tem na área da Biodiversidade. Tem ainda desenvolvido parcerias com o Parque Nacional da Gorongosa, assim como com organismos públicos e privados, e outras instituições amigas do ambiente, concedendo-lhes, entre outros, apoios para a organização de iniciativas em prol da biodiversidade.

Lançado o Programa PROMOVE Biodiversidade no Parque Nacional do Gilé, província da Zambézia

A Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze lançou nesta sexta-feira, 11 de Junho de 2021, no Parque Nacional do Gilé, na província da Zambézia, o programa de conservação da Biodiversidade, designado por PROMOVE Biodiversidade.

Trata-se de um programa com a vigência de 6 anos, financiado pela União Europeia (UE) no valor total de 13 milhões de Euros, tendo como implementadores a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), diversas ONGs de base comunitária, sector privado, entidades ligadas à pesquisa entre outras.

O Programa irá beneficiar três áreas de conservação localizadas nas províncias da Zambézia e Nampula, nomeadamente, o Parque Nacional do Gilé, o Monte Mabu e a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS).

O objectivo do Programa PROMOVE Biodiversidade é proteger a biodiversidade e promover a melhoria dos meios de subsistência das comunidades que vivem na zona tampão daquelas áreas, através da gestão sustentável dos recursos naturais. O PROMOVE Biodiversidade irá também contribuir para o reforço da capacidade nacional de implementação da Convenção sobre o comércio internacional de produtos de fauna e flora ameaçados de extinção.

O programa prevê de forma específica, implementar iniciativas e estratégias sustentáveis que melhorem a capacidade de gestão e administração das áreas da sua intervenção, adoptar práticas sustentáveis de meios de sobrevivência das comunidades vivendo no interior e na zona tampão daquelas áreas de conservação bem como incentivar estudos participativos para influenciar políticas de gestão dos recursos naturais.

O programa irá fortalecer os mecanismos de gestão sustentáveis de espécies ameaçadas de extinção, através do estabelecimento de quadros normativos específicos e do desenvolvimento da capacidade técnica institucional dos sectores que lidam com a gestão dos recursos naturais, assegurar a participação das comunidades locais e outros intervenientes na gestão dos Parques e Reservas Nacionais, bem como melhorar a gestão das parcerias e Co-gestão das Áreas de Conservação em Moçambique.

Espera-se que no final do programa PROMOVE Biodiversidade estejam reforçadas a gestão e administração no Parque Nacional do Gilé, incluindo as actividades com as comunidades locais; que estejam criadas as condições iniciais de gestão e administração na APAIPS e seja oficialmente designado como área de protecção ambiental o Monte Mabu com participação activa das comunidades locais.

Pretende-se igualmente que no final da implementação deste programa, o país ascenda à categoria máxima da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, através da actualização, adequação e implementação efectiva dos respectivos regulamentos.

O fortalecimento da capacidade das comunidades locais no uso sustentável dos recursos naturais e a formalização e consolidação dos modelos de co-gestão das áreas de conservação a nível nacional são igualmente parte dos resultados a serem alcançados no final do PROMOVE Biodiversidade.

O evento contou com a presença do Embaixador da União Europeia, da Secretária de Estado e do Governador da Província da Zambézia, representantes dos Conselhos de Representação do Estado e do Conselho Executivo Provinciais de Nampula, quadros do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), do Ministério da Terra e Ambiente, ANAC, BIOFUND, Membros dos governos distritais abrangidos pela intervenção do PROMOVE Biodiversidade na Zambézia e Nampula, representantes das comunidades beneficiárias e organizações da sociedade civil envolvidas na implementação.

FUNDO DR CARLOS LOPES PEREIRA: Abertas candidaturas para o Prémio Fiscal do Ano 2021

Também conhecido como Fundo de Apoio aos Fiscais, foi criado com o objectivo de reconhecer, motivar e recompensar a bravura e dedicação dos fiscais das Áreas de Conservação públicas e privadas de Moçambique, através de um prémio anual.

As candidaturas estão abertas de 11 Junho a 5 de Julho de 2021, e devem ser submetidas pelo administrador ou gerente da Área de Conservação.

Clique aqui para acesso ao formulário de candidatura e outras informações.

Oceanos: Uma fonte de vida e subsistência para o planeta

O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado a 8 de Junho com objectivo de aumentar a consciencialização sobre a importância vital dos oceanos e o papel que estes desempenham na manutenção de um planeta saudável.

É uma celebração global, que reúne pessoas e organizações em todo o mundo numa série de eventos, destacando como cada um pode ajudar a proteger os oceanos, cuja integridade encontra-se gravemente ameaçada por diversas actividades humanas, dentre elas a sobre pesca, a poluição costeira e marinha.

Sob o lema das Nações Unidas “O Oceano: Vida e Meios de Subsistência” a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) em parceria com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP) apresentou fotografias e painéis educativos sobre a biodiversidade marinha de Moçambique numa exposição realizada hoje na Audiência Pública Alargada no âmbito da Elaboração do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo (POEM) no Hotel Southern Sun em Maputo.

Com vista a proteger os oceanos e os seus recursos, a BIOFUND, através dos seus diversos programas, apoia iniciativas de educação ambiental sobre a importância dos oceanos e apoia todas as áreas de conservação marinhas do país contribuindo para proteção de diversas espécies de relevância nacional e internacional incluindo a tartaruga marinha, raia-manta, dugongo, tubarão-baleia entre outras. A BIOFUND apoia igualmente a protecção de ecossistemas costeiros e marinhos importantes para a sobrevivência das espécies acima mencionadas e para a economia de Moçambique

Hoje cada um de nós é chamado a contribuir para que os oceanos continuem a desempenhar o seu papel indispensável para o planeta. Quer saber mais sobre importância dos Oceanos? Clique aqui e assista o vídeo produzido pela equipa da BIOFUND.

Projecto “PROMOVE Biodiversidade” apresenta parceiro de implementação ao Governo da Zambézia e ao distrito de Lugela

Trata-se do consórcio WWF, R-CGRN e RADEZA, que irá implementar o projecto PROMOVE Biodiversidade no Monte Mabu. A equipa composta pela Directora de Programas da BIOFUND, pelo Coordenador de PROMOVE Biodiversidade e representantes do consórcio, foi recebida em  em audiência, no dia 17 de Maio por sua Excia o Governador da Zambézia, Pio Augusto Matos, na companhia dorepresentante da Direcção Provincial do Desenvolvimento Territorial e Ambiente da Zambézia. Na ocasião, Pio Augusto Matos, manifestou o seu agrado com o projecto, salientando a importância de se trabalhar em estreita coordenação com as lideranças locais, promovendo o seu empoderamento e capacitação, pois elas são o veículo condutor e facilitador das acções comunitárias.

A equipa foi igualmente recebida no dia 19 de Maio pela Administradora do distrito de Lugela, Maria Carlota Tomás de Melo, que sublinhou que se o projecto for devidamente implementado, terá um grande impacto na protecção, monitoria da biodiversidade do Monte Mabu e no desenvolvimento de meios de vida sustentáveis para as comunidades locais. Maria de Melo realçou ainda a necessidade de coordenar as acções dos vários projectos “PROMOVE” com vista a impulsionar o desenvolvimento da região, principalmente nas áreas de infraestruturas e agricultura.

Os encontros visavam apresentar o consórcio implementador do projecto de apoio a conservação da biodiversidade e desenvolvimento comunitário no Monte Mabu, localizado no distrito de Lugela na província da Zambézia.

O projecto PROMOVE Biodiversidade, visa contribuir para a melhoria dos meios de subsistência das comunidades rurais, através da gestão sustentável dos recursos naturais, com enfoque no Monte Mabu, Parque Nacional do Gilé e Área de Protecção do Arquipélago das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS), nas províncias de Zambézia e Nampula e conta com o financiamento da União Europeia.

Para saber mais sobre o projecto PROMOVE Biodiversidade clique aqui

Moçambique celebra dia Internacional da Biodiversidade com lançamento de Áreas-Chave para a Biodiversidade

Sob o lema “Nós somos parte da solução para a natureza”,  Moçambique celebra hoje, 22 de Maio, o dia internacional da biodiversidade.

A biodiversidade é indispensável para o equilíbrio dos ecossistemas naturais e reveste-se de grande importância para a vida e sobrevivência da humanidade. A variedade e uso equilíbrado dos recursos naturais tornam por exemplo possível a disponibilidade e qualidade da água potável que bebemos, do ar que respiramos, dos alimentos que produzimos, a estabilidade e protecção das zonas montanhosas, a protecção das zonas costeiras entre outros.

Numa altura em que os recursos naturais sofrem grande pressão devido ao desenvolvimento sócio económico, Moçambique toma a liderança e usando novos procedimentos identifica, mapeia  e lança pela primeira vez no país, áreas-chave para a biodiversidade (sigla em ingles KBAs – Key Biodiversity Areas). As KBAs são locais que devido às suas características especiais contribuem de forma significativa para a persistência da biodiversidade ao nível global tanto em ambientes terrestres como aquáticos e subterrâneos (IUCN, 2016). Em resultado deste estudoe foram identificadas e mapeadas 29 KBAs, das quais 25 são terrestres e 4 são marinhas, que ocupam uma área total de 139.947,05 km2. Esta actividade foi realizada no âmbito de uma parceria entre o Ministério da Terra e Ambiente, a Wildlife Conservation Society (WCS), e outros parceiros incluindo a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), tendo contado com o financiamento da USAID através do Projecto SPEED+. Para saber mais sobre os KBAs clique aqui. Pode tambem aceder aos documentos na biblioteca digital da BIOFUND, aqui.

Hoje todos somos chamados a contribuir para a conservação da biodiversidade afinal “nós somos parte da solução para a natureza”.

Pequenas acções como plantar uma árvore, manter o meio ambiente limpo, entre outras práticas, podem ajudar a conservar a biodiversidade. Faça a sua parte e contribua para a conservação da biodiversidade!

BIOFUND e parceiros reforçam Fundos do BIO-Fundo de Emergência e estendem cobertura de Junho para Dezembro de 2021, assegurando os postos de trabalho de mais de mil fiscais das Áreas de Conservação sob Gestão Pública e Privada

  • Fiscais do Lugenda Wilderness Camp

    Fiscais do Lugenda Wilderness Camp

Criado em Junho de 2020, pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) com o objectivo de reduzir os impactos extremos da pandemia do COVID-19 no sector de conservação em Moçambique (áreas públicas e privadas), assegurando os postos de trabalho dos fiscais e pessoal essencial para apoio à fiscalização, que anteriormente eram cobertos por rendimentos provenientes do turismo. O BIO-Fundo de Emergência foi concebido inicialmente para um período de cobertura de um ano. Contudo devido aos efeitos do COVID-19, que continuam a impactar negativamente o sector do turismo e não só, a BIOFUND estendeu o período de cobertura  do fundo até ao final de Dezembro do corrente ano.

Com esta extensão, mais Áreas de Conservação (ACs) sob gestão pública e privada, incluindo áreas comunitárias, irão beneficiar de 100% do pagamento dos salários dos fiscais, pessoal de apoio essencial nas AC’s bem como o pagamento de custos directamente ligados a actividades de fiscalização e patrulhamento, incluindo material de prevenção contra o COVID-19.

O BIO-Fundo de Emergência conta actualmente com 26 beneficiários, dos quais 13 Áreas de Conservação sob gestão privada, 11 Áreas de Conservação sob gestão pública e 2 Áreas de Conservação comunitárias, e assegura os postos de trabalho de mais de 1000 fiscais, tendo já desembolsado 103.896,002 Meticais (cento e três milhões, oitocentos e noventa e seis mil e dois meticais) de Junho de 2020 a Abril de 2021. Com este apoio às Áreas de Conservação, mais de 13 139 211 hectares de biodiversidade estão a ser protegidos, o equivalente a 63% da área total protegida no território nacional.

BIOFUND e BCI visitam primeiro projecto de conservação apoiado com os fundos do Cartão Bio

Com o objectivo de ver de perto, as actividades que estão a ser desenvolvidas com os fundos do Cartão bio, um projecto resultante de uma parceria estabelecida entre a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e o Banco Comercial de Investimentos (BCI), as equipas da BIOFUND e do BCI, efectuaram recentemente uma visita ao Sábiè Game Park, Área de Conservação onde foi implementado o primeiro projecto piloto financiado com fundos deste cartão, para a conservação de rinocerontes brancos e pretos, uma espécie em vias de extinção em Moçambique. Este projecto desenhado pela MozParks Initiative INC., apoiou a colocação de etiquetas satélite para melhor seguimento e protecção desta espécie.

A equipa da BIOFUND composta pelo Director de Financiamentos Inovadores, um Contabilista, um Assistente Administrativo e um Oficial de Monitoria e Avaliação juntamente com três colaboradores do BCI, tiveram a oportunidade de contemplar uma paisagem única e ainda foram agraciados por visitas das variadas espécies de animais que fazem parte do Sábiè Game Park.

Sean Nazerali, Director de Financiamentos Inovadores da BIOFUND, salientou que independemente da área de trabalho, a BIOFUND faz questão de que todos os colaboradores tenham oportunidades de contacto com a natureza do trabalho de base da instituição, para que percebam a importância da conservação. Daí o facto de fazerem parte desta visita, profissionais que não têm nenhuma formação técnica em conservação.

Para equipa do BCI que visitava pela primeira vez uma Área de Conservação, este contacto com a natureza sem dúvidas foi muito importante para aumentar a sua consciência sobre a conservação da biodiversidade e a intervenção da BIOFUND neste sector. É algo marcante ver o empenho de todos estes profissionais para conservar a biodiversidade. Estou feliz por saber que o BCI está a comparticipar nesta causa tão util para o nosso ecossistema – Acrescentou Esménia Nhane do BCI.

Recordar que os fundos do Cartão bio são exclusivamente uma contribuição do BCI, catapultada pela acção dos seus clientes, que ao escolherem usar o Cartão bio, contribuem para que uma percentagem do valor das transacções feitas através deste cartão, sejam canalizadas para a BIOFUND para a implementação de projectos que visam conservar a biodiversidade, sem nenhum custo adicional para os clientes do BCI.

Para mais detalhes sobre o Cartão Bio clique aqui

BIOFUND divulga relatório do 1º Inquérito de Auscultação sobre o impacto do COVID-19 nas Áreas de Conservação sob gestão privada no âmbito do BIO-Fundo de Emergência

  • Fiscais de Dombawera Safaris e armadilhas apreendidas

    Fiscais de Dombawera Safaris e armadilhas apreendidas

  • Trabalhadores comunitários da Companhia de Turismo Chemucane

    Trabalhadores comunitários da Companhia de Turismo Chemucane

  • Gestor e fiscais do Muthemba Safaris

    Gestor e fiscais do Muthemba Safaris

A Fundação para Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, no âmbito do Programa BIO-Fundo de Emergência, realizou em Março de 2021, um inquérito de auscultação aos beneficiários do sector privado com o objectivo de avaliar o impacto da pandemia do COVID-19 na conservação da biodiversidade e gestão das Áreas de Conservação. O inquérito foi realizado através de um questionário online com perguntas abertas e de escolha múltipla.

De acordo com os resultados do inquérito, no ano de 2020 as actividades de turismo de caça e turismo ecológico foram as mais afectadas pela pandemia e as operações de fiscalização bem como de  patrulhamento foram as menos afectadas. Este impacto reduzido, sobre as actividades de patrulhamento e fiscalização, deve-se ao início do suporte da BIOFUND e seus parceiros (através do BIO-Fundo de Emergência), que tem garantido o pagamento de custos salariais e operacionais dos fiscais e pessoal de apoio nas Áreas de Conservação bem como o apoio às comunidades locais.

Embora desde o surto da pandemia, tenha havido progressos em termos de saúde, como o surgimento das vacinas, o futuro do funcionamento das Áreas de Conservação ainda é incerto. Num universo de 13 (treze) áreas beneficiárias do sector privado do BIO-Fundo de Emergência (incluindo 1 área comunitária), 60% afirmam não ter condições financeiras suficientes para manter as suas áreas funcionais após o fim do apoio do fundo, previsto para Junho de 2021. Neste contexto, a BIOFUND está a estudar junto aos seus parceiros, possíveis formas de estender este fundo até Dezembro de 2021.

Para aceder ao relatório sobre o impacto da pandemia do COVID-19 nas Áreas de Conservação Privadas beneficiárias do BIO-Fundo de Emergência clique aqui.

O BIO-Fundo de Emergência actualmente conta com 25 beneficiários, dos quais 12 são Áreas de Conservação sob gestão privada, 11 Áreas de Conservação sob gestão pública e 2 Áreas de Conservação comunitária, que corresponde a uma cobertura de 63% da área protegida de todo país.

Saiba mais sobre o BIO-Fundo de Emergência clicando aqui

Comité de Gestão de Ratata cria soluções alternativas de geração de renda para aliviar a pressão sobre os recursos naturais no Parque Nacional de Gilé

Criado em 2010, o Comité de Gestão dos Recursos Naturais de Ratata, está localizado na zona tampão do Parque Nacional de Gilé (PNAG), do lado da localidade de Impaca, no distrito de Pebane e está a trabalhar em coordenação com o parque, para encontrar alternativas sustentáveis que visam melhorar os meios subsistência dos mais de 5 bairros que albergam cerca de 7 mil famílias.

O comité tem beneficiado de apoios de parceiros para reforçar o seu papel no trabalho na sensibilização comunitária sobre conservação dos recursos naturais bem como fortalecer as actividades económicas e produtivas de Ratata, sendo que em 2020, o Parque Nacional do Gilé realizou formações sobre apicultura, produtos florestais não madeireiros, afugentamento de animais e gestão de conflitos homem animal.

Outras actividades que estão ser desenvolvidas neste comité, junto das comunidades, têm a  haver com a promoção de poupanças e fortalecimento da cadeia de valor dos materiais agrícolas produzidos pela comunidade. De salientar que este é um comité legalizado, tem  uma conta bancária e cria formas de gerar rendimentos e sustentabilidade através de cobrança de cotas mensais e joias aos membros

Esta informação foi partilhada durante a visita que trabalhadores da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e funcionários da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), realizaram recentemente ao Parque Nacional do Gilé no âmbito do projecto PROMOVE Biodiversidade, que prevê abranger três componentes: (a) Conservação da biodiversidade; (b) Desenvolvimento comunitário e (c) Estudos e pesquisas, que obedecerão as prioridades que serão identificadas em coordenação com a Administração da PNAG. A componente de conservação da biodiversidade é gerida  pela Fundação FFS-IGF através do apoio directo ao Parque Nacional do Gilé.

Ainda no âmbito do PROMOVE Biodiversidade, o PNAG prevê realizar formações em matérias de gestão de conflito e associativismo como forma de aprimorar o funcionamento do Comité de Gestão  dos Recursos Naturais de Ratata e outros comités similares na região.

Monte Pope e sua paisagem única: um atractivo turístico por descobrir no Parque Nacional do Gilé

Árvores altas, espécies variadas de plantas e o cantar dos pássaros que encantam quem entra para floresta dentro do Parque Nacional do Gilé, na província da Zambézia. Mas depois de uma hora de carro deste momento único, surge um novo horizonte que com um estimulo mágico desperta a vontade de ver onde terminam aquelas formações montanhosas descobertas (documentadas) pela primeira vez em 1920. É assim que começa a escalada até ao topo do Monte Pope com cerca de 265 metros de altura.

Localizado na vasta área do Parque Nacional do Gilé,  com cerca de 2.861 km2 e uma Zona Tampão (ZT) de 1.671 km2, escalar o Monte Pope é um desafio que leva cerca de 45 minutos.  Trajecto que só pode ser feito a pé e na companhia de um guia pois o caminho repleto de rochas também possui alguns segredos que só quem já la esteve os conhece.

É possível fazer uma pequena paragem a meio do caminho mas neste ponto, a vontade de chegar ao topo é tão grande que parar é adiar um desejo que está ao rubro.

Sendo parte do Parque Nacional do Gilé, a sua vegetação abriga uma grande riqueza de flora, incluindo muitas das espécies dominantes do miombo.

Ao longo da escalada é possível contemplar uma paisagem constituída por um mosaico de floresta e pradarias. As águas que escorrem entre as pedras e mistura do som dos pequenos insectos proporcionam uma trilha sonoro cativante para chegar ao topo do monte. E por falar em topo do monte Pope após lá chegar, não há dúvidas de que a mãe natureza é um presente divino perfeito. Uma paisagem que fica marcada na memória de quem lá chega!

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Beneficiários da 2ᵃ edição de estágios do PLCM prontos para iniciar as suas actividades

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em parceria com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC ) e a Direcção Nacional de Florestas (DINAF) realizou no dia 06 de Abril, a indução dos estagiários beneficiários a nível central, da 2ª edição de estágio do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM). Os 16 jovens, dos quais, cinco mulheres, são formados em áreas multidisciplinares como Direito (2), Publicidade e Marketing  (2), Engenharia Florestal (6), Engenharia Agronómica (1), Contabilidade e Auditoria (1), Ciências Políticas (1), Engenharia Informática e Tecnologias (1), Engenharia Ambiental (1) e Aplicações Informáticas (1) e serão alocados à BIOFUND, ANAC, DINAF e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS).

O evento juntou igualmente os beneficiários da 1ª edição do programa bolsas de estudos numa troca de experiência entre os futuros jovens líderes da conservação.

Luís Honwana, Director Executivo da BIOFUND, referiu durante a abertura do evento que, com o Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM), a BIOFUND pretende dar aos jovens uma oportunidade de conhecer o seu papel na conservação da biodiversidade e principalmente consciencializar sobre a necessidade do envolvimento de todos os sectores na conservação da biodiversidade.

Alima Issufo, representante da DINAF, além de transmitir as expectativas da instituição para com os estagiários, partilhou a história da sua carreira que, tal como os jovens seleccionados, iniciou como estagiária e hoje trabalha no Departamento de Gestão Florestal há mais de vinte anos.

Durante o evento, os beneficários tiveram a possibilidade de ouvir sobre as instituições onde irão estagiar bem como participar de dinâmicas de grupo que permitirão envolvimento e aprendizagem sobre a biodiversidade e as Áreas de Conservação do país. Houve igualmente, espaço para partilha de experiências com ex-estagiários do programa que actualmente fazem parte da equipa de colaboradores da BIOFUND e da ANAC.

“Estou muito feliz em fazer parte do PLCM. Num horizonte de mais de mil candidatos eu fui escolhida! Como jovem darei o meu melhor durante o perodo de estágio” – Iolanda da Conceição Carvino Chibamo formada em engenharia florestal  e estagiária na DINAF.

“Como jovem sei que posso fazer muito pela conservação da biodiversidade. Espero usar o meu potencial para influenciar outros jovens com a experiência que irei adquirir neste estágio” –  Betuel Virgílio, formado em Direito e estagiário na ANAC.

Recorde-se  que esta é a segunda edição de estágios pré-profissionais realizados pelo PLCM, tendo-se  realizado a primeira edição de Fevereiro de 2020 a Fevereiro de 2021, beneficiando cerca de 19 jovens a nível central e nas Áreas de Conservação.

BIOFUND, ANAC e União Europeia apresentam projecto PROMOVE Biodiversidade na província da Zambézia

Com vista a dar a conhecer sobre o PROMOVE Biodiversidade a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e a União Europeia, apresentaram no dia 30 de Março do corrente ano, o projecto PROMOVE Biodiversidade ao Conselho de Representação da Secretaria do Estado da Província da Zambézia.

A sessão dirigida pela secretária de Estado da província da Zambézia, Judith Mussácula Faria, contou com a participação dos diferentes órgãos centrais da província, que mostraram-se entusiasmados com  as perspectivas do início do projecto PROMOVE Biodiversidade.

No seu discurso Judith Mussácula Faria, referiu que o facto do projecto PROMOVE abranger diferentes componentes irá permitir maior benefícios para as áreas alvo tendo acrescentado ser indispensável o envolvimento comunitário na identificação de melhores soluções para a conservação da biodiversidade.

A BIOFUND vai gerir cerca de 10.2 milhões de Euros enquanto que 2.8 milhões de Euros serão geridos pelo Governo de Moçambique através da ANAC.

Cidália Mahumane, Directora de Planificação, Cooperação e Estudos da ANAC, referiu que através da componente 1 do Projecto PROMOVE Biodiversidade espera-se reforçar o quadro de governação das instituições que lidam com os recursos naturais, com especial enfoque para Autoridade Administrativa da Convenção Internacional para o Comércio de Espécies de Flora e Fauna em risco de extinção (CITES) através da criação de mecanismos de engajamento das instituições académicas e de investigação na implementação da convenção CITES.

Para Alexandra Jorge, Directora de Programas da BIOFUND, este encontro permitiu criar um engajamento com o Governo local, de modo que as autoridades locais contribuam para o alcanse do resultados do projecto, que irá abranger três áreas alvo nas províncias da Zambézia e de Nampula: Parque Nacional do Gilé, Monte Mabu e Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS), nas componentes de conservação da biodiversidade, desenvolvimento comunitário e pesquisa.

No caso do Parque Nacional do Gilé, existem muitos desafios para a biodiversidade, caracterizadas por actividades extractivas ilegais por parte das populações locais, assim como por agentes externos, incluindo queimadas descontroladas que anualmente ocorrem na área e destroem muita fauna e flora. A explorarão comercial de madeira e a explorarão de produtos mineiros, são ainda um grande desafio na Zona Tampão do Parque Nacional Gilé.

Segundo a representante da União Europeira e gestora do PROMOVE Biodiversidade, Aude Guignard, este projecto está inserido no programa PROMOVEl criado em 2018 através de um acordo entre a União Europeia e o Governo de Moçambique. O PROMOVE global tem um orçamento total de 360 milhões de Euros e compreende o PROMOVE-Nutrição PROMOVE-Energia, PROMOVE-estradas, PROMOVE-Saúde, PROMOVE-Comercio e PROMOVE-Biodiversidade. O PROMOVE Biodiversidade iniciou em 2019 e tem um orçamento  de cerca de 13 milhões de Euros.

Recordar que o PROMOVE Biodiversidade tem como objetivo global, contribuir para o crescimento econômico sustentável, para a redução da pobreza e da vulnerabilidade (contra os impactos das mudanças climáticas) através do uso sustentável dos recursos naturais, com um periodo de execução de cinco anos.

Dia Internacional das Florestas – 21 de Março

Celebra-se hoje, 21 de Março, o Dia Internacional das Florestas e Moçambique tem como lema “Conserve as florestas, plantando mais árvores”, como forma de incentivar o plantio de árvores a nível nacional.

As florestas são o ‘’berço’’ da biodiversidade e são responsáveis por fornecer subsídios necessários para sobrevivência de diversas espécies de plantas e animais e são um recurso natural renovável e gerador de múltiplos bens e serviços da maior importância para o ambiente, economia e melhoria da qualidade de vida das populações de meio rural. As árvores também conhecidas como “pulmão do mundo”, ocupam cerca de 30% da superfície da Terra, sendo responsáveis pela produção de oxigénio através da fotossíntese por isso a sua preservação é de extrema importância

Moçambique é um dos poucos países da África Austral ainda com alguma cobertura florestal, com certa de 34 milhões de hectares representando cerca de 43%  do país, composta principalmente por  florestas de Mopane Miombo e Mecrusse. O Miombo é o ecossistema florestal que mais se destaca, abrangendo cerca de 67% (2/3) da cobertura florestal do país. No entanto, o desmatamento e a degradação florestal causados pela agricultura, expansão urbana e de infra-estruturas, assentamentos populacionais, exploração de madeira, produção de carvão, explorações mineiras entre outras, tem vindo a reduzir significativamente a cobertura florestal a uma taxa de 267 000 ha anualmente correspondente a 0.79%, reduzindo desta forma a disponibilidade de bens e serviços ecossistêmicos florestais para as comunidades rurais, além de ameaçar a biodiversidade e aumentar a emissão de gases de efeito estufa.

A Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) está comprometida em financiar actividades que visam conservar a biodiversidade, e é neste âmbito que em Dezembro de 2020 lançou uma campanha de plantio de árvores nativas tendo abrangido cerca de 100 pessoas, dentre elas parceiros e colaboradores.

Faça diferença plantando uma árvore sempre que possível e não se esqueça que combater ao desmatamento é fundamental para evitar as alterações climáticas.

15 jovens moçambicanos beneficiam de bolsas de estudos para mestrado através do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) através do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM) vai financiar 15 bolsas de estudo para o ano lectivo  2021/2022.

Trata-se de um programa de bolsas de estudos, para o nível de mestrado, que pretende incentivar a formação de jovens estudantes em áreas de interesse para o Sector da Conservação, através da cobertura dos custos de formação e pesquisa científica nas Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (FAEF) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Faculdade de Engenharia Ambiental e de Recursos Naturais (FEARN) da Universidade Zambeze (UNIZAMBEZE) e Faculdade de Ciências Naturais (FCN) da Universidade Lúrio (UNILÚRIO). O PLCM alocou cinco bolsas por universidade.

As bolsas de estudos são para os cursos de Mestrado em Maneio e Conservação da Biodiversidade, Desenvolvimento Rural, Planeamento Territorial e Conservação da Biodiversidade, Gestão Ambiental e Recursos Hídricos, Ecologia Aplicada e Gestão das Organizações e Responsabilidade Corporativa, abrangendo jovens recém formados, com idades entre 23 e 27 anos (dos quais quatro raparigas), das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Zambézia, Manica, Nampula e Cabo Delgado. Estes jovens foram seleccionados através de critérios rigorosos após se terem candidatado a um concurso público lançado pelo PLCM em Novembro de 2020.

O PLCM é um programa da BIOFUND financiado pelo projecto Mozbio2 (Banco Mundial), que visa entre outros objectivos, motivar e atrair jovens para a conservação. Para o efeito, o programa criou três principais programas:

  1. Programa de Subvenções de Pesquisa;
  2. Programa de Estágios Pré-Profissionais e;
  3. Programa de Bolsas de Estudo.

Para saber mais sobre as oportunidades e resultados do PLCM clique aqui.

UEM e BIOFUND assinam Memorando de Entendimento para o fortalecimento das actividades em prol da conservação da biodiversidade

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) assinaram recentecemente, um Memorando de Entendimento para a criação de sinergias em prol das actividades de conservação da biodiversidade em Moçambique.

Este Memorando de Entendimento prevê a colaboração no desenvolvimento de políticas relacionadas com o desenvolvimento económico sustentável e a conservação da biodiversidade, promoção da pesquisa orientada para o apoio à conservação da biodiversidade, capacitação de técnicos do governo, sociedade civil e sector privado sobre práticas de desenvolvimento sustentável e conservação da biodiversidade e aplicação da hierarquia de mitigação em projectos de desenvolvimento.

A UEM e a BIOFUND irão igualmente colaborar na promoção de formação técnica e transferência de conhecimento e de tecnologias nas Áreas da Conservação da biodiversidade, desenvolvimento comunitário e outras áreas afins que se entendam necessárias e estratégicas para o desenvolvimento do Sistema Nacional das Áreas de Conservação em Moçambique bem como na mobilização de recursos humanos, financeiros e premiação com bolsas de mérito, aos melhores estudantes no âmbito do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM).

O presente Memorando de Entendimento abarca um período de cinco anos, que poderão ser renováveis automaticamente por igual período. Neste momento as duas instituições estão a desenvolver um Plano de Actividades de modo a definir as metas e prioridades a curto e médio prazo, que irão possibilitar maiores resultados.

Workshop de encerramento da 1ª edição do programa de estágios pré-profissionais do PLCM

Organizado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em parceria com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), o workshop foi realizado de forma virtual, no dia dois de Março de 2021 e contou com a participação de todos os estagiários do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique (PLCM).

Sob o lema “O Papel e Envolvimento da Juventude na Conservação da Biodiversidade em Moçambique”, o evento visava colher experiências vividas pelos jovens durante a realização das diversas actividades de conservação, bem como a partilha de lições aprendidas e desafios enfrentados para o fortalecimento das suas carreiras.

Os jovens estagiários e outros profissionais do sector presentes no evento, trocaram experiências e refletiram em torno dos temas sobre a liderança, envolvimento comunitário versus o sucesso no sector de conservação, assim como o papel da juventude e desafios do género na conservação da biodiversidade em Moçambique. Os estagiários destacaram as mais-valias que o programa trouxe para as suas carreiras profissionais e o seu contributo para melhorar sistemas e processos nos centros de estágios onde estiveram inseridos e no desenvolvimento do sector de conservação no geral.

Célio Macheieie, formado em Química Marinha e beneficiário do programa realçou que o programa de estágios serviu para despertar em si e maior interesse pelo sector de conservação. “Pela minha formação nunca pensei em trabalhar na conservação, mas, depois do estágio do PLCM senti-me motivado para desenvolver a minha carreira profissional neste sector”, relatou o estagiário.

Um dos momentos marcantes da cerimónia, foi a eleição do jovem líder do ano 2020 do PLCM, feita através de votação de todos os estagiários. O prémio que visa distinguir e reconhecer o jovem que mais se destacou durante o desenvolvimento de diferentes actividades em defesa da conservação da biodiversidade, foi para a Natércia Parruque, estagiária na Área de Comunicação da BIOFUND.Na ocasião, Natércia Parruque referiu que este reconhecimento despertou ainda mais o seu interesse em trabalhar pela conservação da biodiversidade.

Foram  19 jovens formados em diferentes áreas do saber, que foram integrados em quatro Áreas de Conservação, nomeadamente o Parque Nacional de Banhine, Parque Nacional do Limpopo, Parque Nacional de Zinave e o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, e quatro instituições de conservação a nível do país (BIOFUND, ANAC, WWF Moçambique e Centro Terra Viva), que participaram nesta maratona durante um período de 6 a 12 meses, nesta primeira edição do programa de estágios do PLCM. Destacamos e agradecemos o empenho dos supervisores e equipas de apoio nos diferentes locais dos estágios que foram cruciais para o sucesso desta 1º edição de estágios do PLCM!

O PLCM é um programa inserido no Projecto MozBio 2 (financiado pelo Banco Mundial/MozBio/IDA durante 2019-2024), que tem por objectivo elevar a capacidade dos profissionais do sistema nacional das áreas de conservação, motivar e atrair jovens qualificados para o sistema de conservação e atrair o público, os jovens em particular, para a rede da comunidade de conservação.

Dia Mundial da Vida Selvagem celebrado sob lema “Florestas e Meios de Subsistência: Sustentando as Pessoas e o Planeta”

Assinala-se hoje, 03 de Março de 2021, o Dia Mundial da Fauna e Flora Selvagens. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2013, com o objectivo de celebrar a fauna e flora mundial e alertar para os perigos do tráfico de espécies de fauna selvagens.

No presente ano, a data é celebrada sob o lema “Florestas e meios de subsistência: sustentando as pessoas e o planeta”, como uma forma de destacar o papel central das florestas, espécies florestais e a importâncias dos serviços de ecossistemas na manutenção dos meios de subsistência de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, e particularmente de comunidades indígenas e locais com laços históricos, sociais e económicos com áreas florestais e adjacentes à floresta.

Esta, é mais uma chamada de reflexão sobre como podemos contribuir para a preservação dos recursos florestais. Conhecer os ecossistemas florestais e as espécies de vida selvagem mais próximas, as ameaças que eles enfrentam, e saber mais sobre as comunidades locais que vivem nas florestas ou próximas a elas, a interdependência dos seus meios de subsistência em relação às florestas, e como os seus conhecimentos e experiências podem iluminar os esforços de conservação das espécies florestais em todo o mundo, que pode sim, fazer a diferença na continuidade destas espécies.

Moçambique é um dos países que luta no combate à caça furtiva e queimadas descontroladas, factores que ameaçam a extinção de algumas espécies de fauna, como o rinoceronte e o pangolim. É neste quadro de ameaça às espécies de fauna e flora que a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), reforça a mensagem de que o futuro da fauna bravia e seu habitat dependem do comportamento humano!

A AFD e a BIOFUND lançam projecto de resiliência dos ecossistemas de mangais no Delta do Zambeze e Fundo para a mitigação dos efeitos de desastres climáticos em Áreas de Conservação

Para o efeito, foi assinado na manhã desta quarta-feira, 03 de Março em Maputo, um acordo de financiamento entre a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) para o projecto designado ECO-DRR.

Trata-se de um projecto cujo objectivo é reforçar a resiliência ecossistémica, comunitária e financeira face aos efeitos das mudanças climáticas em Moçambique. Com a duração de cinco anos, o projecto conta com o financiamento de 6,29 milhões de euros, dos quais 6 milhões de euros fornecidos pela AFD e 290 000 euros pela Cruz Vermelha Francesa.

Devido à sua geografia e topografia, Moçambique está exposto a eventos climáticos extremos, que levam a elevadas perdas humanas e económicas. O país ocupa o 10º lugar entre os países mais vulneráveis ao risco de catástrofes no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique (INGC), o país já sofreu mais de 80 eventos catastróficos desde os anos 50.

Para fazer face aos efeitos destes desastres climáticos no país, o projecto ECO-DRR estará dividido em três componentes:

  • A primeira componente visa reforçar as capacidades dos actores locais de redução do risco de desastres territoriais na bacia hidrográfica do Delta do Zambeze a nível provincial, distrital, municipal e das comunidades. Esta componente será implementada pela Cruz Vermelha Francesa (CVF) e pela Cruz Vermelha de Moçambique (CVM);
  • A segunda componente é centrada na protecção, restauração e gestão sustentável dos ecossistemas de mangais no Delta do Zambeze. Será implementada pela WWF através da criação de soluções baseadas na natureza, incluido a gestão sustentável de 15.000 ha de mangais, a restauração ecológica de 390 ha de mangais, e o estabelecimento de 2 Áreas de Conservação comunitária;
  • A terceira componente irá criar resiliência financeira do sistema das Áreas de Conservação em caso de mudanças climáticas através da contribuição para o endowment  da BIOFUND. Inclui a criação de um “Fundo específico para mitigar efeitos das mudanças climáticas”, e o desenvolvimento e implementação dos seus procedimentos a longo prazo e a nível nacional, para permitir que as Áreas de Conservação tenham acesso a fundos para mitigar destruições e danos causados por desastres naturais.

Como resultado do projecto, espera-se que findos os cincos anos, a densidade adequada de mangais seja estabelecida e mantida nas áreas de restauração ( cerca de 390 ha de mangais), os meios de subsistência das famílias que vivem nestes ecossistemas sejam melhorados,  15.000 ha de mangais sejam colocados sob gestão sustentável através do desenvolvimento de planos de gestão dos mangais. A resiliência do sistema das Áreas de Conservação no país será reforçada com a criação de um fundo de emergência no âmbito do endowment da BIOFUND, para ser usado em caso de desastres naturais.

O projecto prevê igualmente a sensibilização de cerca de 70% dos membros das comunidades alvo sobre as medidas a serem implementadas em caso de inundações e a criação e validação de planos de acções comunitárias de resposta a desastres.

Criado o Comité de Acompanhamento do Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário em Chimanimani

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD), Fauna and Flora International (FFI), a Fundação MICAIA, o Parque Nacional de Chimanimani (PNC) e Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS) através do Projecto MozBio II realizaram no passado dia 11 de Fevereiro de 2021, a Primeira Sessão do Comité Director do Projecto Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário em Chimanimani, abreviadamente Projecto Chimanimani.

Este projecto, possui um financimento total de 4.8 milhões de Euros, dos quais 3 milhões são provenientes da AFD, 1.2 milhões do Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM) e 0.6 milhões da FFI a ser implementado por um período de 4 anos.

Nesta sessão, foram aprovados os termos de referência do Comité Director do Projecto composto pela ANAC, a BIOFUND, o Parque Nacional de Chimanimani (PNC), o Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), a Fundação MICAIA, e a Fauna and Flora International (FFI), incluindo a Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD/FFEM) como observador. O comité é presidido pela ANAC e secretariado pela BIOFUND.

Os parceiros discutiram vários aspectos relacionados com a coordenação, implementação e alcance dos resultados do projecto e aprovaram os Planos de Actividades e Orçamento para o ano 2021, para as quatro componentes do projecto, nomeadamente:

  • Componente 1 referente ao conhecimento, protecção e valorização do património natural e cultural, a ser implementada pela ANAC e pelo Parque Nacional de Chimanimani;
  • Componente 2 referente ao ordenamento do território e desenvolvimento local, a ser implementada pela Fundação MICAIA;
  • Componente 3 referente ao reforço e desenvolvimento de cadeias de valor, também implementada pela Fundação MICAIA; e
  • Componente 4 correspondente a mecanismos de financiamento do Parque Nacional de Chimanimani e sua zona tampão a ser implementada pela

O Parque Nacional de Chimanimani e sua zona tampão localiza-se a leste de Moçambique na Província de Manica, é uma região caracterizada pela diversidade de fauna e flora endémica. Este apoio a Chimanimani vem reforçar outros apoios canalizados e/ou financiados pela BIOFUND a esta Área de Conservação desde 2017.

Nossa Biodiversidade: Amostragem de Espécies Exclusivas no Parque Nacional de Banhine

Com o início da época chuvosa no Parque Nacional de Banhine – PNB, a equipa de biólogos composta por dois estagiários do Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique – PLCM, Golden Benedito Joaquim, Licenciado em Ciências Biológicas e Euderico Manjama, Licenciado em Biologia Marinha Aquática e Costeira, realiza uma amostragem de espécies aquáticas e aves predominantes naquela Área de Conservação.

A amostragem teve o seu início no mês de Novembro de 2020. Na fase inicial as atenções foram fortemente viradas para a amostragem de plantas e mamíferos. No entanto, a época chuvosa que iniciou em Dezembro de 2020, resultou na criação de focos de água que concentram espécies exclusivas e possíveis de serem encontradas neste período do ano, como é o caso de répteis, anfíbios e até aves que concretizam o seu ciclo de vida na água.

Esta actividade é realizada com o principal objectivo de identificar as espécies de fauna e flora predominantes no PNB. A partir desta amostragem, será possível documentar numa base de dados com informações fidedignas sobre as espécies, épocas possíveis de visualização, assim como as características do seu habitat.

Localizado na Província de Gaza, com uma extensão de 7250 km2, o Parque Nacional de Banhine é um dos beneficiários da Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, através do Projecto Abelha que apoia no pagamento de despesas recorrentes não salariais, para o seu funcionamento.

BIO-Fundo de Emergência: Evolução e seus impactos na protecção da biodiversidade em Moçambique

Em apenas 5 meses após a sua criação, o Programa BIO-Fundo de Emergência já contribuiu para a protecção de 12 695 911 hectares de biodiversidade em 24 Áreas de Conservação do país, das quais 11 são áreas de gestão pública, 11 sob gestão privada e duas áreas de gestão comunitárias, através do apoio no pagamento de salários mais de 958 fiscais.

Conheça a evolução deste programa e seus impactos aqui!

DIA MUNDIAL DAS ZONAS HÚMIDAS: A água, zonas húmidas e vida são inseparáveis

Decretado em 1971, na cidade iraniana de Ramsar, 2 de Fevereiro marca a celebração internacional da adopção da Convenção sobre as Zonas Húmidas, ou simplesmente a Convenção de Ramsar. Uma convenção que visa promover a cooperação internacional e incentivar as acções para uma gestão racional e sustentável das zonas húmidas para a manutenção da vida da humanidade e da biodiversidade.

As Zonas Húmidas são ecossistemas de transição entre os ambientes aquáticos e terrestres, distribuídos em áreas de pântano, águas naturais ou artificiais, permanentes ou temporárias, com água estática ou corrente, fresca, salobra ou salgada, incluindo áreas marinhas com profundidade, na maré baixa, que não exceda seis metros de profundidade.

Encontrando-se entre as mais produtivas do mundo, as zonas húmidas sustentam a humanidade e a natureza, providenciando uma série de serviços ecossistémicos insubstituíveis a nível global, como a água potável, biofiltragem de água, habitat para várias espécies migratórias, mantêm o equilíbrio de vários ecossistemas e contribuem para atenuar os efeitos das alterações climáticas.

Anualmente 200 novas espécies de peixes são descobertas em zonas húmidas e mais de 1 bilhão de pessoas depende directamente deste ecossistema para a sua sobrevivência.

Contudo, apesar da sua importância, o crescimento populacional, a urbanização costeira, a poluição, e o consumo irresponsável de água coloca uma pressão irreversível sobre as zonas húmidas.

Hoje, cada um de nós é chamado a contribuir para a protecção das zonas húmidas, tomando decisões com consciência ambiental, tal como aumentar a eficiência do uso de água, sensibilizar as populações para o uso sustentável da água, não destruir zonas húmidas, restaurar zonas impactadas e integrar este ecossistema no planeamento territorial e na gestão de recursos naturais.

Moçambique é signatário da Convenção de Ramsar, sobre Terras Húmidas desde 2004 (https://www.ramsar.org/wetland/mozambique), visando garantir a implementação de acções de proteção e conservação destes ecossistemas aquáticos, pelo reconhecimento do papel que desempenham no equilíbrio ecológico. Moçambique tem actualmente duas áreas proclamadas Ramsar, que cobrem uma área total de 4,534,872 hectares, nomeadamente o Complexo de Marromeu (que inclui o Delta do rio Zambeze, onde a BIOFUND apoia a conservação da biodiversidade) e o lago Niassa e a sua zona costeira.

Diocórcia Chaguala – Mãe, esposa e heroína da biodiversidade

Diocórcia é uma das poucas mulheres do Parque Nacional de Limpopo (PNL) que trabalha no sector de fiscalização há 12 anos. Ela sempre sonhou em trabalhar na área de conservação e este sonho veio a realizar-se em 2008, ano em que ingressou no PNL, como fiscal.

Esposa, mãe e dona de casa, Diocórcia passou primeiro por uma formação em fiscalização que exigiu de si muita coragem e persistência. Confessa que no início não foi fácil conciliar as actividades, pois, o trabalho de fiscalização requer coragem e determinação, principalmente sendo mulher.

O meu maior desafio foi quando tive de abandonar a minha família durante vários dias para permanecer nos postos de fiscalização junto com os outros colegas, não foi fácil. Em algum momento pensei em desistir devido às adversidades, mas a minha coragem e o apoio da família me conduziram até ao fim”.

Actualmente, o número de mulheres que trabalham no sector da fiscalização tem vindo a crescer em Moçambique, segundo os dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação, em todo país as Áreas de Conservação contam com mais de 170 mulheres que não medem esforços para a preservação da natureza.

Família de leões dá boas-vindas às estagiárias do PLCM na Reserva Especial Niassa

O facto deu-se na última quarta-feira, 20 de Janeiro, nos escritórios de Mariri, uma concessionária do Bloco L5S da Reserva Especial de Niassa, onde encontram-se Sofia Nhalungo e Tânia Zeferino, estagiárias da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e beneficiárias do Programa de Liderança para Conservação de Moçambique (PLCM).

E se a relação entre este mamífero felino e o homem tem sido assustadora, desta vez o encontro foi amigável. A família de leões, composta por um macho e duas fêmeas, não só decidiu fazer pausa para fotos, como também permaneceu tranquila ao se aperceber da presença humana. Após alguns minutos a família decidiu prosseguir o seu passeio pela reserva.

Ver a família de leões foi uma experiência marcante para as futuras líderes em conservação, afinal não são todos os dias que temos a chance de estar cara a cara com o “rei da selva”.

“Foi emocionante ver os leões no seu habitat tranquilos, parecendo não se importar com a nossa presença.  Naquele momento, pude perceber que na verdade nós, os humanos, é que fizemos deles nossos inimigos, pois, invadimos o espaço o seu e eles acabam mostrando um comportamento agressivo para se defender.” Afirmou Sofia Nhalungo

Por seu turno, Tânia Zeferino contou que quando viu os leões tão próximos e sem apresentar nenhum comportamento agressivo, percebeu que é possível a coexistência entre os humanos e a fauna bravia, desde que se respeite o espaço de cada um.

A visita tranquila e harmoniosa dos felinos às estagiárias realçou a possibilidade de boa convivência entre o ser humano e a natureza e os ganhos mútuos que a conservação oferece ao homem assim como à natureza. Igualmente, foi destacado o potencial que as Áreas de Conservação têm para a prática do turismo baseado na natureza.

Sofia Nhalungo e Tânia Zeferino são recém-graduadas em Ecologia e Conservação da Biodiversidade Terrestre e Biologia Marinha, Aquática e Costeira, respectivamente e encontram-se na Reserva Especial de Niassa para desenvolver habilidades práticas de trabalho de campo por período de dezassete dias, no âmbito do Programa de Estágios do PLCM.

Concluído o primeiro projecto financiado pelo Cartão bio

Trata-se do projecto apoiado pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND, através do Cartão bio, uma parceria da BIOFUND com o Banco Comercial de Investimentos (BCI), que visa contribuir para a preservação de rinocerontes, em vias de extinção no Sábiè Game Park, no distrito da Moamba.

O Sábiè Game Park compreende 25% da fronteira total do Parque Nacional Kruger (KNP) com Moçambique e é de extrema importância para os esforços de conservação de rinocerontes e elefantes, pois actua como uma zona tampão, estando entre as maiores concentrações mundiais de rinocerontes remanescentes no KNP a oeste e da caça furtiva que emana do leste de Moçambique.

O projecto desenhado pela MozParks Initiative INC., consistiu na aquisição, instalação e implementação de um sistema de monitoria e rastreamento seguro e eficiente para melhor proteger o rinoceronte (preto e branco), concentrado no sul do Parque Nacional Kruger (KNP), na África do Sul, e que atravessa a fronteira para o Sábiè Game Park em Moçambique. Esta acção tem como principais objectivos monitorar e rastrear o rinoceronte, de modo a aprimorar sua protecção e contribuir para o estudo do comportamento e das suas preferências ecológicas nesta Área de Conservação.

O projecto teve duas fases de implementação, sendo a primeira da aquisição do material de rastreamento e a segunda da colocação das etiquetas de rastreamento nos rinocerontes.

A colocação das etiquetas de rastreamento nos rinocerontes foi feita com apoio aéreo, através do uso de um helicóptero e intervenção de uma unidade veterinária especializada (Mozambique Wildlife Services) para anestesiar os rinocerontes, usando o seguinte procedimento:

  1. O rinoceronte é detectado dentro do perímetro do Sábiè Game Park e a equipa reúne-se para executar a operação;
  2. A operação ocorre dentro de 24 horas após a detecção do rinoceronte e consiste em localizar o animal, anestesiar, colocar a etiqueta de rastreamento, tratar alguma ferida que este possa ter e proceder à sua libertação;
  3. Cada etiqueta passa a ser permanentemente acompanhada pelo sistema de rastreamento.

Por outro lado, como medida adicional para garantir uma maior cobertura na protecção dos rinocerontes, o Sábiè Game Park em colaboração com a Saving the Survivors, adoptou também a técnica de remoção dos cornos dos rinocerontes. Este processo é realizado enquanto o rinoceronte está sedado, onde depois de cortados, os cornos são pesados, etiquetados e guardados em segurança fora das Áreas de Conservação.

Esta acção inibe o abate dos rinocerontes por caçadores furtivos e tem apresentado resultados positivos na redução de mortes de rinocerontes em reservas e parques no Zimbabwe e na África do Sul, pois, ao contrário dos elefantes, os cornos dos rinocerontes voltam a crescer depois de alguns anos e a remoção de forma segura e regular poderá garantir que estes deixem de ser alvo dos caçadores furtivos. Saiba mais sobre o processo de remoção dos cornos dos rinocerontes aqui.

Importa referir que, só no mês de Agosto de 2020, dois rinocerontes foram abatidos e tiveram os seus cornos retirados de forma brutal, por caçadores furtivos na localidade de Sábiè.

Espera-se que o sistema de monitoria e rastreamento dos rinocerontes financiado pela BIOFUND através do Cartão bio, assim como a técnica de remoção dos cornos nos animais, uma iniciativa do Sábiè Game Park e da Saving the Survivors, contribua para a redução de perdas de rinocerontes no país.

Comunidade de Muthemba Safaris na província de Gaza, comprometida com a conservação da biodiversidade

Através da abertura de novas escolas, furos de água para as comunidades, promoção de actividades de educação ambiental nas escolas locais, entre outras actividades de desenvolvimento comunitário, Muthemba Safaris sensibiliza as comunidades a abraçarem a causa da preservação dos recursos naturais. Esta foi a forma de manter a comunidade da zona tampão comprometida na conservação dos cerca de 10.000 hectares de floresta de Mopane e fauna maioritariamente composta por búfalos, elefantes, impalas, leopardos, hienas, leões, e diversas espécies de aves. Afinal conservação é desenvolvimento.

“A relação da Muthemba Safaris com a comunidade local é muito boa, a acções de responsabilidade social tem contribuído para o engajamento da comunidade nas actividades de conservação”. Declarou Zefanias Williamo Sibanda, membro da comunidade de Tchenge e fiscal do Muthemba Safaris.

Este dado foi avançado aquando da visita de monitoria, realizada a Mutemba Safaris, uma Fazenda de Bravio localizada no Posto Administrativo de Chicualacuala, distrito de Massangena, província de Gaza, no âmbito do BIO-Fundo de Emergência. Este programa beneficia a área no pagamento de salários dos fiscais desde Agosto de 2020, que eram anteriormente cobertos com fundos provenientes de receitas turísticas, que devido a covid 19 são de momento inexistentes.

Gaby: o cão que está a fazer a diferença na fiscalização em Massingir Safaris

Com pouco mais de 2 anos, Gaby, tem sido um verdadeiro guardião da natureza e uma peça indispensável para as actividades de fiscalização em Massingir Safaris.

Com as suas habilidades de farejar, o pequeno mamífero tem ajudado os três fiscais de Massingir Safaris, a conservar a biodiversidade de 8.000 hectares de área, pois, além de inteligente, em casos de perseguições de caçadores furtivos, Gaby consegue em pouco tempo rastrear os passos dos furtivos.

O uso de cães farejadores, tem sido uma aposta de sucesso nas actividades de patrulhamento em Massingir Safaris. Actualmente esta área de conservação conta com canis para cerca de seis cães treinados para actividades de fiscalização e patrulhamento.

Localizada na província de Gaza, Massingir Safaris é uma Área de Conservação sob gestão privada, que apesar da redução da facturação por conta da COVID-19 continua a conservar a biodiversidade e em breve será beneficiária do BIO-Fundo de Emergência.  Possui uma biodiversidade composta por uma flora e fauna rica em Búfalos; Impalas; Babuínos; Diversas espécies de aves e insectos, floresta de Mopane; floresta de Terminalia; muitas espécies de Combretum e Acacia nigrescens.

Em termos de lazer, Massingir Safaris oferece aos seus hóspedes uma variedade de actividades, como caça, safaris com diversos miradouros para observar a natureza deslumbrante.

Sector de Conservação reúne esforços para combater a caça furtiva através de uma campanha de sensibilização

Denominada a “Caça furtiva rouba de todos nós”, a campanha foi desenvolvida pela Administração Nacional das Áreas de Conservação – ANAC em colaboração com a WILDAID, uma organização não governamental que trabalha para a preservação da vida selvagem, e outros parceiros de conservação, incluindo a Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND.

A campanha tem como objectivo sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de preservar a diversidade de fauna e flora. Esta sensibilização será feita através de documentários televisivos, pequenos anúncios de serviço público, “outdoors”, mídia social e outras actividades de sensibilização em áreas remotas, utilizando embaixadores locais como políticos, músicos, desportistas, líderes religiosos e fiscais.

Numa fase inicial, participam como embaixadores da campanha o antigo Presidente da República, Joaquim Alberto Chissano e os artistas Stewart Sukuma, Lizha James, King Sweet Nassam, que usam a sua voz e imagem como um recurso de sensibilização para o combate a caça furtiva.

Assista aos vídeos da campanha através dos links abaixo e não se esqueça de se subscrever na nossa página no Youtube.

Mais de USD 9 milhões para a Conservação da Biodiversidade para o ano de 2021

A 19ª Sessão do Conselho de Administração da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), acabada de realizar, aprovou para 2021 um orçamento que totaliza cerca de 9 milhões de USD. Desta cifra 74% são destinados a desembolsos directos para as áreas de conservação, incluído o apoio a actividades comunitárias de interesse para a conservação realizadas nas zonas tampão.

91% do Orçamento de 2021 será coberto por recursos do programas MOZBIO II, do Banco Mundial, da AFD/FFEM, do programa PROMOVE Biodiversidade, da EU e por recursos próprios da BIOFUND. A parte restante será financiada pela KfW, pelo UNDP e pela USAID.

No próximo ano, a BIOFUND prevê ainda continuar o seu esforço de mobilização de mecanismos de financiamentos inovadores para a conservação da biodiversidade, e de intensificação de acções de formação de modo a contribuir para o melhoramento contínuo dos recursos humanos  do Sistema Nacional das Áreas de Conservação.

Outro destaque para as actividades de 2021, vai para a continuidade do “BIO-Fundo de Emergência”, criado em Junho de 2020 com o objectivo de assegurar os postos de trabalho dos fiscais e pessoal essencial para apoio à fiscalização, das Áreas de Conservação sob gestão pública e privada, em resposta ao impacto negativo da pandemia do COVID-19 no sector da turismo. O BIO-Fundo de Emergência, no valor de cerca de USD 3 milhões, é alimentado com recursos provenientes do próprio Endowment da BIOFUND, acrescido de importantes contribuições do Governo da Suécia e da USAID.

Voltado, desta feita, para a mitigação dos desastres climáticos que possam afectar o património natural do país foi aprovado nesta 19ª sessão do Conselho de Administração da BIOFUND o Projecto ECO-DRR, financiado pela AFD.

Estagiários do PLCM trocam experiências em liderança e inovação no sector da conservação

Com vista a acompanhar os estágios desenvolvidos nas Áreas de Conservação e a nível das instituições centrais de conservação da biodiversidade, o Programa de Liderança para a Conservação de Moçambique -PLCM, promoveu um Webinar para a troca de experiências entre os estagiários. O evento decorreu no dia 15 de Dezembro, através da plataforma ZOOM.

Durante cerca de 3 horas, estagiários afectos aos diferentes centros de estágios a nível nacional, trocaram experiências sobre as actividades desenvolvidas, durante o primeiro período de estágio, assim como sobre os desafios enfrentados e partilharam ideias inovadoras que podem ser aplicadas para o desenvolvimento do sector de conservação.

Formados em diferentes áreas do saber, os jovens demonstraram que todas as áreas de formação podem contribuir para a conservação da biodiversidade. Um exemplo a destacar é Vitalina da Graça, jovem formada em Psicologia Clínica, que está a aplicar os seus conhecimentos à motivação dos fiscais do Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto – PNAB.

O trabalho de fiscalização requer um acompanhamento contínuo e muita motivação. Nesta vertente, tenho realizado dinâmicas de grupo e individuais, e avaliações psicológicas e comportamentais com os fiscais e trabalhadores do PNAB. Espero que estas sessões melhorem as actividades dos profissionais e assegurem bons resultados de fiscalização” – disse Vitalina da Graça.

Mostrando-se verdadeiros líderes de conservação, os jovens estão a introduzir ideias e conceitos inovadores no sector de turismo, fiscalização e desenvolvimento comunitário nas áreas onde estão inseridos.

Sector de Conservação da Biodiversidade promove Estratégia de Comunicação para 2020 – 2024

O evento teve lugar no dia 14 de Dezembro, no Posto Administrativo de Ressano Garcia, no distrito da Moamba, província de Maputo.

A estratégia centra-se na estruturação e implementação de abordagens que que contribuam para a elevação do nível de conhecimento e consciencialização do público sobre o valor da conservação da biodiversidade, mudança de comportamento e adopção de práticas sustentáveis na utilização dos recursos naturais.

No evento, a Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, procedeu ao lançamento da iniciativa de painéis metálicos com mensagens sobre a Conservação de Biodiversidade, enquadrada na estratégia ora lançada.

Numa primeira fase, além do painel de Ressano Garcia já foram igualmente instalados outros dois nos distritos municipais Ka Tembe e Ka Mpfumo. A segunda fase, incluirá a instalação de painéis em Machipanda, província de Manica e nas cidades da Beira, Nampula e Lichinga.

Foram ainda assinados no mesmo evento, uma serie de acordos de colaboração entre a ANAC e o INATUR, a ANE, e a revista Ídolo.

A cerimónia contou com a participação de representantes da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Governo provincial e local, BIOFUND, PNUD, USAID, representantes do sector privado bem como o músico e embaixador da campanha contra a caça furtiva, Stewart Sukuma.

Passados 8 anos após a sua criação, Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas - APAIPS celebra aniversário num evento de sensibilização ambiental

Realizou-se no passado dia 12 de Dezembro de 2020, no distrito de Angoche, na província de Nampula, a cerimónia de celebração pelo 8º aniversário da Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas – APAIPS, gerida pela ANAC.

O evento foi celebrado pela primeira vez na historia da APAIPS, e foi marcado por várias actividades de sensibilização ambiental, com destaque para limpeza de praias, palestras sobre a protecção da Área de Conservação, projecção de vídeos sobre a biodiversidade local, entre outras actividades. A efeméride foi patrocinada pela BIOFUND, através dos rendimentos anuais do fundo de endowment doados (especificamente para apoio à APAIPS) pela Conservation International (CI) e pela WWF Moçambique.

A cerimónia contou com cerca de 50 participantes, entre eles membros do governo local, representantes das comunidades locais, parceiros da área de conservação e outros.

Na ocasião, houve uma cerimónia adicional de entrega de diversos materiais de higiene às comunidades locais, para a prevenção contra a COVID 19. Um outro momento marcante a destacar, foi a inauguração de um painel informativo sobre a APAIPS, que vai ajudar na divulgação da importância das espécies protegidas.

Composta por uma rica biodiversidade marinha, com destaque para recifes de corais, mangais e tartarugas marinhas, a APAIPS é também beneficiária do Programa PROMOVE Biodiversidade financiado pela União Europeia e gerido pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND.